Capitulo VII - Falta Betar



Precisava terminar aquela tarefa, mas já havia tentando de todas as maneiras, todas as formulas imagináveis e inimagináveis, mas nada dava certo. Não me lembrava de ter dificuldade em Física ou qualquer outra matéria na área de exatas, mas sinceramente eu também era filha de Deus e precisava de uma ajuda.

E isso não incluía Harry que não era a pessoa mais qualificada para me ajudar, não por saber, muito pelo contrario, ele sabia até demais, mas por não me deixar pensar direito me beijando a cada segundo possível.

Decidi que ficar com as meninas era a solução mais sensata a se fazer, se hoje sinceramente não fosse o aniversario de namoro de Gina e ela não parasse de falar e perguntar qual roupa usaria para essa data tão especial. – Gina, não pense tanto na roupa, já que roupa é o de menos pra você. – Disse ainda escrevendo.

- Eu sei, mais não posso chegar de lingerie, apesar de ter já escolhido, mas preciso estar extremamente sensual e bem gostosa. – Dizia Gina se olhando na frente do espelho.

- Pra que preocupar-se tanto com roupa, quando ela será só um obstáculo na hora H amiga? – Ria Luna ao ver meu rosto corar.

- Isso tem todo um ritual. Preste bem atenção Hermione. – Começava Gina a falar e me fitar.

- Não comecem. – Pedi ainda com o olhar no meu caderno.

- Ah, por favor! Você tem que prestar bastante atenção nas cores que ele gosta isso você percebe apenas pelo brilho do olhar, nas roupas detalhes e jeitos de agir amiga, isso é importante, você pode ter qualquer homem na palma da mão sem precisar perguntar nada a ele.

- Gina, eu não estou pensando em... Er... Você sabe, não agora. – Afirmei mordendo os lábios nervosos.

- Eu sei, é apenas um treinamento de como deixá-los bem doidos. – Riu ela entrando novamente no closet.

- Ainda não conseguiu terminar o exercício Mi? – Indagou Luna sentando-se ao meu lado na cama.

- Não! Esse esta me deixando louca, não sei o que fazer. – Confessei derrotada me escorando no travesseiro.

- Você tem um ótimo professor de exatas em casa.

- Ele não Luna, eu vou me desconcentrar ao invés de aprender. Ele me deixa sem ar. – Afirmei ainda sem acreditar no que tinha acabado de falar.

- Então ta serio! – Disse ela confirmando ao invés de perguntar.

- Acho que sim! Eu realmente estou gostando muito dele Luna e não sei o que fazer.

- Como não Mi? – Perguntou Gina chegando mais perto pra ouvir a conversa. – Isso é ótimo, por que o sentimento é recíproco amiga. Olhem pelo lado bom, vocês formam um casal perfeito.

- Vocês não se falaram desde o final de aula não é? – Preocupada Luna tentava me fazer desabafar.

- Eu sei que pode parecer ridículo, mas senti tanta raiva e... e... e ciúmes ao vê-lo conversando com ela e isso me fez sair sem esperá-lo. – Declarei cabisbaixa.

- Não é ridículo, Ashley é uma atrevida e com certeza só fez aquilo por que viu você chegando, não dê atenção ao que ela faz ou diz. – Disse Luna passando as mãos pelos meus cabelos.

- Mas se eu tivesse chegado na hora teria esfolado a cara daquela vadia magrela, você ainda não me disse o que aconteceu direito Mi. – Falou Gina esperando por minha explicação.

- A aula já tinha acabado e foi quando você estava na sala com Draco, eu e Luna estávamos encostadas no bancada esperando-a e os meninos que estavam lá em baixo conversando, quando eu ia descer a vi passando com suas amigas, e ela praticamente, não... Ela se jogou de propósito sabe, fingindo cair e torcer o pé bem na frente dele Gina. E vi que ela me olhou, bem nos olhos e ainda deu um sorriso sarcástico e depois fingiu chorar para que ele a levasse embora. – Esbravejava nervosa.

- Ai que ódio dela! Como pode ser tão vagabunda? – Gina praguejava esmurrando o travesseiro.

- Mas ai veio uma tanto de gente se oferecendo para ajudá-la e levar ela pra casa, mas ela ainda teve a coragem de dizer. “Harry, por favor, esta doendo tanto, me leve pra casa, nem ao menos consigo me levantar”.

- E ele a levou embora assim, do nada? Sem nem ao menos falar com você. – Gina parecia perplexa com a história e nem ao menos piscava os olhos.

- Levou. – Confessei ainda chateada. – Ela aprontou um escarcéu, e todas aquelas estúpidas amigas anorexias dela o diziam que ela podia ter quebrado o pé. Se bem que ela poderia ter quebrado a perna inteira que não me importava. – Afirmei ainda nervosa. – Foi então que resolvi vir pra sua casa depois que te encontrei.

- Fez muito bem, pode ficar aqui o dia todo, você dorme aqui, melhor ainda, vocês duas e nós vamos juntas amanha pra aula, que tal? – Gina pergunta entusiasmada.

- Ótimo, tenho que ligar pro meu pai para avisar. – Afirmei pegando meu celular. – Mas não lá em casa, vou ligar no celular dele.

- Não pode fugir Mi. – Declarou Luna.

- Até amanha sim. – Ri dela. – Como Gina diz nada com um gelo pra esquentar a relação. – Brinquei enquanto ouvia o telefone chamando.

- Essa é minha amiga. – Disse Gina levantando e voltando a sua caça de roupa.

