Um Passado
Como todos nós já sabemos, Harry termina seu namoro com Gina, para protegê-la, enquanto toda aquela guerra estava em andamento.
Mas, sempre é tudo sobre Harry Potter, e nós não sabemos o que, de verdade, acontecera com Gina Weasley.
Enquanto Harry, Rony e Hermione estavam muito ocupados com seus mistérios e suas lutas, que resultavam sempre em várias fugas de Hogwarts, Gina Weasley acabou trombando com alguém.
Draco Malfoy estava prestes a se transformar em um comensal da morte, mas Gina o impediu de fazer isso. Enquanto seu ex-namorado, aquele que ela jurou amar para sempre, estava lutando contra o mal, era o mal em pessoa quem amava Gina, era ele quem se encontrava com ela nas noites solitárias. Aquele mesmo Draco que uma vez tentara matar Dumbledore sem sucesso, o Draco que mais tarde seria Senhor da Varinha das Varinhas, assim como Harry Potter.
Aconteceu no sexto ano de Gina, era um inverno gélido e ela e Harry não estavam mais juntos. A tristeza de Ginevra era eminente. Naquele dia ela saiu do castelo por entre os flocos de neve e procurou um lugar do jardim onde pudesse congelar em paz. Ela, seu coração, seus pensamentos...
Mesmo sendo agora a amada de Harry, ela nunca seria parte deles. Harry, Rony e Hermione eram um circulo fechado, e Gina sabia disso. Mesmo ela já tendo desseseis anos até mesmo Harry ainda a achava criança demais, e por um momento ela não entendeu desde o inicio porque havia se apaixonado pelo moreno.
E então ele apareceu. Jovem, os cabelos louros platinados se movimentando com o vento frio do inverno. Malfoy sentou-se ao seu lado e Gina não conseguiu entender o motivo de tudo aquilo.
Ginevra e Malfoy simplesmente nunca paravam de brigar, era uma luta eterna, e os dois sabiam disso.
Mas, naquele momento, não parecia certo brigar ali. Não tinha motivo nenhum. A neve em volta, as vestes pretas dele e sua pele pálida combinavam perfeitamente com a cena. E Draco também pensou o mesmo sobre Gina, como suas madeixas ruivas, seu cachecol roxo e até mesmo suas sardas na pele rosada combinavam com o momento. Ele também não sabia o porquê de ter sentado ao lado dela. O jardim estava completamente vazio devido ao frio, e apenas os dois estavam do lado de fora do castelo. Na hora, sentar-se ao lado da ruiva pareceu a ele a coisa certa a se fazer.
Por algum tempo, pairou o silêncio. Logo Gina decidiu quebrá-lo, pois estava começando a incomodá-la consideravelmente.
- Porque saiu do castelo, Malfoy? – Ela perguntou, sua voz leve, evitando conflitos.
- Pensar... – O loiro respondeu, porém sem olhar diretamente para Gina. Ele olhava para frente, para a paisagem completamente branca. – E você? – Ele finalmente dirigiu o olhar a ela, e dessa vez foi a ruiva quem desviou seus olhos para suas próprias vestes.
- Bem... – Pensou um pouco antes de responder. O modo como ela não conseguia encarar os olhos acinzentados dele intrigou-a. – Congelar, eu acho.
Draco riu. Foi uma risada um tanto triste, como se ele se identificasse com as palavras de Ginevra.
- Vejo que Potter não está em Hogwarts. – O loiro concluiu.
- Não, não está. – Ela tinha a voz firme – E eu também não quero falar sobre Harry agora. Não sou nada dele, além de amiga.
- Tudo bem, falar do Potter também não fazia parte dos meus planos. – Ele riu, ela o acompanhou.
E ali os dois passaram toda a tarde. Talvez fosse a primeira conversa realmente civilizada que Draco teve com alguém desde que havia entrado em Hogwarts. Claro que ele nunca dispensava seu tom e sorriso irônicos, mas Gina não se importava, na realidade, ela até gostava. Era ele, o jeito dele, a voz dele.
Quando o dia começou a dar sinais de escurecer, eles acharam melhor voltarem para dentro. Toda aquela tristeza que Gina tinha ao sair do castelo, ela tinha deixado lá fora, junto a neve.
Os dois caminharam juntos até a porta do castelo. Então, eles pararam.
