No final, nós estamos juntos!

No final, nós estamos juntos!



No final, estamos juntos.


Eles saíram da sala precisa, Snape logo sumiu no corredor, então os quatro amigos se entreolharam.


James, Sirius, Remus e Lílian sentiram a porta da sala precisa fechar-se atrás de si.


-E então? – perguntou Sirius sua voz rouca.


-Vamos para a torre da Grifinória – comentou Remus – Deve estar vazia, afinal a armada que estava ocupando-a.


Eles andaram no mais profundo silêncio até a torre da Grifinória. Remus olhava para frente, sua mente ainda não acreditava no ocorrido. Sirius mirava os três amigos pensando em como depois de tantos anos aquilo se tornara real.


James e Lílian olhavam com atenção os dois amigos, mas também miravam as paredes e os corredores de Hogwarts, destruídos e sujos de sangue.


Quando chegarão na torre da Grifinória, o quadro estava vazio, Remus passou a mão nele abrindo-o calmamente e entrou recostando-se em uma poltrona perto da lareira, Sirius jogou-se no sofá não muito longe de onde Remus estava.


James caminhou até a janela mas o ver o gramado sujo de sangue sentiu uma onda de mal estar e se afastou dali sentando-se no chão perto da janela.Lílian sentou-se ao lado do marido apoiando sua cabeça nele.


Os quatro ficaram um tempo sem dizer nada, apenas desfrutando a presença um dos outros. Cada um preso em seus próprios pensamentos, em seus próprios medos e sonhos.


James foi o primeiro a ter alguma reação, ficou de pé, e andou até onde os amigos estavam. Puxou Remus para perto de Sirius e abraçou ambos os amigos.


-Pensei em nunca mais nos vermos! – A voz de James era a perfeita mistura entre euforia e medo.


-Ah, Prongs! – disse Remus meio rindo meio choro – Eu não acredito meus amigos!


-Moony! Prongs! – murmurou Sirius – Hey, Lilis, só falta você!


A mulher correu para a abraço que selou o reencontro de grandes amigos, até mais que irmãos.


-James... e-eu... ... Eu sinto muito, James... Eu sinto por ter tentando ser mais esperto que Voldemort... Eu sinto por ter lhe causado tanta dor... E-eu, eu não sei o que dizer...


-A culpa não foi só do Pad... Se eu não tivesse me afastado... Se eu tivesse ficado mais próximo de vocês... Eu sinto tanto, James e Lílian – pediu Remus.


-Seus idiotas – retrucou James rindo tranquilamente – Eu nunca, ouviu? Nunca culpei vocês! Vocês tentaram, lutaram, fizeram tudo o possível.


-Como qualquer um de nós teria feito! – disse Lílian


-Hey, - chamou Sirius em um latido – Eu tava pensando, agora que os marotos estão juntos, nós vamos voltar a ativa? Pelo menos na noite de lua-cheia, né!?


-Claro, Pad! – responderam James e Remus rindo.


Em conversas suaves e banais eles passaram horas, até que Lílian ao ver o passar das horas sugeriu:


-Meninos, vamos andar pelo castelo? Ver se encontramos alguém?


-Vamos lá! – disse Sirius – Tudo pela ruivinha, né Prongs?


-Para você é Potter – riu James abraçando Lílian pela cintura – Ela é só minha ruivinha.


Todos riram, e Remus provocou:


-Não seja tão ciumento, Prongs – James olhou para ele e Remus continuou – Afina, essa ruivinha não é só sua! – disse Remus puxando Lílian que riu ao ser abraçada por Remus e Sirius e da cara de emburrado de James.


...


Logo na entrada do castelo encontraram Dumbledore conversando com Minerva.


-Dumbie! Minnie! – Gritou James abraçando a ambos, seguido de Sirius, Remus e Lílian.


-James! – riu Minerva – Ainda continuas um maroto!


-Sem duvida o Harry e os amigos são extraordinários – comentou Dumbledore com um brilho excitante em seus olhos.


-Muito mais do que um de nós jamais imaginou! – comentou Minerva – Eles provaram que eles não eram as crianças que pensávamos que eram.


-Eles são bem mais que isso! – quem disse isso foi Quim que vinha sorrindo – James! Remus! Sirius! Querida Lílian! É um prazer revê-los.


-Quim! – cumprimentaram todos.


-O que quer dizer com isso? – perguntou James.