- Papai... Oi... Estou bem... Não, eu vim direito para casa da Gina e estou ligando avisar que vou dormir aqui... Ta!... Não, eu vou daqui pra escola amanha... Claro que vou ficar bem... Eu te ligo amanha no meu intervalo... Tudo bem... Amo-te. Beijos.

- Quantas ligações não atendidas têm no seu celular Mione? – Perguntou Luna olhando pela janela.

- Algumas, por quê?

- Rony esta ligando no meu, e conhecendo como eu conheço, ele não ligaria nesse horário, sabe por quê?

- Não, por quê? – Indaguei confusa.

- Por que tem treino e não a santo que faça ele me ligar nesse horário, então acho que por que você não esta atendendo o celular, Harry deve estar fazendo Rony me ligar pra falar com você.

- Diga que estou tomando banho. Não... Diga que eu to com uma dor de barriga lascada e hibernei no vaso. – Ri ao pensar na cena. – Oh Deus! Diga que estou afogando no vaso, mas não quero falar com ele. Por favor, Luna.

- Olá meu amor!... Estou na casa da Gina colocando as fofocas em dia... – Luna respondia revirando os olhos esperando ele chegar à parte do à Hermione está ai. – Ta pode passar. – Luna sussurrou pra gente que era Harry na linha, colocou no viva voz para que pudéssemos escutar, Gina e eu avançamos para perto dela e esperamos silenciosas pra ouvir.

- Olá Harry.

- Luna, tudo bem?

- Melhor impossível. A que devo a honra da ligação? – Luna provocava contendo o riso.

- Hermione esta ai com vocês?

- Sim.

- Posso falar com ela? – O indagou quase num sussurro. Meu coração se apertou ao ouvir sua voz, mas sabia que era fraca e só de falar com ele não resistiria.

- Ela ta ocupada Harry. – Luna afirmou seria.

- Ok! – Ponderou antes de falar. - Eu sei que você ta ouvindo Hermione, e ainda estou tentando saber o porquê de você estar me dando esse gelo.

- Idiota. – Sussurrou Gina um pouco mais alto do que devia.

- Oi pra você também Gina.

- Harry.

- Eu agradeceria se vocês a deixassem falar comigo, mas vejo que estou saindo perdendo em numero.

- Fato. – Concordou Gina vitoriosa.

- Mas como minha vida sentimental com ela não é da conta de vocês duas, espero que ela ouça que se não falar comigo, vou ai na sua casa Gina e grito no meio da rua até ela aparecer.

- Eu chamo a policia seu baderneiro. – Provocou Gina tentando parecer mais seria do que o normal.

- Fique a vontade. Mas saiba que vou levar seu namorado junto, então ele também ira ser preso.

- Urgh! – Bufou derrotada.

- Um minuto de privacidade, por favor? – Pediu ele. – Tirem do viva voz e só peço que você ouça Hermione, mesmo sabendo que depois vá contar tudo pra suas amigas. – Disse ele rindo.

Fiquei ainda perdida em toda aquela conversa, tentando entender em que ponto eu entrava naquela discussão sobre minha vida sentimental, sabia que ele não tinha culpa, mas fazer o que quando a duvida, a fragilidade e a insegurança nos tomam conta. Respirei fundo pra poder ouvir a voz que me fazia estremecer e meu coração pular de felicidade.

- Sabe essa coisa toda de vingança e dar gelo não combina muito com você, minha menina é doce e toda transparente nos sentimentos, e não poder vê-la e saber o que esta pensando ou se estar mordendo os lábios nervosos ou até mesmo corando com toda essa situação é um castigo e tanto.

Soltei um riso ainda preso na garganta ao ouvir o que ele dizia. Um riso contido de felicidade e saudades.

- Um bom sinal, ao menos sei que estou fazendo-a sorrir. Agora que tal deixar que eu vá até ai para podermos conversar?

- Estamos conversando. – Disse sem agüentar segurar a voz.

- Essa distância me deixa bastante frustrado e nervoso. – Afirmou sussurrando. - Prometo ser bonzinho.

- Você não joga limpo.

- Bem, nunca disse que jogaria, tenho que usar minhas armas para não deixá-la fugir, e acho que chantagem um bom começo. – Ele provocava rindo. – Sabe, eu poderia fingir que me machuquei muito serio no treino, ou que estou com muita febre, mas não cheguei nessa estratégia, fico na insistência por enquanto.

- Passa lá em casa e pega algumas roupas que pedi Maria pra separar. – Pedi com carinho.

- Pra que? – Indagou confuso.

- Vou dormir aqui hoje.

- Motivo?

- Por motivos de força maior. – Brinquei.

- Ok! Não demoro, dou um toque no seu celular quando chegar ai.

- Tudo bem.

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“Bonzinho?”. Em toda minha vida nunca tinha usado tanto minha paciência de uma vez só. Merecia até um premio por ser uma pessoa tão centrada nesse momento.

Isso seria um show a parte, tendo certeza de que poderia ver Luna e Gina na janela do quarto, prontas pra assistir todo espetáculo de camarote, não duvidaria se elas tivessem colocado algum tipo de escuta em Hermione.

Surpreendi comigo mesmo ao pensar que até demorei um tanto razoável para chegar até aqui, passei em casa e ouvi toda uma palestra de Maria sobre como um homem deve agir para que uma mulher o desculpe. Seria mais prudente falar no quanto um homem deve rastejar e implorar para que a mulher o perdoe isso sim, mesmo não sabendo o que aconteceu.