Quem os via percebia claramente a diferença de altura. Draco era consideravelmente mais alto que a pequena Gina.
- Bom, acabou. – Ele lamentou, com um sorriso tímido.
- É... Foi bom conversar com você, Draco. – Ele sorriu, e olhou para o céu por um momento.
Gina fazia algo com ele que o louro nunca havia sentido antes, mas ainda não sabia bem o que era. O sorriso dela, sua voz pura e ingênua, o faziam sorrir verdadeiramente como ele nunca sorria.
Ele sentiu a necessidade de dar um passo a frente, ela não recuou, e seus corpos agora estavam muito próximos. Draco viu as bochechas da ruiva corarem.
- Gina, eu posso... – Malfoy colocou sua mão gelada por baixo dos cabelos ruivos de Gina, tocando sua nuca. Ela levantou as sobrancelhas, em surpresa. – Te beijar?
Gina nunca pensou que aquilo aconteceria entre ela e Malfoy, porém ela fechou os olhos inevitavelmente, dando permissão para o louro continuar.
Draco colocou seus lábios finos e frios contra os quentes dela, também fechando seus olhos.
Os dois se encaixavam perfeitamente. Gina sentiu um arrepio subir sua espinha ao encostar sua língua na de Draco. O coração de ambos batia mais forte, e Gina levou rápido sua mão à nuca de Malfoy, mostrando sua urgência, sua necessidade, seu desejo. Draco também passou seu braço em volta da cintura dela e puxou a mais para perto. Ele sentia a cabeça delirar e apenas sentia os lábios dela, as mãos dela, a língua dela. Nem o frio e a neve faziam diferença, nem mesmo a escuridão que já se alastrava sobre o castelo.
Eles pararam, olhando um para o outro. Estavam confusos, desejosos, ofegantes.
Sem dizer uma palavra, Draco enlaçou seus dedos nos dela e os dois entraram no castelo. O coração ainda batendo rápido, a urgência de estar o mais perto possível.
Draco guiou Gina clandestinamente até o seu quarto individual de Monitor-Chefe da sonserina. Não foi uma tarefa difícil, já que nesse horário todos os outros alunos estavam jantando no salão principal.
Draco e Gina entraram no quarto e finalmente soltaram as mãos. Gina contemplou o verde e prata a sua volta, enquanto o louro trancou a porta atrás de si.
Malfoy abraçou a ruiva por trás, beijando delicadamente seu pescoço e ela sorriu ao sentir novamente aquele arrepio subindo sua espinha.
Aquilo tudo parecia tão proibido, mas ao mesmo tempo tão certo. Eles pareciam ter sido feitos um para o outro, e agora que descobriram isso não se largariam, nunca.
Gina tirou seu casaco e Draco fez o mesmo com seu sobretudo preto.
Ele pressionou seus lábios contra os dela mais uma vez, dessa vez em um beijo rápido, porém muito mais desesperado do que aquele do lado de fora do castelo.
Draco pegou Gina no colo, colocando-a em cima da cama e essa começou a rir gostosamente. Draco seguiu sua risada e deitou-se em cima dela, mas sem deixar seu peso cair sobre o corpo da ruiva. O louro voltou com os lábios de encontro ao pescoço dela, fazendo-a soltar suspiros e ofegos.
Ginevra não entendia como ele conseguia ser tão charmoso. Nunca tinha percebido esse lado de Draco Malfoy, um lado completamente diferente do garoto mesquinho e metido a superior que ela conhecia.
A ruiva colocou as mãos sobre o peito de Draco, desabotoando os primeiros botões da camisa branca dele com alguma dificuldade.
Ela aproximou sua boca do ouvido dele, depositando pequenos beijos.
- Me deixa ser sua, Draco. – Ela pediu, sua voz ofegante, seus olhos fechados. Uma das mãos dela ainda estava sobre os botões que ela mesma acabara de desabotoar e a outra procurava novos caminhos entre os fios louros do cabelo dele.
Ele parou de beijar seu corpo por um segundo e olhou profundamente nos olhos dela.
- Tem certeza? – Perguntou o louro, pensando ter sido algum impulso dela. Ele sabia que Ginevra Weasley ainda era virgem, todo mundo sabia.
- Tenho. – Ela respondeu, firme.
