Lembranças



Eu estava passeando calmamente ao longo do riacho, desde que meu povo parou de roubar e se tornaram uma comunidade que eu vivia passeando pelas margens do riacho que corta nossa aldeia ao meio, estávamos instalados no meio da floresta, não havia trilhas que davam na aldeia ou perto de onde eu passeava, pois meu povo não saia com muita freqüência de onde vivíamos e nem eu gostava de fazê-lo.

Hoje meu pai Lion finalmente se recuperou da maldição que foi lançada contra ele, estou muito feliz e depois de quase um mês ao lado dele sem sair de nossa cabana eu finalmente me vi livre para passear, meu pai ainda estava fraco, mas insistia que não estava invalido, um sorriso veio ao meu rosto, algo que não acontecia há muito tempo.

- Jhoan! – gritou Marcus, ele corria em minha direção, ele sempre me acompanhava nos meus passeios, foi em um desses passeios que eu o encontrei…


O dia estava ensolarado, mas uma brisa fria prenunciava o inicio do inverno, me sinto um pouco sozinha, desde que meus grandes amigos, Harry e Gina, foram embora, que eu me sinto assim, por mais que tenha feito novos amigos, pois nossa aldeia anda crescendo bastante, um grupo de saqueadores veio se juntar a nós, pois eles também não gostavam de roubar e souberam que nós tínhamos parado de fazê-lo e conseguíamos viver perfeitamente bem mesmo assim.

O riacho que corta nossa aldeia de fora a fora segue por longos quilômetros floresta adentro, eu e Harry sempre seguíamos seu curso o mais longe possível, Gina às vezes nos acompanhava, tinha sete anos quando os conheci e agora tenho dezessete, dez anos se passaram e mesmo assim ainda lembro como se fosse hoje de todos os momentos que passei com eles.

Eu sempre gostei de olhar as águas do riacho correrem, meu lugar favorito era perto de uma cachoeira, poucos metros depois da cachoeira existia uma pedra bem no meio do riacho que era mais largo e a correnteza mais forte, eu sempre nadava até a pedra e me sentava lá observando as águas caírem rapidamente, aquele dia não foi diferente eu nadei até a pedra e me sentei lá, observando atentamente a cachoeira.

Foi nesse momento que eu percebi algo estranho na água que caia, tinha uma grande mancha vermelha se misturando com a água, imediatamente pensei que algum animal tinha se machucado, era comum esse tipo de coisa quando se mora numa floresta cheia de bichos, mas ai eu vi algo escuro cair, ainda bem que a cachoeira não é muito grande, eu mergulhei e puxei o corpo, não prestei muita atenção nele, só percebi que era um homem alto e pesado, deu muito trabalho para arrastá-lo pra fora da água, tinha cabelos escuros e estava seriamente ferido, pois tinha muito sangue na água e nas minhas roupas, as roupas dele eram escuras o suficiente para eu não ver a quantidade de sangue que estava nelas, ele não estava respirando, então fiz o que a Gina tinha me ensinado: respiração boca a boca, ela me explicou que uma pessoa quando se afoga e para de respirar pode não estar morta, às vezes a água engolida pela pessoa fica presa na garganta a impedindo de respirar, por isso temos que respirar por elas, fazendo pressão no peito de vez em quando para que ela expulse a água, fiz exatamente como ela tinha ensinado e o rapaz cuspiu a água que o impedia de respirar e tragou uma grande quantidade de ar.

Ele era lindo, mesmo ainda assustada com o fato de ele estar ferido eu pude perceber o quanto ele era bonito, o queixo era quadrado, dando um ar másculo a ele, tinha um pouco de barba, coisa que eu normalmente acho feio, mas nele ficava muito bem, os olhos dele se moveram em minha direção e eu sorri tentando fazê-lo ver que eu não era inimiga, me aproximei um pouco dele e tentei tirar a camisa dele, mas ele começou a gemer de dor e eu parei imediatamente, mas precisava ver quais eram os machucados dele, Gina tinha me ensinado um pouco da arte de curar, eu peguei uma faca que estava presa a minha bota, afinal eu estava numa floresta não podia ficar desarmada, ele começou a respirar fundo e tentou se afastar de mim, eu segurei sua mão com a mão esquerda o olhando fixamente, enquanto com a mão direita, com a faca em punho, cortava a camisa dele, depois eu peguei uma das mãos dele e coloquei a minha faca em sua mão, sabia que era uma imprudência, pois eu não o conhecia, mas fraco como ele estava eu duvidava que ele pudesse fazer alguma coisa contra mim.

