Primeiro Ano



Capítulo 1: Primeiro Ano

Cinira Maltzer sempre fora bonita. Possuía pele branca, mas, diferentemente da maioria dos ingleses, com um leve bronzeado tropical. Seu cabelo, ora liso, ora ondulado nas pontas, era de um castanho tão escuro que muitos acreditavam ser preto. Seu rosto era constituído de traços finos e delicados. Sua boca era carnuda e avermelhada. Para completar, era dona de belos olhos azuis claros, vivos e brilhantes.

Sua educação é um ponto interessante para entendermos Cinira. Sua família era uma das mais ricas e poderosas do mundo mágico. Não que tivessem se envolvidos com Artes das Trevas, como a maioria das “famílias nobres”, mas ocupavam cargos importantes e, por isso, eram respeitados. Seu pai a amava muito e era, à sua maneira, carinhoso. Ao tentar protegê-la, garantiu que crescesse sob rigorosa educação: além de regras de etiqueta, aprendeu a estar sempre de cabeça levantada, a se defender e, principalmente, sempre desconfiar e procurar por segundas intenções nas pessoas ao seu redor.

Acalmem-se leitores! Não pensem que Cinira se tornou amargurada e carrancuda! Pelo contrário. Boa parte de sua família, como seus queridos avós maternos, viviam no Brasil. Por isso, passava neste “paraíso tropical” todas as férias e, quando podia, uns meses a mais. Crescera com a alegria do brasileiro.

Assim era Cinira, cheia de contradições: gostava de frio e calor; neve e praia; era alegre e rigorosa; extrovertida e tímida; exalava confiabilidade, mas praticamente incapaz de confiar a acreditar verdadeiramente em alguém. Mas isso, veremos aos poucos.

Cerca de um mês antes de completar 11 anos o correio-coruja chegou:

- Mas, para qual escola eu vou? – perguntou Cinira, cartas em mão, sentada com seus pais na bela e espaçosa sala de estar de sua casa. – Adoraria estudar em Beauxbatons com minhas primas, mas também gostaria de estudar no Brasil... Ah! Mas Hogwarts também seria um sonho... Durmstrang não quero! É tão fria!

- Que bom ouvir isso! Durmstrang não é para você. É para gente como os Malfoy. Onde já se viu! Gostaria de saber por que mandaram esta carta... Só pode ser piada com a nossa família. – disse-lhe Joseph, seu pai. Era alto, magro, de cabelos loiros lisos e bem curtos e dono de olhos azuis escuros e profundos. Trabalhava como Conselheiro no Ministério da Magia e tinha como inimigo mortal qualquer um que carregasse o sobrenome “Malfoy”.

- Meu sobrinho está em Durmstrang! E não está metido com Magia Negra, se você quer saber. Aliás, para sua informação, o filho de Lúcio Malfoy foi para Hogwarts no ano passado! – respondeu Lucy, a mãe de Cinira. Era uma mulher elegante de estatura mediana, olhos verdes, cabelos castanhos levemente cacheados.

- Não ponho minha mão no fogo por seu sobrinho, querida. Vai ver que Malfoy percebeu que daria muito na vista se o filho fosse para Durmstrang. Seria quase como assinar um papel dizendo: “Sou um Comensal da Morte, venham me prender!” – e deu de ombros.

- Chega de falar sobre aquela família. – disse Lucy com expressão de desagrado. – Então querida, qual você prefere...?

- Eu... eu... não sei!

- Filha, acho que você devia ir para Hogwarts. Eu sei que você adora o Brasil, mas as escolas da Europa são melhores...

- E por que não Beauxbatons, papai?

- Você quer mesmo estudar numa escola só de meninas? – perguntou Lucy com um sorrisinho malicioso.

- Não entendi o que você que dizer com isso, Lucy!

- Ora, Joseph! Adolescentes gostam de namorar! Hogwarts seria bem mais interessante! – e abafou um risinho.