Flores, bombons e jóias eram ótimos acompanhantes para um bom pedido, mais isso seria arriscar, sabendo que ela poderia me fazer engolir tudo de raiva por pensar que estaria a comprando com coisas materiais. Poderia ter arriscado uma conversa e ouvir alguma sugestão do meu pai, mas seria arrisca também ter que contar tudo e vê-lo curtir da minha cara por um bom tempo.

“Diabos”. Eu já havia ligado para o seu celular avisando que já havia chegado e nada dela aparecer. Estava cansado de ficar em pé, de trocar de posição toda hora e tirar e colocar a todo o momento o boné bagunçando os cabelos, pensei em sugerir que poderíamos ir a outro lugar conversar melhor, mas acho que ela não aceitaria.

- Até que enfim. – Sussurrei comigo mesmo ao vê-la sair da casa. – Oh Deus. – Isso só poderia fazer parte do manual “Mostre a ele o que pode perder se não for bonzinho”, como poderia ter uma conversa seria com ela desse jeito? Tudo bem que o calor era insuportável e o sol ainda não havia sumido, mas ela estava usando um vestido branco curto que conforme ela vinha andando balançava de um lado para o outro dando contraste com sua pele bronzeada.

“Prenda os braços Harry”. –Pensava. E os deixe fixados e cruzados no peito para que você não corra perigo de avançar, tocá-la ou até mesmo agarrá-la.

- Olá! – Ela disse mantendo certa distancia.

- Posso revista-la? – Indaguei serio.

- Para?

- Ter certeza de que suas amigas não colocaram algum tipo de escutas em você! – Afirmei rindo.

- Sem chance. – Declarou com as mãos entrelaçadas nas costas.

- O que eu fiz pra merecer isso tudo? – Indaguei tentando parecer indefeso.

- Não tente bancar o bonzinho na historia.

- Mas você mesmo disse que tenho que ser bonzinho. – A lembrei do que tínhamos conversado no telefone mais cedo. Vendo que ela matinha a mesma feição, vi que não teria outra saída a não ser arrancar dela o que havia feito. – Você simplesmente foi embora depois da aula, sumiu pra falar a verdade.

- Agora você só pode estar brincando com minha cara mesmo. – Disse nervosa.

- Não. Não estou só quero saber o que aconteceu, e não estaria perguntando se soubesse o que foi.

- Como você pode ser tão desprovido de senso? Ou de juntar os acontecimentos e chegar a uma conclusão tão lógica. – Declarava ela ficando corada de raiva.

- Desculpe se sou tão inexperiente em adivinhar o que as mulheres pensam. – Esbravejei nervoso. – Não fiz nenhum curso pra isso.

- Ah! Que ótimo. Então quando foi que você se deu conta de que eu havia sumido? – Perguntava ela colocando o dedo no meu rosto.

- No final da aula é lógico.

- Mentira. Você nem ao menos fica vermelho para mentir não é Harry.

- Opa! Agora você ta pegando pesado. – Falei me desencostando do carro e ficando na sua frente.

- Desculpe se você não sabe ouvir a verdade, mais me deixe adivinhar, você chegou em casa ai pensou “Nossa, será que não esqueci alguém não?”. Foi nesse momento que você viu que não estava com você. - Ela falava um pouco mais alterada do que havia imaginado que seria. – Agora eu te pergunto, qual foi o ultimo momento que você me viu hoje Harry?

- No intervalo. E depois nós ficamos em grupos diferentes na sala de aula, e depois fiquei no pátio conversando com os meninos.

- Que bom que sua memória ainda funciona. E depois?

- Depois Ashley caiu e... – Falei me lembrando do que havia acontecido.

- Touché. – Declarou Hermione se virando e saindo.

- Então é isso. – Assenti para mim mesmo. Sai atrás dela e segurei seu braço virando para mim. – É por causa dela isso tudo?

- Não. É por causa de você. – Disse ela desviando o olhar.

- Não acredito que estamos brigando por causa dela. – Disse ignorando o que ela acabou de falar. Puxei-a para encostar-se ao carro e fiquei na sua frente segurando seu rosto. – Ela encheu minha cabeça para levá-la.

- Pelo menos você fez sua boa ação do dia. – Falou tentando virar o rosto. – Tinha tanta gente lá e ainda sim você foi.

- Não foi por querer. Eu sei que fui um idiota, e ela tagarelava tanto na minha cabeça que só pensei em levar ela logo e me livrar daquele encosto.

- Ela se jogou na sua frente. – Ela dizia com os olhos cheios d’água virando-se rapidamente e saindo de perto de mim.

- Eu não estou nem ai pra ela, nem se ela caiu ou se jogou não me importa o que ela faz mesmo sendo uma doente mental.

- Não foi o que pareceu lá. – Falava de costas tentando me ignorar. “Céus! Uma luz, por favor.” Pedi em pensamento. – Só me responda uma pergunta. – Começou ela com a voz baixa forçando para as palavras saírem. – Em qual momento você lembrou-se de mim?

- Hermione...

- Não. Se realmente se importa comigo diga pelo menos verdade, olhe para mim e me responda agora. – Agora sua voz estava realmente um pouco alterada virando-se para mim pude ver a expressão dura em seu rosto como jamais pude ver em outro momento.

O que diria a ela? Que penso nela em todos os momentos, que jamais consigo deixar de pensar nela quando presencio qualquer coisa que me faz lembrá-la, mas que naquele exato momento estúpido, idiota e imbecil eu a esqueci realmente? Como mentir para aqueles olhos expressivos e tão delicados me implorando por uma resposta rápida e sincera.

