Lily: Lírio e Rosa



– Helena Ravenclaw –

N/A : Espero que apreciem a minha fan fiction e que comentem, que é o que todo autor adora. Comentários, comentários e mais dezenas de comentários. Então, pelo amor de Merlin, comentem! Um beijo!

Lily: Lírio e Rosa

“Nem palavras duras e olhares severos devem afugentar quem ama; as rosas têm espinhos e, no entanto, colhem-se”. – William Shakespeare.

Ele era James. James Potter. Tinha dezessete anos, estudava em Hogwarts, era excepcionalmente inteligente, porém nutria de um desprezo pelas regras. Regras foram feitas para serem quebradas. Era a frase predileta dele.

Ela era Lily. Lily Evans. Igualmente tinha dezessete anos, estudava em Hogwarts, era ainda mais inteligente que James, mas nutria de um profundo desprezo pelo mesmo. Ele não presta. Era a frase predileta dela.

Ambos eram inteligentes, dedicados, talentosos e possuíam uma beleza clássica que fazia suspirar todos que por eles passavam. O castelo podia ser bem grande, mas quando se falava em James Potter ou Lily Evans, todos sabiam de quem eles estavam falando. E como não saberiam? James e Lily eram quase famosos, com suas notas esplêndidas, beleza esplêndida e por aí vai.

Kathryn Owens, Serenity Widtch, Aura Lee Morgan. Melhores amigas de Lily. Todas inteligentes (exceto, talvez, pela displicente Serenity), todas lindas (exceto, mais uma vez, por Serenity, que insistia em dizer, todos os dias, que era feia e gorda), todas talentosas (exceto, também, por Serenity, que insistia que não fazia nada direito e que sua vida era um eterno nada); todas como Lily (novamente, exceto por Serenity, que dizia que invejava a beleza, a inteligência e os inúmeros talentos das amigas).

Sirius Black, Remo Lupin e Peter Pettigrew. Melhores amigos de James. Todos inteligentes (exceto por Peter, que, realmente, era incapaz de tirar uma nota regular), todos lindos (exceto, também, por Peter, que era baixinho, gordinho e que não tinha um rosto perfeitamente desenhado. Sirius dizia o tempo todo: Quando Deus te desenhou, ele estava de porre. E depois ria exageradamente), todos talentosos (exceto, novamente, por Peter, que não sabia fazer nada sem explodir, bagunçar ou quebrar tudo); todos como James (mais uma vez, exceto por Peter, que invejava em silencio a beleza estonteante, o talento e a inteligência dos amigos).

E como alguns dos romances mais longos, aqueles que começam na escola, esse não foi uma exceção. James e Lily se conheceram no primeiro dia em Hogwarts (melhor dizendo, primeira noite, afinal, a cerimônia de seleção e o jantar foram, obviamente, à noite). Quando se encontraram, no aglomerado de primeiranistas, todos ansiosos, suando frio, roendo as unhas, batendo o pé no chão, chorando, apertando a mão de um amigo de tanto nervosismo, Lily e James se estranharam. Ele era baixinho, magrelo, usava óculos redondos e seu cabelo fora cortado em formato de tigela. Ela era igualmente baixa, só que mais baixa do que ele, era tão magra que mais parecia um palito de fósforo, e não apenas pela sua altura, mas por seus cabelos abricó cortados na altura do queixo.

Conforme os anos foram passando, James cresceu incrivelmente, passando do 1,40 dos onze anos para 1,76 dos dezessete. Seus músculos ficaram definidos pelas horas passadas treinando Quadribol, seja no sol escaldante ou numa chuva de granizo. Seu cabelo cresceu, ficou rebelde e eternamente desarrumado. Seu rosto infantil de menino de onze anos se transformou em um de quase-homem de dezessete anos.

