Capítulo nº 2



Harry e Rony entram na Sala Comunal e encontram com a Sala Comunal repleta de alunos da Grifinória. Alguns muito quietos e outros cochichando. Em um canto da sala Gina, Hermione, Gui e Fleur se encontram sentados numa mesa com as cabeças baixas.
Todos erguem os olhares para os dois que se junta a eles.
- Quando vai ser? - pergunta Rony.
- Daqui a pouco. - responde Gui.
A porta da Sala é aberta e a professora Minerva MacGonagall entra com o olhar mais derrotado do que qualquer outra vez Harry vira.
- Está na hora, é melhor todos irem.
Todos se levantam e saem da Sala atrás de Minerva até o pátio da escola. Todos para assistir uma homenagem para os mortos em batalha contra o exército de Lord Voldemort.
Hermione dá a mão para Rony e Gui vai abraçado a Fleur que chora baixinho. Harry tenta chegar mais perto de Gina e ela o olha nos olhos. Seu olhar úmido toca o coração de Harry, que sente uma vontade de abraça-la.

No pátio da Escola centenas de cadeiras estão colocadas em frente a um palco onde algumas fotos flutuam no ar.
Harry vai junto com os Weasley até uma das primeiras filas onde se encontra a Sra. Weasley ao lado do Sr. Weasley, Jorge e Carlinhos Weasley. Logo atrás a mãe e o pai de Tonks com um pequeno bebê no colo. Harry se senta ao lado dos Weasley e olha para o palco em frente a eles.
Reconhece boa parte das pessoas se movendo nos retratos voadores. Os cabelos rosa berrante de Ninfadora Tonks com sua varinha na mão e o sorriso no rosto, Remo Lupin um pouco mais jovem do que fora quando Harry o conheceu.
Mais ao meio um rosto feliz e radiante com cabelos cor de fogo idênticos ao de Jorge Weasley,sorri para a multidão.Fred Weasley sorri do seu modo travesso e pequenas bombinhas saem de suas mãos.
Mais longe o rosto carrancudo de Severo Snape fita também a multidão. E em sua volta mais algumas fotos de vítimas.
Harry sente seu estômago revirar ao vê-las.

Um homem alto, forte e negro sobe ao palco e espera todos se calarem até um grande som surgir da última fileira de cadeiras e todos se virarem e verem que se tratava de Hagrid assoando o nariz.
Quim Shacklebolt aponta a varinha para a garganta e começa e sua voz soa mais alta.
- Estamos aqui para prestar homenagem a todos os bruxos e bruxas que morreram em combate ao exército e ao bruxo das trevas Lord Voldemort. – Shacklebolt pigarreia e olha para todos. - Existe dentro de cada bruxo uma parte escura e fria, uma parte corajosa e a outra que teme o pior. No momento em que todos os integrantes da Armada de Dumbledore, a Ordem da Fênix, os professores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e seus alunos maiores de idade foram questionados sobre ficar para lutar ou ir embora do castelo o mais rápido possível, todos da AD e da Ordem, professores e muitos alunos e ex-alunos de Hogwarts empunharam suas varinhas e lutaram bravamente. Esqueceram do medo e lutaram até a morte, lutaram como verdadeiros bruxos, mas infelizmente algumas vidas foram arrancadas. Mesmo assim devemos ter orgulho de termos lutado ao lado dessas pessoas, e foi com toda essa garra e valentia que Lord Voldemort morreu junto com alguns de seus Comensais da Morte. – Shacklebolt pigarreia mais uma vez e faz um pergaminho aparecer na ponta de sua varinha. Uma mulher soluça na fileira ao Aldo da de Harry e ao seu lado Denis Creevey com a cabeça baixa a abraça. Harry entende que se trata da mãe e do irmão de Colin Creevey. Shacklebolt volta a olhar para a multidão. - Em homenagem a todos que fizeram parte da batalha contra o Lord Das Trevas. Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore – ao falar o nome do professor seu retrato instantaneamente se destacou dos outros acendendo uma luz vermelha em volta. Uma onda de palmas irrompeu pelas cadeiras. – Colin Creevey -o mesmo aconteceu com o retrato de Colin e de todos os outros. – Fred Weasley. – desta vez fogos de artifício surgiram no céu e formaram o rosto sorridente do jovem Weasley, depois de alguns segundos uma chuva de fogos tomou seu lugar. Gritos de susto e admiração e a sra. Weasley recomeça a chorar. – Ninfadora Tonks Lupin. Remo João Lupin. Severo Prince Snape...