Como não me envergonhar por ter sido tão desatento e canalha naquele momento, e ainda por cima não conseguir responder olhando-a nos olhos. – Lembrei-me quando estava em casa. – Confessei envergonhado.

- Não doeu ser sincero. – Disse ela ainda com o rosto inexpressivo.

- Eu realmente...

- Não diga que sente. Nem ao menos tente explicar-se, você não precisa nem dar-se ao trabalho, por que pra falar a verdade não somos nada. – Declarou ela saindo rapidamente e me deixando estupefato e como se tivesse acabado de ler uma bofetada no rosto, ainda perdido fiquei parado em frente ao carro vendo-a sumir pela casa a dentro.

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- Resumindo eu fui um completo idiota. – Conclui depois de ter contato toda historia para Jack, Rony e Draco que se encontravam sentados ao meu lado na calçada em frente à casa de Rony.

- Fato. – Concordou Jack serio me deixando mais angustiado.

- Obrigado por sua cooperação mini Malfoy, isso ajudou muito. – Disse ainda com o olhar perdido a minha frente.

- Mas é claro, eu ainda não sei como ela agüentou esse tempo todo. – Continuou a me provocar.

- Diga ao seu irmão que se não calar a boca vou esfolar a cara dele no asfalto. – Afirmei olhando para Draco.

- Ela não vai querer olhar pra sua cara de novo meu querido. – Disse Rony ainda ouvindo de musica no seu Iphone.

- Amigos como vocês ninguém precisa de inimigo. – Esbravejei jogando meu corpo para trás de deixando apoiando minha cabeça entre as mãos. – Ainda não sei o que fiz de errado.

- Nasceu. – Riu Jack escondendo-se atrás de Draco.

- Mas serio agora, como você quer que ela te leve a serio se você não a leva a serio também. – Declarou Draco me olhando.

- É claro que a levo a serio, nunca levei tanto a serio uma garota como ela.

- No seu ver, e no dela? Você não sabe o que ela pensa, e nunca o que pensamos é o que elas querem, elas sempre querem mais e nunca estão satisfeitas. – Filosofou Rony arrancando um sorriso meu.

- Isso é verdade. – Confirmou Jack.

- Eu não acredito que ela disse que “Não somos nada”.

- E vocês são? – Indagou Draco.

- É claro que somos. – Afirmei sem pensar.

- O que? Irmãos? – Perguntou Rony intrigado.

- Claro que não... Somos, tipo, somos como...

- Namorados? – Confrontou Jack.

- É. – Afirmei ainda tentando achar a palavra certa para pode descrever o que nós dois éramos.

- E nesse somos namorados, teve algum pedido, ou algo que colocasse algo mais serio na relação? – Eles me bombardeavam de perguntas me deixando confuso.

- Não precisa disso, ela sabe muito bem que a leva a serio e só fico com ela.

- Agora tenho a certeza de que você é burro mesmo. – Esbravejava Jack. – Você dois fizeram um acordo mesmo, ela entrou com o pé e você com a bunda seu tapado.

- Com certeza ela acha que você não esta levando a serio a relação de vocês. – Explicou Draco. – Mulheres gostam de se sentirem assumidas sabe, acho que se não chamasse Gina pra namorar no segundo dia em que ficamos ela iria me amaldiçoar pra sempre.

- Ela não vai querer falar comigo por um bom tempo, depois dessa vai ser um inferno meu astral.

- Logo agora que estava pensando em marcar aquela nossa viagem para casa de praia dos meus pais no próximo feriado, você vai ficar na mão. – Curtia Draco levantando.

- Não mesmo, mudo meu nome se não conseguir falar com ela de novo. – Declarei levantando também e indo em direção ao meu carro. – Só que dessa vez é pra valer, aquela diabinha que me espere.

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Realmente eu não quis ir à aula, e agradeci as meninas que resolveram ficar comigo, fomos dormir muito tarde conversando e nos esquecemos que teríamos que acordar cedo, mas para falar a verdade mesmo eu não sabia se queria vê-lo agora, não nesse momento depois de toda aquela discussão.

Resolvemos começar o final de semana antecipado, e aproveitar que a sexta-feira estava linda por sinal, um sol exuberante e um dia ótimo para uma saída. Não acordamos muito cedo, mas ficamos nos espreguiçando um bom tempo na cama e tentando criar coragem para ver quem seria a primeira a levantar.

Os pais de Gina saíram cedo e deixaram uma enorme mesa de café da manha para nós. Liguei para meu pai e avisei que não iria almoçar com ele hoje e caso não se importasse ficaria até tarde com as meninas.

- Sabe o que estou com vontade de fazer hoje? – Indagou Gina ainda deitada.

- O que? – Perguntei curiosa.

- Sair pra dançar, só nos, mulheres. Que tal? – Perguntou Gina levantando animada.

- Hoje! – Repeti confusa.

- Claro. Hoje e vamos começar os preparativos pra saída agora.

- Mas... – Comecei tentando falar.

- Nada de, mas amiga, brigas de casal, nada que uma noite em uma boate faça melhorar.

- Mas nem tenho 18 anos ainda amiga. – Declarei.

- Isso é o de menos, somos amigos do dono de lá, ele passa a gente de boa, vai ser o máximo.

- Ótima idéia cunha, vai tomar nosso café da manha e passar à tarde no salão, que tal? – Sugeriu Luna animada. - Então Mione?

- Bem, então vamos. – Respondi indo em direção ao banheiro.

- O que você esta tramando Gina? – Indagou Luna baixo para a ruiva. – Você não sai sem o Draco.