- Que absurdo! Você está quase autorizando nossa filha de 10 anos a trazer um marginal qualquer para dentro de casa!!! – vociferou Joseph.

- Não faça drama! De qualquer maneira, Hogwarts é dirigida por Dumbledore e isso já diz tudo! Além do mais, não estou dizendo que ela vá começar a namorar amanhã...

- Pois eu acho que a Ci ainda é muito nova para namorar! – disse Mark, primo de Cinira, que chegara a pouco na sala.

- Larga a mão de ser ridículo, Mark! Você tem a minha idade! – respondeu Cinira indignada.

- Não tenho, não! Sou cinco meses mais velho do que você!!

- Mentira! Quatro meses e uns diazinhos! Além do mais, você nunca ouviu falar que as mulheres amadurecem muito mais cedo?

- Blábláblá! Lá vem você querendo dar uma de inteligente! – disse o garoto com deboche.

- Você me irrita!!!

- Eu sei, boba! – disse com um sorrisinho enquanto dava um beijo estalado na bochecha da garota que, por sua vez, bufava.

- Querido, você já sabe para que escola vai? – perguntou Lucy.

- Já sim, tia. Meu pai queria que eu fosse pra Hogwarts, mas eu vou para a Ipiranga em São Paulo mesmo... – respondeu, abrindo um sorriso de orelha a orelha.

- Ah... então a gente não vai estudar junto!

- Ué! E você já decidiu pra onde vai, prima?

- Acho que vou para Hogwarts mesmo... por mais que eu goste do Brasil, prefiro estudar aqui.

- Hm... Bom, lá tem o Julian pra ficar de olho em você!

- E em Ipiranga tem a Pri para ficar de olho em você, Mark.

- Mas ela só entra ano que vem! – disse o garoto com um sorriso vitorioso.

- E o Julian sai dois anos antes de mim... – respondeu Cinira com um sorriso maroto.

- Hunf! Depois eu que sou o ciumento! – disse Mark emburrado.

- Direitos iguais, priminho... direitos iguais...





- Vamos mãe! Não quero perder o trem! – disse Cinira enquanto a mão descia do carro em frente à estação de King’s Cross.

- Calma filha! Ainda são 10 horas! Você não vai perder o trem! – respondeu Lucy, antes de saírem a passos largos pela estação.

Ao chegarem em frente às plataformas 9 e 10, Cinira se sentiu confusa enquanto encarava a parede de tijolos onde deveria estar a plataforma 9¾.

- Mas... mãe, pai... cadê?

- Venha, Cih... – disse-lhe a mãe enquanto puxava sua mãe e andava em direção à parede.

Andaram cada vez mais rápido e, quando estavam prestes a colidir, Cinira fechou os olhos, esperando pelo impacto. No então, ele não veio. Quando a garota abriu os olhos, viu uma plataforma completamente diferente da que estavam. Via ali parada uma bela locomotiva preta e vermelha, despejando fumaça na enorme quantidade de pessoas e carrinhos com pesados malões, corujas, gatos e vassouras. Cinira se sentia maravilhada.

- Não estava com pressa? – perguntou Joseph com um sorriso no canto dos lábios, enquanto colocava o malão da filha no bagageiro do trem. Porém, quando Cinira abriu a boca para responder foi interrompida.

- Ah! Imaginei que iria vê-lo por aqui, Joseph. – disse uma voz arrastada atrás dos três.

- Bom dia, Lucio. Como vai? – perguntou Joseph com voz fria, enquanto apertava a Mao do loiro platinado. – Narcisa.

- Bom dia. Olá, querida! – disse Narcisa a Lucy. – Agora que a pequena Cinira está indo para Hogwarts, terá muito tempo livre! Vai desejar que ela tivesse ido alguns anos mais cedo.

- Na verdade, Narcisa, acho que sentirei muita falta de minha filha. Por mim poderia demorar mais um pouco. – respondeu Lucy com o mesmo sorriso amarelado da Sra. Malfoy.

