O Mago Branco



[Nota da Autora]: 5° cpítulo postado, de um total de 8.Este e o sexto vão sr meio grandes, mas espero que vocês gostem.


Seus passos apressados ecoavam no corredor, especialmente devido ao péssimo estado do piso de madeira.Sentou-se desconfortavelmente numa poltrona verde-claro, que se situava próxima à porta do pequeno escritório e pôs-se a esperar.

Harry caminhava rapidamente pela rua.Havia seguido Hermione até o local, sem saber exatamente porquê.Vira a amiga entrar em uma pequena taberna abandonada, de péssima aparência, com uma tabuleta de madeira onde se lia “O Mago Branco”. Não entrou. Pôde ver a professora McGonnagal chegar em uma carruagem guiada por testrálios, que ele reconhecera pertencer a Hogwarts, o que fazia sentido já que ela voltara à escola há alguns dias.Harry escondeu-se sob sua capa de invisibilidade e aparatou dentro do lugar algumas vezes até encontrar o escritório escondido onde Hermione estava.Ela pareceu tê-lo notado, mas então sacudiu negativamente a cabeça, achando ser só impressão sua.O garoto permaneceu fitando-a, admirando-a, até que a diretora da sra McGonnagal adentrou a sala, fazendo-o desviar o olhar.
—Olá, senhorita.Esperando há muito tempo?
—Não.—Hermione respondeu, dando um pequeno sorriso—Acabei de chegar.
A professora McGonnagal sentou-se em uma poltrona em frente à garota e começou:
—Boas notícias: Viktor realmente está na sede da Confederação de Quadribol, o que significa que ele não...
—É cúmplice do Karkarov.— a garota completou.— Eu já imaginava, mas é sempre bom confirmar. Não podemos nos dar ao luxo de sermos surpreendidos.
—Concordamos nesse ponto.Já em relação ao sr Potter...
—Professora, por favor.—Hermione interrompeu, alternado um pouco seu tom de voz.—Não vamos reiniciar essa discussão.
—A senhorita deveria contar-lhe de uma vez.—a professora insistiu, sem se alterar.—Ainda mais se está apa...
—Não estou.—Hermione disse, já profundamente alterada, levantando-se dando uma pequena volta pelo escritório, para depois se dirigir à professora novamente.—E não viemos falar dele, não é?
—Está bem.—a sra McGonnagal suspirou, derrotada.—Viktor trouxe alguma novidade sobre o Karkarov?
—Nada que já não saibamos.—respondeu com um ar de desapontamento.
—E quanto ao Véu Negro?
—Ele irá mostrar a localização da saída, só mencionou que não é conhecida Ministério búlgaro.
—Ao menos isso a senhorita contou ao sr Potter?Ele merece saber.
—Só vou contá-lo quando eu tiver certeza.Não quero que se decepcione.
—Continue persuadindo o sr Krum quanto à localização do sr Karkarov.—disse simplesmente, enquanto se levantava—Creio que por hoje é só. Avise-me se novidades surgirem.—ela caminhou até a porta retornando, antes de fechá-la—Tome muito cuidado, senhorita.
Hermione balançou a cabeça positivamente.Agora só duas pessoas estavam na sala: ela e Harry, que estava surpreso e confuso com o que ouvira.O garoto espantou-se ao ouvir a amiga perguntar:
—Quanto de tudo isso você ouviu, Harry?
—Como você sabia que eu estava aqui?—ele indagou, saindo debaixo da capa de invisibilidade.
—A pergunta correta seria: como eu não saberia que você estava aqui?E então?O que você ouviu?
—Tudo que vocês conversaram hoje.Pelo que eu entendi...—ele começou a falar, hesitante—esse tempo todo...Você estava usando o Viktor para encontrar o Karkarov?—recebeu um aceno positivo da garota e resolveu prosseguir—Por que você não me disse?l—O que você faria se eu tivesse dito?
—Eu te impediria, é claro!—ele disse, já um pouco exaltado.
—Exato!O Viktor poderia acabar descobrindo, por isso que não lhe disse.—ela respondeu, paciente.
—E você acha que eu vou ficar olhando você se sacrificar desse jeito?—perguntou, magoado por ela ter-lhe mentido.
—Vai sim.Harry, essa é uma escolha minha, você não pode interferir. É isso que eu decidi fazer.—ela disse, levantando-se, decidida.Na verdade, havia dito-lhe bem mais com o olhar que trocara com ele.
Harry cedeu a contragosto.Amava-a demais para não deixá-la ter a liberdade de decidir o que fazer de sua vida, mas sentia-se arrasado por dentro por não poder ter os lábios dela entre os seus novamente e pior...Pensar que agora outro poderia tê-los...Sempre! E se não sobrevivesse à luta com Voldemort?Ela não demoraria am se realizar, ele podia sentir que ele ficava cada vez mais forte...Ele morreria sem sentir o gosto doce dos lábios dela invadindo e dominado sua boca, e ele, por completo? Preferiu não pensar aquilo no momento, desvencilhando-se das visões que envolviam a garota e dedicando-se a uma parte da conversa que ainda o intrigava.
—O que tem o Véu Negro?—perguntou ao lembrar-se das palavras da professora McGonnagal.
—Na verdade... É que descobrimos que o Véu Negro era a chave de um portal, para prender possíveis invasores do Ministério de modo que não houvesse magia que os libertasse.Você sabe que durante a Primeira Guerra Bruxa muitos Comensais atacaram o Ministério, eles foram levados pelo Véu...
—Mas o que isso...
—Eles precisavam criar uma saída para os Comensais em algum lugar seguro, longe de Londres...
—O castelo Durmstrang!
—Exato!E como se trata de uma escola, o Ministério búlgaro nunca desconfiou.
—Então o Sirius pode voltar?
Hermione assentiu com a cabeça.Harry esboçou um largo e honesto sorriso.Poderia ver seu padrinho novamente!Contudo uma preocupação surgiu-lhe à mente.
—Por que o Viktor vai te mostrar onde fica a saída do Véu?—ele indagou preocupado, sentimento que só aumentou ao vê-la abaixar os olhos e fitar o chão.
—Bem...—ela disse com um sorriso triste nos lábios—não creio que ele negaria algo a sua namorada...Quem sabe noiva, um dia...
Agora era fato.Harry a perderia para sempre.Ainda que guerra acabasse, ainda que ele estivesse vivo ou morto, eles jamais estariam juntos.
—Não faça isso, por favor...—ele disse suplicante —Não me peça para escolher entre você e o Sirius.
—Não estou pedindo.—ela sorriu docemente—A escolha já foi feita e é assim que a história termina.Não há mais o que fazer.
—Mas, eu preciso te dizer...Mione, eu...Eu estou a...
—Não torne as coisas mais difíceis para mim, Harry.Para nós dois.
Ele a olhou profundamente nos olhos e segurou-a pela cintura, trazendo-a para junto do seu corpo.Eles se beijaram mais uma vez.A terceira e última desde a praia.Mas não fora um beijo alegre e doce como o primeiro.Aquele fora triste, um beijo de “adeus” e se tornara salgada pelas lágrimas que escapavam dos olhos de ambos.

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