Memórias de uma Guerra.
Oieeeeeeeeeee!
Bom, esse capítulo em especial, está beeeem longo, porque eu usei várias passagens dos 7 livros de Harry Potter, para poder desenvolver melhor a história. Peço desculpas caso achem o capítulo chato e longo, mas é que eu realmente não consegui fazer nada melhor x) Sorry, cherries. Ah, não se esqueçam de fazer uma autora feliz e comenteeeeeeem!!!
Respondendo aos comentários:
Deusiane Potter:
É, eu também achei maior sacanagem da Lilis e do James. Mas pense no lado deles também. Era uma das amigas de colégio deles, eles não sabiam de nada que acontecerá durante o tempo em que estiveram mortos, e do nada, quando reencontram a amiga, o filho começa a tratalha mal daquele jeito. Mas eu quis por essa capítulo porque quis mesmo botar a Hermione dando um tapa na cara dessa nojenta xD Espero não ter demorado muito é que eu tava viajando =D Ah, os três capítulos foram para compensar os dias que eu estava viajando, e como já disse em cima, dessa vez eu só postei um capítulo porque esse é bemmmm longo e vai ser inteiro do Harry e da Hermione contando a história aos marotos, e com eles conversando e fazendo comentários sobre isso. Espero que goste, e que continue comentando!!!
Waal Potter Weasley Granger:
Fico feliz que esteja gostando e comentando da fic. Tentei ser o mais rápida possivel no post, mas como estava viajando, eu me embolei um pouco x) Só postei um capítulo dessa vez, porque este é beeeeem longo. Continue comentando.
Boa leitura á todos!!!!
Memórias de uma Guerra.
A semana de Lua-Cheia tinha acabado James, Sirius e Remus estavam na cozinha tomando o café da manhã junto com os demais, quando Lílian falou:
-Harry, não se esqueça que depois de amanhã, os membros da Armada estarão aqui! – Harry concordou com sua mãe.
-Mas antes disso tem algo que o Harry tem que fazer, né filho? – perguntou James malicioso.
-Tem? – perguntou Harry rezando para que o pai tivesse esquecido.
-Contar-nos tudo o que aconteceu todos estes anos com você! – disse James.
-Verdade! Estou doida para saber! – disse Lílian.
Sirius abaixou a cabeça, Remus e Tonks trocaram um olhar preocupado, e o olhar de Harry correu para o de Hermione que desta vez não podia lhe ajudar.
Após o café todos se sentaram na sala de estar, e Lílian disse:
-Bom, podem começar!
-Prongs, Lily, vocês lembram que quando vocês fizeram o feitiço fidelius vocês mudaram de fiel no ultimo minuto.
-Trocamos Padfoot, por aquele rato imundo! – rosnou James.
-Mas que isso, meu amigo, não contaram a ninguém da mudança! – disse Remus querendo chegar há um ponto especifico.
-Sirius foi culpado por nossa morte? – perguntou Lílian assustada.
-Mais que isso... Mas vamos com calma... Depois da morte de vocês, eu perdi a cabeça e corri atrás de Pedro... E quem diria, o rato era realmente o rato... Ele simulou sua morte, explodindo com a sua varinha a rua que estávamos e matando doze trouxas consigo... Para acharem que ele estava morto, ele cortou um dos dedos.
-Mas você foi a julgamento, não foi? – perguntou James.
-Fui, mas na época estava tão cansado, que eu me culpava pela morte de vocês Prongs, eu achava que se eu não tivesse tentado enganar Voldemort nada disso teria acontecido...
-IDIOTA! – Berrou James, a preocupação e a raiva eram evidentes em sua voz e suas faces – VOCÊ PODERIA TER IDO PARA ASKABAN!
-E eu fui Prongs... E eu fui... – comentou Sirius desgostoso sem encarar o amigo.
James ficou lívido e sentou-se novamente.
-Nesse tempo, por causa da magia que Lily lançou em Harry, ele foi morar com um parente de sangue... Ou seja... Petúnia...
O casal Potter, ficou sem reação por algum tempo até que James virou-se para Harry e perguntou com aparente calma:
-E como você teve seu primeiro contato com a magia?
Harry olhou para os pais e narrou o dia em que sua primeira carta de Hogwarts chegou:
Harry se esquivou da bengala da Smeltings e foi apanhar o correio. Havia três coisas no capacho: um postal da irmã do tio Valter, Guida, que estava passando férias na ilha de Wight, um envelope pardo que parecia uma conta e – uma carta para Harry.
Harry apanhou-a e ficou olhando, o coração vibrando como um elástico gigante. Ninguém jamais, em toda a sua vida, lhe escrevera. Quem escreveria? Ele não tinha amigos, nem outros parentes – não era sócio da biblioteca, de modo que jamais recebera sequer os bilhetes grosseiros pedindo a devolução de livros. Contudo, ali estava, uma carta, endereçada tão claramente que não podia haver engano.
Sr. H. Potter
O Armário sob a Escada
Rua dos Alfeneiros 4
Little Whinging
Surrey
O envelope era grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde-esmeralda. Não havia selo.
Quando virou o envelope, com a mãe trêmula, Harry viu um lacre de cera púrpura com um brasão; um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra “H”.
E assim, Harry e Hermione começaram a contar a história de seu primeiro ano em Hogwarts, ao final, James e Lílian olhavam os dois assustados.
-E-eu não acredito... – murmurou Lílian.
James pegou um como de cerveja amanteigada em cima da mesa e virou-a de uma única vez.
-Vocês poderiam ter morrido! – repreendeu Lílian.
-Agora não adianta Lily, eles estão bem, não estão? – perguntou James com aparente desgosto na voz. –E o segundo ano?
-Bem...
Hermione e Harry novamente contaram e Harry mantinha seus olhos fixos nas reações de seu pai.
-VOCÊ O QUE? – Berrou sua mãe.
-Quebrei o braço! – retrucou Harry – Mas eu consegui pegar o pomo!
Lílian olhou incrédula para o filho e Hermione continuou a sua história.
-Vocês desceram lá sozinhos? – perguntou James – Isso foi completa loucura. Harry, Hermione, aquilo não é brincadeira. Sei que Gina era amiga de vocês, mas isso era responsabilidade de Dumbledore, e do Ministério ou quem quer que fosse, menos vocês! Por Merlin, segundo ano!
-O que você faria se a minha mãe estivesse no lugar da Gina? E além do mais, Mione estava petrificada, ela que a parte racional do grupo, logo...
James riu ao filho que contou como enfrentou o basilisco, matou-o, e saiu dali.
-Você enfrentou novamente Voldemort?
-Não... O que eu enfrentei foi apenas a lembrança do que um dia ele foi! – disse Harry relembrando-se das palavras do diretor.
-Estou com medo de perguntar, mas e no terceiro? – falou Lilian correndo o olhar pelas reações de Hermione e Harry.
-Foi o mais seguro – debochou Harry – Pelo menos não enfrentei Voldemort.
Um alívio tomou conta de Lílian e James. E Harry começou a contar a alguns fatos:
Harry apanhava um chocolate de Lupin.
-Que era aquela coisa? – perguntou a Lupin.
-Um dementador – respondeu Lupin que agora distribuía chocolate para todos – Um dos dementadores de Askaban.
...
-Nenhum de nós está escondendo Sirius Black dentro da capa. Vá”
A criatura não se mecheu.
-Expecto Patrono! – Murmurou Remus, e algo irrompeu de sua varinha.
...
Mostrou-se então, Harry caindo da vassoura, Dumbledore ficou em pé, e gritou:
-Aresto Momentum!
E Harry foi descendo calmamente até o chão, em um pouso suave.
As imagens voltaram a se agitar...
- Você não conhece nem metade do que ele fez Rosmerta - disse Fudge com impaciência. - A maioria nem sabe o pior.
- Pior? - exclamou Madame Rosmerta, a voz animada de curiosidade. - O senhor quer dizer pior do que matar todos aqueles coitados?
- Isso mesmo.
- Não posso acreditar. Que poderia ser pior?
- Você diz que se lembra dele em Hogwarts, Rosmerta - murmurou a Profª. Minerva. - Você se lembra quem era o melhor amigo dele?
- Claro - disse Madame Rosmerta, com uma risadinha. - Nunca se via um sem o outro, não é mesmo? O número de vezes que os dois estiveram aqui, ah, me faziam rir o tempo todo. Uma dupla incrível, Sirius Black e Tiago Potter!
Harry deixou cair a caneca com estrépito.
- Exatamente - disse a Profª. Minerva. - Black e Potter líderes de uma turminha. Os dois muito inteligentes, é claro, na verdade excepcionalmente inteligentes, mas acho que nunca tivemos uma dupla de criadores de confusões igual... Poder-se-ia até pensar que Black e Potter eram irmãos!
O Profº. Flitwick entrou na conversa.
- Inseparáveis!
- Claro que eram - comentou Fudge. - Potter confiava mais em Black do que em qualquer outro amigo. Nada mudou quando os dois terminaram a escola. Black foi o padrinho quando Tiago se casou com Lílian. Depois, eles o escolheram para padrinho de Harry.
O garoto nem tem idéia disso, é claro. Vocês podem imaginar como isto o atormentaria.”
...
“- Então Black era o fiel do segredo dos Potter? - sussurrou Madame Rosemerta.
- Naturalmente - respondeu a Profª. Minerva. - Tiago Potter contou a Dumbledore que Black preferiria morrer a contar onde eles estavam, que Black estava pensando em se esconder também... Mesmo assim, Dumbledore continuou preocupado. Eu me lembro que ele próprio se ofereceu para ser o fiel do segredo dos Potter.
- Ele suspeitava de Black? - exclamou Madame Rosemerta.
- Ele tinha certeza de que alguém íntimo dos Potter tinha mantido Você-Sabe-Quem informado dos movimentos do casal - respondeu a Professora Minerva sombriamente.
- De fato, ele vinha suspeitando havia algum tempo de que alguém do nosso lado virara traidor e estava passando muita informação para Você-Sabe-Quem.
- Mas Tiago Potter insistiu em usar Black?
- Insistiu - disse Fudge com a voz carregada. - E então, pouco mais de uma semana depois de terem realizado o Feitiço Fidelius...
- Black traiu os Potter? - murmurou Madame Rosemerta.
