O baile de natal



Capítulo 3: O baile de natal

Gina não queria pensar sobre o que sentia quando Draco a beijava, por isso começou a andar direto com Harry, Rony e Hermione. Desse modo Draco não se atreveria a vir importuná-la tanto. Para a sua felicidade era mais com Harry que ela andava, porque seu irmão começara a namorar Hermione. Harry era uma ótima companhia, Gina estava adorando a atenção que ele dava a ela. A garota percebera que ele tinha de alguma maneira mudado a sua atitude com ela esse ano, estava agindo de um modo diferente que ela não imaginava o que poderia ser.
“Ele nunca se apaixonaria por mim.” Gina pensava. “Com tantas garotas que existem em Hogwarts...e que dão em cima dele. Mas ele não parece ligar. Harry é um amor de pessoa ao contrário do Draco que é um arrogante exibido...mas porque estou fazendo comparações? Largue de ser idiota Gina Weasley!”:
-Você está bem Gina? Parece estar com dor de cabeça. Acho melhor ir até Ala Hospitalar, venha e eu a levarei. –Harry disse sinceramente preocupado.
-Não precisa se preocupar, deixa que eu vou sozinha. –Gina disse e saiu andando.
Ela estava com um pouco de dor-de-cabeça, mas não iria para a enfermaria. Tudo que ela precisava era dar umas voltas para arejar sua mente.
“Será que o Harry gosta de mim? Eu sempre fui apaixonada por ele, mas ando pensando demais no Draco...mas acho que só tem haver com o fato de eu ter uma queda por Draco...Não! Eu não tenho uma queda por ele! É só a ligação...ou pelo menos espero que seja...”
-Até que enfim o Potter não está grudado feito um chiclete em você. –Draco disse chegando para falar com ela.
Gina quase chegou a pular de susto pela súbita aparição de Draco, mas no instante seguinte se recuperou:
-O que foi agora? –ela perguntou automaticamente.
-Acontece que está chegando o Natal. Você vai ficar em Hogwarts nas férias de Natal? –ele perguntou com um olhar enigmático.
-Não, por quê?
-Porque os meus pais vão viajar e eu vou fazer um baile à fantasia...
-E você acha certo dar festas quando os seus pais não estão? –ela perguntou censurando-o com um olhar do tipo “vindo-de-você-não-dava-pra-esperar-outra-coisa”.
-Eles estão sabendo. Mas isso não vem ao caso, a questão é que eu vou precisar de um par e pensei que talvez você quisesse me acompanhar...
-Por que eu faria isso? –ela perguntou com um tom “você-ficou-maluco-ou-eu-é-que-fiquei-surda?”
-O que é que custa? –ele perguntou persistindo.
-Só para começar eu não tenho roupa para essa festa.
-Isso não é problema. Eu compro uma para você. Eu serei o príncipe e você a minha princesa.
Gina corou:
-Eu não vou aceitar nada vindo de você. –pensando “Agora eu sei que você encheu a cara. Perdeu totalmente a noção...”
-Olha que eu vou levar para o lado pessoal. –ele disse quebrando a linha de pensamentos de Gina e fingindo tristeza -Por favor? “Um Malfoy não pede por favor!!! O que eu estou fazendo?” Draco pensou. -Se você for, estará livre da sua dívida comigo.
-Eu não tenho como ir.
-Eu posso te mandar uma chave de portal.
-Meus pais nunca me deixariam ir. –ela contrapôs.
-Eles não precisam saber. –Draco insistiu.
-Mas eu não gosto de mentir para os meus pais.
-Você não terá de mentir, apenas terá de omitir.
-E qual é a diferença? Ah! Não responda. “Essa proposta é tentadora. Só precisarei agüentar o Malfoy por uma noite e depois nunca mais.” Eu vou, mas com uma condição...
-E qual é? –ele perguntou curioso e pensando “O que é que essa Weasley vai querer?”
-Me responda sinceramente. Por que eu?
-Porque...eu me sinto atraído por você...de uma maneira que eu não sei explicar.
Draco disse passando as mãos delicadamente pelos cabelos vermelhos e compridos dela. Então se aproximou mais dela, com a intenção de beijá-la. Os lábios dele estavam realmente próximos aos seus, (“Gina, não! Use a razão...não deixe que ele te beije!”) ela pensou e então não deixou que ele a beijasse:
-Melhor não. –Gina disse o afastando de si -Quando vai ser o baile? –ela perguntou mantendo uma distância razoável dele.
-Na noite de natal. Eu te mandarei uma coruja com uma chave de portal às 18h. Fico feliz que tenha aceitado.