No peito dele havia um longo corte, mas não era profundo, provavelmente ele estava parecendo prestes a morrer por quase ter se afogado, pois aquele corte jamais o mataria, apesar do sangramento, eu peguei algumas ervas que encontrei ao meu redor, sabia identificar as ervas medicinais graças à paciência de Harry, eu sempre confundia tudo, mas ele com paciência e carinho conseguiu me ensinar quais eram as ervas que devia usar, sorri saudosa para as ervas na minha mão e depois corei ao perceber que o homem a minha frente me olhava fixamente, curioso para saber por que eu parecia emocionada ao ver o que parecia ser mato para ele.

Com cuidado eu amassei as ervas numa casca de árvore que eu lavei no rio e coloquei a pasta verde sobre o ferimento dele, essa pasta normalmente faria com que ardesse muito, mas eu misturei um pouco de uma erva que anestesia o ferimento, ele não sentiria nada no local do ferimento por um bom tempo, eu o enfaixei com os restos da camisa dele, por sorte não precisei lavar o ferimento, ia ser muito doloroso para ele, mas a correnteza se encarregou dessa parte, ele me olhou sem entender por que não estava sentindo nada, eu sorri, provavelmente pensaria que eu era uma bruxa, exatamente como todos os outros que não conheciam o que era a magia de verdade.

Ouvi galhos estalando atrás de mim, ele tentou se levantar, mas é obvio que ainda estava fraco, eu o fiz deitar de novo e ele me olhou desesperado.

- Ora, vejam só, o menininho do papai encontrou uma salvadora. – uma voz áspera falou, eu olhei para trás, era um homem alto e corpulento, com aspecto selvagem, ele era um saqueador, mas não do tipo que rouba para sobreviver como nós um dia fomos, ele era um saqueador verdadeiro, do tipo que rouba por dinheiro e por prazer em matar. – Porque você não se afasta dele para que eu possa terminar meu serviço e eu juro que você fica viva, se for boazinha depois comigo é claro.

Eu sabia exatamente o que boazinha significa para ele, eu dei um sorriso de canto para ele e me levantei, me aproximei dele mexendo bem os quadris, eu podia ver que ele estava muito entusiasmado com o meu rebolado, assim que me aproximei lhe dei uma ajoelhada no estomago e com toda a minha força que dei uma cotovelada na sua nuca, Harry tinha dito que isso podia até matar se fosse dado com força suficiente, minha força não foi o suficiente para matar, mas ele ficou desacordado.

Aproximei-me do homem ferido novamente que me olhava assustado, ele tinha se colocado de pé e estava com o corpo apoiado numa árvore, será que ele pensou que eu ia mesmo salvá-lo para depois deixar qualquer idiota matá-lo?

Passei um dos seus braços pelos meus ombros e estremeci com o contato, fiquei muito vermelha com isso, eu não estava acostumada a estremecer perto de homens, ele percebeu e sorriu convencido, e em vez de me sentir irritada com o jeito convencido dele, eu me senti muito atraída pela boca dele, sorrindo ele ficava muito mais bonito do que já era eu sorri percebendo que meus dias de solteira estavam acabados, meu pai ia ter um enfarte.


- O que foi? – perguntei a Marcus assim que ele se aproximou, ainda estava preocupada com meu pai, mas o sorriso no rosto dele me acalmou imediatamente, me lembrei também que só descobri o nome dele uma semana depois dele chegar à aldeia, eu e ele sempre conversávamos e eu nem tinha percebido que não sabia o nome dele, até que um dia ele riu e disse que sabia meu nome e eu não sabia o dele, eu tentei desmentir, mas percebi que ele estava certo e ri junto com ele e então ele se apresentou, foi um dia muito engraçado.