Eles se odiavam. No entanto, o Sr Malfoy e o Sr Maltzer ocupavam importantes cargos no Ministério – faziam parte do Conselho – e, por isso, tratavam-se como acreditavam ser cordialmente.

- E Draco, está bem? – perguntou Lucy.

- Ah! Sim, sim... já subiu no trem.

“Graças a Merlim!”, pensou Cinira. Não queria ter que fingir agrado ao ver o garoto.

- Boa viagem, então, Cinira. Aproveite Hogwarts. – disse Lúcio, sem realmente desejar. – Até mais, Joseph. Lucy. – e saiu com a esposa.

- Bom... então... acho que eu já vou indo... Tchau, mãe! – disse Cinira dando um abraço apertado na mulher. – Tchau, pai. – e fez o mesmo com o homem.

- Juízo! Estude bastante, aproveite e mande cartas! Foi para isso que você ganhou a Estrela! – Estrela era a bela coruja negra com uma mancha branca, que lembrava muito o formato de uma estrela, entre os olhos azuis.

- Pode deixar, mãe! – disse a garota entrando no trem.

A garota olhou em todos os vagões, mas nenhuma cabine a atraiu. Chegou até a fazer uma pequena careta ao passar despercebida (“Ufa!”) pela cabine de Draco Malfoy. Chegou, por fim, a uma cabine ocupada apenas por uma garota de cabelos castanhos um tanto rebeldes.

“Parece simpática...”, pensou Cinira e bateu levemente na porta.

- Oi... é... posso sentar aqui? É que o resto do trem está cheio e as cabines com lugares vagos não tem pessoas muito agradáveis... – disse mordendo o lábio inferior, num claro sinal de nervosismo.

- Ah! Claro! – disse a castanha com um sorriso. Cinira notou que seus dentes eram um pouco grandes. – Ainda faltam algumas pessoas, mas se você não se importar...

- Não, claro que não! Aliás... meu nome é Cinira Maltzer, prazer.

- Hermione Granger. Você é aluna nova?

- Sou... você é?

- Ah! Não... eu vou fazer o segundo ano... mas a Gina é nova também...

- Quem é Gina? – neste momento, a porta de abriu.

- Mione! Graças a Merlim eu te achei! O Harry e o Rony sumiram! – disse uma menina um pouco mais baixa que Cinira, olhos castanhos, pele branca, belos cabelos ruivos e muitas sardas.

- Como assim sumiram? – perguntou Hermione se desesperando.

- Ah! Não façam tanto drama! Eles devem estar pensando numa grande entrada! – disse um menino alto e ruivo que acabara de entrar, acompanhado de outro idêntico.

- Não estou fazendo drama, Jorge! Mas isso é sério! – disse Hermione, enquanto o garoto virava os olhos.

- Ta bom, Mione! Agora, não seja mal educada! Quem é sua amiga? – perguntou o outro gêmeo.

- Sou Cinira Maltzer, prazer. – disse a garota um tanto surpresa. Não achou que tivesse sido notada

- Maltzer? Seu pai é Joseph Maltzer, membro do Conselho? – perguntou o tal de Jorge, como se estivesse fazendo força para se lembrar de algo.

- Hm... é.

- Meu pai já nos disse sobre ele alguma vez... Sou Fred Weasley.

- E eu Jorge Weasley.

- Gina. Weasley, obviamente. – disse a ruiva com um sorriso tímido.

- Acho que meu pai já me falou sobre algum Weasley... Acho que era Arthur o nome... trabalhava com alguma coisa sobre trouxas...

- É... Arthur Weasley. Nosso pai. – disse Fred sorrindo. – Bom, nos vemos por aí. Espero que você entre par a Grifinória. Até mais! – e saiu, seguido por Jorge.

- Não ligue para eles... são um pouco afobados... – disse Hermione rindo.

