♥☆Minha melhor ami
MINHA MELHOR AMIGA OCULTA
Abri os olhos lentamente, quase que com dor... Aquele barulhinho irritante, de pessoas falando sem cessar, objetos se movimentando, crianças correndo era quase uma afronta a minha existência. De chofre, meus olhos sonolentos tornaram-se duas grandes órbitas, assemelhadas às do querido Dobby. Era hoje! Estaria sonhando? Belisquei-me, para ter certeza.
- Ai! É... Efetivamente estou acordada! – ri timidamente, de soslaio.
De repente, a visão de um pacote em cima de minha penteadeira, em meu quarto d’A Toca, fez-me sorrir... Lorenna, minha grande companheira em Hogwarts, dama-de-honra de meu casamento juntamente com Luna e Hermione, enviara-me tal presente no dia anterior. Um porta-retratos mágico, mas totalmente diferente de tudo que eu vira até então. O aparato tem “memória” para armazenar até 100 fotos bruxas, que mudavam automaticamente a cada 30 segundos.
Lorenna mandou entregar o presente e, no cartão, avisara que havia alguns retratos armazenados. Não resisti e, com o tilintar da varinha, dei início à sessão de fotos.
Logo de cara, deparei-me com uma foto de nós duas, em nosso primeiro ano em Hogwarts. Lorenna, juntamente comigo, fora selecionada para Grifinória e, no dormitório, acabamos nos alocando em camas contíguas.
“Pausei” a foto com um feitiço não-verbal e pude observar meu semblante triste, ao lado do sorriso cativante de Lorenna.
- É, acho que conhecer Lorenna, naquele ano, foi uma das poucas coisas que valeram à pena... – falei baixinho, com pesar. A imagem da Câmara Secreta veio abrupta, mas eu sabia abortar o processo. Com um chacoalhão da cabeça, tilintei minha varinha e passei para a foto seguinte.
Novamente, eu e Lorenna, agora em nosso segundo ano, à margem do lago, no dia em que os terceiro-anistas (e Ron e Mione, por tal), foram ao passeio em Hogsmead... Tinha esperanças que Harry, que não tinha autorização para sair, aparecesse pelos jardins... Mas ele não veio, e soube depois que, mesmo sem autorização, ele fora ao passeio acobertado pela capa da invisibilidade.
Na foto seguinte, pude observar-me vestida para o baile, ao lado do sorridente Neville. Lorenna foi acompanhada de Miguel Cornor. Foi o ano do torneio Tri-bruxo e um dos mais intrigantes de minha vida!
Lorenna já havia falado para eu esquecer Harry e começar a viver...
E eu decididamente assim o fiz quando soube que ele convidara a Cho Chang para o baile. Decidi, depois de chorar muito no colo de minha melhor amiga, a seguir em frente.
E no baile, Lorenna fora categórica! Lembro-me como se fosse hoje...
- Ginny de Mérlin! O Miguel é P-E-R-F-E-I-T-O para você, minha amiga! Realiza os olhos azuis do garoto, mulher!!!!!
- Mas ele é o SEU par, mocinha! – falei, rolando os olhos para cima.
- É, pode ser, mas ele é o SEU número, minha flor... De mais a mais, eu estou é encantada com aquele bruxinho fantástico da Corvinal (discretamente, apontou para Roney, membro de uma tradicional família bruxa do norte da Inglaterra).
- Sei... – ri.
A verdade é que realmente, não sei bem como, a Lorenna juntou nós dois (Harry não gosta muito dessa parte da história, mas eu também não gosto do romance dele com a Chang, portanto, empatamos!)
A próxima foto mostrava eu, Miguel, Lorenna e Roney, no salão principal, junto de Luna (que nessa época ficou bem próxima a nós). Engraçado ver a sapa velha ao fundo, com seu lacinho cor-de-rosa e pink, sentada à mesa de professores.
Foi um ano difícil... Quase perdi meu pai, lutamos no Ministério, Sirius morreu. A única lembrança boa era as reuniões da AD, das quais Lorenna participava ativamente. Lembro-me da felicidade dela ao conjurar seu primeiro patrono corpóreo e lembro, com exatidão, dela consolando-me a noite inteira quando eu soube do beijo entre Harry e Chang.
O colo de Lorenna foi essencial. Sempre centrada, colocou-me nos eixos e, meu namoro com Miguel que já estava para lá de insatisfatório, ruiu.