Todos se levantam e vão em direção do Salão Principal, mas Harry tem que falar com a Sra. Weasley antes de mais nada, precisa pedir desculpas e agradecer. Ele anda até ela que enxuga o nariz com um lencinho e é abraçada por Percy.
Harry para em frente a ela e olha para Percy e este o entende e larga a mãe.
- Sra. Weasley... eu quero pedir desculpas.
- Oh, Harry querido! – ela pula em direção ao Harry e passa seus braços em torno do pescoço de Harry. – como você está? Eu sinto muito, espero que esteja bem... machucaram você?
- Não, sra. Weasley. Me descupe por...
- Não peça desculpas harry. – ela segura o rosto de harry entre suas mãos e o olha atentamente com o olhar severo e ao mesmo tempo preocupado. – você fez algo que poucos bruxos teriam coragem, você salvou todos nós. Dói muito saber que meu Fred não está aqui para comemorar com nós, mas estou feliz por ele ter vivido beme feliz, realizou seus sonhos e lutou bravamente. – os olhos de harry enchem de lágrimas e ele tenta revidar mas algo muito forte nos olhos da sra. Weasley não o deixa tentar. – você salvou a vida de Gina, de Rony e de Arthur. E agora salvou a vida de todos os bruxos. Não se culpe de nada harry.
Ela dá um beijo na testa de harry e o solta.
Ele se junta a hermione e rony e eles vão em direção ao Salão mas duas pessoas vêm correndo em direção á eles.
- neville, Luna! – grita Hermione que corre para abraçar os amigos. – vocês estão bem?
- Melhor do que nunca.- responde um Neville sorridente.
- Harry?!
Harry reconhece a voz e se vira para ver. Gina anda em direção a ele com os cabelos ruivos caindo até sua cintura.
Harry fica para trás e faz um rápido sinal para os amigos continuarem a andar, rony faz menção de parar.
- vamos rony, não seja idiota. – ralha hermione o puxando pelo casaco.
- Oi, Gina.
- Harry, você tá legal?
- É, eu acho que tô.
Ela segura a mão dele e o puxa para fora do alcance das pessoas e andam até uma árvore grande.
Ela o puxa para mais perto e o olha do mesmo modo que sua mãe fez.
- harry, como você tá? O que aconteceu?
- Eu tô bem, Gina. Aconteceu muita coisa, mas agora nós vamos ter tempo de conversar. Eu quero saber se te machucaram, fiquei preocupado.
- Eu tô ótima...quero dizer... – ela baixa o olhar. – não sei o que eu sinto harry, acabei de perder meu irmão e sinto um vazio enorme dentro de mim, mas estou feliz por tudo isso ter terminado. Acho que você melhor que ninguém me entende.
- Tenho certeza disso.
Harry segura o rosto de Gina delicadamente e a beija. Ela retribui o afeto e eles se envolvem tentando matar cada gota de saudade.