- Claro que não, vou ligar pro Draco e falar pra ele chamar Harry pra sair, fingindo que estamos brigados, essas coisas. – Confessou Gina para a loira. – Então os dois se encontram na boate, olhe só como Mione está, vamos ajudá-la, ela não merece ficar assim e tenho certeza que Harry não fez por mal.

- Ótima idéia.

- Meninas? – Gritei de dentro do banheiro.

- Uhm?

- Esse silêncio de vocês não é bom.

- Larga de ser desconfiada amiga, vamos nos arrumar, pegar umas coisas na sua casa e ir pro salão ok?

- Ok. – Afirmei ainda pensativa.

Passamos na minha casa e pegamos varias roupas e sapatos que pudessem combinar para a noite, papai por incrível estava em casa e me fez um milhão de perguntas, nem ao menos puder ver qual roupas elas pegaram já que fiquei na sala conversando e avisando-o que novamente não viria pra casa, provavelmente não viria já que sairíamos para alguma lugar, sem mencionar uma boate, claro, sendo menor de idade ele não permitiria.

Senti-me incomodava e mal por mentir pra ele, logo ele que era tão sincero e amável comigo, mas prometi pra mim mesma que contaria isso o mais breve possível.

- Divirta-se meu amor. – Disse ele beijando meus cabelos.

- Obrigado papai, espero que não fique em casa também, saia um pouco.

- Sim senhora! Prometo não beber. – Falou rindo.

Abracei-o forte sentindo vontade de chorar por não poder contar o que estava acontecendo, queria tanto não guarda tudo para mim e poder desabafar, mais daí teria que contar desde o começo e isso tomaria todo meu tempo. Afundei meu rosto no seu peito. – O que foi pequena? – Perguntou retribuindo o abraço.

- Só estava com saudades.

- Ah! Prometo sairmos esse final de semana.

- Só nos dois?

- Sim meu amor, só nos, sua pequena possessiva e ciumenta. – Brincou.

- Me leva onde disse que levou mamãe pela primeira vez. – Pedi.

- Ainda lembra-se disso meu anjo?

- Claro que sim.

- Claro que levo. Agora vá e divirta-se, não volte tarde ok?

- Sim. Amo-te. – Falei saindo.

- Amo-te também pequena.

- Tchau tio. – Disse as meninas ao meu lado.

- Tchau meninas, cuidem-se.

Acho que tinha um bom tempo que não ria tanto num ambiente onde só encontravam-se mulheres conversando alto, falando besteiras e rindo. Limpeza de pele, depilação, unhas e cabelos foram o básico que fizemos. Acho que seria melhor irmos a um SPA se dependesse de Gina.

Elas esconderam meu celular para que não ficasse olhando-o de segundos em segundos para ver se ele ligava e isso me fazia sentir tão idiota. Nem sabia se ele iria mesmo me ligar.

A noite tinha chegado rápido e havia desistido de ter alguma noticia dele, coloquei na cabeça que iria me divertir e aproveitar ao máximo todos os momentos.

Vesti uma saia bem curta jeans clara colocando uma meia preta por baixo e completando com um scarpin alto. Uma blusinha preta com alcinhas finas e delicadas deixando o colo a mostra dando um leve decote.

Estávamos animadíssimas andando dentre as pessoas, a entrada estava lotada e por onde passávamos olhares atentos e interessados nos seguiam. Gina era tão ela, que ser o centro de tudo era sua missão. Não nego que fiquei receosa e com medo de que não nos deixasse entrar mais com toda aquela aparência e preparação, ninguém diria que não tínhamos 18 anos.

- Você não deveria estar aqui bebê! – Disse uma voz grossa no meu ouvido, virei rapidamente não acreditando que estava ouvindo essa voz.

- OLIVER. – Gritei eufórica abraçando-o rapidamente.

- O que minha menina menor de idade esta fazendo aqui sozinha? – Indagou rindo.

- Fala baixo. – Pedi. –E não estou sozinha, estou com minhas amigas. – Disse apontando para as meninas ao meu lado.

- Isso não vai prestar. – Disse Gina baixo mais ainda sim pude ouvir.

- O que Gina?

- Nada amiga. – Respondeu sorrindo.

- Essas são Gina e Luna, meninas esse é meu amigo Oliver. – Apresentei. Luna estava vermelha feita um pimentão e Gina corada como há muito tempo não via, ou melhor, eu nunca tinha visto-a corada. Ri ao ver minhas amigas babando em cima de Oliver, mesmo que tentasse disfarçar era inevitável, era impossível não reparar nele.

- Você nem ao menos ligou. – Disse enquanto entravamos desviando das pessoas.

- Cheguei hoje bebê, ia à sua casa, mas meus amigos me chamaram pra sair. – Afirmou procurando um lugar para sentarmos.

- Onde eles estão? – Indaguei tentando ver alguém atrás dele.

- Subiram para o camarote, são frescos sabe, eu gosto mesmo é de ficar apertadinho. – Brincou me puxando pela cintura.

- Para com isso. – Pedi tapando o rosto.

- Pra que isso tudo? Ou melhor, pra quem isso tudo? – Indagou me rodando.

- Pro namorado dela ver o que ta perdendo. – Disse Gina rindo alto.

- Namorado?

- Eu não tenho namorado. Cala boca.

- Você não me contou que ta namorando bebê. – Disse ficando em pé ao meu lado.

- Eu não tenho não assim oficialmente. – Confessei.

- Ela está namorando o “irmão” dela. – Declarou Luna pegando uma bebida.

- O filho de James? Não acredito você está namorado, quando vou conhecê-lo?