-Desde o quinto ano destes meninos quando a ordem da Fênix regressou que eles vem tentando entrar na Ordem, e nós, teimosamente e erroneamente, devo acrescentar, negando, sempre dizendo-lhes que eles eram jovens demais. Hoje vi o quanto estava errado. Vi, o menino Longbottom duelar ferozmente com Bellatriz junto com a menina Granger...


-Bellatriz? – rosnou Sirius.


-Morta com um estupefaça de Molly – comentou Quim – Vi Harry sem nenhum medo enfrentar Voldemort quando nem mesmo eu, Fliwtick e Minerva conseguimos fazer, vi a jovem Lovegood nocautear outro comensal, vi aqueles jovens lutarem de iguais para iguais com os aurores, e contra os comensais...


-Então eles realmente lutaram? – perguntou Lílian com o coração partido.


-Lutaram! – disse Minerva – Eu ainda tentei conter só entre os mais velhos... Mas logo se vê que fracassei, já que os irmãos Creevey, e Peekes, mesmo menores de idades, lutaram...


-Creevey? Diz o Denis Creevey? – questionou Quim curioso.


-Este mesmo! – disse Minerva penosamente.


-Oh sim, ele me salvou de um feitiço que ia me acertar as costas! – comentou Quim – Como podem ver, o menino ainda no quinto ano, não Minerva? Conseguiu suportar a guerra, sinto termos subestimados demais eles...


-Eu sempre disse que devíamos contar á eles o que acontecia na ordem! – protestou Sirius – Mas alguém ouve o Sirius? Não! É sempre cala-boca, pad! Não fale besteiras Sirius! Controle-se Cachorro pulguento...


-Calado Padfoot! – disseram James e Remus juntos provocando risadas em todos ali.


-Bom, receio que eu e Minerva teremos que nos retirar... Eu ainda tenho alguns assuntos a tratar com meu irmão e minha irmã, e temos que providenciar a limpeza e a reconstrução de Hogwarts! – desculpou-se Dumbledore, saindo com Minerva.


-Hey, se não são os Potters! – gritou Alastor ao longe, vindo mancando até eles.


-Alastor! – cumprimentou Lílian correndo e abraçando-o, Alastor rodou-a no ar ao mesmo tempo que Lílian ria.


-Tive saudades da minha melhor auror! – brincou Moody.


-Hey! Assim vo ficar com ciúmes! – disse uma moça de cabelos rosas choques rindo, e correndo até o grupo.


-Oh, Nymphandora, menos drama! – brincou Moody – Sabes que também é uma de minhas melhores aurores, apesar de ser estabanada.


Os cabelos de Tonks se tingiram de um vermelho fogo.


-Não.Me.Chame.De.Nymphandora.


-Eu já a vi antes! – comentou Lílian analisando Tonks.


-É claro Lilis, mas ela era bem menor... – gozou Sirius – Ela é filha de minha prima Andrômeda.


-Ah sim! – disse Lílian.


-Tonks, acho que temos que conversar, não? – a voz de Remus era dura.


-Uhmmm... Uhum... eu acho... – disse a mulher receosa.


-Eu pensei que tivéssemos combinado que você ficaria em casa, cuidando do Ted – comentou Remus.


-Você realmente não acreditou naquilo né? Que eu ficaria lá, brincando enquanto você arriscava a sua vida aqui?


-Por Merlin, Tonks, e Ted? – retrucou o homem.


-Ele teria Harry! – trucidou a mulher – Eu jamais, Remus J. Lupin, ficaria em casa quando você correria risco de vida! E além do mais, não deixaria Harry e os demais aqui lutando sem a minha ajuda!


-Tonks... – murmurou Remus cansadamente – cadê o Ted?


-Está com a minha mãe, sã e salvo! – riu a mulher abraçado-o e beijando-o – Não precisa se preocupar!


-Eu sinto que perdi algo! – brincou James.


E Tonks simplesmente mostrou o anel de casado em sua mão, beijando novamente Remus.


-Oh, meu Merlin, Remus está a perder sua inocência? – brincou Sirius.


-Claro que não Pad, sua prima é que estas a tirar! – retrucou James e os dois caíram na gargalhada fazendo com Remus corasse.


-Parem com isso! – avisou Lílian.


-Isso porque não sabem – comentou Moody – Até filho o homem já tem.


-Sério? – perguntou Lílian incrédula.