-Eu não posso ser ingrata. Bem ou mal você salvou a minha vida. A gente se vê. –ela disse se despedindo dele e indo embora sem olhar para trás.

No dia de natal Gina subiu para o seu quarto alegando estar morta de sono às 5h e 30 da tarde. Estava pensando em Harry “Ele me beijou e foi muito bom, eu senti um calor familiar... mas com o Draco foi diferente, eu sentia um fogo queimar em meu peito. E agora? O que eu faço? O Harry quer namorar comigo, mas eu não sei se gosto dele ou do Draco...”.
Quando deu seis horas apareceu uma coruja em sua janela. Ela abriu a carta e pegou o anel que estava dentro dela. Na mesma hora a chave foi ativada e no instante seguinte ela se encontrava em um quarto muito luxuoso da Mansão Malfoy.
“De quem será esse quarto tão chique?” Gina pensou.
-Você está no meu quarto. –a voz de Draco respondeu tirando-lhe a dúvida.
Ela se virou e o viu. Ele estava com a sua fantasia de príncipe e com uma coroa na cabeça. Estava realmente MUITO gato!!!
-Você está lindo. –ela disse sem conseguir se refrear.
-Obrigado, mas você é que vai ficar linda. Olhe, pode vestir. –ele disse apontando um vistoso vestido tomara-que-caia de cor rosa-bebê –Fui eu mesmo que escolhi.
-É maravilhoso, tenho que assumir que teve bom gosto.
Eles ficaram se olhando por alguns segundos e então Draco perguntou:
-O que está esperando para colocá-lo?
-Esperando você sair. –ela respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
-Não será necessário. –ele respondeu sorrindo maliciosamente por já ter captado o que Gina quisera dizer.
-Como não? –Gina perguntou se indignando. “O que é que ele tá pensando que eu sou?”
-Ali é um closet, pode se trocar lá. As sandálias estão dentro dele. –Draco respondeu apontando uma porta.
Gina entrou lá e saiu uns cinco minutos depois.
-Eu não disse? Está completamente sensacional. –Draco disse a admirando.
Gina foi até a penteadeira. Fez um feitiço enrubescedor de lábios, passou maquiagem e um gloss nos lábios. Por fim penteou os cabelos:
-Falta a coroa. –Draco disse –Eu faço questão de coroar a minha princesa. –ele disse e colocou a coroa sobre a cabeça dela enquanto ela corava. –Está na hora, vamos descer e recepcionar os convidados.
Todos os convidados eram sonserinos e Gina se sentiu meio desenturmada, pelo menos Draco não saía de perto dela, o que era um consolo. Alguns que Gina conhecia de vista a elogiavam e até foram de certa forma simpáticos (para os padrões da Sonserina), mas não a reconheciam como aquela garota ruiva da Grifinória, a caçula dos Weasley. Para um baile só com sonserinos, até que ela estava se divertindo.
-Draco, onde é o banheiro? Quero retocar o meu visual.
-Siga reto no primeiro corredor, é a última porta da esquerda. –ele informou.
Gina saiu andando e facilmente achou o banheiro, que como ela esperava era o mais chique no qual já havia entrado. Posicionou-se em frente ao espelho e repenteou o cabelo. Estava para ir embora quando a porta do banheiro abriu. Gina olhou e viu que Pansy Parkinson havia adentrado o banheiro. A garota sonserina observou-a com uma expressão de puro desprezo (a mesma que Draco costumava usar quando via Harry):
-A festa está legal, não? –Gina perguntou e sem esperar resposta virou as costas para sair.
Pansy virou-a de volta:
-Espere aí garota! Preciso ter uma conversinha esclarecedora com você.
Gina engoliu em seco e respondeu:
-Não vejo porque.
-Quem você pensa que é para ficar grudada como um carrapato no Draco? De onde você o conhece? Não me lembro de já ter te visto em Hogwarts, mas seu rosto com certeza é familiar.
“Como posso estar tão diferente assim? É uma sorte não me reconhecer. Se essa história de que vim a esse baile vaza...estou ferrada!!! Vou aproveitar que ela acha que não me conhece.” Gina pensou.
-Em primeiro lugar eu não te devo satisfações do que faço ou deixo de fazer. Em segundo lugar o Draco não é assunto seu. E em terceiro lugar o que te importa se eu ficar ou não grudada no Draco?
-Olha aqui! –ela disse sacando a varinha –O Draco é meu e só meu!!! Entendeu?
-Não me faça rir! Como se o Draco fosse de alguém...Você está falando como se fosse dona dele, coisa que você com certeza não é.