Lily cresceu também, mas não tanto quanto James. Do 1,34 aos onze passou para 1,68 aos dezessete. Seus peitos cresceram, seu quadril ficou mais largo e sua cintura fina cada vez mais definida. Não era mais aquela menina-tábua. Era uma quase-mulher, muito linda, muito sexy. Deixou os cabelos crescerem e ficarem um pouco acima dos cotovelos. Eram cabelos lindos, de dar inveja, tão bem arrumados, meio ondulados, fortes, sedosos e brilhantes. Lily era realmente um pitéu.

É de imaginar que os dois fossem perfeitos um para o outro, igualmente lindos, perfeitos, inteligentes, talentosos, com amigos incríveis e tal. Não. Os dois não se suportavam!

Na verdade, Lily não suportava James, enquanto este era profunda e desesperadamente apaixonado por ela. Ele roubava beijos dela nos corredores, encurralando-a e dando-lhe os beijos mais ardentes, sedutores e excitantes, enquanto ela lhe correspondia com tapas e mais tapas. É também de se imaginar que após uma série de foras, tapas, brigas, gritos e detenções o apaixonado James tivesse desistido da ruivinha. Não.

James era incrivelmente persistente, determinado e, principalmente, apaixonado. Não desistiria tão facilmente da sua musa de cabelos acaju. Ela era linda demais, estressada demais, perfeita demais para que ele desistisse dela. Mesmo após frases do tipo:

Você é um asno!

Prefiro beijar a Lula Gigante a sair com você!

Você é um idiota, arrogante, prepotente, inútil e débil mental!

Eu não vou sair com você! Agora cala a boca e me deixa estudar!

Por que você não desiste?

Não tem nada melhor para fazer?

Cai fora!

Eu te odeio, Potter!

Uma semana de detenção, Potter!


Ele não desistiria. Ele sabia que essas frases explosivas eram só da boca pra fora. No fundo ela o amava tanto quanto ele a amava. Ou, pelo menos, era o que ele tentava se convencer.

Sirius dizia:

Desista, Pontas. Do que adianta ficar correndo atrás da Evans? Ela não quer você e já deixou isso bem claro. Olha, eu marquei um encontro para você com a Meg San da Lufa-Lufa e você sabe como ela é gostosa. Mas se você não quiser sair com ela eu quero.

Remo dizia:

Eu sei que você nutre de uma certa afeição pela Lily, mas já não está na hora de ir pastar em outros campos? Esse em que você está pastando está cheio de ervas-daninhas. Por que você não procura uma hortênsia ao invés de um rosa, que é cheia de espinhos e que não está nem um pouco afim de você?

E o Peter dizia:

O Sirius e o Remo tem razão, Pontas. Você vai comer esse bolinho?

Não adiantava de nada. James preferia ouvir aquela mesma frase todo santo dia, e não se cansava.

Eu te odeio, Potter!

Só para se deliciar ouvindo a voz de veludo dela. E era incrível como ela estava ficando cansada de gritar, bater nele, xingá-lo e até mesmo de dar detenções para ele. Quando via ele azarando o Snape, apenas passava, olhava, revirava os olhos (o que era sua marca registrada) e seguia em frente. Não estava mais disposta a implicar com ele. Preferia ficar na dela.

Isso intrigava James. Intrigava demais.

E aí, meu broto! gritava para Lily, que estava no outro lado do corredor.

E ela não respondia. Apenas olhava para ele com os olhos profundamente verdes. Um dia ele descobriu o motivo dela estar agindo estanho.

Encontrou Kathryn e Aura no corredor. Serenity provavelmente ainda estava fazendo prova de Astronomia. Se escondeu atrás de um estátua e ficou escutando a conversa.

A Lily está agindo muito estranho, Kat. O que será que está acontecendo com ela?

Você não sabe? Ela me contou semana passada. Ela me disse que descobriu uma coisa terrível.

O quê?

Merlin, Aura. Ela está se apaixonando pelo Potter! Pelo visto todos os anos de cantadas, beijos e tapas derreteu o coração dela.

O que ela vai fazer a respeito?