-De meses ainda – explicou Remus – Seu nome é Ted J. Lupin, o Harry é o padrinho.


Eles ficaram mais um tempo conversando, até que Alastor e Quim foram embora.


-Hey, eu estava pensando – comentou James – Sabe, depois que Harry acordasse, nós poderíamos ir... ir para a casa de meus pais... Quero dizer, está vazia, lá é enorme, e lembram-se do que prometemos?


-Juro solenemente que não fazer nada de bom – riu Sirius e depois completou – De morar juntos depois que este terror acabasse?


-É... O que acham? – perguntou James.


-Perfeito! – disse Lílian descansando a cabeça no peito de James.


-Contigo para o que der e vier! – brincou Sirius.


-Tudo bem para você Tonks? – perguntou Remus.


-Uhum – disse Tonks.


-Então, está certo! – comemorou James.


-Tão calmo como sempre! – disse Lindsey que vinha acompanhada de Alice e Frank.


Gritos, e abraços... Amigos de infância, separados por uma guerra, reunidos pela esperança.


-Oh, meu Merlin faz tanto tempo!


-Nem me diga!


...


Lílian, James, Sirius e Remus andavam pelos corredores de Hogwart, Tonks havia ido arrumarar as coisas de Ted para a mudança.


-Sr.Lupin! – o grupo parou e olhou vendo um casal trouxa vindo em sua direção.


-Sr. e Sra. Granger, prazer em revê-los! – disse Remus.


-O prazer é nosso! – disse o homem.


-Vocês são os pais da Hermione? – perguntou Sirius curioso.


-Você também conhece nossa filha? – perguntou a mulher.


-Lógico a menina é um gênio! – elogiou Sirius.


-Nós estávamos procurando-a, estamos partindo – explicou a mulher.


-Ela está dormindo – comentou Lílian – Aquela menina, lutou bravamente assim como seus amigos, de um modo que o mundo bruxo será eternamento grato á ele, nós estávamos pensando, se quiserem, deixem ela conosco estas férias...


-Não encomodaria? – perguntou a mulher desconfiada.


-Hermione á um anjo! – disse Remus – Não incomodaria ninguém!


-Se for isso que ela quiser, claro! – disse o homem.


...


Eles viram vários membros da armada acordarem, e estavam agora no salão comunal.


-Até mais, Lilis, James, Sirius, Remus! – despediu-se Alice e Frank.


-Professor! Sirius! Sr. e Sra. Potter! – cumprimentou Neville – Avisem á Harry que eu mando lembranças!


-Pode deixar, Neville! – disse Remus.


...


-Até mais, meus amigos! – disse Lindsey abraçando um á um.


-Mandem lembranças ao Harry! – Pediu Luna – Avise-os que um dia que ele quiser voar, ou se meter em uma aventura a armada estará com ele!


-Avisarei – confirmou Remus – Não se preocupe – e rindo completou – Acredito que ele irá sossegar um pouco agora...


-Estamos falando do líder da armada de Dumbledore! – retrucou Luna em um pequeno riso divertido antes de desaparecer.


...


-PROFESSOR! – Colin vinha correndo até Remus – S-Sirius! Sr e Sra Potter.


-Tudo bem, Colin?


-Claro, o senhor pode me fazer um favor? – pediu Colin.


-Hum...


-Entregue está foto ao Harry – pediu Colin – É da armada de Dumbledore, enquanto estávamos na sala precisa após a guerra!


-Eu entregarei! – avisou Remus.


...


-SIRIUS! – Veio Rony – Mande um alo ao Harry!


-Mandarei, Rony! E a ruivinha? – perguntou Sirius.


-Nha... Disse que depois conversa com ele – riu Rony – Até mais, tenho que ir!


...


-O Harry tem bastante amigos? – perguntou James – Não tem?


-Ele tem sim, a armada o segue fielmente, Harry se mostrou um líder como o pai – disse Minerva e James riu vangloriando-se – De força incomparável, Harry lutou e ensinou seus amigos a lutarem juntos. Deu uma chance á eles, deu a chance dele eles fazerem a diferença nesta guerra. Deu á eles uma escolha, escolha á essa que nós não demos... E eles fizeram a diferença.


...


Hermione que já estava avisada que passaria as férias com Harry conversava com todos.


-O Harry conta tudo á vocês? – perguntou Lílian.


-Quase tudo – explicou Hermione.