Decidi, após o término do namoro, dar um tempo para mim mesma... Mas, Dona Lorenna não permitiria isso! Fez que fez, trançou sua varinha e foi o cupido de meu namoro com Dino.
A foto seguinte foi tirada na Toca, pouco antes de voltarmos à Hogwarts, no meu quarto ano.
Lorenna veio nos visitar e passamos uma tarde super agradável, colocando todos os assuntos em dia... Na foto, estávamos eu, ela, Ron, Mione e Harry.
Não há como esquecer o jeito que, “delicadamente”, Lorenna levou-me para o meu quarto e já foi disparando, com seu jeito meigo:
- Vai falar de boa ou será necessário um cruciatus??? O que são esses olhares entre você e o Harry, hein? Você é uma senhorita comprometida!!! – falou, adotando pose dramática... O senso de humor de minha amiga era fantástico!
Confesso que gargalhei quando me lembrei disso, o que me fez despertar de meus devaneios...
O barulho n’A Toca tinha aumentado consideravelmente e, de minha janela, eu já visualizava uma tenda branca erguendo-se.
Voltei-me novamente ao meu presente de casamento. O tilintar da varinha mostrou-me uma foto particularmente feliz! Não sei como, Lorenna conseguiu a foto do meu primeiro beijo com o Harry (obra de Colin, que não largava aquela máquina nem um segundo!). Não pude deixar de dar um suspiro triste por Colin... Maldita guerra!
Ainda assim, fiquei admirando meu primeiro beijo: o abraço apertado, o tocar dos lábios, ele erguendo-me para aprofundar o beijo e, após, o afastar dos rostos e o olhar do Harry em direção à máquina (Rony estava ao lado de Colin).
Na próxima foto, meu semblante nunca esteve tão triste. Eu estava me arrumando para o casamento de Gui e Fleur e observava Harry pela janela.
Minha querida Lore era a única que me via desabar... Viver em uma casa com seis homens tornou-me forte. Instinto de sobrevivência Weasley, eu costumava brincar. Mas, com minha Lore, permitia-me ser simplesmente a Ginny. Não que eu não fosse segura, mas, por vezes, ter aquele colo e aquele ombro para simplesmente chorar, sem nenhum tipo de cobrança, era o que eu precisava para centrar-me novamente e seguir em frente.
Na imagem seguinte, uma visão da Hogwarts, em meu sexto ano.
Estávamos eu, Luna, Neville, Lorenna e Roney. Éramos inseparáveis! Apoiávamos uns aos outros para continuarmos... Creio que sem a Lore e a Luna, naquele ano, eu teria enlouquecido! Não sabia se Harry estava vivo, e como estava vivendo; aquele maníaco matando deliberadamente bruxos e trouxas e, na escola, Snape destilando seu sarcasmo e os Carrows nos presenteando com maldições imperdoáveis no café da manhã.
- Praticamente um sonho – falei com o sarcasmo tal que faria Snape me dar um aceitável em meu NIEM.
O próximo retrato é pausado pela minha varinha... Nessa época, efetivamente, estava vivendo um sonho! Eu e Harry freqüentando as mesmas aulas, o mesmo ano! Foi uma das melhores épocas da minha vida! O romance era tranqüilo, sereno o tanto quanto a adolescência permitia, é obvio. A foto retrata os seis (eu, Harry, Ron, Mione, Lore e Roney), trajados para nossa formatura! Um dia memorável (e uma lembrança memorável de Malfoy e Astória também).
Após tal foto, há um grande hiato temporal. A próxima imagem retrata meu primeiro jogo no Harpias que, por coincidência, ocorrera no mesmo dia do casamento de Percy. Eu estava de uniforme, descabelada, mas com um sorriso fantástico! Obra de Jorge e Ron, que dispararam fogos no início do jogo, e de Harry, pelo simples fato dele estar presente.
A próxima foto me enterneceu o coração e me lembrou qual dia era hoje. Meu noivado... O pedido (que todos sabiam que iria acontecer naquela data) e eu achando, definitivamente, que Harry estava começando a se interessar por aquela auror francesa oferecida, sobrinha de Merina, que era instrutora de Harry e Rony no curso de Aurores. Lembro-me bem de meus sentimentos naquela época... Lore sempre respondia minhas corujas... Não tinha coragem de me abrir com Hermione (que conhecia a fedida à gorgonzola do Ministério) e também não gostaria de parecer imatura. Afinal, quando ocorrera o incidente com a Sally, em Hogwarts, acredito que fui muito tranqüila. Pouco antes de nosso noivado vivi uma época bem difícil, em que fiquei em dúvida se o amor que eu e Harry sentíamos sobreviveria à distância... Aquela foto, que destacava o exato momento em que ele se ajoelhava, levou-me às lágrimas e à confirmação de que SIM, nosso amor resistiu à distância e à “francesa com focinho de escargot”...