- Eles parecem ser legais... e quem são Harry e Rony?

- Ah! É... Rony Weasley... – começou Hermione.

- Seu irmão? – perguntou Cinira à Gina, que confirmou com um aceno de cabeça.

- E Harry Potter. – terminou Hermione.

- Harry Potter? O menino que sobreviveu? O que derrotou Voldemort?

- Esse mesmo... peraí! Você fala o nome de Você-sabe-quem? – perguntou Gina, espantada.

- Meus pais sempre me disseram que ele era muito poderoso e perigoso, mas que não devemos ter medo de dizer o nome dele.

- Acho que você e o Harry vão se dar muito bem... – disse Hermione rindo. Gina, nesse momento, adquiriu um tom mais avermelhado, mas as outras duas pareceram não notar.

Com o passar das horas, as garotas foram se conhecendo melhor. Até mesmo Gina parecia menos encabulada. Cinira descobriu que a ruiva tinha, ainda, mais três irmãos: Gui, Carlinhos e Percy. Gui trabalhava no Egito para o Gringotes, Carlinhos cuidava de dragões na Romênia e Percy estava no penúltimo ano de Hogwarts. Já Hermione, era nascida trouxa e não possuía irmãos. Se tornara a melhor a amiga de Harry e Rony no ano anterior e os três haviam derrotado Voldemort juntos. Cinira lhes contara que, assim como Hermione, não tinha irmãos, mas possuía muitos primos e primas e que eram muito apegados uns com os outros.

Por volta do meio dia, um menino meio gorducho e atrapalhado entrou carregando um sapo.

- Oi, Mione. Cadê o Harry e o Rony?

- Adoraria saber... Essas daqui são Gina Weasley, irmã do Rony, e Cinira Maltzer.

- Oi, Neville Longbotton.

Conversaram por cerca de duas horas. Cinira ficou sabendo que o garoto morava com a avó e que pertencia à Grifinória, embora Cinira não tivesse o achado muito corajoso. O garoto era, também, muito simpático, apesar da timidez.

No momento em que Neville e Hermione contavam para as duas primeiranistas sobre o jogo de Quadribol em que Harry tivera que dançar em uma vassoura azarada para não cair, a porta da cabine abriu novamente e por ela entrou uma voz fria e arrastada.

- Ora, ora, ora... Cinira. Vejo que precisa de alguns conselhos sobre boas e más companhias.

- Muito obrigada, Malfoy, mas acho que não preciso.

- Tem certeza? Afinal, está sentada na mesma cabine que a trouxa Granger, a pobretona Weasley e o miolos-molhe Longbotton. Tem certeza que você não prefere se juntar a mim? Na companhia de pessoas do seu nível?

- Estou sentada com pessoas do meu nível, Malfoy. Obrigada. – disse Cinira fechando a porta, mas Draco pôs o pé na frente.

- Cuidado, Maltzer... posso transformar sua vida num inferno! – disse Malfoy agressivamente.

- Pois tente, Malfoy!

- E seus amiguinhos, Granger? Fugiram da sua feiúra?

- Não acho que seja da sua conta, Malfoy. Ou será que você só está com tanta coragem assim porque o Rony e o Harry não estão aqui? – perguntou a castanha com veneno na voz.

- Ora sua... – disse Malfoy, puxando a varinha das vestes, mas foi interrompido.

- Algum problema aqui? – perguntou um garoto alto, de pele bronzeada, cabelos castanhos escuros e lisos caindo displicentemente sobre os olhos igualmente escuros.

- Juh! – disse Cinira, atirando os braços ao redor do pescoço do rapaz.

- Tchau, Malfoy! – disse o moreno com olhar ameaçador para o loiro, que saiu bufando. – Mal chegou e já precisa que eu cuide de você? – perguntou com um sorriso no rosto.

- Não seja metido! Sei me cuidar sozinha e poderia muito bem expulsar aquele oxigenado daqui... Só iria demorar um pouquinho... – disse Cinira.