- Não foi nada, não se preocupe. – falou Marcus passando os braços pela minha cintura e me beijando apaixonadamente, senti o costumeiro arrepiar que passava pelo meu corpo sempre que estava próxima a ele, Marcus me encostou em uma árvore e a abraçou para que meu corpo ficasse mais apertado contra o dele e a árvore, sorte que a árvore não era muito grossa, pois se fosse ele não conseguiria abraçá-la completamente e eu não estaria sendo prensada contra ela, minhas costas com certeza ficariam doendo e alguns arranhões apareceriam, mas eu não estava ligando muito para isso não.

- O que foi isso? – perguntei assim que ele parou para que pudéssemos respirar, ele não afastou seu corpo nem mesmo um milímetro, apenas afastou o rosto, ele começou a beijar meu pescoço me desencostando da árvore e me deitando suavemente, mas rapidamente no chão.

- Estava morrendo de saudade. – afirmou Marcus sorrindo me mantendo prisioneira em seus braços, e eu não estava muito a fim de me libertar.

- E isso não tem nada a ver com o Harry não é? – perguntei com os olhos um pouco apertados, eu tinha percebido o ciúme dele, mas estava preocupada demais com meu pai e em me certificar de que Harry estava mesmo ali, pois se Harry e Gina estivessem mesmo bem na minha frente eu sabia que meu pai ficaria bom.

- Não. – murmurou Marcus um pouco vermelho se afastando de mim e se sentando, não gostei muito da parte dele se afastar, mas achei engraçado ele ficar vermelho, poucas coisas eram capazes de deixar Marcus envergonhado, mas a situação era muito embaraçosa para ele, por mais que eu muitas vezes evitasse falar sobre o período em que Harry e Gina estavam aqui, pois eu sentia muita falta deles e era muito doloroso para mim me lembrar deles, eu já tinha lhe dito muita coisa sobre eles para que ele pudesse se sentir enciumado de Harry.

- Eu já lhe tinha descrito os dois, como você não os reconheceu? – perguntei me divertindo com seu constrangimento e me aproximando novamente dele e me sentando de costas para ele me colocando entre suas pernas, Marcus me abraçou acariciando meus braços.

- Não, você tinha sete anos quando os conheceu, eu jamais pensaria que aqueles jovens eram os mesmos que ajudaram vocês. – confessou Marcus à meia voz, eu me levantei o puxando junto comigo, fomos caminhando devagar até a cachoeira onde nos encontramos pela primeira vez.

- É eu também achei muito estranho encontrá-los com a mesma idade que eu os encontrei da primeira vez há vinte anos atrás. – eu falei me perdendo em lembranças que não eram assim tão boas.

- O que foi? – perguntou Marcus percebendo que eu tinha ficado pensativa de repente.

- Estava lembrando de quando Harry e Gina vieram pela primeira vez até nós, não foi um bom dia. – respondi sorrindo, eu não tinha contado isso para Marcus, eu normalmente evitava falar sobre a época em que meu povo ainda era ladrão.

- E como foi? – perguntou Marcus curioso.


O dia estava ensolarado e bonito, todas as mulheres estavam esperando os homens chegarem de mais um saque, eu estava nervosa, eles nunca tinham demorado tanto para voltarem, antes mesmo que eu terminasse esse pensamento, os primeiros homens chegaram correndo, isso não era nada bom, contaram que eles tinham atacado uma carruagem e que os bruxos tinham os atacado, havia um casal de bruxos que alguns homens tinham tentado roubar algumas vezes, é claro que não conseguiram e muitos perderam a vida, mas eu não entendia o porquê deles terem se intrometido, os homens já tinham roubado muitas vezes na frente deles e eles nunca tinham feito nada, eu corri para onde eu sabia que os homens estariam, até tentaram me impedir, mas eu era mais rápida que eles e consegui fugir.

Quando cheguei até a estrada foi a tempo de ver os dois bruxos saindo a pleno galope em dois cavalos magníficos, a carruagem que devia ser saqueada estava em pleno funcionamento e um homem ricamente vestido entrou nela juntamente com uma menina loira, foi aí que eu entendi que a menina era o motivo dos bruxos terem impedido o ataque, eu não entendi foi porque os soldados pegaram os soldados feridos e mortos e foram embora atrás da carruagem deixando os saqueadores no chão, será que eles achavam que estavam todos mortos? Eu não acreditava nisso, afinal podia ver alguns deles se mexendo, depois que a carruagem saiu de vista os homens começaram a se levantar, alguns com a ajuda de seus companheiros eu vi meu pai e me aproximei dele, ele pareceu assustado por me ver, mas não parecia preocupado.