Rony, hermione e harry andam em direção ao Lago Negro. Quase todos já haviam partido do Castelo e apenas alguns continuavam para saber como ficaria dali em diane em Hogwarts e no mundo da Magia.
- ...você disse isso, Rony.
- Não fui eu, harry viu, não viu Harry?
- Não me trate como um Verme-Cego Ronald. – retruca Hermione.
Eles param e se viram para contemplar a escola. Boa parte dela já tem uma aparência mais agradável depois da guerra, mas ainda restam destroços atiradas pelos cantos. Os três olham para a Escola e suspiram.
Harry sente uma agitação gostosa dentro de si, como não sentia a algum tempo.
- o que vai ser agora? – ele pergunta.
- Vamos voltar a estudar? – pergunta rony.
- Acho que sim, não cursamos o último ano e não prestamos os N.I.E.M.’s. – responde Mione.
- Mas e se não abrirem Hogwarts? – pergunta de novo Rony parecendo temer a resposta.
- Não vão fazer isso. – responde harry, estava certo disso, certo de que Hogwarts voltaria ser o que era em breve. – não agora que as coisas vão bem.
- A gente merece é um ano de férias regada de comida e bebida de graça. – resmunga Rony.
- As coisas não estão tão bem assim. – responde hermione olhando fixamente para o Castelo com o olhar fora de foco.
- Estão sim,Voldemort foi derrotado, estamos livres, harry está livre. Destruimos as horcruxes, estamos vivos. E acho que merecemos fér...
- Vocêssó pensam isso né? – grita ela olhando para os amigos, o rosto vermelho e os olhos chorando grandes gotas de lágrimas.
Rony olha para harry suplicando ajuda.
- Vocês não percebem quantas vidas foram arrancadas? Não percebem que Lupin e Tonks morreram sem ao menos poderem ver o filho crescer? Que Jorge perdeu seu melhor amigo e nós perdemos amigos extraordinários.
- Acho que você tá esquecendo que Fred também é meu irmão, e que eu e minha família sofremos mais do que ninguém. – responde rony sério olhando para hermione, como se repugnasse a amiga.
- Oh, me desculpe Rony. – fala hermione, chorando mais e se atirando no pescoço de rony.
O rapaz ruivo acaricia os cabelos dela e suaviza o rosto, hermione se desvencilha dos braços dele e fica de costas para os dois. Como um raio em sua cabeça, harry se lembra de perguntar algo e percebe que pode ser exatamente o que está mexendo com a garota.
- mione... você já foi atrás de seus pais?
A garota volta a chorar.
- fu-fu-fui. Mas não achei eles.
- Como assim? – pergunta rony.
- Procurei eles na Austrália que é onde eles deviam estar mas não encontrei.
- Não se preocupe, hermione. Nós vamos te ajudar a procurar. – harry tenta a tranquilizar.
- O problema harry, é que eu perguntei a algumas pessoas e elas disseram terem ouvido falar sobre a morte de um casal chamado Wilkins. Foi esse o sobrenome que dei a eles antes de viajar com você.
Rony corre até ela e a abraça, ola para harry com um olhar tristonho como se disesse: “Coitadinha dela”. Harry balança a cabeça e tenta ajudar a amiga.
- mione, tenho certeza que eles estão bem, ajudaremos você a procurá-los.
- O-obrigado.
- É verdade Mione. Estamos ao seu lado.
- Vocês são incríveis.
Ela enxuga as lágrimas e sorri para eles.
- vem, vamos voltar para o castelo.
- É melhor voltarmos à Toca.
- Estão transportando aguns alunos por Rede de Flu. Mas meus pais ainda estão aí.
- Eu tô com fome. – resmunga Harry. – comeria um Rabo Córneo Húngaro.
- Comeria a comida de Hagrid? – pergunta hermione.
Eles riem e andam lentamente para o Castelo.
No saguão da entrada quadros foram colocados com o rosto de cada pessoa morta em combate. Entre eles Lílian e Tiago Potter e Sirius Black.
Harry sorri para os rostos dos pais e do padrinho, hermione e rony continuam conversando e percebem que harry ficou para trás.
- vamos harry. – chama hermione.
- Desculpem.
- Harry... – fala Hermione. – a sua cicatriz ainda formiga?
- Não.
- Isso é ótimo.
- Mas não é ela que me preocupa.
- O que é? – pergunta Rony.
- São outras cicatrizes, Rony, são outras cicatrizes...
- Não esquenta, cara.
- A gente tá junto nessa Harry. – responde hermione.
Harry olha pros dois e eles começam a subir as escadas.
- eu sei disso.

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