- Ta bom... e que são seus amigos, mal educada?

- Ah! Sim... estes são Gina Weasley, Neville Longbotton e Hermione Granger. Pessoal, esse é meu primo Julian Costa.

- Acho que te conheço de vista... – disse Hermione.

- Bom, eu sou da Lufa-lufa, 3º ano. Mas você eu conheço... – disse apontando para Hermione e Neville. – Foram você que receberam aqueles pontos que deram a vitória à Grifinória, certo? – os dois apenas aceneram em concordância. – E você imagino que seja irmã do Rony, do Fred e do Jorge, né? – novamente um aceno de concordância. – Bom, então eu vou indo... A gente se vê per aí. Cih... quer sentar na minha cabine?

- Hm... Não... eu vou ficar aqui mesmo..

- Ta querendo virar uma Grifinória por osmose, né? Traíra! Hunf! – disse se fingindo de bravo, mas depois sorriu e deu um estalado beijo no rosto da menina.

- Você parecem ser uma família bem unida mesmo... carinhosa... – disse Hermione, sem graça.

- É... eu sei que aqui na Inglaterra é mais raro esse tipo de cumprimento, mas no Brasil é comum e nós fomos praticamente criados lá...

- Ah... entendi!

Quando chegaram à estação de Hogsmead, tiveram que se separar. Hermione e Neville seguiram com a grande maioria dos alunos, enquanto Cinira, Gina e outros alunos do primeiro seguiram por um caminho tortuoso, guiados pelo maior homem que já viram na vida.

- Você sabe como é a seleção? – perguntou Cinira à Gina.

- Na verdade, não... eu perguntei aos meus irmãos, mas eles não quiseram me responder... e a Mione apenas sorriu e disse para eu ficar calma.

- E você está calma?

- Não... você está?

- Não... – ambas riram enquanto embarcavam num bote junto com um menino e uma menina, ambos loiros, mas não pareciam se conhecer.

Quando estavam no meio do lago e olhavam abobalhados para o castelo à frente, o menino loiro que dividia o barco com elas pareceu se desequilibrar e, de repente, caiu na água. O enorme homem que os guiava agilmente mergulhou o enorme braço no lago e puxou o garoto de volta. Como o menino tremia, o guia deu para o loiro seu enorme e pesado casaco.

- Merlim! Vocês precisam ter cuidado! Só Deus sabe o que tem nessas águas.

Quando enfim desceram dos botes, subiram por uma escada de pedra em direção ao castelo. Ao entrarem por enormes e pesadas portas de carvalho, depararam-se com um belo saguão com grandes portas de um lado e uma enorme escadaria de mármore do outro. No meio do salão, uma mulher alta, de cabelos presos num coque e aspecto severo esperava por eles.

- Bem vindos à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sou Minerva McGonagall, professora de Trasfiguração, diretora da Grifinória e vice-diretora da escola. Cada um de vocês será escolhido, dentro de alguns minutos, para uma das nossas quatro casas: Grifinória, Sonserina, Lufa-lufa e Corvinal. Seus acertos lhes renderão pontos e de seus erros serão descontados pontos. Para erros graves, cumprirão detenção. No fim do ano, a casa com mais pontos receberá a Taça das Casas. Sigam-me.

Entraram em um salão ainda maior que o primeiro. Este possuía cinco mesas compridas. Quatro delas estavam dispostas paralelamente uma à outra, com todos os alunos das outras séries já sentados nelas. A quinta mesa ficava do outro lado do saguão, de frente para a porta e era, com certeza, a mesa dos professores. Para iluminar, velas flutuavam. Quando Cinira olhou para cima, viu que o teto parecia não existir e pôde ver todas as estrelas do céu lá fora.