- O que aconteceu aqui? - perguntei perplexa, eu odeio não entender as coisas rapidamente.

Meu pai apenas me lançou um olhar sombrio e começou a ordenar a volta de todos para o esconderijo, os que conseguiam se manter em pé ajudaram a carregar os feridos e os corpos, foi uma viagem silenciosa até o esconderijo, quando chegamos lá foi uma confusão, as famílias dos mortos não se conformavam com a morte deles e as famílias dos outros cuidavam dos seus ferimentos, com a voz grave e séria meu pai colocou ordem naquela bagunça e contou a todos o que tinha acontecido, mesmo aqueles que perderam algum membro da família nas mãos dos bruxos, que agora sabíamos se chamarem Harry e Gina, ficaram agradecidos por eles terem intercedido em favor dos que estavam vivos, nós nos considerávamos uma grande família e se não fossem Harry e Gina nós teríamos perdido muito mais pessoas.

No outro dia, eles apareceram no esconderijo, todos ficaram com medo, me lembro que eu não tive qualquer receio deles, parecia que eu os conhecia há muito tempo, eu me aproximei deles antes que meu pai pudesse me deter e eu vi pela primeira vez o sorriso de Harry, ele se abaixou e se apresentou para mim, me tratou como se eu fosse uma adulta, eu me lembro que me senti muito madura naquele momento, Gina nos encarou sorrindo também, Harry perguntou quem era o nosso líder e sem temor algum eu os levei até meu pai, com calma e sempre tentando demonstrar que não estavam ali para machucar ninguém, eles falaram de uma vida sem roubos, sem mortes e sem fome, era a vida que nós sempre sonhamos, mas demoramos dois dias para decidir que iríamos confiar neles, mesmo que não acreditássemos que se podia tirar tudo que precisássemos da floresta.

Foram meses de aprendizado, meses em que Harry e Gina vinham todos os dias com novidades, primeiro nos ensinaram a fazer casas nas árvores, para evitar principalmente os lobos que são numerosos nessa região, depois ensinaram a gente a procurar por alimentos nas árvores, nos mostrando que não existia somente carne para se comer, as frutas passaram a ser meu alimento favorito imediatamente, eles também nos ensinaram a pescar com varas, pois com lança (que era como pescávamos) mal conseguíamos pescar três peixes, aprendemos a caçar, mas respeitando os animais, Harry e Gina disseram que não devíamos ficar caçando sem necessidade, pois nossa maior fonte de alimento eram os animais e se nós os caçássemos em demasia eles logo iriam desaparecer.

Enquanto tudo isso acontecia eu fui uma das primeiras a fazer amizade com os dois, por temerem o que eles podiam fazer, a maioria do meu povo se mantinha a distancia deles, amavam seus ensinamentos, mas os temia de igual forma, eu não me importava que eles fossem bruxos. Demoraram um ano para começar a se acostumar com eles e começarem a tratar Harry e Gina como pessoas normais, nesse tempo eu já me sentia quase como uma filha para eles, eu apelidei Harry de protetor desde que ele me salvou de um lobo e também porque ele protegia minha família, Gina foi uma das poucas figuras maternas que eu tive, minha mãe morreu dando a luz e eu tinha encontrado esse tipo de carinho em poucas pessoas.

Harry e Gina com o tempo começaram a nos ensinar a lutar, pois tínhamos que nos defender também dos saqueadores, eles não nos respeitavam nem quando também éramos ladrões, foi uma tarefa difícil convencer os homens orgulhosos de meu povo que eles não sabiam lutar, pois usavam somente a força, se alguém fosse mais forte que eles, invariavelmente eles perdiam a luta, eles só se convenceram que artes marciais era um bom ensinamento quando Gina venceu o meu pai, ele era o mais forte de todos e Gina era uma coisa pequena e frágil, ensinaram também que as mulheres não eram um pedaço de carne, que tínhamos não só sentimentos como também um cérebro, acho que esse foi um dos melhores ensinamentos deles, muitos casais tiveram uma vida bem melhor depois disso, outra coisa também que eu amei aprender foi a cuidar dos ferimentos, eu confesso que fui uma péssima aluna, sempre tinha dificuldade de aprender as diferenças das folhas, quais podiam curar e quais podiam matar, mas eles sempre tiveram muita paciência comigo e quando eu comecei a aprender me tornei uma da melhores curandeiras da aldeia.