Suspirei fundo... Ao olhar para a janela, agora, vejo os bruxos contratados enfeitarem, com grandes arranjos de flores, cada espaço entre as filas de cadeiras, separadas por um corredor central, onde um grande tapete vermelho ainda jazia enrolado em seu início.
Retomo o olhar ao porta-retratos e vejo que ele modificou para a última foto... Minha despedida de solteira! Foi fantástica! Enquanto os meninos estavam confraternizando no caldeirão furado, fizemos um “petit comité” e fomos ao Três Vassouras. Sim, havia somente bruxas (pelo menos nas três primeiras horas!), o que foi muito divertido, principalmente lá pela terceira rodada de cerveja amanteigada. Até a Fleur estava engraçadíssima! Lá pelas onze da noite, Harry chegou com um buquê ostensivo de flores do campo (segundo ele, uma homenagem ao meu aroma floral), declarando em alto (e amplificado magicamente) som que, não importava os percalços que a vida lhe impora até o presente momento, mas somente que dali a três dias, dois caminhos outrora separados converter-se-iam em uma única alameda, a ser trilhada com a pessoa que, para ele, era sinônimo de felicidade, paz e única alternativa de futuro viável. A foto capturou o exato momento em que me aproximei lentamente de Harry, abracei o ramalhete em meus braços, acondicionei-o na mesa mais próxima e simplesmente o beijei... Foi o beijo mais intenso, mais significante de toda minha vida. Quis transmitir, naquela troca, todo o meu amor, todo o meu sentimento e toda a minha felicidade por estar ao lado de meu Harry. Sim, meu... Nada de Eleito, de Auror, de menino-que-sobreviveu duas vezes... Mas somente meu Harry, aquele da estação King Cross, que sequer sabia como atravessar a plataforma 9 ¾... Ou, ainda, o Harry que me olhou como se fosse uma criminosa, quando me flagrou, juntamente com o Ron, beijando Dino... O Harry que era capaz de, quando eu menos esperava e desacreditava, mostrar-me que o sentimento que ele tinha por mim era algo que ele dava mais valor do que a própria existência. Enfim, o Harry que, a partir de hoje às 18 horas em ponto, se tornaria meu marido.
Ouvi batidas na porta. Mamãe apareceu, com uma bandeja farta de café da manhã... Após colocar a bandeja em minha cama, olhou-me com uma ternura ímpar e aí, nesse exato momento, eu percebi como aquela senhora, judiada pelo tempo e pela perda de um filho, ainda esbanjava amor e bondade somente com o olhar...
- Mamãe, eu te amo! – foi só o que consegui dizer.
O olhar foi terno, companheiro e sincero... Transmitiu-me força e tranqüilidade.
- Eu sei, minha menina! E o que sinto por você, palavras não poderiam expressar com exatidão. Então, nervosa?
- Definitivamente, não sei! É estranho... Quis tanto isso, esperei tanto por esse momento e agora eu simplesmente estou estranha... Como se eu estivesse na platéia, assistindo o espetáculo se desenrolar... Lembra-se de quando você me contava as histórias do menino que sobreviveu e eu dizia que iria me casar com ele? – a matriarca sorriu com ternura, afirmando com a cabeça – Então, mamãe... Eu passei por tanta coisa para chegar até esse momento que eu francamente não sei o que sinto... Na verdade, gostaria que Harry estivesse aqui...
- Serve eu? Não tenho cicatriz na testa, mas definitivamente meu cabelo é mais bonito e assentado que o dele!
Qual foi a minha surpresa quando a Lorenna entrou no quarto, fazendo aquela festa que lhe é peculiar...
- Francamente, Gin... Ver o bruxo antes do enlace dá azar! Já pensou? Seu futuro bebê acabaria tendo o nome do Ranhoso! – disse, fazendo uma careta. Todas nós rimos, diante do absurdo da afirmação.