Os alunos novos formaram uma fila, enquanto observaram um chapéu surrado em cima de um banquinho. De repente, o chapéu abriu um rasgo e começou a cantar. Cinira estava tão nervosa que não conseguiu prestar atenção no que dizia a canção. Quando o chapéu terminou, a Prof. McGonagall voltou a falar:

- Chamarei seus nomes e os senhores devem se dirigir a este banquinho que colocarei o chapéu em suas cabeças.

Cinira observou muitos alunos serem chamados e, quando ninguém esperava, o chapéu gritava em alto e bom som o nome de uma casa. A mesa correspondente explodia em palmas e o recém escolhido se dirigia a ela. A garota descobriu que o nome do menino ensopado era Colin Creevey e a garota loira que também os acompanhara era Luna Lovegood.

- Maltzer, Cinira.

Cinira se dirigiu nervosamente ao banquinho á sua frente e, quando o chapéu tocou sua cabeça, teve seus olhos cobertos. A ultima coisa que viu foi Malfoy sentado à mesa da Sonserina lhe lançado um olhar malicioso.

“Ora, ora, ora... a pequena Maltzer!”, disse uma voz em sua cabeça, que a garota imaginou vir do chapéu. “Sabe, você é um tipo raro... encaixar-se-ia facilmente em qualquer uma das casas. Possui a astúcia sonserina, a inteligência corvinal, a fraternidade lufa-lufa e, principalmente, a coragem...” – GRIFINÓRIA!

A mesa ao lado da que Malfoy estava explodiu em aplausos e Cinira caminhou sorridente para ela, sentando-se de frente para Colin e ao lado de Hermione, enquanto recebia vivas dos gêmeos e um pequeno aceno de Neville.

Depois de mais algumas classificações, chegou a vez de Gina. A ruiva se dirigiu timidamente ao banquinho. O chapéu, porem, mal tocou em sua cabeça e já anunciava: GRIFINÓRIA!

- O chapéu perguntou quantos Weasley ainda faltavam para ele selecionar... – disse Gina em voz baixa para Hermione. – O Harry e o Rony ainda não chegaram?

- Não... estou preocupada... – respondeu Hermione com um sorriso.

O resto da noite fora muito agradável. O diretor Dumbledore deu alguns avisos e todos se dirigiram aos seus dormitórios. O da Grifinória ficava no alto de uma torre e era guardado pelo quadro de uma mulher gorda, de vestido rosa, que pedia uma senha trocada periodicamente.

Mais tarde, Cinira ficou sabendo que Harry e Rony tinham ido para a escola num carro voador dos Weasley e que bateram no Salgueiro Lutador, uma árvore, pelo que disseram, muito violenta.





O tempo estava passando muito rápido e, quando Cinira percebeu, já estavam no meio de outubro. Conhecera muitas pessoas, fizera amizade com Hermione, Harry, Rony, Colin, Neville e os gêmeos. A única que parecia insegura perto dela era Gina, mas Cinira imaginou que fosse o jeito dela, já que a ruiva não falava direito nem ao menos com os irmãos ou Hermione.

Para a sorte de Cinira, Draco Malfoy não aprendera muito bem como transformar a vida de alguém num inferno, pois suas brincadeiras e provocações não afetavam a morena. E havia também Julian que parecia intimidar um pouco o loiro.

Os meses seguintes foram conturbados para a vida no castelo. Ameaças contras “sangue-ruins” rondavam o castelo e diziam que uma certa “câmara secreta” havia sido aberta e que um mostro estava à solta. Inicialmente, Cinira achou besteira. A garota passou a acreditar que algo havia errado apenas quando Colin, Justino, Nick-quase-sem-cabeça e Hermione foram misteriosamente petrificados e Harry era visto como culpado. Como se na disso bastasse, Dumbledore fora afastado pela maioria dos Conselheiros do Ministério e Hagrid preso.

Certa noite, já nos últimos meses de aula, Cinira entrou em seu dormitório e encontrou Gina sentada, com o olhar longe e a expressão dura.