- Traiu. Black estava cansado do papel de agente duplo, estava pronto a declarar abertamente o seu apoio a Você-Sabe-Quem, e parece que planejou fazer isso assim que os Potter morressem. Mas, como todos sabem Você-Sabe-Quem encontrou sua perdição no pequeno Harry Potter. Despojado de poderes, extremamente enfraquecido, ele fugiu.
E isto deixou Black numa posição realmente muito difícil. Seu mestre caíra no exato momento em que ele, Black, mostrara quem de fato era um traidor. Não teve outra escolha senão fugir...
- Vira-casaca imundo e podre! - exclamou Hagrid tão alto que metade do bar se calou.
- Psiu! - fez a Profª. Minerva.
...
- Rony... Você está bem?
- Onde está o cão?
- Não é um cão - gemeu Rony. Seus dentes rilhavam de dor. - Harry é uma armadilha...
- Que...
- Ele é o cão... Ele é um Animago...
Rony olhava fixamente por cima do ombro de Harry. Este se virou depressa. Com um estalo, o homem nas sombras fechou a porta do quarto.
Uma massa de cabelos imundos e embaraçados caíam até seus cotovelos. Se seus olhos não estivessem brilhando em órbitas fundas e escuras, ele poderia ser tomado por um cadáver. A pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto, que ele lembrava uma caveira. Os dentes amarelos estavam arreganhados num sorriso.
Era Sirius Black. Se Tiago não soubesse que era o amigo, jamais o teria conhecido. Não carregava o sorriso satisfeito típico dele. Não tinha brilho nos olhos. Não tinha o rosto outrora bonito tão típico dele. Mas era.
- Expelliarmus! Achei que você viria ajudar seu amigo. - A voz dava a impressão de que havia muito tempo ele perdera o hábito de usá-la. - Seu pai teria feito o mesmo por mim. Foi muita coragem não correr à procura de um professor. Fico agradecido... Vai tornar as coisas muito mais fáceis...
Um movimento repentino de cada lado do corpo do menino e dois pares de mãos o puxou e o manteve parado. Eram Rony e Hermione.
- Não, Harry! - exclamou Hermione num sussurro petrificado; Rony, porém, se dirigiu a Black. - Saiam da frente! - gritou para Rony e Hermione.
Não foi preciso falar duas vezes. Hermione, ofegante, a boca sangrando, atirou-se para o lado, ao mesmo tempo em que recuperava as varinhas dela e de Rony. O garoto arrastou-se até a cama de colunas e largou-se sobre ela, arquejante, o rosto pálido agora se tingindo de verde, as mãos segurando a perna quebrada.
Black estava esparramado junto à parede. Seu peito magro subia e descia rapidamente enquanto observava Harry se aproximar devagar, a varinha apontada para o seu coração.
- Vai me matar, Harry? - murmurou ele.
- Você matou meus pais - acusou-o Harry, com a voz ligeiramente trêmula, mas a mão segurando a varinha com firmeza.
Black encarou-o com aqueles olhos fundos.
- Não nego que matei - disse muito calmo. - Mas se você soubesse da história completa...
- A história completa? - repetiu Harry, os ouvidos latejando furiosamente. - Você vendeu meus pais a Voldemort. É só isso que preciso saber.
- Você tem que me ouvir - disse Black, e havia agora uma urgência em sua voz. - Você vai se arrepender se não me ouvir.... Você não compreende...
- Compreendo muito melhor do que você pensa - disse Harry, e sua voz tremeu mais que nunca. - Você nunca a ouviu, não é? Minha mãe... Tentando impedir Voldemort de me matar... E foi você que fez aquilo... Você é que fez..”
...
Ninguém vai tentar matá-lo até resolvermos umas coisas - disse Lupin.
- Resolvermos umas coisas? - guinchou Pettigrew - Eu sabia que ele viria atrás de mim! Sabia que ele voltaria para me pegar! Estou esperando isso há doze anos!
- Você sabia que Sirius ia fugir de Azkaban? - perguntou Lupin, com a testa franzida. - Sabendo que ninguém jamais fez isso antes?
- Ele tem poderes das trevas com os quais a gente só consegue sonhar! - gritou Pettigrew com voz aguda. - De que outro jeito fugiria de lá? Suponho que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado tenha lhe ensinado alguns truques!
Black começou a rir, uma risada horrível, sem alegria, que encheu o quarto todo.
- Voldemort me ensinou alguns truques?”
Eles continuaram a contar toda a história, onde a Penseira ainda registrava alguns momentos.
“Black se virou para Harry, que não evitou seu olhar.
- Acredite-me - disse, rouco. - Acredite-me, Harry. Nunca traí Tiago e Lílian. Teria preferido morrer a traí-los.
E, finalmente, Harry fez um aceno afirmativo com a cabeça.”
-Mas Pedro não aceitou tão fácil sua condenação – comentou Neville.
- Harry... Harry... Você é igualzinho ao seu pai... Igualzinho... – Guinchava Pedro.
- COMO É QUE VOCÊ SE ATREVE A FALAR COM HARRY? - rugiu Black. - COMO TEM CORAGEM DE OLHAR PARA ELE? COMO TEM CORAGEM DE FALAR DE TIAGO NA FRENTE DELE?
- Harry - sussurrou Pettigrew, arrastando-se em direção ao garoto, com as mãos estendidas. - Harry, Tiago não iria querer que eles me matassem... Tiago teria compreendido, Harry... Teria tido piedade...”
- Você vendeu Lílian e Tiago a Voldemort - disse Black, que também tremia. - Você nega isso?
- Sirius, Sirius, o que é que eu podia ter feito? O Lord das Trevas... Você não faz idéia... Ele tem armas que você não imagina... Tive medo, Sirius, eu nunca fui corajoso como você, Remo e Tiago. Eu nunca desejei que isso acontecesse... Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado me forçou...
- NÃO MINTA! - berrou Black. - VOCÊ ANDOU PASSANDO INFORMAÇÕES PARA ELE DURANTE UM ANO ANTES DE LILIAN E TIAGO MORREREM! VOCÊ ERA ESPIÃO DELE!
-Ele estava assumindo o poder em toda parte! - exclamou Pettigrew. - Que é que eu tinha a ganhar recusando o que me pedia?
- Que é que você tinha a ganhar lutando contra o bruxo mais maligno que já existiu? - perguntou Black, com uma terrível expressão de fúria no rosto. - Apenas vidas inocentes, Pedro!
- Você não entende! - choramingou Pettigrew. - Ele teria me matado, Sirius!
- ENTÃO VOCÉ DEVIA TER MORRIDO! - rugiu Black. - MORRER EM VEZ DE TRAIR SEUS AMIGOS! COMO TERÍAMOS FEITO POR VOCÊ!”
James olhou para seus amigos, Harry e Hermione atônitos:
-Pedro fugiu naquela noite?
-Fugiu, Remus virou um lobisomem, e Sirius foi preso – disse Hermione – Mas como eu tinha um vira-tempo ganho pela professora Minerva, nós voltamos no tempo, refizemos nossos passos e conseguimos salvar Sirius que fugiu montado no hipogrifo do Hagrid.
-Para onde você foi depois daquilo? – perguntou Lílian preocupada com o amigo.
-Passei um bom tempo na casa do Moony – disse Sirius. – Afinal, todos pensavam que o Moony me odiava por ter traído vocês, e eu não podia ficar aparecendo por ali. Quando sai dali fui para o Grimmauld Place.
-E vocês tiveram contado com o Harry quando? – perguntou James.
-Eu só o vi novamente no quinto ano dele – disse Remus suspirando cansadamente ao lembrar-se.
-E por circunstâncias infelizes voltei a ver Harry no final de seu quarto ano! – disse Sirus mostrando totalmente insatisfeito com isso.
-O que aconteceu de tão grave? – perguntou Lílian assustada.
-Um amigo meu morreu, Voldemort ressurgiu e tivemos o torneio tribruxo! – disse Harry.
Hermione começou a contar a história, e Harry ficou calado, não gostava de lembrar...
-Harry – chamou Hermione delicadamente, sabia o quanto aquilo era doloroso.
-Hum...
-A partir de agora eu não sei prosseguir... – falou baixo.
Harry então contou lentamente do toque, do duelo, da morte de Cedrico, do ritual e da ligação das varinhas...
-Eu não me lembro... – disse James.
-Salazar me alertou através de Legimência que vocês não se lembrariam de nada – disse Harry.
-Como assim? – perguntou Tonks.
-Vamos por parte! – disse Harry, e contou de quando voltou para cá, e de como descobriram que Alastor Moody não passava de um impostor.
-Vocês foram ensinados por um impostor? Um comensal? – perguntou James irritado – Dumbledore enloqueceu? Como ele pode ser enganado!
-Fomos, durante nove meses i! – disse Hermione.
-Por Merlin, que eu não me arrependa de perguntar, mas e o seu quinto ano? – perguntou Lílian.
Harry contou dos ataques dos dementadores, do julgamento e de Dolores...
A porta do pub se abriu. Alguns alunos entraram, o primeiro a vir foi Neville, com Dino e Lilá, seguidos por Parvati e Padma Patil com (o estômago de Harry se virou) Cho e uma das amigas que constantemente davam risadas, depois (ela parecia que tinha entrado por acidente) Luna Lovegood, Katie Bell, Alícia Spinnet e Angelina Johnson, Colin e Dennis Creevey, Ernie Macmillan, Justino Finch-Fletchley, Anna Abbott, uma garota da Lufa-lufa que Harry não conhecia, três garotos da Corvinal que estava certo que se chamavam Anthony Goldstein, Michael Corner e Terry Boot, Gina, seguida por um garoto alto e loiro muito magro Harry o reconheceu vagamente ser membro do time de quadribol da Lufa-lufa, e Fred e Jorge com seu amigo Lino Jordan, todos os três com bolsas da Zonko's.
- Poucas pessoas? - disse Harry rouco para Hermione. - Poucas pessoas?
- Sim, bem, a idéia se tornou conhecida - disse Hermione, feliz. - Rony, você quer empurrar mais cadeiras?
O homem do bar tinha congelado, provavelmente ele nunca viu seu pub tão cheio.
- Oi - disse Fred, contando seus companheiros -, nós podemos ter... Vinte cinco cervejas amanteigadas, por favor?
O homem olhou para ele por um momento como se tivesse interrompido algo muito importante, passou as cervejas para eles.
- Cadeiras - disse Fred. - Calma pessoal, eu tenho ouro bastante para todos...