- Bom, ‘bora tomar esse café que eu vim aqui cuidar de você. Falei com a Mione e ela deve chegar por volta das três da tarde, para me ajudar a terminar de arrumar seus cabelos e te vestir, já que a maquiagem eu vou fazer um pouco antes. Até lá, ela estará distraindo um certo rapaz, que somente está em seu apartamento pela ameaça de um cutelo, objeto de tortura que emprestei de uma amiga brasileira! Não, ela não é das trevas... Só é ansiosa e me ameaça com aquilo se não escrevo meus capítulos no prazo! E ainda ela tem coragem de chamar aquela quase foice de “bebê” – Lorenna disse, praticamente para si mesma. – A verdade é que manter o Harry longe de você é missão mais difícil do que fotografar Minerva McGonagall de biquíni. Arre!
Lorenna, também conhecida no mundo literário como J.K. Lore tornou-se, após formar-se em Hogwarts, numa das mais respeitadas autoras do mundo bruxo, cujos escritos eram ansiosamente esperados por uma casta seleta de leitores (mais de 2.700!), a quem ela chama de família... Pode? Família com 2.700 membros? Mas ela os considera assim e os trata assim... “Essa é a minha Lore. Sempre agregando pessoas e as tornando dependentes emocionalmente dela!” - pensei.
Olhei-a com carinho... Apesar de sempre citarem o trio maravilha, a verdade é que Lore foi meu porto seguro em épocas de turbulência. Alguém com quem sempre pude ser eu mesma, alguém que sempre esteve ali, na cama dossel ao lado, para escutar-me com uma paciência infinita e um carinho indescritível...
Levantei-me da cama e dei um abraço para lá de apertado nela!
- Obrigada Lore!
- Eita! Pelo o que mesmo? – falou, revirando os olhos, mas corando.
- Ora, por simplesmente ser você!
- Nhá! – falou, com lágrimas nos olhos, abanando a mão direita, como se uma mosca a incomodasse - Vamos que ainda temos um longo dia pela frente até as 18!
Confirmei com a cabeça, com os olhos marejados também... Seria nessa hora que eu, Ginevra Molly Weasley acrescentaria o sobrenome Potter a minha vida e ao meu ser, tornando realidade o sonho da menina que correra naquela estação; o desejo da adolescente, que viveu um ano de terror a espera de alguém que, apesar de sempre acreditar, não saberia se ia voltar e, se voltasse, se iria “voltar para mim”; e, o anseio da mulher, que visualiza um futuro feliz ao lado do homem que sempre amou.
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Coment Larissa: Alê Ficou linda! Amei! Lore, isso tudo é pra você!! Presente de aniversário desses fãs que te amam tanto! Você merece isso e muito mais!! Que você continue sendo essa pessoa tão especial, que trás tanta felicidade para nossas vidas!! PARABÉNS!!
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Coment Isabela (Marx): Realmente, eu amei, está perfeita! E também amei poder ler antes, hahaha. Lore, o que mais eu posso dizer? É, isso é tudo para você! Parabéns Alê, e PARABÉNS, Lore, por tudo
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Coment Ricardo: Lore, como você pôde?!!! nos escondeu sua origem bruxa esse tempo todo! só vou te perdoar se me apresentar o quarteto!! Rsrsrsrs bricadeira...
mas não é brincadeira o fato de você ter nos encantado com essa história maravilhosa que está encaixando perfeitamente no vazio que aquela outra, aquela a que todos chamam de Joanne Kathleen Rowling, fez questão de deixar nas nossas vidas, não é mesmo J.K.Lore? e não esqueça nunca, que sempre estaremos com você, nos melhores e piores momentos, sempre com você e esse seu super coração que cabe cada um de nós. P.S:e você achando que essa surpresa era um motin ein!rsrs...e ainda chamou esses reles leitores, que fariam tudo por você e pra você, de comensais...só te perdoaremos quando o cap 23 chegar ein!e olha que o cutelo da Alê já tá tão afiado que nem conseguimos mais ver o fio...mas sem pressão...rsrsrs bjão J.K.Lore
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N/A – Alessandra (Sandy Meirelles): Minha amiga querida! Essa short é um mimo, um carinho a quem com tanto carinho e amor, dedica-se a tornar a nossa vida mais leve, através da fantasia... E é desse jeitinho, que te descrevi na fic, que te imagino... Amiga, fiel, divertida, sagaz... Espero que tenha gostado!!! Mesmo sem te conhecer, já tenho sentimentos bem definidos sobre a senhorita! E, fala sério! EU ACRESCENTEI MEU “BEBÊ” NA HISTÓRIA!!!
Parabéns e tudo de melhor!!!! É o que todos nos desejamos!
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