-Você não sabe de nada sua cabeça de cenoura! Ele sempre volta pra mim, eu já fiquei com ele milhares de vezes. Tudo o que ele quer é te usar para sexo. –Gina fez uma cara chocada e Pansy continuou –O que foi querida? A verdade é muito forte para você? Achou realmente que Draco poderia estar apaixonadinho por você? Bem-vinda ao mundo real queridinha! –finalizou dando uma gargalhada maléfica.
Gina virou-se e saiu, estava dividida. Em quem deveria acreditar? “Será que a Parkinson está certa?”. Andou pelo corredor tão desligada que não percebeu que trombara com alguém no caminho:
-Gina? Não olha mais por onde anda?
Era Draco. Gina afastou-se um metro dele e tinha um olhar meio assustado.
-O que estava fazendo? –ela perguntou com a voz meio tremida.
-Fui te procurar, achei que estava demorando demais. Talvez pudesse estar perdida. A Mansão é tão “pequena”...
-Mas eu não estou. –ela respondeu um pouco rudemente.
Draco deu de ombros:
-Vamos voltar? –perguntou estendendo um braço para que ela pegasse.
Gina rejeitou o braço estendido dele e começou a andar rapidamente pelo corredor. Chegando de volta ao salão, pegou um ponche e foi para um canto. Draco a seguiu:
-Eu quero ficar sozinha. –Gina respondeu encarando o loiro.
-Mas...
-Apenas me deixe pensar um pouco, está bem? –ela perguntou um tanto impaciente para que ele a deixasse.
-Se é assim que quer. –ele respondeu e começou a andar na direção oposta.
“Ufa!” a ruiva pensou com um certo alívio.
Ela observou de longe Pansy chegar perto de Draco. Eles conversaram por alguns instantes e então a sonserina inclinou-se para beijá-lo –ao assistir isso Gina prendeu a respiração, sem perceber até que havia virado o conteúdo de sua taça no chão –e Draco afastou-a com suas mãos. Então Gina viu o estrago que havia feito no chão. “Meu Deus! Como pude ser tão desastrada?”
Gina executou um feitiço que lhe permitiu limpar o líquido derramado e outro para colocar o copo em cima de uma mesa, guardou sua varinha e no instante seguinte gelou quando viu quem estava na sua frente.
-Já teve seu tempo para pensar. –Draco disse.
A garota não respondeu e ele perguntou:
-O que está acontecendo com você? Está estranha desde que saiu do banheiro.
-Não é nada. –Gina respondeu e começou a observar as pessoas que dançavam na pista.
Eles passaram alguns minutos em silêncio, mas Draco não agüentava mais aquela situação:
-Fale algo! –ele disse agitado.
-Algo. –ela falou com desânimo.
-Estou falando sério! O que é que você tem?
“Eu não preciso dizer a minha suspeita das intenções dele.” Gina pensou antes de responder.
-Não se tem nada para fazer. –ela respondeu olhando pelas costas dele e reparou que Pansy estava atravessando o salão em direção a eles –Quer dançar? –ela perguntou sem pensar.
-Não, eu não gosto de dançar.
-Entendo... –ela respondeu meio constrangida de que ele tivesse negado –Vou pegar algo para comer. -ela acrescentou se virando para sair.
-Espere! –ela se virou de volta –Sinta-se honrada. Vou abrir uma exceção para você. –ele disse pegando a mão direita de Gina e começando a se encaminhar com ela para a pista de dança.
Quando passou por Pansy, Gina teve que se controlar para não rir diante do olhar de incredulidade da garota sonserina.
Bem na hora em que acharam um lugar na pista, a música agitada parou de tocar e começou uma lenta (especial para casais):
“Isso é o que eu chamo de “sorte”. Por que essa música tinha que começar justo agora?” Gina se perguntou enquanto Draco a laçava pela cintura. Ela passou os braços em volta do pescoço dele e inclinou sua cabeça no ombro dele.
-Eu sou um desastre dançando, não? –Draco perguntou sussurrando no ouvido de Gina e fazendo com que a garota tivesse um arrepio.
-Eu acho que você dança bem, não sei porque agora deu para ser modesto. –ela respondeu enquanto pensava “Por que eu tenho que sentir um arrepio só por que ele falou baixinho ao meu ouvido?”
Draco deu um sorriso e perguntou:
-Está gostando?
-Muito. –ela respondeu se esquecendo até de que ele poderia querer só usá-la.
“Por que ele tem que me olhar enquanto sorri assim? Eu não consigo desviar o olhar!!!” Gina pensou de forma desesperada.