Harry viu muitas pessoas com suas cervejas de Fred e procurando encontrar suas moedas. Ele não podia imaginar que todas essas pessoas vieram para aquele lugar horrível e pensou que poderiam estar esperando um discurso, virou-se para Hermione.
- O que você disse para eles? - disse baixo. - O que eles estão esperando?
- Eu já lhe disse, eles só querem ouvir o que você tem a dizer - disse Hermione calmamente, mas ele continuou a olhar para ela furioso e ela acrescentou. - Você não tem que fazer nada ainda, eu falarei com eles primeiro.
- Oi Harry - disse Neville, que sentou do lado oposto a ele.
Harry tentou sorrir de volta mas não falou, sua boca estava muito seca. Cho tinha acabado de sorrir para ele e se sentou à direita de Rony. Sua amiga, que tinha um curto encaracolado e vermelho cabelo, não sorriu mas deu a Harry um olhar desconfiado e disse que por ela não estaria ali.
Duas ou três pessoas chegaram, Harry, Rony e Hermione olharam, alguns um pouco excitados outros curiosos, como Luna Lovegood. Quando todos se sentaram a conversa voltou. Todos olhavam Harry.
- Er - disse Hermione um pouco nervosa. - Bem, er, oi.
O grupo desviou sua atenção para ela, com alguns olhando ainda para Harry.
- Bem... Er... Bem, vocês sabem porque estão aqui. Er... Bem, Harry teve uma idéia... Eu digo - Harry deu um olhar estranho -, eu tive a idéia que talvez algumas pessoas queiram estudar Defesa Contra as Artes das Trevas, quero dizer, realmente estudar, vocês sabem, não o que Umbridge está fazendo conosco... - a voz de Hermione ficou mais forte e mais confiante. - Porque ninguém pode chamar aquilo de Defesa Contra as Artes das Trevas...
- Escutem, escutem - disse Anthony Goldstein e Hermione olhou para ele.
- Bem, eu acho que seria bom se nós, bem, entregarmos problemas nas nossas mãos.
Ela parou, olhou para Harry e prosseguiu.
- Eu digo aprender como nos defender, não só na teoria, mas fazendo feitiços verdadeiros...
- Você quer passar no seu N.O.M. de Defesa Contra Artes das Trevas também? - disse Michael Corner, que a estava olhando de perto.
- Claro que sim - disse Hermione. - Mais que isso, eu quero treinar vocês porque... Porque... - ela respirou fundo e concluiu. - Porque Lord Voldemort voltou
A reação foi imediata. A amiga de Cho derrubou cerveja amanteigada nela mesma, Terry Boot deu um gritinho involuntário, Padma Patil estremeceu e Neville tossiu. Todos olharam fixamente para Harry.
- Bem... Esse é o plano, de qualquer forma - disse Hermione. - Se vocês quiserem se juntar a nós precisamos decidir como faremos...
- Onde está a prova que Você-Sabe-Quem está de volta? - disse agressivamente o garoto loiro da Lufa-lufa que jogava quadribol.
- Bem, Dumbledore acredita nisso.
- Você quer dizer, Dumbledore acredita nele... - disse o garoto, apontando Harry.
- Quem é você? - disse Rony, um pouco rude.
- Zacharias Smith, e eu acho que nós devemos saber o que ele diz sobre Você-Sabe-Quem retornou.
- Olha - disse Hermione, intervindo -, realmente não é só uma suposição sobre...
- Está bem, Hermione - disse Harry.
Ele pensou por que tinham tantas pessoas lá. Achou que Hermione devia ver essas pessoas. Alguns deles, talvez muitos, tiveram a esperança de ouvir a história de Harry.
- O que me fez dizer sobre o retorno de Você-Sabe-Quem? - repetiu olhando Zacharias nos olhos. - Eu o vi. Mas Dumbledore disse para toda a escola o que aconteceu ano passado e se você não acredita nele você não vai acreditar em mim e eu não vou gastar minha tarde tentando convencer qualquer um.
O grupo todo pareceu prender a respiração quando Harry falava. Ele teve a impressão que até o homem do bar estava ouvindo, estava limpando o mesmo vidro, fazendo ficar pior.
Zacharias disse despreocupado.
- Tudo que Dumbledore disse para nós ano passado foi que Você-Sabe-Quem matou Cedrico Diggory e que você trouxe o corpo dele de volta para Hogwarts. Ele não nos deu detalhes, não nos disse exatamente como Diggory foi assassinado, eu acho que todos nós gostaríamos de saber...
- Se você veio para ouvir exatamente o que acontece quando Voldemort mata alguém eu não posso ajudá-lo - Harry disse, olhando para rosto furioso de Zacharias e tentando não olhar para Cho. - Eu não quero falar sobre Cedrico Diggory, está bem? Então se você está aqui para isso deve ir embora.
Ele olhou para Hermione com raiva. Sentiu todos os sentimentos dela, estava decidida a deixá-lo falando e todos vieram para ouvir sua história. Mas nenhum deles deixou seus assentos, nem mesmo Zacharias, que continuava olhando para Harry.
- Então - disse Hermione, sua voz preocupada. - Então... Como eu estava falando... Se vocês querem aprender alguma defesa, depois nós trabalharemos como faremos isso, com que freqüência e onde iremos...
- É verdade - interrompeu uma garota com uma trança em suas costas, olhando Harry - que você pode produzir um Patrono?
Houve um barulho de interesse do grupo após isso.
- Sim.
- Um Patrono com forma?
Essa frase Harry já tinha ouvido.
- Er... Você não conhece Madame Bones, conhece?
A garota sorriu.
- Ela é minha tia. Eu sou Susan Bones. Ela me disse, então é verdade? Você faz um cervo como Patrono?'.
- Sim.
- Puxa, Harry! - disse Lino, profundamente impressionado. - Eu nunca soube!
- Mamãe disse a Rony para não espalhar por aí - disse Fred, olhando para Harry. - Ela disse que chamaria muita atenção.
- Ela não está errada - murmurou Harry e poucos riram.
A bruxa com véu sentada sozinha estava atenta a eles.
- E você matou um basilisco com a espada do escritório de Dumbledore? - perguntou Terry Boot. - Um retrato me disse quando eu estava lá ano passado...
- Er, sim, eu fiz, sim.
Justino Finch-Fletcher tossiu; os irmãos Creevey se entreolharam e Lilá Brown disse "Uau!". Harry estava se sentindo corar, estava determinado olhar para outro lugar sem ser para Cho.
- Foi no nosso primeiro ano - disse Neville para um grande grupo -, ele salvou a Pedra Filosofante...
- Filosofal - corrigiu Hermione.
- Sim, de Você-Sabe-Quem - terminou Neville.
Os olhos de Anna Abbott estavam tão abertos quanto galeões.
- E ninguém falou nada - disse Cho. Os olhos de Harry se viraram para ela; que estava olhando e sorrindo para ele, seu estômago deu outra revirada. - Todas as tarefas que ele teve que passar no Torneio Tribruxo ano passado, passar por dragões, os sereianos, a acromântula e coisas...
Fez-se um murmúrio de interesse na mesa. Harry tentava não parecer contente consigo mesmo. Cho o havia elogiado tanto.
- Olha - ele disse e todos ficaram em silêncio por um momento. - Eu... Eu não estou tentando ser modesto ou algo parecido, mas... Eu tive muita ajuda para isso tudo...
- Não pelo dragão - disse Michael Corner. - Foi uma coisa séria sobre voar...
- É, bem... - disse Harry, achando que não teria coragem de descordar.
- E ninguém o ajudou desviar dos dementadores esse verão - disse Susan Bones.
- Não, não, ok, eu fiz isso sem ajuda, mas o fato é que eu estou tentando fazer isso..
- Você quer nos mostrar como se faz isso tudo? - disse Zacharias Smith.
- É essa a idéia - disse Rony alto, antes que Harry respondesse. - Por que você não fecha a sua boca?
Talvez a palavra "mostrar" afetou Rony. Estava olhando Zacharias como se não tivesse nada para atirar nele. Zacharias corou.
- Bem, nós aprenderemos isso tudo e agora ele está dizendo que realmente não pode fazer nada disso.
- Não é o que ele está falando - rosnou Fred.
- Você gostaria que nós limpássemos sua orelha para você? - perguntou Jorge, tirando um instrumento de metal de uma das bolsas da Zonko's.
- Ou qualquer parte de seu corpo, realmente, ou onde nós conseguirmos fazer isso alcançar - disse Fred.
- Sim, bem - disse Hermione secamente. - Chega... A questão é: quem quer ter lições com Harry?
Fizeram-se murmúrios de aprovação. Zacharias cruzou seus braços e não disse nada, talvez porque estivesse muito ocupado em olhar o instrumento na mão de Fred.
- Certo - disse Hermione, olhando aliviada. - Bom depois, a próxima pergunta é com que freqüência nós faremos isso, acho que uma vez por semana, alguma oposição?
- Por favor - disse Angelina -, nós precisamos ter certeza que não há aula durante o treino de quadribol
- Não - disse Cho -, nem no nosso.
- Nem nosso - disse Zacharias Smith.
- Eu tenho certeza que podemos encontrar uma noite livre - disse Hermione impaciente -, mas vocês sabem, a importância, de estarmos falando de aprender a nos defender dos Comensais da Morte de Voldemort...
- Bem dito! - disse Ernie Macmillan. - Eu acho que é importante, mais importante do qualquer outra coisa que vamos fazer esse ano! - olhou apreensivo, estava esperando pessoas dizerem "Claro que não!", como ninguém falou acrescentou; - Eu estou perdido querendo saber por que o Ministro mandou essa professora inútil num período difícil. Óbvio, eles não acreditam sobre o retorno de Você-Sabe-Quem, mandar uma professora que não quer que a gente faça qualquer feitiço...
- Nós achamos a razão de Umbridge não querer que pratiquemos Defesa Contra as Artes das Trevas - disse Hermione - é que ela tem uma idéia ruim de que Dumbledore possa usar os estudantes como um próprio exército. Ela acha que ele pode nos mobilizar contra o Ministério.
Todos olharam espantados com as notícias; exceto Luna Lovegood, que começou a falar.
- Bem, faz sentido. Cornélio Fudge tem seu próprio exército.
- O quê? - disse Harry.
- Sim, ele tem o exército de Heliopaths - disse Luna.
- Não, ele não tem - respondeu Hermione.
- Sim, ele tem - disse Luna.
- O que é Heliopaths? - perguntou Neville, branco.