Já havia tempos que se sentia preparada, mas simplesmente não podia fazê-lo com Harry. Não sentia que era a pessoa certa e a hora certa nunca aparecera. Só ali, agora, com Draco que ela conseguia sentir-se completamente pronta, parecia completamente certo.
Então Draco beijou mais uma vez os lábios dela, e quando eles se separaram o louro tirou a blusa de Ginny, observando atentamente o que encontrara por baixo das vestes da ruiva.
Seu corpo era magro, sua pele era macia e rosa, ela tinha seios não muito grandes nem pequenos demais, escondidos por baixo de um sutiã preto. Seu corpo parecia ser feito para o prazer.
Draco olhou novamente para seu rosto. Seus olhos castanhos, seus cabelos ruivos e suas bochechas coradas. Ela tinha um leve sorriso no rosto e Draco imaginou se ela não estaria com frio, pois estava bastante gelado, mesmo dentro do quarto.
Mas, não, ela não sentia frio. Na verdade ela não sentia nada além de Draco, ali, só dela, e as sensações que ele lhe trazia.
Ele depositou os lábios sobre os dela, colocando suas mãos frias na cintura nua de Gina, enquanto isso ela voltava à missão de arrancar-lhe a blusa branca. Depois que a ruiva conseguiu tirar todos os botões de suas respectivas casas, Draco terminou de tirar a própria camisa, sem desgrudar os lábios dos dela.
Ele então grudou os dois troncos nus, sentindo a pele dela na sua, depois começou a desabotoar as calças dela. Essas saíram facilmente e Draco pôde descobrir as quão bonitas pernas aquela pequena Weasley tinha.
E em menos de cinco minutos os dois já estavam completamente nus, se beijando desesperadamente.
Gina sempre achou que sentiria muito medo na sua primeira vez, mas em sua mente não havia nada além do desejo e da necessidade de estar perto de Draco.
Ele acariciava cada parte de seu corpo de um modo que a fazia gemer de prazer, ele sabia os lugares estratégicos que a faziam delirar. Malfoy sabia a deixar completamente excitada.
Ele parou de beijá-la por um momento.
- Está pronta? – Ele perguntou, ofegante.
Draco sentia-se um pouco estranho. A única vez que tirara a virgindade de uma garota ele foi frio, impessoal. Não se preocupara como ele se preocupa com Ginevra. Ele queria ser especial para a ruiva, queria ser o homem da vida dela, o que a fazia mais feliz que qualquer outro. Queria que, ao se lembrar daquele dia ela se sentisse feliz.
E ela se sentiria.
- Estou. – Ela confirmou. Os olhos dela brilhavam mais do que nunca e o sorriso dela fazia com que Draco delirasse. Não entendia como, nem porque se sentia assim, mas ele não queria que mudasse, nem que acabasse.
E não acabaria.
Gina murmurava o nome dele em seu ouvido, fazendo-o ficar cada vez mais alterado, aumentando sua urgência.
- Draco, Draco, Draco...
Então o corpo exausto dele caiu sobre o dela. Os dois ofegavam e sorriam.
O louro saiu de dentro dela e puxou as cobertas sobre os dois. Gina aninhou-se sobre o corpo dele, e por um momento os olhares dos dois se cruzaram.
Ginevra adorava os olhos dele. Seus sentimentos eram indecifráveis, assim como a cor dos olhos dele. Às vezes cinza, às vezes azul. E nesse exato momento ela não pôde diferenciar a cor deles. Eles tinham um brilho intenso, e Ginny sorriu ao percebê-lo.
Draco tinha um braço por baixo do corpo de Gina e com o outro acariciava os cabelos ruivos dela, descendo para seus ombros, deslizando suas mãos por toda extensão das costas dela.
- Obrigada. – Ela abriu um grande sorriso, ele acompanhou-a. – Estou com sono.
Draco beijou carinhosamente sua testa.
- Dorme, pequena.
Então ela fechou os olhos, mergulhando em sono profundo. Draco observou-a em seus braços por alguns instantes antes de, também, se render ao sono.
E assim eles levaram o romance. Quartos secretos, salas escondidas. Encontros semanais. Bem, eles eram semanais quando Harry estava no colégio, devido ao medo que Gina tinha em ser descoberta. Quando Harry desaparecia mais uma vez Gina praticamente agradecia, e seus encontros se tornavam quase diários.