Os dois ficaram contemplando os olhos um do outro por alguns segundos (podiam ser tomados como hipnotizados), até que Draco tomou a iniciativa e deu um beijo em Gina no meio da pista e tudo. Ela não se importou que todos os observavam ou que ele realmente poderia estar apenas usando-a e correspondeu prontamente. Primeiro ele a beijou delicadamente, depois começou a puxá-la mais forte pela cintura e beijando-a com mais empolgação. Estava realmente muito bom beijar Draco, mas de repente as pernas de Gina ficaram moles, primeiro ela achou que era por causa do beijo, mas logo percebeu que não era e então desencostou seus lábios dos dele:
-O que aconteceu? Você está muito pálida. –Draco disse olhando para o rosto de Gina.
-Eu estou com tontura, me leva pra cima Draco. –ela pediu com um fiapo de voz.
Ele pegou-a no colo como se fosse uma noiva na noite de núpcias (era uma sorte ele ser tão forte, porque ela realmente não estava se agüentando em pé), subiu as escadas, abriu a porta de seu quarto que estava encostada, com um pé e colocou-a deitada em sua cama.
-Está melhor? –ele perguntou parecendo demonstrar sincera preocupação.
-Não. –ela respondeu.
Ele colocou a mão no rosto da garota para ver se ela estava com febre:
-Você está muito gelada Gina. Vou chamar um medibruxo do St. Mungus.
-Não me deixe aqui sozinha, eu acho que vou des... – ela disse a ele e desmaiou.
“Por que ela tinha que desmaiar? Mas já que ela está inconsciente, eu poderia aproveitar para me divertir um pouco...O Potter vai querer morrer...” pensou sorrindo internamente.
Draco ficou por cima de Gina e começou a beijá-la no pescoço enquanto uma de suas mãos subia a saia do vestido dela, deixando suas pernas alvas à mostra. Passou as mãos nas coxas dela e só assim percebeu o quanto ela estava fria.
“Por que ela está tão fria? E se ela morrer? E eu aqui pensando em me satisfazer com ela...Bem que eu poderia....mas acontece que eu não consigo ao pensar que ela não me deu permissão para isso. Tenho que reanimá-la! Haverá outras oportunidades...Se ela morresse eu estaria ferrado.” ele pensou saindo de cima dela e colocando o vestido em seu devido lugar.
-Não, Gina acorda. Não morra. Mas que espécie de bruxo eu sou? Enervate! –Draco fez o feitiço e Gina acordou.
-Estou melhor. –ela disse com a voz ainda um pouco falha quando abriu os olhos.
Draco a abraçou:
-Você me deu um susto! Eu fiquei desesperado achando que iria morrer de tão fria que a sua pele estava.
-Que nada! Aposto que não se importava se eu acordasse ou não...
-Eu me importo, porque...porque...porque....eu gosto de você! –Draco respondeu sem pensar.
“O que é que eu estou dizendo? Draco Malfoy você é muito canalha! Enganar a Gina desse jeito...ela está convalescente. Você não presta...oh como eu me odeio. Mas desde que funcione...eu não vou me arrepender. Eu sou um ótimo ator, realmente digno de um Oscar, hehehe...O Potter tem que me pagar e eu vou esfregar essa vitória na cara dele...”
Gina olhou para ele muito surpresa, tentando achar algo que indicasse que ele estava mentindo. Mas não achou, aqueles olhos cinzentos nunca lhe haviam parecido tão transparentes...então aproximou-se dele e o beijou ardentemente.
-Então você Draco Malfoy, filho de um Comensal da Morte, arrogante, metido, um dos garotos mais gatos de Hogwarts está apaixonado por mim?
Ele pensou consigo mesmo:
“Eu me importo com ela e não paro de pensar nela, além de ter ciúmes dela... Mas eu no máximo tenho uma queda por ela...Imagina só se Draco Malfoy se apaixona...Nunca! Mas tudo isso é porque eu sei que ela é importante, é a arma que terei que usar para o plano dar certo! Vou ter que bancar o apaixonado, porque assim ela não desconfiará de nada.”
E respondeu:
-É, pra você ver como o mundo dá voltas...
-Quer saber por que eu passei mal? –Gina perguntou.
-É lógico!
-Eu não comi nada o dia inteiro, estava muito ansiosa com a idéia de vir para essa festa.
-Por que não me disse antes? –Draco perguntou conjurando uma bandeja com uma jarra de suco e sanduíches. –Espero que não se importe que sejam sanduíches, eu sou um desastre na cozinha, mas eles são a minha especialidade.
Gina sorriu e começou a comer consideravelmente rápido.
Depois de conversas e beijos, Gina foi embora e Draco pensou:
“Essa aí já está no papo! Como alguém pode ser tão ingênuo? Como se algum dia eu fosse gostar realmente daquela Weasley...haha...”
Mal sabia ele que estava enganado. Não seria tão fácil quanto ele estava pensando.

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