- São espíritos do fogo - disse Luna. - Grandes criaturas que galopam pelo chão queimando tudo pela frente...
- Eles não existem, Neville - disse Hermione secamente.
- Oh, sim, eles existem! - disse Luna com raiva.
- Me desculpe, mas há alguma prova disso? - cortou Hermione.
- Há muitas vítimas. Só que você é tão limitada sobre coisas que estão de baixo do seu nariz que antes de voc...
- Hum, hum - disse Gina, numa bela imitação da professora Umbridge, que muitos olharam e riram. - Nós não estamos tentando decidir com que freqüência nós teremos aulas de defesa?
- Sim - disse Hermione. - Sim, nós estamos, você está certa, Gina.
- Uma vez por semana parece legal - disse Lino Jordan.
- Desde que... - começou Angelina.
- Sim, sim, nós sabemos sobre o quadribol - disse Hermione, tensa. - Outra coisa é decidir onde nos encontraremos...
Foi um momento difícil para o grupo todo, que ficou em silêncio.
- Biblioteca? - sugeriu Katie Bell depois de alguns minutos.
- Eu não acho que Madame Pince vai deixar fazermos isso na biblioteca - disse Harry.
- Talvez numa sala de aula vazia? - disse Dino.
- É - disse Rony -, McGonagall talvez nos deixe usar a dela, ela deixou quando Harry estava praticando para o Tribruxo.
Mas Harry achou que McGonnagal não deixaria. Hermione dissera para todos sobre estudar, grupos de estudo sozinhos, ele teve o pressentimento que seria ruim.
- Está certo bem, nós tentaremos achar algum lugar - disse Hermione. - Mandaremos uma mensagem para todos quando encontrarmos um lugar para o primeiro encontro. Eu acho que todos devem escrever seus nomes, só para sabermos quem está aqui. Eu também acho - ela respirou fundo - que nós não devemos falar o que estamos fazendo. Principalmente a Umbridge.
Fred pegou um pergaminho e escreveu seu nome mas Harry notou que muitos não pareciam felizes pondo seus nomes na lista.
- Er... - disse Zacharias devagar, não pegando o pergaminho que Jorge estava tentando passar para ele. - Bem... Eu tenho certeza que Ernie me dirá quando será nosso próximo encontro,.
Mas Ernie pareceu hesitante também. Hermione levantou suas sobrancelhas.
- Eu... Bem... Nós somos monitores - Ernie falou. - E se essa lista for encontrada... Bem, eu digo... Você disse se Umbridge descobrir...
- Você disse para essas pessoas que era a mais importante coisa que você faria esse ano - Harry lembrou.
- Eu... Sim, sim eu ainda acredito nisso...
- Ernie, você acha que deixaremos essa lista por aí? - disse Hermione.
- Não, é claro que não - respondeu, ficando menos ansioso. - Sim, é claro, eu assinarei.
Ninguém foi contra depois de Ernie, Harry viu a amiga de Cho com um olhar de reprovação antes de assinar. Quando a última pessoa, Zacharias, assinou Hermione pôs o papel dentro da sacola. Tinha um sentimento estranho no grupo agora. Era como se tivessem feito um tipo de contrato.
- Bem, já era tempo - disse Fred. - Jorge, Lino e eu conseguimos itens naturais para compra, nós veremos vocês depois.
Em dois ou três minutos o resto do grupo se foi, também.
Cho pegou sua mochila rápido antes de ir, seu longo cabelo negro caiu sobre seu rosto como uma cortina, sua amiga ficou atrás dela, impaciente, então não teve opção a não ser sair. Sua amiga a apressou para a porta, Cho olhou e acenou para Harry.
- Bem, eu acho que foi bom - disse Hermione contente, quando ela Harry, Rony saíram do Hog's Head e viram o céu ensolarado por seu último momento.
...
Harry escutou um grito triunfante de Bellatrix Lestrange mas sabia que isso não significava nada - Sirius só tinha caído através da passagem arcada e ele reapareceria do outro lado em qualquer minuto...
Mas Sirius não apareceu.
- SIRIUS! - Harry gritou. - SIRIUS!
Ele se estendeu no chão, sua respiração veio em cauterizadas arfadas. Sirius tinha que estar logo atrás da cortina, ele, Harry poderia puxá-lo de volta...
Mas enquanto se alcançava o chão e corria a toda velocidade até o balcão Lupin agarrou Harry pelo peito, puxando-o de volta.
- Não há nada que você possa fazer, Harry...
- Pegue-o! Salve-o, ele está simplesmente lá dentro!
-... É muito tarde Harry.
- Nós ainda podemos alcançá-lo... - Harry se debateu dura e cruelmente, mas Lupin não o deixaria ir...
- Não ha nada que você possa fazer Harry... Nada... Ele se foi.
...
Apareça, apareça, pequeno Harry! - chamou ela, imitando a voz de um bebê, que ecoou no assoalho polido de madeira. - Por que você veio atrás de mim, afinal? Eu pensei que você estivesse aqui para vingar o meu querido primo!
- E estou! - gritou Harry e um coral de Harry's fantasmagóricos pareceu dizer "E estou! E estou! E estou!" por toda a sala.
- Aaaaaah... Você o amava, bebezinho Potter?
O ódio cresceu em Harry como nunca antes; voou de trás da fonte e exclamou "Crucio!".
Bellatrix gritou: o feitiço a tinha feito cair no chão, mas ela não se retorceu nem berrou de dor como Neville - ela já estava se levantando, sem ar - e não ria mais. Harry se desviou para trás da fonte dourada novamente. O contra-ataque dela acertou a cabeça do simpático bruxo, que explodiu e aterrissou a metros de distância, cavando longos arranhões no chão de madeira.
- Nunca usou uma Maldição Imperdoável antes, não é, garoto? - ela gritou. Não estava mais usando a voz de bebê. - Você precisa querer usá-las, Potter! Você precisa realmente querer causar a dor, aproveitá-la, raiva moralista não vai me machucar por muito tempo, eu mostrarei a você como se faz certo? Eu lhe darei uma lição...
-Depois daquilo Voldemort e Dumbledore surgirão, duelarão e Bellatriz fugiu... – resumiu Hermione
-Você não usou a maldição então? – perguntou Lílian á seu filho que mirava o chão.
-Não naquele ano... – disse Harry com os punhos fechados sobre a calça e de cabeça baixa sem encarar sua mãe.
-Qual você usou? – perguntou Sirius agora surpreso junto com os demais.
-Cruciatus... – murmurou Harry baixo, porém todos os demais ouviram e a sala recaiu em silêncio
-Quando? – a pergunta agora partiu de Hermione.
-Setimo ano... Torre da Corvinal... – comentou erguendo rapidamente a cabeça enquanto olhava para as expressões sérias e incredulas a sua frente.
-Certo – disse Remus lançando-lhe um olhar de entendimento – Mas Harry é melhor você contar ainda o sexto ano...
Harry e Hermione contaram o sexto pacientemente, até mesmo porque eles tinham que explicar o que era uma Horcruz.
-Agora eu fiquei curioso, filho, se você acabou de afirmar que viu Snape matar Dumbledore porque o defendeu? – perguntou seu pai.
-Esta é uma pergunta que todos querem ouvir a resposta! – disse Tonks agora olhando Harry.
-Ouçam o nosso sétimo ano e descobriram... – Harry começou a contar sobre o que foi decidido sobre a viagem, e contou sobre todas as Horcruxes, e a volta á Hogwarts.
Quando Harry entrou na sala, houve vários berros e gritos: “HARRY”, “É o Potter, é o POTTER”, “Rony!”, ”Hermione!”
Harry se sentia estranhamente confuso com as tapeçarias coloridas, os lustres e muitos, muitos rostos. No momento seguinte, ele, Rony e Hermione foram tragados, abraçados, levaram tapinhas nas costas, seus cabelos desarrumados, suas mãos chacoalhadas pelo que parecia ser mais de vinte pessoas. Parecia que haviam acabado de ganhar a final de Quadribol.
– Tudo bem, tudo bem. Acalmem-se! - pediu Neville e, enquanto a multidão se afastava, Harry foi capaz de observar ao seu redor.
Harry definitivamente não reconhecia o dormitório. Era enorme e parecia muito com o interior de uma suntuosa casa-na-árvore, ou talvez, uma gigantesca cabine de algum navio. Redes de dormir coloridas estavam fixas no teto e nos pilares que percorriam o aposento de madeira escura, paredes sem janelas, que estavam cobertas por tapeçarias. Harry viu o leão dourado da Grifinória ornado com vermelho; o texugo negro da Lufa-Lufa sobre um fundo amarelo e a águia em bronze da Corvinal, sobre o azul. A única tapeçaria que faltava era a verde e prateada da Sonserina. Havia grandes caixas de livros, algumas vassouras encostadas nas paredes e num canto, um radiofone em uma caixa de madeira.
– Onde nós estamos?
– Na Sala Precisa, é claro. - disse Neville – Ela se superou, não? Os Carrows estavam me perseguindo e eu sabia que só havia um lugar onde me esconder. Só precisava passar pela porta e foi isso que encontrei! Bem, não era exatamente assim quando eu cheguei, era um pouco menor, havia só uma rede de dormir e várias bandeiras da Grifinória. Mas ela se expandiu cada vez mais conforme a A.D. foi chegando.
– E os Carrows não podem entrar? - perguntou Harry, enquanto procurava pela porta.
– Não. - disse Simas Finnigan, quem Harry não reconhecera até ele falar. O rosto de Simas estava todo machucado e inchado. – É o esconderijo perfeito, enquanto um de nós permanecer aqui ninguém pode entrar, a porta não se abre. Tudo graças ao Neville. Ele realmente queria esta sala. Você tem que pensar exatamente o que você precisa, como: Não quero que nenhum companheiro dos Carrows possa entrar. E ela fará pra você. Você só tem que se certificar se fechou bem as passagens. Neville é o cara!
– Isso foi bem direto, sério. - disse Neville modestamente – Estava aqui fazia um dia e meio e estava ficando faminto, então desejei algo para comer e foi aí que a passagem para o Cabeça de Javali se abriu. Segui por ela e foi quando encontrei Aberforth. Ele nos tem fornecido comida, pois, por alguma razão, é a única coisa que a sala não fornece.
– Bem, comida é uma das cinco exceções da Lei Elementar de Transfiguração, de Gamp. - disse Rony, para espanto geral.