- Gina, está tudo bem? – a ruiva pareceu não escutar. – Gina?

- SAIA DE PERTO DE MIM! – berrou a ruiva e saiu do quarto carregando um livro de capa preta.

Horas mais tarde, Cinira se arrependeu de tê-la deixado sair naquele estado. Ela fora levada para a Câmara Secreta. O desespero se instalou no castelo. Gina fora praticamente considerada morta. Ninguém acreditava que a garota pudesse sair viva dessa. Com Dumbledore longe, Cinira não acreditava que alguém poderia fazer algo pela ruiva e decididamente não confiava naquele incompetente professor de DCAT.

Mas Gina voltou. Harry e Rony descobriram a passagem para a câmara, obrigaram Lockhart a os acompanhar e salvaram Gina. Cinira ficou sabendo, depois, que o professor perdera a memória ao realizar um feitiço com a varinha defeituosa de Rony, obrigando Rony a permanecer com ele enquanto Harry seguia para a câmara. O moreno confrontou Voldemort, tirou a espada de Gryffindor de dentro do chapéu seletor, matou um basílisco, foi salvo por lágrimas de fênix, acabou com o diário de Gina que era, na verdade um objeto das trevas de Tom Riddle colocado nas coisas da ruiva por Lúcio Malfoy e salvou a vida de Gina.

Dumbledore voltou na mesma noite, é claro, assim como Hagrid e tudo pôde voltar ao normal. Aliás, melhor que o normal.

- Cinira? – chamou Gina, enquanto arrumavam seus malões para voltar para casa.

- Sim.

- Desculpa.

- Pelo quê. Gina? – perguntou Cinira espantada.

- Bom... por eu ter sido tão... estranha com você. É que o Tom dizia que eu não devia confiar em você. – era a primeira vez que Gina falava sobre o ocorrido.

- Ah! Gina... esquece isso! Além do mais, nós é que deveríamos te agradecer! Afinal, se não fosse você, não teriam cancelado as provas! – disse Cinira rindo.

A viagem de volta fora bem animada: Harry, Rony, Hermione, Gina, Cinira e Neville dividiram uma cabine, sendo visitados por Fred, Jorge e Julian.

- Nos veremos em breve, Gi! Me mande notícias, por favor! – disse Cinira abraçando a amiga quando já estavam em King’s Cross.

- Pode deixar! Dessa vez vou me corresponder com geste de verdade!



N.A.:
Oii...

Espero que alguém tenha lido isso e gostado! =P

Bom, primeiro agradecimentos:


Marii Potter Brigada pelo PRIMEIRO comentário!!! De verdade! Bom, aqui está o capítulo, espero que tenha gostado!! Beeeeijo*

juliiana :) Brigada pelo comentário!! O capítulo está aqui... não sei se tá bom, mas eu vou melhorando... ;*

Andy Weasley Potter De nada... sua fic tá maior legal. *.*
Brigada pelo comentário e pela opinião! Beijo*

Algumas coisinhas que precisam ser ditas:
1) Eu to terceiro ano do colegial, então eu não tenho como atualizar regularmente e talz por causa do vestibular...
Mas graças a Merlim esse ano tá acabando! =D

2) Faz um bom tempo que eu não escrevo narrações... só o que eu tenho feito ultimamente é escrever dissertações e ler a Carta Capital com a esperança de fazer uma BOA redação na porcaria do vestibular...

3) Se tiver algum erro, me perdoem e me digam, assim eu concerto! ;)

4) Minha fic precisa de uma capa... e eu sou PÉSSIMA nisso... se alguém quiser fazer uma pra mim... *.*

5 e último) Nova enquete! hahaha...

Sobre o título:
Deixar Cinira Maltzer ou Cinira Maltzer e Draco Malfoy ou Ying-Yang ou Maltzer-Malfoy? ou Opostos?

Era "só" isso...

Comenteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem...

Beijo*

Vigzinha. <=o)

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