- Depois conversamos sobre isso sabe, ela não está bem hoje, brigaram. – Disse Gina nos entregando as nossas bebidas.

Achamos um lugar em frente ao bar, nos sentamos e colocamos a conversa em dia, havia tanta coisa para conversarmos que nem sabia por onde começar, Gina e Luna ao poucos foram ficando menos tensas, como se alguém a qualquer momento fosse chegar e pega-las no flagra, riam dele e ouviam suas historias de faculdades atentas.

- Vou ter que subir daqui a pouco, então me deixa aproveitar e dançar com essa gata aqui. – Oliver disse me puxando pelo braço pra pista.

- Isso vai ser mais interessante do que pensei Luna. – Gina falou rindo alto e tomando outro gole.

- Vai ser muito. Se não me engano em minutos eles chegaram. – Luna falou olhando para o relógio.

- Harry vai ser morder, tipo, o cara é gato, faz faculdade, mora sozinho e é tudo, que meu Draco não ouça isso.

- E ainda a chama de bebê. Põe-me no colo. – Riu Luna falando. - Enquanto eles não chegam, vamos dançar.

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- Cara, que demora pra estacionar um carro. – Falei vendo Rony chegar.

- Eu nem sei por que você veio de carro, já que vai beber feito um corno abandonado. – Rony disse rindo.

- Ah, isso ele é mesmo. – Jack disse concordando.

- Fale mais alguma coisa e você não entra mini Malfoy.

- Cara, isso aqui ta lotado. – Draco disse pegando os ingressos..

- Cadê sua namoradinha Jack? – Perguntei empurrando ele.

- A mãe dela não a deixou sair.

- Por que não ficou com ela em casa então?

- E perder... – Jack começou, mas não terminou quando Rony passou o braço no pescoço dele. – E perder o Dj mais louco que vai tocar hoje, nunca.

Andamos entre as pessoas chegando até o bar, reparei que eles fitavam o lugar como se procurassem alguém, apesar de que o mais estranho era ver Draco e Rony sem suas namoradas, não há brigam que possam os fazer saírem desacompanhados.

Olhei em volta e pude perceber o quanto estava cheio e animado. – Uma cerveja. – Pedi para o garçom sentado ao lado do balcão. – Nada como uma boa ressaca para melhorar. – Disse tomando um gole. – Ou não. – Conclui comigo mesmo.

Avistei pensando já estar bêbado, meus amigos conversando ao pé do ouvido de suas namoradas, não, eu havia acabado de começar a beber e ainda não estava tonto daquele tanto pra perceber o quanto eles não pareciam nenhum pouco um casal que haviam acabado de brigar.

Eles vieram em minha direção sorridente. – Qual a graça? – Indaguei nervoso.

- Perdeu Playboy. – Disse Jack sorridente.

- O que moleque?

- Por acaso, aquela garota ali não é sua Hermione? – Indagou Jack apontando para a pista de dança.

Por um acaso era ela sim, e isso era muito mais do que um acaso, isso só poderia ser brincadeira, e era daquelas que não estava gostando nenhum pouco. Engoli toda a bebida que tinha na garrafa de uma só vez tentando tirar o seco da garganta.

Aquela era minha garota, dançando com outro cara. “Respire Harry”. Puxei o ar sem tirar os olhos dela, esperava que ela pudesse sentir o quanto poderia matar alguém apenas com o olhar, o que naquele momento não era ela, e sim o cara que estava com a mão na sua cintura.

Não demorou muito para que eles pudessem me ver, vi o sorriso que ela dava pra ele sumir por um instante enquanto olhava para mim. Disse algo em seu ouvido como um sinal de que eu estava olhando e vieram na nossa direção.

- Outra cerveja. – Pedi pro garçom. Vi Draco e Rony se prostrando ao meu lado. – O que? Pensei que vocês estavam dançando. Isso tudo é medo que eu arrume uma briga aqui dentro? – Indaguei furioso tomando outro gole.

- Só por precaução. – Afirmou Draco.

Ele ainda continuava com a mão ao redor dela quando se aproximou. – Você deve ser o Harry, prazer, sou Oliver. – Disse estendendo a mão em cumprimento.

Continue apenas olhando em seu rosto sem a mínima vontade de ser cordial, pra ser sincero, nunca em toda minha vida tentei ser educado ainda mais com alguém tão atrevido a ponto de encostar-se à minha garota.

- Harry. – Advertiu Hermione.

Estendi minha mão apertando forte a dele para então solta-la. – Sou eu mesmo. – Afirmei.

- Bem, eu vou me juntar aos meus amigos bebê, mais tarde volto. – Disse ele olhando-a e depositando um beijo em seu rosto. – Foi um prazer conhecê-los, espero poder nos ver outras vezes.

Apenas confirmei com a cabeça sem tirar os olhos dela.

- Acho que nós vamos dançar. – Disse Gina saindo de fininho e nos deixando a sós. Hermione sentou no banco ao meu lado.

- Uma batida, por favor. – Pediu sem me olhar. – Não sabia que você iria estar aqui. – Disse olhando para frente.

- Percebi. – Falei sarcástico. – Você parecia estar se divertindo bastante. Fiquei na sua frente girando o banco para que ela pudesse me olhar de frente.

- Oh Por Favor! Não tente parecer o inocente da historia. – Falou me fitando nervosa.

- Claro, não era eu que estava dançando com outra pessoa, e muito menos estava com a mão na cintura de outra mulher. – Acusei raivoso.

- Ele é apenas meu amigo.

- Amigo. Claro, e você costuma ser assim com seus amigos? – Indaguei tentando manter a calma.