– Então estamos escondidos aqui por quase duas semanas. - disse Simas - E a sala sempre fornece mais redes sempre que precisamos delas, e ela até forneceu um banheiro muito bom quando as garotas começaram a aparecer.
– ....e pensou que elas gostariam de se lavar, sim. - complementou Lilá Brown, quem Harry ainda não havia notado até o momento. Agora que ele olhava atentamente, havia muitos rostos conhecidos, as gêmeas Patil, Terry Boot, Ernie Macmillan, Anthony Goldstein e Michael Corner.
– Conte o que vocês estão aprontando, - disse Ernie - Tem havido muitos rumores, estávamos tentando entrar em contato com você pelo Potterwatch. - ele apontou para o radiofone. – Vocês não invadiram Gringotes, invadiram?
– Invadiram. - disse Neville - E o dragão também era verdade!
Houve alguns aplausos e algumas ovações; Rony se curvara em agradecimento.
– O que vocês estavam procurando? - perguntou Simas, ansioso.
Antes que qualquer um deles pudesse responder a questão, Harry sentiu uma terrível dor na cicatriz. Harry deu as costas para as caras curiosas e alegres, a Sala Precisa desaparecera e ele estava em pé, dentro de uma casa de pedras em ruínas, o assoalho decaído estava arrancado sob seus pés, ao lado de um buraco no chão, desenterrada, estava uma caixa dourada, aberta e vazia e o grito furioso de Voldemort vibrou dentro de sua cabeça.
Com um enorme esforço ele deixou a mente de Voldemort, voltando para onde estava, na Sala Precisa, o suor escorria pelo seu rosto e Rony o segurava em pé.
– Você está bem, Harry? - disse Neville – Quer sentar? Imagino que você esteja cansado, não...?
– Não. - interrompeu Harry. Ele olhou para Rony e Hermione, tentando contar a eles, sem usar palavras, que Voldemort havia descoberto que perdera uma de suas Horcruxes. Estavam ficando sem tempo: se Voldemort escolhesse visitar Hogwarts depois, eles perderiam a chance.
– Nós precisamos prosseguir. - disse, e as expressões mostraram que eles haviam entendido.
– O que faremos então, Harry? - perguntou Simas – Qual é o plano?
– Plano? - repetiu Harry. Ele estava exercitando toda sua força de vontade para evitar sucumbir à fúria de Voldemort; sua cicatriz ainda queimava. – Bem, tem algo que nós... Rony, Hermione e eu, precisamos fazer e depois sairemos daqui.
Ninguém mais estava aplaudindo ou ovacionando. Neville parecia confuso.
– Que você quer dizer com sair daqui?
– Não viemos para ficar. - disse Harry, coçando a cicatriz, tentando amenizar a dor. – Tem algo importante que precisamos fazer...?
– O que é?
– Eu... não posso contar.
Houve uma explosão de sussurros. As sobrancelhas de Neville se contraíram.
– Por que não podem nos contar? Tem algo haver com lutar com Você-Sabe-Quem, certo?
– Bem, é...
– Então vamos te ajudar.
Os outros membros da Armada de Dumbledore concordavam; alguns entusiasmados, outros solenes. Alguns se levantaram das cadeiras mostrando sua vontade perante uma ação imediata.
– Vocês não entendem, - Harry sentia ter dito isso várias vezes nas últimas horas - nós... nós não podemos contar à vocês.Temos que fazer isso... sozinhos.
– Por quê? - perguntou Neville.
– Porque sim. – em seu desespero para começar a procura pela Horcrux desaparecida, ou pelo menos em ter uma conversa em particular com Rony ou Hermione sobre por onde deveriam começar sua busca; Harry achava difícil reunir seus pensamentos. Sua cicatriz ainda queimava – Dumbledore deixou uma tarefa a nós três, - disse cuidadosamente – e nós não deveríamos contar, quero dizer, ele queria que nós a fizéssemos, só nós três.
– Somos a armada dele. Armada de Dumbledore. Estamos juntos nessa, mantivemos a Armada funcionando enquanto vocês estavam fora...
– Não tem sido exatamente um piquenique, cara. - disse Rony.
– Eu nunca disse isso, mas não vejo o porquê não confiar em nós. Todos nesta sala têm lutado e estão nessa sala porque os Carrows os estavam perseguindo. Todos aqui se provaram leais à Dumbledore, leais a você.
– Olhem... - começou Harry, sem saber o que iria dizer, mas não importava. A porta do túnel se abriu logo atrás dele.
-Nós recebemos a sua mensagem, Neville. Olá vocês três, eu achei que deviam estar aqui!
Eram Luna e Dino. Simas deu um urro de satisfação e correu para abraçar seu melhor amigo.
– Oi todo mundo. - disse Luna alegremente – É ótimo estar de volta!
– Luna, - disse Harry, meio confuso – o que você está fazendo aqui? Como foi que você...?
– Eu a avisei, - disse Neville, segurando o falso galeão – Eu prometi a ela e à Gina que avisaria caso vocês voltassem. Todos nós pensávamos que, com sua volta, significaria revolução. Que derrubaríamos Snape e os Carrows.
– E é isso que significa - disse Luna alegremente – Não é, Harry? Nós vamos arrancar eles de Hogwarts?
– Ouçam... - disse Harry, com uma crescente sensação de pânico – Me desculpem, mas não foi por isso que voltamos. Tem algo que precisamos fazer e depois...
– Vai nos abandonar no meio dessa confusão? - reprovou Michael Corner.
– Não! Disse Rony. O que estamos fazendo beneficiará a todos vocês no final, estamos tentando nos livrar de Vocês-Sabe-quem....
- Então nos deixe ajudar! - disse Neville, com raiva – Queremos fazer parte disso!
Houve outro barulho detrás deles, e Harry se virou. Seu coração pareceu parar. Gina estava passando pelo buraco na parede, seguida de perto por Fred, George e Lino Jordan. Gina lançou a Harry um sorriso radiante que ele havia esquecido, ou nunca o havia apreciado por completo, o quão bonito ele era, mas ele nunca se sentira tão pouco animado em vê-la.
– Aberforth está começando a ficar irritado. - disse Fred, erguendo a mão em cumprimento. - Ele quer tirar uma soneca e seu bar se transformou numa estação de trem.
O queixo de Harry caiu, logo atrás de Lino estava sua antiga namorada, Cho Chang. Ela sorriu para ele.
– Recebi a mensagem. - disse, erguendo o falso galeão e foi se sentar ao lado de Michael Corner.
– Então, qual o plano, Harry? - perguntou George.
– Não há plano. - disse Harry, ainda desorientado pela aparição repentina de todas essas pessoas, incapaz de absorver tudo enquanto sua cicatriz queimava.
– Vamos bolando o plano conforme for acontecendo? É o meu tipo favorito. - disse Fred.
– Você tem que parar com isso! - Harry disse a Neville – Para que você chamou todos de volta? Isso é idiotice...
– Estamos lutando, não estamos? - disse Dino, pegando o falso galeão. – A mensagem dizia que Harry havia voltado e que nós iríamos para a luta. Embora eu tenha que pegar uma varinha...
– Você não tem uma varinha...? - começou Simas.
Rony virou-se de repente para Harry.
– Por que eles não podem ajudar?
– O quê?
– Eles podem ajudar. - ele abaixou a voz de modo que ninguém pudesse ouvir a não ser Hermione, que estava entre eles. – Não sabemos onde ele está. Temos que encontrá-lo, e rápido. Não precisamos contar a eles que é uma Horcrux.
Harry olhava de Rony para Hermione, que sussurrou:
– Eu acho que Rony está certo. Nós nem sabemos o que estamos procurando. Precisamos deles. - E quando Harry não parecia ter se convencido, – Você não precisa fazer tudo sozinho, Harry.
Harry pensava rápido, sua cicatriz ainda incomodando. Sua cabeça ameaçava ceder novamente. Dumbledore havia dito para ele não contar a ninguém sobre os Horcruxes, a não ser para Rony e Hermione. Segredos e mentiras foi assim que crescemos, e Alvo... ele era especialista... Estaria ele se tornando Dumbledore, mantendo seus segredos presos sob o peito, com receio de confiar? Mas Dumbledore confiou em Snape, e onde isso levou? Em seu assassinato no topo da torre mais alta...
– Tudo bem. - ele disse baixo para os dois – Certo... - ele falou para a sala e todos os sons cessaram. Fred e George, que estavam contando piadas para beneficio dos próximos a eles, se aquietaram; estavam todos alertas, excitados.
– Tem algo que precisamos encontrar. - disse Harry - Algo que... algo que nos ajudará a vencer Vocês-Sabem-Quem. Está aqui em Hogwarts, mas não sabemos onde. Deve ter pertencido à Corvinal. Alguém ouviu falar de algo semelhante? Alguém, por um acaso, se deparou com algo com a águia gravada nele?
Ele olhou, esperançoso, para o pequeno grupo da Corvinal, para Padma, Michael, Terry e Cho, mas foi a Luna que respondeu, sentada no braço da cadeira de Gina.
– Bem, tem o diadema perdido dela. Eu falei com você sobre isso, lembra, Harry? O diadema perdido de Ravenclaw. Papai estava tentando duplicá-lo.
– É, mas o diadema perdido, - disse Michael Corner, virando os olhos - está perdido, Luna. Esse é o problema.
– Quando ele foi perdido? - perguntou Harry.
– Séculos atrás, dizem. - disse Cho, e o coração de Harry despencou. – Professor Flitwick disse que o diadema sumiu junto com a própria Ravenclaw. As pessoas procuraram, mas... – ela olhou para seus amigos da Casa – ninguém nunca encontrou vestígios dele, não é?
Todos balançaram a cabeça.
– Desculpem, mas o que é um diadema? - perguntou Rony.
– É um tipo de coroa. - disse Terry Boot – A de Ravenclaw era suposto ter propriedades mágicas, que tornava quem a usasse mais sábio.
– Sim, os Sifões de zonzóbulos* do papai...
Mas Harry a interrompeu.
– E nenhum de vocês nunca viu algo parecido com isso?
Todos negaram novamente. Harry olhou para Rony e Hermione e o mesmo desapontamento foi devolvido pelos olhares dos amigos. Algo que fora perdido há tanto tempo, aparentemente sem deixar rastro, não parecia um forte candidato à Horcrux escondida no castelo. Antes que pudesse formular uma nova pergunta, Cho falou:
– Se você quiser saber com o que o diadema se parece, Harry, posso levá-lo à Sala Comunal de Corvinal e te mostrar. Ela está usando o diadema em sua estátua.