-Não seja tão modesta – debochou Snape – Não há nada que você ou o Sr. Weasley não saibam de Harry.


-Não é verdade – acusou Hermione – Até hoje... Eu não sei porque Harry confia no senhor! Depois de tudo! Depois que nos traiu! Não sabe como eu me arrependi do dia em que lhe pedi ajuda no dia da batalha, quando o senhor usou a maldição imperdoável! Não sabe o quanto eu chorei, o quanto eu me culpei, professor!


Snape fez uma careta.


-Harry me disse que você era inocente, e eu confiei cegamente nele, mas até agora não sei suas razões ou seus motivos – comentou Hermione – Sabe professor, a maldição imperdoável, por algum motivo é chamada assim...


-Não lhe contarei nada, Srta. Granger, um dia se o Potter quiser ele lhe contara! – retrucou Snape.


-Ele terá que contar – mencionou Hermione mais calma – A armada sempre lhe seguiu sem questionar, mesmo quando os pedimos para entrar numa guerra de onde não saíram vivos, mesmo sem saber o que pretendíamos, eles o fizeram, mas Harry não pode pedir que todos esqueçam o que o senhor fez.


-Srta. Granger, se acha que sou culpado, porque não me ataca aqui? – perguntou Snape estendendo os braços, debochadamente.


-Não provoque, seboso! – advertiu Sirius.


-Porque eu acho que o senhor é inocente... – suspirou Hermione.


-Você diz isso por causa da poção? – debochou Snape.


-Você se lembra? – perguntou Hermione de olhos arregalados.


-Sim – disse Snape – Você confia em mim por causa daquilo?


-Não – explicou Hermione – Aquilo também o ajudou, mas você já salvou o Harry outras vezes, ele e Dumbledore confiam em você sem hesitar, e eu não acredito que você conseguisse enganar os dois mesmo que quisesse e você me pareceu bem honesto lá.


-Srta. Granger, a senhorita é muito inocente – debochou Snape – Logo se vê que mesmo lutando numa guerra, nunca sofreu dor, nunca teve que sacrificar-se por algo?


-NUNCA? – Hermione berrará – Desculpe, professor...


-Agora continue, Hermione! – ordenou Snape.


-Deixe-a em paz, Severo! – Pediu Remus.


Os marotos e Lílian assistiam a tudo sem entender e sem saber o certo o que dizer.


-O que eu estou falando professor, e que eu não sei como foi a sua vida, eu não sei o que você teve que passar, eu não sei a que ponto sacrificou-se por esta guerra – a voz de Hermione aumentou e seu corpo tremeu – mas não pode dizer que eu não lutei nesta guerra!


Todos se calaram.


-Eu lutei! Durante meses, eu, Harry e Rony fomos atrás de relíquias que nos ajudariam a matar Voldemort, nós corremos riscos, invadimos lugares, fomos capturados... – lagrimas lutavam nos olhos de Hermione, mas ela impediu que elas caíssem – Eu fui torturada com o Cruciatus durante horas por Bellatriz Lestrange, e agüentei! Agüentei sem nada dizer! Minha dor, não, nossa dor, minha de Rony e Harry foi tanta que por um momento não conseguíamos mais lutar...


-Quando os dementadores vinham nos atacar... Nossos patronos falharam... Nem Harry conseguiu conjurar o dele... O senhor não sabe... Mais nos queríamos que os dementares viessem, e nos satisfizemos com a promessa de paz... Se Luna, e o restante não viesse em nosso socorro com patronos, nós teríamos cedido... Nós teríamos falhado ali...


-Ainda estamos aqui, ainda estamos lutando – disse Luna.


-Já basta! – disse Remus decidido – Snape depois vocês podem discutir! Hermione, acalme-se!


-Desculpe, professores, mas eu precisava falar! – Hermione encarava a todos firmemente.


-Fez bem... – disse Snape – E parabéns Srta. Granger, por lutar.


-Está sendo irônico? – hesitou Hermione.


-Não dessa vez! – disse Snape se afastando.


-Você foi torturada? – chiou Sirius.


-Uhum...


...


-Mione – chamou Lílian – Vá chamar Harry, avise que estamos indo para casa... E que Remus já foi!


-Tá! – disse Hermione correndo.


-Estou aliviado – confessou Dumbledore quando Hermione correu para longe, sumindo da vista – Mesmo depois de tudo, eles ainda sorriem.


...

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