- Não, por que ele é o único amigo que eu tenho desde pequena. – Afirmou Hermione.

- Qual o problema então, você sai daquela forma sem ao menos termos terminado nossa conversa e mais tarde a encontro dançando numa boate como se nada tivesse acontecido.

- Vou La! Você também esta aqui, como se nada tivesse acontecido. – Gritou como se sua voz pudesse sair mais alta que o som.

- Vim porque Draco me chamou.

- Idem. Vim por que as meninas me chamaram. E sinceramente eles não me parecem nada com um casal que acabou de ter uma briga feia como afirmou Gina. – Declarou Hermione olhando para eles na pista. – Você foi muito grosso com Oliver, ignorando o cumprimento dele.

- Oh, meu desculpe se ofendi o coraçãozinho do seu amigo, não costumo ser educado com caras que tocam minha garota.

- Você esta impossível hoje. – Declarou ela levantando e saindo.

- Não senhora! Vamos conversa e vai ser agora. – Disse puxando sua cintura e andando com ela.

- Onde você esta me levando? – Disse nervosa tentando se desvencilhar.

- A um lugar onde esse barulho infernal não atrapalhe. – Afirmei entregando uma nota de 100 para o segurança e subindo as escadas.

- Você nem ao menos sabe se eu quero conversar com você.

- Mas vai, nem que tenha que carregá-la, dessa vez você não vai fugir de mim. – Afirmei conduzindo-a até um sofá longe de todo aquele barulho, onde a musica era só como um findo musical distante.

Avistei um sofá, sentei-a no canto e puxei um menor ficando em sua frente, puxei-a para bem perto, deixando entre minhas pernas, respirei fundo antes de começar.

- Eu simplesmente não posso adivinhar o que se passa em sua cabeça se você não me disser pequena. – Confessei segurando suas mãos. – Eu só quero saber onde errei e tentar concertar para que tudo fique bem daqui pra frente.

- Eu só queria que... – Começou mais pareceu se perder nas palavras que tentava pronunciar.

- O que você queria? – Insisti olhando-a. – Como vou saber se não me diz, se souber tudo pode ser do jeito que você quer meu anjo, você sabe que faço qualquer coisa, então vamos ser sinceros daqui pra frente.

- Eu só queria não gostar tanto assim de você. – Confessou com seu olhar baixo quase num sussurro temendo que eu pudesse escutar.

Isso foi como um tiro certeiro, não estava preparado pra ouvir o que ela disse, e isso mesmo saindo tão inesperado fez meu peito encher e meu coração bater mais rápido. Havia ouvido errado, ou ela tinha acabado de me dizer que gostava de mim. Mesmo falando que não queria, ela ainda sim confessou que sentia algo.

- Por quê? Acha que não mereço o sentimento que tem por mim? – Indaguei confuso.

- Não é isso. – Disse ainda olhando para as nossas mãos.

- Então o que é? Se não me falar vou ficar imaginando que não mereço ter o sentimento que você tem por mim.

- Eu só tenho medo que você não sinta a mesma coisa. – Afirmou em um sussurro.

- Em algum momento eu demonstrei qualquer tipo de sentimento contrario ao que tenho por você, ou fui distante e ausente o bastante para que você pudesse duvidar de mim? – Perguntei próximo ao seu rosto.

- Eu nunca sei o que você pensa Harry, e não estou acostumada a sentir isso.

- Bem, então em alguma coisa estamos começando juntos não acha? Por que você é a única garota que me faz sentir assim.

- Sentir-se como? – Indagou levantando o olhar.

- Vamos começar do começo até chegarmos em como me sinto, pode ser? – Pedi beijando-a de leve.

- Uhum.

- Eu não queria mesmo ter feito aquilo que fiz ao final da aula, fui idiota, confesso e me sinto um canalha por completo por deixá-la sozinha, algo que nunca passou pela minha cabeça era fazer aquilo. Foi um momento de burrice, não sei, e também não vou ficar procurando algo para me desculpar, por que simplesmente não tem explicação pelo que fiz.

- Eu já esqueci aquilo. – Disse ainda me fitando.

- Mas eu não meu anjo, não porque foi dali que começou isso tudo.

- Eu senti tanto ciúmes. – Confessou novamente abaixando o olhar.

- Oh Deus! Isso vem me perseguindo desde o dia que a conheci pequena, nunca em toda minha vida havia sido tão possessivo e ciumento, sinto vontade de bater em todo mundo que olha pra você. Sabe por quê?

- Não. – Respondeu me fitando.

- Por que não queria que ninguém me tirasse você, não depois do saber o que estava sentindo, e como não gostar de você, sempre tão sincera, emotiva, linda e inteligente, quem não gostaria de tê-la ao lado? Eu não gosto de dividi-la como ninguém. – Afirmei arrancando um pequeno sorriso tímido dela.

- Nunca precisou. – Afirmou rindo de lado.

- Eu achei que estava fazendo tudo certo, que a tendo apenas ao meu lado seria o importante, que levando a todos os lugares e mostrando que você era minha seria o ideal. Mas me esqueci de saber o que era importante pra você

- Eu gosto de ficar com você.

- Eu também, e como gosto, mas isso não é o bastante meu anjo. Não quero que pense que não levo a serio nosso relacionamento, nunca em toda minha vida havia levado algo tão a seria como é com você.

- Eu sempre achei que você não queria nenhum compromisso serio. – Declarou Hermione.

- Não até conhecê-la. Bem, e quando você disse que não éramos nada, isso me incomodou muito.