A cicatriz de Harry queimou novamente. Por um momento a Sala Precisa saiu do seu redor, e ao invés ele viu o solo escuro e revirado sob seus pés, ele podia sentir a gigantesca cobra enrolada em seus ombros. Voldemort estava voando novamente, fosse para o lago subterrâneo ou para o castelo, ele não sabia. Mesmo assim, de qualquer maneira, restava pouco tempo.
– Ele está a caminho. - disse baixo para Rony e Hermione. Ele olhou para Cho e de volta para Rony e Hermione. – Ouçam, sei que não é uma boa pista, mas vou olhar essa estátua e descobrir como esse diadema é. Esperem por mim aqui e mantenham, vocês sabem... um ao outro... em segurança.
Cho ficou em pé, mas Gina disse ferozmente:
– Não. A Luna vai levar o Harry, não é, Luna?
– Oooh, sim, será um prazer. - disse Luna, sorridente, enquanto Cho voltava a se sentar, parecendo desapontada.
– Como saímos daqui? - Harry perguntou à Neville.
– Por aqui.
...
E um barulho ensurdecedor trouxe Harry de volta para onde ele estava: desorientado, ele ergueu sua varinha, mas a bruxa a sua frente já estava caindo para trás; ela se estatelou tão fortemente que o vidro nas estantes tiniu.
– Eu nunca estuporei ninguém a não ser nas nossas aulas na A.D – disse Luna, parecendo docemente interessada – Isso foi mais barulhento do que eu imaginava que seria.
Dito e feito: o teto começou a tremer. Apressando-se, passos ecoantes vinham cada vez mais altos de trás da porta que levava aos dormitórios: o feitiço de Luna tinha acordado os corvinais que estavam dormindo.
– Luna, cadê você? Eu preciso me esconder na capa!
Os pés de Luna apareceram do nada; ele correu para o lado da garota e ela fez com que a capa caísse sobre eles assim que a porta se abriu e um mar de corvinais, todos em trajes de noite, inundou a sala comunal. Suspiros e gritos de surpresa ecoaram quando eles viram Aleto deitada lá, inconsciente. Devagar eles se misturaram em volta dela, um monstro brutal que talvez acordasse a qualquer momento e os atacasse. Então um corajoso e pequeno primeiro-anista lançou-se à frente e espetou o traseiro dela com o dedão do pé.
– Eu acho que talvez esteja morta! – ele gritou com deleite.
– Oh, olha – sussurrou Luna felizmente, quando os corvinais se amontoavam em volta de Aleto – Eles estão contentes!
– É... ótimo...
Harry fechou os olhos, e quando a cicatriz palpitou, ele resolveu se afundar de novo na mente de Voldemort... Ele estava se movendo pelo túnel em direção à primeira caverna... Ele tinha escolhido conferir o medalhão antes... mas não demoraria muito.
Houve uma pancada na porta da sala comunal e todos os estudantes congelaram. Do outro lado, Harry ouviu a voz musical emitida pela aldrava em forma de águia:
– Para onde vão objetos sumidos?
– E eu lá sei? Cale-se – resmungou uma voz grosseira que ele sabia ser a do irmão Carrow, Amico – Aleto? Aleto? Você está aí? Você o pegou? Abra a porta!
Os corvinais estavam sussurrando entre si, horrorizados. Então, sem nenhum aviso, veio uma série de pancadas, como se alguém estivesse atirando na porta.
– ALETO! Se ele vier, e nós não tivermos Potter... você quer ter o mesmo caminho que os Malfoy? RESPONDA! – berrou Amico, balançando a porta com tudo que podia, mas ainda assim esta não abria. Os corvinais estavam todos recuando, e alguns dos mais assustados fugindo pela escadaria de volta para suas camas. Então, bem quando Harry estava pensando sobre levar a porta ao chão e estuporar Amico antes que o comensal pudesse fazer qualquer coisa, uma segunda voz, mais familiar, apareceu além da porta.
– Posso saber o que você está fazendo, professor Amico?
– Tentando... passar... por essa... maldita... porta! – gritou Amico – Vá e traga Flitwick! Traga-o para abrir isso, agora!
– Mas sua irmã não está lá dentro? – perguntou McGonagall – Professor Flitwick não a deixou entrar há pouco, no início da noite, sob sua urgente solicitação? Talvez ela possa abrir a porta para você. E então você não precisaria acordar metade do castelo.
– Ela não está respondendo, sua vassoura velha! Abra você! Faça isso agora!
– Certamente, se deseja – disse professora McGonagall, com frieza e desagrado. Houve um gentil toque na aldrava e a voz musical perguntou novamente:
– Para onde vão objetos sumidos?
– Para o inexistente, como, deve ser dito, todas as coisas – respondeu professora McGonagall.
– Bem expressado – respondeu a águia-aldrava, e a porta se abriu.
Os poucos corvinais que tinham continuado atrás correram para as escadas quando Amico explodiu pela entrada, brandindo sua varinha. Arqueado como sua irmã, ele tinha um rosto pálido e pastoso e olhos minúsculos, que caíram de uma vez sobre Aleto, espalhada inerte no chão. Ele soltou um grito de fúria e espanto.
– O que fizeram a ela estes cãezinhos? – ele gritou – Vou torturar todos eles até que alguém diga quem fez isto... e o que dirá o Lord das Trevas? – ele gritou, debruçado sobre a irmã, batendo na própria testa com os punhos – Nós não o pegamos, e eles mataram!
– Ela só foi estuporada, está bem? – disse professora McGonagall impaciente, que tinha se inclinado para examinar Aleto – Ela ficará perfeitamente bem.
– Não, ela não vai! – berrou Amico – Não depois que o Lord das Trevas pegá-la! Ela o chamou, eu senti minha marca queimando, e ele acha que nós pegamos Potter!
– Pegaram Potter? – disse professora McGonagall com severidade – Como assim ‘pegaram Potter’?
– Ele nos disse que Potter talvez tentasse entrar na Torre da Corvinal, e para chamar-lhe se pegássemos o garoto!
– Porque Potter tentaria entrar na Torre da Corvinal? Ele pertence à minha Casa!
Por baixo da descrença e raiva, Harry ouviu um caráter de orgulho na voz dela, e afeição por Minerva McGonagall brotou dentro dele.
Professora McGonagall levantou-se e seus pequenos e brilhantes olhos varreram a sala. Duas vezes eles passaram exatamente onde Harry e Luna estavam.
– Nós podemos forçar as crianças – disse Amico, seu rosto suíno repentinamente astuto – É, é isso que vamos fazer. Nós vamos dizer que Aleto foi emboscada pelas crianças, aquelas crianças lá em cima – ele olhou para o teto estrelado em direção aos dormitórios – e vamos dizer que eles a forçaram a tocar a Marca, e foi por isso que ele recebeu um falso alarme... Ele pode puni-los. Umas duas crianças mais ou menos, qual a diferença?
– Apenas a diferença entre verdade e mentira, coragem e covardia. – disse professora McGonagall, que tinha empalidecido – A diferença, em poucas palavras, que você e sua irmã não podem contemplar. Mas permita-me deixar uma coisa bem clara: você não vai jogar suas idiotices para cima dos estudantes de Hogwarts. Eu não irei permitir.
– Como é?
Amico se adiantou até ficar ameaçadoramente próximo a professora McGonagall, seu rosto a centímetros do dela. Ela recusou recuar, mas olhou para baixo como se ele fosse algo nojento preso em um assento de privada.
– Não é um caso de ‘você vai permitir’, Minerva McGonagall. Seu tempo já se foi. Somos nós que estamos no comando aqui agora, e você vai me apoiar ou pagará o preço.
E ele cuspiu no rosto dela.
Harry jogou a capa para fora dele, ergueu a varinha, e disse:
– Você não devia ter feito isso.
Quando Amico se virou, Harry gritou:
– Crucio!
O Comensal da Morte tinha sido alçado do chão. Ele estava se retorcendo pelo ar como um homem se afogando, se debatendo e uivando de dor, e depois, com um triturado e rompido de vidro, ele colidiu com uma estante e dobrou-se, insensível, no chão.
– Eu vejo o que Bellatrix queria dizer – disse Harry, o sangue pulsando no cérebro – você precisa realmente querer.
– Potter! – sussurrou professora McGonagall, agarrando o coração. “Potter... você está aqui! O que ...? Como...? – ela se esforçou para se recompor – Potter, isso foi tolice!
– Ele cuspiu em você – disse Harry.
– Potter, eu... isso foi muito... muito gentil da sua parte... mas você não percebe...?
– Sim, eu percebo – Harry assegurou-lhe. De alguma forma o pânico dela lhe deu força. – Professora, Voldemort está a caminho.
– Ah! Nós podemos dizer o nome agora? – com um ar de interesse, tirando a capa. Essa aparição de um segundo infringente pareceu devastar professora McGonagall que balançou para trás e caiu em uma cadeira por perto, se agarrando na gola de seu velho vestido de tartã.
– Eu não acho que faça alguma diferença como nós o chamamos. – Harry disse a Luna. – Ele já sabe onde eu estou.
-Então foi aí que usou a maldição? – perguntou Sirius mirando o afilhado e Harry concordou.
-Eu não pensei muito dessa vez, diferente da outra, eu simplesmente agi. Agora eu realmente entendo o que Bellatriz queria dizer. No dia em que eu corri atrás dela, eu queria te vingar, eu queria que ela sentisse a dor que eu estava sentindo, e eu pensei no feitiço mais doloroso que eu conhecia. Cruciatus. No caso da professora Minerva, foi bem diferente. Quando eu vi o que aquele comensal fez com ela, eu só senti meu sangue ferver, e uma enorme raiva dele. Eu não pensei em usar o Cruciatus...só o fiz. – completou Harry ainda encarando Sirius.
-Meu Merlin – arfou Lilian – Vocês não deveriam saber como é essa sensação. Eu...
-Não se preocupe com isso, mãe, nós estamos bem. – brincou Harry sorrindo a mulher que tranqüilizou-se um pouco.
-E depois disso? – perguntou James com certa urgência e ansiosidade na voz.
-Depois disso tudo virou um borrão – disse Harry focando um ponto não especifico e deixando-se guiar pelas lembranças – Hogwarts se preparava para enfrentar uma batalha sem precedentes, uma guerra onde muitas vidas seriam perdidas...