Foi somente quando estavam perto de partir que eles disseram quem eram e porque estavam aqui, foi um dos dias mais tristes da minha vida, pois soube que os perderia, que eles não estariam para sempre em minha vida me ensinando e me amando, o dia mais triste de toda minha vida foi quando eles partiram, nunca me senti tão só, por sorte meu pai ainda estava comigo.



- Depois disso eu não largava meu pai, nem mesmo quando ele fazia alguma reunião com os adultos para decidir alguma coisa, com o tempo eu aprendi a ser forte e a não depender tanto das pessoas. – finalizei para um Marcus atônito, ele nunca tinha me ouvido falar tanto sobre isso.

- Obrigado por me contar. – falou Marcus emocionado, esse foi um dos motivos pelo qual eu me apaixonei tão perdidamente por ele, Marcus não tinha medo de demonstrar o que sentia. – Sei o quanto essas lembranças são dolorosas, mas é bom entender porque você ama tanto esses jovens.

- É estranho. – comentei sorrindo, recebendo um olhar de duvida de Marcus eu expliquei. – Agora eu sou mais velha do que aqueles que eu vi como pais, quando ainda era uma criança.

Eu e Marcus rimos muito disso, era realmente muito estranho, mas estávamos felizes, Marcus por eu estar feliz e eu por ter meus dois mais caros amigos de volta, mesmo que fosse por pouco tempo, pois eu tinha certeza que eles iriam embora de novo, quando os guerreiros fossem a corte eu também iria, não era uma boa lutadora, mas sabia curar e eu sabia que precisariam de pessoas como eu lá.

- Eu vou à corte junto com os guerreiros. – comuniquei a Marcus, ele ficou imediatamente sério. – Vou como curandeira e pretendo levar outras pessoas comigo com o mesmo objetivo.

- Eu ainda tenho que decidir. – falou Marcus num sussurro, fazia muito tempo desde a ultima vez que ele foi à corte, Marcus renegou tudo que ele conhecia, renunciou a sua família e a seus amigos para ficar comigo, e se ele fosse à corte junto com a gente ele teria muito que explicar a sua família e sei que ele temia muito esse reencontro, eu também temo por isso, Marcus pelo que me falou de sua vida antiga era o mais jovem de três irmãos e o mais influenciado pelas vontades do pai, tinha medo de que se visse sua família, ela o fizesse me deixar, eu sei que meu marido mudou muito desde que chegou aqui, mas isso não me impedia de temer a influencia que eu sabia que o pai ainda tinha sobre ele.

- Eu estarei ao seu lado se decidir ir. – falei lhe segurando a mão.

- Eu sei. – falou Marcus sorrindo e colocando a cabeça em meu colo. – É isso que me faz acreditar que talvez eu possa vencer essa provação.

Ficamos em silencio por um bom tempo, curtindo a companhia uma do outro e rezando para que continuássemos juntos por toda nossa vida.



Gian: eu realmente fico feliz que tenha entendido, foi muito difícil aquele capítulo, não tanto quanto esse, mas espero que goste, beijo.

Mat: pelo menos eu não cortei nenhuma cena no meio, no próximo teremos a chegada de Harry e Gina na corte, eu acho, ainda não sei como vai ser o próximo capítulo, mas tudo bem, eu já me acostumei com isso.

Laurenita: obrigada, estou me achando agora, brincadeira, eu me sinto realmente bem quando me falam que gostam do que escrevo, e aqui está o novo capítulo, um pouquinho mais sobre a Jhoan, estava devendo isso, espero que goste.

Pedro: obrigada, sinto que meu ego está muito elevado, eu sempre fico em duvida se vão ou não gostar do capítulo, sei que é besteira minha, mas eu sou assim fazer o que?

Infelizmente mais uma vez tenho que me desculpar por um atraso, eu odeio quando isso acontece, mas eu realmente tive problemas para escrever esse capítulo, eu tive que reescrevê-lo algumas vezes para me conformar com o que escrevi, espero sinceramente que possam me perdoar e que nenhum outro atraso aconteça, beijo a todos.

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