A Humilhação
Voldemort chutou o cadáver de Grindelwald para longe, gargalhando. Dumbledore descia as escadas, com um sorrisinho.
-Está feliz, Dumbledore? - vociferou Voldemort, ainda gargalhando - Seu amiguinho morreu! Você nunca mais vai vê-lo!
-Precisa ter um raciocínio mais acelerado, Tom - disse Dumbledore, de forma tranqüila - Esqueceu de minha poção?
O sorriso de Voldemort vacilou, mas ele ainda assim continuou.
-Não terá ninguém para ressuscitar Grindelwald, Dumbledore. Você será morto em minhas mãos, e todos seus seguidores terão que ser leais a mim, se não quiserem passar uns tempos em Azkaban.
-Não tenha certeza disso, Tom. Minha habilidade em magia é equiparável a sua.
-Veremos...
Voldemort lançou um feitiço em Dumbledore, que se esquivou com facilidade. Todos os poucos duelos que ainda tinham na batalha entre Grindelwald e Voldemort tinham acabado para assistir aquele. Os dois maiores bruxos da atualidade lançavam feitiços um no outro, no meio do Saguão Principal, nenhum tendo vantagem contra o outro.
-Estou desapontado, Tom! - falou Dumbledore, após três Maldições da Morte passarem a menos de dez centímetros de sua cabeça - Esperava duelar contra alguém do meu nível, mas não é isso que está acontecendo!
Voldemort ficou lívido, e girou a varinha duas vezes. Um enorme globo de água caiu do teto do saguão, exatamente como Dumbledore fizera três anos atrás. Mas, ao contrário do rival, Dumbledore fez um giro displicente com a varinha e o globo virou gelo. Com outro giro, ele arremessou o globo de gelo em Voldemort, que explodiu-o logo em seguida.
-Não creio que pensasse em me pegar com meu próprio truque, Tom! - gritou Dumbledore - Sua tolice, às vezes, me irrita...
Ele apontou a varinha para os lustres do saguão, que começaram a pegar fogo. Voldemort teve que conjurar um escudo do nada para se defender da chuva de lustres de fogo.
-Essa também não foi uma das mais geniais, Dumbledore! - debochou ele - Esperava mais de você!
-Digo o mesmo, Tom.
Foi após Dumbledore falar que Voldemort percebeu que os lustres incendiados tinham se formado em um pequeno círculo de fogo em sua volta. Com um movimento da varinha de Dumbledore, o círculo subiu, e Voldemort se encontrou no meio de um enorme cano de fogo. Para completar, o ex-diretor de Hogwarts incendiou alguns lustres restantes, os levitou e jogou-os no meio do cano.
Para tentar apagar o fogo, Voldemort lançou um enorme globo de água em si mesmo. Com sucesso, conseguiu apagar o incêndio, mas quando ia sair do globo, Dumbledore brandiu a varinha e tomou o controle da enorme concentração de água. Levitou o globo, e após um grito de Voldemort, arremessou-o contra a parede.
Após se chocar violentamente contra a parede, Voldemort caiu no chão, com muitos ferimentos. Havia quebrado alguns ossos e se queimado, mas com muita dificuldade conseguiu se levantar e encarar Dumbledore, que sorria.
-Talvez se eu duelasse contra um estudante do 1° ano aqui de Hogwarts, eu encontrasse mais dificuldade - falou ele - Francamente, Tom, e você ainda se considera um bruxo poderoso...
Voldemort, mesmo com os ferimentos no rosto, ficou vermelho de fúria. Ainda tentou lançar mais um feitiço, mas acertou uma das janelas. Por fim, murmurou:
-O duelo ainda não acabou, Dumbledore.
-Evidentemente, Tom. Você ainda está de pé.
-Diferente de você no final desse duelo.
Voldemort, então, reuniu energias e conseguiu voar. Encarou Dumbledore lá de cima, mas o ex-diretor ficou invisível repentinamente.
Voldemort sorriu. "Muito idiota esse velho", pensou ele. Ele sabia que era o melhor legilimente do planeta, e conseguira ler a mente de Dumbledore antes dele ficar invisível. Era claro, o velho ficaria do lado da escada para um possível ataque surpresa a ele. Pura tolice.
Ainda rindo com a burrice do rival, Voldemort desceu, se fez de desentendido, e passou ao lado da escada. Virou-se repentinamente e começou a lançar Maldições da Morte no lugar onde o velho estava escondido. Era uma batalha ganha, Dumbledore estava morto...
Intrigado, Voldemort percebeu que seus feitiços bateram na madeira e não surtiram nenhum efeito. Estranho, pensou ele. Mas a maior surpresa foi quando um raio vermelho atingiu sua nuca violentamente, e ele foi arremessado até o outro lado do saguão. Após abrir os olhos lentamente, viu Alvo Dumbledore, com a varinha na mão, sorrindo mais do que nunca.
-Esperava que você fosse mais esperto, Tom.
-O que... O que aconteceu? - perguntou Voldemort, com o corpo todo dolorido - Eu, o melhor bruxo legilimente do mundo, me enganei...
-Receio dizer que sou melhor nisso do que você - ele deu alguns passos em direção ao rival - Implantei uma visão falsa em sua mente, Tom. Exatamente como você fez com Harry a três anos atrás.
Voldemort ergueu as sobrancelhas, surpreso.
-Eu estava do outro lado do saguão, mas consegui te fazer pensar que eu estava do lado da escada - prosseguiu Dumbledore - O seu momento de distração foi o suficiente para que eu pudesse acertá-lo.
Voldemort suspirou. Não estava mais com forças para levantar. Perdera o duelo de forma humilhante.
-Vai me matar agora, Dumbledore? - perguntou ele, fechando os olhos.
-Nós dois sabemos que não sou eu que farei isso, Tom - retrucou o outro, de forma animada. Deu alguns passos para frente e apontou para Harry, que estivera acompanhando o duelo de forma estupefata - Está na profecia que só uma pessoa poderá te matar. Harry o fará.
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