– Muito bem. Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado está a caminho. – ela contou aos outros professores. Sprout e Flitwick engasgaram; Slughorn soltou um leve gemido. – Potter tem trabalhos a fazer no castelo sob ordens de Dumbledore. Nós precisamos pôr toda proteção que somos capazes de fazer no lugar enquanto ele faz o que deve fazer.
– Você entende, claro, que nada que nós façamos será capaz de segurá-lo indefinidamente? – guinchou Flitwick.
– Mas nós podemos segurá-lo – disse professora Sprout.
– Obrigada, Pomona. – disse professora McGonagall, e entre as duas bruxas passou um olhar desgostoso de entendimento. – Eu sugiro que se estabeleçam proteções básicas ao redor do lugar, e então juntar os alunos e nos encontrar no hall de entrada. A maioria deve ser evacuada, embora se algum daqueles que são maiores desejar ficar e lutar, eu acho que eles merecem a chance.
– De acordo – disse professora Sprout, já se apressando em direção à porta. – Eu devo encontrá-los no hall de entrada em vinte minutos com minha Casa.
E enquanto ela corria levemente até sumir de vista, eles podiam ouvi-la murmurando:
– Tentáculos venenosos. Visgo-do-diabo. E Arapucosos... Sim, eu gostaria de ver Comensais da Morte lutando contra estes.
– Eu posso começar por aqui – disse Flitwick, e embora mal olhasse, ele apontou a varinha para a janela quebrada e começou a murmurar encantos de grande complexidade. Harry ouviu um barulho, como se Flitwick tivesse liberado o poder dos ventos pelo terreno.
– Professor – disse Harry, se aproximado do minúsculo mestre de Feitiços. “Professor, desculpe interromper, mas é importante. Você tem alguma idéia de onde está o diadema de Ravenclaw?
“ ... Protego Horribilis... o diadema de Ravenclaw? – grunhiu Flitwick. – Um pouco mais de sabedoria nunca vem em má hora, Potter, mas acho muito difícil que isso seria útil nessa situação!
– Eu só quis dizer... você sabe onde está? Você já o viu?
– Se já o vi? Ninguém vivo já o viu! Perdido há muito tempo, garoto!
Harry sentiu uma mistura de desapontamento e pânico. O que, então, era o Horcrux?
– Nós devemos encontrar você e seus alunos no hall de entrada, Filius! – disse professora McGonagall, convidado Harry e Luna para segui-la.
Eles tinham acabado de alcançar a porta quando Slughorn veio à fala.
– Minha palavra – ele ofegou, pálido e suado, o bigode de cavalo-marinho tremendo. – Quanta coisa a fazer! Eu não tenho plena certeza de que isso é inteligente, Minerva. Ele deve encontrar uma maneira, você sabe, e qualquer um que tentar atrasá-lo estará exposto ao mais doloroso perigo...
– Eu espero você e os sonserinos no hall de entrada em vinte minutos, também – disse professora McGonagall. – Se você desejar partir com seus alunos, não vamos impedir. Mas se algum de vocês tentar sabotar nossa resistência ou se armar contra nós neste castelo depois. Horácio, nós duelaremos para matar.
...
-Dale Minnie! – brincou Sirius – Sempre soube que aquele maluco não servia para nada.
-Tenho que concordar! – retrucou Harry em tom de brincadeira o que descontraiu o ambiente.
-Eu sinceramente esperava mais dele, oras, ele era um professor – bufou Hermione irritada.
-Ele pode até ser professor, Mione, mas Horacio sempre presou muito á sua vida, não quer dizer que ele não quisesse proteger Hogwarts e os alunos, mas é normal que em situações de tanta pressão ele tenha ficado em duvida. – explicou Remus diante do olhar de deboche de Sirius e James.
-É, sério, Remie, você tem que parar de tentar defender todo mundo – comentou James rindo.
-Por Merlin, aquele lá é um inútil! – brincou Sirius caindo na gargalhada.
-Tenho que concordar com eles, Remie! – descupou-se Tonks.
-Eu não aceito essa justificativa – comentou Harry sério.
-Concordo com o Harry, ele foi covarde – assinalou Hermione amena – Aposto que se fosse você já estaria de varinha a mão... Ops, esqueci, você já estava indo para lá a essa altura, mesmo arriscando nunca mais ver a sua família, enquanto aquele... bom, ser, fugiu..
Todos riram do deboche de Hermione.
-Se Horacio for professor de vocês esse ano, está ferrado – comentou Tonks lançando um olhar aos quatro adultos na sala, mas que passou despercebido por Harry e Hermione.
-
- Entreguem-me Potter - disse a voz de Voldemort - e ninguém será machucado. Entreguem-me Harry Potter e eu deixarei a escola intacta. Entreguem-me Harry Potter e vocês serão recompensados. Vocês têm até a meia-noite.
Eles foram então engolidos pelo silêncio novamente. Todas as cabeças se viraram, cada olhar do local parecia encontrar Harry, mantendo-o congelado sobre os milhares de raios invisíveis. Então uma figura levantou da mesa da Sonserina e ele reconheceu Pansy Parkinson enquanto ela levantava um braço trêmulo e gritava:
- Mas ele está ali! Potter está ali. Alguém agarre-o!
Antes que Harry falasse, houve um longo silêncio. Os alunos da Grifnória em frente a ele se levantaram e continuaram encarando, não Harry, mas os alunos da Sonserina. Então os alunos da Lufa-lufa, e quase no mesmo momento, os da Conrvinal, todos deram as costas para Harry, e olharam em direção a Pansy, e Harry, hipnotizado e apavorado, viu varinhas emergirem de todos os lados, saindo de debaixo de casados e de dentro de mangas.
- Obrigado, Senhorita Parkinson. - Disse a Professora McGonagall curtamente. -Você deixará o Salão primeiro com Sr. Filch. Se o resto de sua Casa quiser seguí-la...
Harry ouviu o ranger dos bancos e então o som dos alunos da Sonserina saindo juntos do outro lado do Salão.
- Corvinal, os sigam! - Ordenou Professor McGonagall.
Lentamente as quatro mesas se esvaziaram. A mesa da Sonserina estava completamente deserta, mas vários alunos mais velhos da Corvinal permaneceram sentados enquanto seus colegas se juntavam lá fora; até mesmo alguns da Lufa-lufa ficaram para trás, e a metade da Grifnória permaneceu em seus bancos, sendo necessário a Professora McGonagall descer da plataforma dos professores para mandar os menores de idade aos seus lugares.
- Absolutamente não, Creevey, vá! E você, Peakes!
...
Cem dementadores avançavam, indo na direção deles, sugando seu caminho próximo ao desespero de Harry, que era como uma promessa de um banquete...
Ele viu o cão Terrier prateado de Rony no ar, piscar debilmente e sumir; ele viu a foca de Hermione se virar no ar e sumir, e sua varinha tremeu em sua mão, e ele quase agradeceu a paz que vinha, a promessa de nada, de não sentir...
E então ele pela viu uma lebre, um porco e uma raposa prateada passarem cabeça dos três: os dementadores recuaram antes que as criaturas se aproximassem. Mais três pessoas tinham chego vindo da escuridão para parar ao lado deles, suas varinhas em riste, continuando a guiar os patronos: Luna, Ernie e Simas.
- Isso mesmo, - disse Luna cheia de coragem, como se estivessem de volta à Sala Precisa, - Isso mesmo, Harry...pense em algo feliz...
- Algo feliz? - ele disse, com a voz falhando.
- Nós ainda estamos aqui,- ela sussurrou, - Nós ainda estamos lutando. Venha agora...
...
As mesas das Casas tinham sumido e o salão estava lotado. Os sobreviventes encontravam-se em grupos, seus braços em volta dos pescoços uns dos outros. Os feridos estavam sendo tratados em uma plataforma por Madame Pomfrey e um grupo de ajudantes. Firenze estava entre os feridos; seus flancos estavam cobertos de sangue, e ele tremia deitado, incapaz de se levantar.
Os mortos estavam deitados em fila no meio do Salão. Harry não conseguia ver o corpo de Fred porque a família estava toda em volta dele. Jorge estava ajoelhado próximo à cabeça do irmão; A Sra. Weasley estava debruçada no peito de Fred, e seu corpo tremia. O Sr. Weasley acariciava-lhe os cabelos enquanto lágrimas caíam por suas bochechas.
Sem uma palavra a Harry, Rony e Hermione se afastaram. Harry viu Hermione se aproximando de Gina, que tinha o rosto inchado e manchado, e a abraçou. Rony se juntou a Gui, Fleur e Percy, que colocou seus braços sobre os ombros de Rony. Quando Gina e Hermione moveram-se para mais perto do restante da família, Harry teve uma visão clara sobre quem estava deitado próximo a Fred. Remo e Tonks, pálidos e parecendo em paz, como se estivessem dormindo sob o escuro e encantado teto.
...
−Harry Potter está morto. Morreu enquanto fugia,enquanto vocês apostavam sua vida por ele.Nós trouxemos seu corpo como prova que seu herói se foi.
−A batalha está ganha. Vocês perderam metade de seus guerreiros.O número de meus Comensais de Morte é maior que o de vocês, e o garoto que sobreviveu acabou.Não há mais guerra. Aquele que tentar resistir,homem mulher ou criança, será massacrado assim como os membros de sua família.Saiam do castelo, ajoelhem-se diante de mim, e você será poupado.Seus pais e filhos viverão e serão perdoados,e você se unirá a mim nesse novo mundo que construiremos juntos.
Houve silêncio dentro e fora do castelo. Voldemort estava tão perto que Harry não se atreveu a abrir os olhos novamente.
−Venha. −Disse Voldemort, e Harry o sentiu andando, e Hagrid foi forçado a seguir. Agora Harry abriu uma fração de seus olhos, e viu Voldemort dando largos passos na frente deles, com a grande Nagini em seus ombros, agora livre e fora de sua gaiola encantada. Mas Harry não tinha a chance de tirar sua varinha debaixo de suas vestes sem ser notado pelos Comensais de Morte,que marchavam de seus dois lados.
− Harry − Soluçou Hagrid. −Oh Harry...Harry…
Ele fechou seus olhos novamente. Sabia que estavam se aproximando do castelo e apurou seus ouvis para distinguir, sobre as prazerosas vozes dos Comensais de Morte e seus passos, sinais de vida daqueles de dentro.