Acho que vai tentar esquecê-lo. Ela disse que não vale a pena deixar esse sentimento vir ainda mais à tona se ele magoá-la.


O coração de James deu uma cambalhota.

Ela me ama! Ela me ama!

Saiu do seu esconderijo e correu para a sala de Adivinhação. Quando estava a cinco metros da porta já podia sentir o cheiro forte de xerez e incenso. E agora? O que dizer a ela?

Aproximou-se mais da porta, sentindo o coração bater dolorosamente contra as costelas.

Lily, minha ruivinha, eu te amo e nunca vou te deixar!

Não. Muito brega.

Meu docinho de abóbora, eu sabia que você me amava!

Ui! Muito convencido.

Lily, eu...

Eu o quê?

Não havia palavras. Não havia palavras e jamais haveria palavras o suficiente para expressar o que ele estava sentindo naquele momento. Era uma mistura de felicidade, ansiedade, medo, certeza e incerteza. James sentia como se fosse vomitar a qualquer momento.

Lily, eu te amo tanto e acabei ouvindo a conversa das suas amigas e descobri que você também me ama. Não sabia exatamente como dizer isso e estou quase vomitando.

É. Talvez fosse melhor dizer isso.

Abriu a porta da sala e disse num jorro:

Lily, eu amo suas amigas tanto e acabei ouvindo a minha conversa e descobri que você também se ama. Não sabia exatamente como vomitar isso e estou quase dizendo.

Ahn? O quê?

Toda a sala se virou para olhar o idiota com a língua enrolada que dissera aquilo. Os olhos de James passearam sobre a sala lotada, todos olhando incrédulos para ele, quando percebeu que Lily não estava ali.

Sorriu, sem graça, fechou a porta e deu um tapa na própria testa.

Idiota!

Foi quando percebeu que Lily estava parada do lado de fora da sala, esperando o sinal bater para entrar na aula de Adivinhação.

Vou vomitar agora, total.

Ela olhou para ele com os grandes olhos verdes e perguntou:

O que foi aquilo?

Aquilo o quê?

Aquilo que você disse.

Não faço idéia. Fiquei tão nervoso que me embaralhei todo.

Acho que entendi o que você quis dizer.

Mesmo?

Sim.

Você não faz idéia de como eu me sinto agora.

Você também não faz idéia.

Lily, você sempre foi tão má comigo, me desprezava, me odiava. Agia como uma rosa. Cada vez que eu te tocava seus espinhos me feriam.

Eu sei, eu...

Mas sempre te vi ambígua. Uma rosa e um lírio. A rosa linda e pura que me repelia, e o lírio perfeito e perfumado que me atraía.


Houve um silêncio. As bochechas de Lily enrubesceram e o coração de James batia descontroladamente. Palavras não precisavam mais ser ditas. Tudo podia ser lido nos olhos um do outro. Não havia dúvidas. Se amavam.

Porém essa história não terminou com um beijo, e sim com um grito histérico vindo do fim do corredor. Serenity veio correndo na direção dos dois gritando:

Eu tirei nota máxima!

E daí? Quem se importava, afinal? Naquele momento Lily não estava nem aí para a amiga e a sua nota maravilhosa.

Quando Serenity saiu correndo para o outro lado para contar a Kathryn e Aura, instantaneamente, ao mesmo tempo, como se estivesse ensaiado ou cronometrado, James e Lily se beijaram.

HR

N/A : Gostaram, amaram, odiaram? Comentem e deixem a sua opinião! Como é que eu posso adivinhar se gostaram ou não? Bom, se quiserem alguma história específica, ou se quiserem que eu escreva uma com seu nome nela, é só deixar um comentário com seu nome, e-mail, e o que deseja na história, como o nome do seu personagem, a qual casa ele pertence, idade, características físicas e psicológicas, uma breve história sobre ele e se é vilão ou herói. Um beijo a todos e comentem sempre!

– Helena Ravenclaw –

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