- Por quê?

- Por que fiquei tentando entender o que éramos e pra isso não existe nenhuma tabela para ver a classificação. – Disse rindo. – Então vi que não nos encaixávamos em irmãos, nem em amigos e muitos menos em ficantes.

- Oh Deus... – Tentou dizer mais antes que continuasse interrompi.

- O que eu quero dizer Hermione, é que não quero apenas poder ficar conversando sobre as coisas mais banais com você, ou poder beijá-la a todo o momento. Não quero que pense que não quero nada serio, muito pelo contrario quero tudo que posso ter com você. – Afirmei vendo-a corar totalmente o que me fez sorrir.

- Harry...

- Quero poder vê-la corar e me recriminar por qualquer idiotice que fizer. Ou ainda vê-la brigando e seus olhos reluzindo censura e sempre mais e mais, quero sentir seu gosto e cheiro a qualquer hora do dia.

- Não faça isso, não brinque. – Pediu com seus olhos brilhando.

Puxei pra mais perto de mim, sentando-a entre minhas pernas, segurei seu rosto sem tirar os olhos dos dela. – Quero você Hermione, e só quero que me responda se me que também.

- Eu...

- Quero que aceite seja minha namorada, só minha, assim como eu jamais vou ser de outra pessoa pequena. Isso não é um pedido de casamento, não agora, mais prometo que jamais vou dar brecha para desconfiar de mim, jamais poderia ser infiel se é o que acha, nem passa por minha cabeça procurar outra garota.

- Isso quer dizer que...

- Quer dizer principalmente que vamos contar pro meu pai, que toda família vai saber, que todo colégio vai saber e todo mundo vai saber.

- O que as pessoas vão pensar vendo a gente morando na mesma casa? – Indagou corando.

- Eu quero que as pessoas se f...

- Harry. – Advertiu ela tapando minha boca.

- Prefiro que me cale com um beijo. – Disse puxando seu rosto. A vi fechar os olhos esperando que eu me aproximasse, fiquei apenas olhando-a aquela criatura mais linda que já havia visto na face da terra, vê-la esperando que eu a beijasse era uma tentação.

- O que esta esperando? – Indagou sorrindo.

- Acho que você ainda não me respondeu.

- O que? – Pergunto abrindo os olhos.

- Será que meu pedido de namorado soou tão baixo assim?

- Oh...

- Oh! Isso mesmo. – Afirmei sorrindo.

- Pede de novo. – Disse sorrindo.

- Por quê? – Indaguei confuso.

- Foi bom ouvir, queria ouvir de novo. – Confessou corando.

- Oh céus! Hermione Jane Granger, você aceita namorar comigo? – Perguntei próximo aos seus lábios.

- Isso é bom. – Declarou. – É claro que aceito. – Confirmou me beijando.

Ficar um dia sem sentir o gosto dela era como uma eternidade. Passei meus braços em volto do seu corpo frágil e pequeno trazendo o mais perto possível.

Aquilo nem de longe poderia ser um beijo doce e lento, era urgente e quente, era toda a vontade que sentia tê-la só pra mim. Minhas mãos percorriam seus cabelos, suas costas e suas coxas e só Deus sabe o que pedia de controle para não tentar percorrer qualquer outro caminho, mas ela provocava, mesmo sem saber, ela acendia um fogo em mim me deixando atordoado.

“Publico, você esta em um lugar publico Harry”. Dizia para mim mesmo enquanto prendia as mãos dela em suas costas impedindo que tocasse qualquer outro ponto fraco do meu corpo. – Ai é perigoso. – Afirmei roçando meus lábios nos seus.

- C... Como? – Indagou confusa.

- Suas mãos em baixo da minha camiseta pequena, cuidado onde você toca, são sensíveis. – Alertei mordiscando-a.

Soltei vagarosamente suas mãos vendo-a deixá-las no mesmo lugar, e agradecia a Deus por apenas as luzes da iluminação estar acesas e mais ainda por estar no sofá em um canto onde ninguém atrapalharia. Erguei um pouco mais o corpo sem distanciar-me do dela.

Beijando sua orelha, sussurrei: - Aqui. – Desenhava o caminho da sua fina blusa erguendo-a devagar apenas deixando sua barriga a mostra. Alisei vagarosamente sua cintura e acariciei com os dedos sua barriga sentido a maciez da pela dela, vi seu corpo estremecer. – Viu o que isso faz. – Disse sorrindo.

- Harry me desc...

- Não meu amor, não precisa, é só o que você faz comigo quando me toca. - Afirmei afastando há um pouco mais para que não notasse a reação do meu corpo.

- Mas...

- Esta tudo bem, que tal irmos agora dançar um pouco? – Perguntei abraçando-a de lado e andando.

- Tudo bem.

- Tudo bem mesmo, você parece um pouco pensativa. – Provoquei rindo.

- Para engraçadinho.

- Ok! Então vamos, por que a noite é longa.

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CAP POSTADO o/ hehehe Infelizmente ainda não tivemos tempo de betar, então resolvi postar o cap mesmo assim, espero que me desculpem pelos erros o.O hehehe - Mas esse cap FICOU MUITO BOM , eu amei simplismente escrever ele e espero que vocês tbm gostem o/ Estou super ansiosa pra ver o que vão achar ;D Prometo postar o mais rapido possivel o cap betado e certinho pra vocês lerem !
Obrigado por todos os comentarios, fico feliz demais em saber que estão gostando =) Até mais e aproveitem a leitura, não esqueçam de comentar e me falar o que estão achando - hehe beijokas ;D








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