−Pare.
Os Comensais de morte pararam. Harry ouviu-os se espalhando em uma linha, encarando a porta de entrada da escola. Ele podia ver, mesmo com os olhos fechados, que a luz do saguão de entrada aumentava sobre ele. Ele esperou. A qualquer momento, as pessoas pelas quais ele tentou morrer vão querer vê-lo, aparentemente morto, nos braços de Hagrid.
−NÃO!
O som foi mais terrível porque ele nunca esperou ou sonhou que a professora McGonagall pudesse fazer sequer um barulho. Ele pode ouvir uma risada, e soube que era de Bellatrix glorificando sobre o desespero de McGonagall.
Espiou de novo e viu a porta aberta ser preenchida por pessoas, conforme os sobreviventes vinham de fora para saber se era verdade a morte de Harry Potter. Viu Voldemort parado um pouco a frente dele passando a mão na cabeça de Nagini com um único dedo branco. Fechou seus olhos novamente.
−Não!
−Não!
−Harry!HARRY!
As vozes de Rony, Hermione e Gina eram piores que a de McGonagall; Harry não queria nada mais que responder de volta; ainda que tivesse que mentir silenciosamente, o choro deles era como um gatilho; a multidão de sobreviventes tomaram a causa,gritando e guinchando para os comensais de morte, até –
-Não me orgulho de ter enganado você, mas tive que faze-lo – disse Harry em tom de desculpas encarando Hermione seriamente
-Tudo bem. – disse Hermione serena. – Mas...Harry, nunca mais tente nada assim, por favor.
Harry riu e concordou logo em seguida voltando a narrar a história.
Mas Voldemort se calou. Houve uma briga e um grito, então outro estrondo e um flash de luz, e um grunhido de dor; abriu seus olhos uma quantia mínima. Alguém saiu da aglomeração e atacou Voldemort: Harry viu a figura cair no chão. Desarmando-o, Harry viu Voldemort jogando longe a varinha do desafiador e rindo.
− E quem é este? − disse Voldemort com seu silvo de cobra − quem foi o voluntário a demonstrar o que acontece com a aqueles que continuam lutando quando a batalha está perdida?
Bellatrix deu uma gargalhada prazerosa.
− É Neville Longbottom, meu Senhor! Aquele que estava dando muito problema ao Carrows! O filho dos aurores, lembra?
− Ah, sim, me lembro − disse Voldemort, olhando para Neville que estava se arrastando para trás, desarmado e desprotegido, parado entre os comensais de morte e os sobreviventes.
− Mas você é sangue puro, não é, meu bravo garoto? − perguntou a Neville, que estava o encarando, suas mãos vazias, onduladas no pulso.
− E daí se eu for? − disse Neville alto.
− Você mostra espírito e bravura, vem do estoque nobre. Você dará um valioso comensal de morte. Nós precisamos de pessoas como você, Neville Longbottom.
− Eu me juntarei a você quando o inferno congelar− respondeu Neville −Armada de
Dumbledore! − gritou, e houve um apoio da aglomeração, a quem os feitiços para silenciar de Voldemort pareciam não fazer efeito.
− Muito bem − disse Voldemort, e Harry sentiu mais perigo em sua voz que na mais poderosa maldição. −Se é sua escola Longbottom, revertemos o plano original. Em sua cabeça” ele disse quietamente − assim seja.
- Neville foi muito corajoso – comentou Remus ao ouvir o relato dos meninos.
-Sim, - comentou Hermione – Ele vinha liderando a armada que estava escondidos em Hogwarts á algum tempo. Volta e meia eles faziam algum atentado aos comensais Carrow. Neville foi brilhante naquele momento, e claro, a Armada não lhe faltou.
Ainda prestando atenção, Harry viu Voldemort agitando sua varinha. Segundos depois algo que parecia um pássaro disforme, entrou por uma das janelas quebradas, voando, e aterrissou na mão de Voldemort. Agitando o pela extremidade,viu o objeto que carregava, vazio e áspero: o chapéu seletor.
− Não haverá mais seleção em Hogwarts, − disse Voldemort − não haverá mais casas. O emblema, escudo e cores de meu nobre ancestral, Salazar Slythering vai suprir a todos. Não vão Neville Longbottom? − ele apontou sua varinha em Neville, forçando o chapéu em sua cabeça, até que deslizou em seus olhos. Havia uns movimentos da aglomeração prestando atenção na frente do castelo, e como um, os comensais de morte levantaram suas varinhas, prendendo os defensores de Hogwarts na baía.
− O Neville aqui vai demonstrar o que acontece a quem é tolo o bastante pra continuar a me opor. −Disse Voldemort e com um movimento em sua varinha, fez com que o chapéu seletor estourasse em chamas.
Gritos rasgaram o amanhecer, e Neville estava em chamas, incapaz de se mover. Harry não podia suportar: tinha que agir –
Então várias coisas aconteceram no mesmo momento.
Eles ouviram um tumulto que vinha dos limites da escola, as pessoas estavam se amontoando na parede, atirando em direção do castelo, clamando gritos de guerra. Grope veio se arrastando nas bordas do castelo e gritando “HAGGER!”
Seu grito foi respondido com um rugido dos gigantes de Voldemort: eles correram até Grope como se fossem touros e elefantes fazendo um terremoto. Então houve ruído de arcos, e flechas caíram repentinamente entre os comensais de morte, os quais perderam a classe, exclamando surpresa. Harry aproveitou e tirou a capa de invisibilidade de dentro de suas vestes, colocando sobre si mesmo.
Rapidamente, soltou Neville do feitiço que o prendia; o chapéu em chamas caiu de sua cabeça e tirou de seu fundo algo prata ,reluzente –
O som da lâmina de prata não podia ser ouvido sobre o rugido da aglomeração ali perto, ou pelo conflito dos gigantes, ou o dos cascos dos centauros, no entanto, ele parecia estar em cada olho. Como único recurso, Neville cortou a cabeça da grande cobra, a qual girou altamente no ar, brilhando na luz que inundava o salão de entrada , e a boca de Voldemort estava aberta em um grito de fúria que ninguém poderia ouvir, e o corpo da serpente bateu à terra em seus pés.
-Nagini era a ultima Horcrux e estava morta. Finalmente Voldemort era mortal. – comentou Harry com um sorriso na boca.
-Mas até agora eu não entendi uma coisa, Harry, como Neville sabia que deveria atacar Nagini e não Voldemort? – perguntou Hermione confusa.
-Pouco antes de ir a clareira eu passei por ele. Eu imaginei que talvez eu morresse lá, e tinha que fazer alguma coisa. Eu sabia que poderia confiar em você e Rony para destruir Nagini, mas... Não estava tão certo quanto a matar Voldemort. Logo Neville me veio a cabeça, afinal ele era o outro menino da profecia.
-Você... Você – Hermione suspirou – Harry, você ainda vai matar alguém do coração.
-Melhor voltarmos à história... Está perto do fim, não? – disse Tonks apesar de não ter muita noção.
- A luta logo recomeçou, mas dessa vez, para terminar! – disse Hermione.
A Guerra estava em seu clímax, Harry e Voldemort, só eles, todos pararam para olhar, aquele simples confronto decidiria o que aconteceria com o mundo bruxo.Harry e Voldemort, um morreria e o outro sobreviveria, um não poderia viver enquanto o outro sobreviver.
E em um instante, mas para que o mundo bruxo representou horas, Voldemort caíra assim como seus comensais.
-Quer dizer que tudo não passou de um acordo entre Dumbledore e Snape? – perguntou Sirius e Harry concordou.
-Isso só não explica como nós voltamos à vida e vocês sumiram! – disse Remus.
-Bem... Para isso, Sirius... Lembra-se do que contamos para você sobre Regulus?
-De ele ter sido morto ao se revoltar contra Voldemort? – chutou Sirius.
-Poisé... Só que ele conseguiu escapar... – disse Hermione.
-Como? – perguntou.
Harry deu de ombros e continuou a contar a parte final da história.
-Acordem! – Chamava um homem de vestes bruxas brancas – Levantem! Nosso tempo se esgotará.
Harry, Rony e Hermione remexeram-se na cama e levantaram assustados logo pegando suas varinhas. O homem rapidamente os desarmou, fazendo com que os três levantassem e corressem para um canto. O Homem jogou sua varinha para eles.
-Acalmem-se! Eu não vou feri-los! Mas vocês têm que me ouvir!
-Quem é você? – perguntou Hermione, fazendo com que o homem retirasse a capa, os olhos dos três se arregalaram.
-Regulus Black! Sei que achavam que eu estava morto, mas não temos tempo para isso agora! Harry Potter, o que Dumbledore lhe contou não foi toda a profecia...
-Mas ele disse que...
-Ele ouviu o que Sibila lhe contou...Depois que Snape contou a ele, eu fiquei responsável por ouvir caso ela continuasse a profecia... E ela continuou, mas ninguém sabe disso além de mim... Precisão me seguir...
- O que ela diz? – perguntou Rony enquanto começava a trocar de roupa junto com Hermione que ia para o banheiro e Harry.
-Um dos dois morrerá, e outro viverá, no entanto, este terá sua alma dilacerada pelas perdas desta guerra milenar... E chegará a hora de ele viver, e o seu maior desejo se realizará... O coração puro que durante a guerra maculado foi ganhará o maior dos poderes, o mais desejado e o mais invejado... O poder que o fará superar aqueles que ergueram Hogwarts e se igualar a Merlin.
...
-Vamos descer? – perguntou Harry.
-Vão vocês! – disse Regulus ao ver que tudo dera certo – Eu ainda tenho que resolver alguns problemas, mas voltarei logo!
Harry ia argumentar quando ouviu os gêmeos gritarem forte:
-HARRY! DESÇAM AQUI!
E sem virar para trás ele pousou e assim como Hermione, Gina, Rony, Neville e Luna correram para abraçar os gêmeos.
-Eu mato meu irmão por ele ter deixado vocês sozinhos nessa! – Rosnou Sirius.
-Ele não tinha opção, eram os nossos medos, e só nós poderíamos vencê-los! – defendeu Hermione.
-Eu só queria saber onde ele esta! – disse Harry e Hermione o encarou.
-Ele disse que viria nos vir...
-Nunca acredite em um Black... – disse Sirius.
-Sirius, odeio te lembrar, mas você é um Black! – disse Remus.
-Vocês entenderam... – disse bufando e provocando risadas em muitos.
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