Algumas pessoas comentavam, mas ninguém acreditava. Haviam aqueles que percebiam os olhares dos dois durante as refeições, ou observavam que sempre quando Draco Malfoy estava ausente, Gina Weasley também estava. Mas ninguém podia provar nada, ninguém acreditaria que Gina Weasley trocara o menino-que-sobreviveu pelo filho-de-comensal.
Assim, o ano se foi. Mas um ano não dura para sempre.
Voldemort foi destruído, e Harry voltou para Gina.
A partir do ano seguinte, os dois reataram o namoro, Harry teve que dar muitas entrevistas, aparecer em muitos lugares, participar de praticamente todos os julgamentos dos comensais da morte sobreviventes.
E Gina Weasley?
Gina não queria voltar para Harry, mas ela prometera a ele, prometera que o esperaria depois da guerra, e assim o fez.
Ginevra Weasley terminou seu último ano em Hogwarts.
Ela terminou-o com Draco Malfoy ao seu enlace, a encontrando a cada visita a Hogsmeade, passando pela casa dos gritos para chegar a Hogwarts. Draco era o homem com quem ela passava suas noites, e não Harry.
Na verdade, o Potter praticamente não ia visitá-la. Sempre ocupado, sempre sem tempo. Draco, por outro lado, sempre encontrava tempo. Encontrava uma hora extra para sentir os lábios dela nos seus, ou só para ouvir sua voz.
Malfoy não gostou nem um pouco da idéia de que ela havia voltado para Harry, mas ele conhecia Gina. Promessas para ela são como leis.
Draco apenas achava que o namoro duraria pouco, acabaria e que, enfim, ela poderia ser completamente dele e só dele.
Mas não foi bem o que aconteceu.
Outro ano se passou. Draco e Gina ainda juntos, ainda escondidos.
O tempo, as escolhas, a raiva. Tudo contribuiu para que eles se separassem.
Gina, por mais que quisesse, não conseguia terminar com Harry. Como iria dizer que amava Draco Malfoy? Como reagiria sua família? A ruiva ainda era como uma criança, Gina sentia medo. Finalmente havia conseguido Harry, o homem que sempre amara por toda a sua vida. Com ele, sabia que teria uma vida segura, seria amada, e teria sua família sempre perto.
Ficar com Harry anulava todas as possibilidades de risco da vida de Gina. Valeria à pena trocar tudo isso só por amor verdadeiro? Algo que ela não tinha certeza se daria certo, se lhe traria algum futuro?
Gina, então, cheia de dúvidas e medo, escolheu Harry Potter.
Draco Malfoy então sentiu raiva. Angustia, ódio, tristeza. Um misto de sentimentos ruins se alastrou dentro dele quando ela o deixou. Draco resolveu ir embora, apagá-la de dentro de si. Viajar o mundo sem dia para voltar, sem nem ao menos a certeza de que um dia voltaria.
Gina também sofreu, tanto quanto Draco. Ela sentia falta de seus lábios, seu corpo, seu cheiro, suas mãos. Tudo em Draco a completava, tudo nele parecia ter sido feito para ela, encaixava. Mas agora ela era a namorada de Harry.
Namorada, e em menos de cinco anos, esposa.
Já havia um ano que estava casada com Harry. Sua vida seguia uma rotina, mesmo eles dois não tendo filhos. Era uma vida segura, porém pacata.
Gina recebeu seu profeta diário, como em todas as manhãs. Aquele pedaço de jornal era seu trabalho. Correu logo para a página onde era publicada sua coluna, que era tão sua que Gina podia falar sobre qualquer coisa. Era ali que ela se libertava, era ali que ela se sentia ela mesma.
Continuou folheando o jornal e encontrou um pequeno artigo que lhe chamou atenção: “Após seis anos, retorna Draco Malfoy.”
Gina sentiu o coração bater mais rapidamente e suas mãos tremeram por um segundo.
Aquela fora uma manhã de grandes surpresas.
NA: mil desculpas, sim? Excluí meu antigo perfil aqui na FeB e fiz esse outro.
Infelizmente, estou sem beta, se alguém se candidatar, serei muuito grata. Esse capitulo é meio chato, já que está só recapitulando as coisas... Mesmo assim, espero que alguém anime e continue a ler. O capitulo 2 já está pronto, mas sempre é bom saber que tem alguém que quer que a gente continue. Então, comentem! Beijos, Annie
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