Capitulo 4
Uns dias antes do casamento ambos se encontraram na empresa, era como a primeira vez, seguiam sendo os mesmos desconhecidos ou pelo menos isso sentia ela. Ninguém entendia como podia casar-se com um homem de que não sabia absolutamente nada, não era por dinheiro, isso lhe sobrava. Certamente era por amor. A Harry lhe incomodava encontrar-se com ela, preferia só tratá-la no inevitável, ou manter distância.
Flash back:
Ginny: Ola meu amor.
Harry: Como estás? Vim falar de uns assuntos com teu pai.
Ginny: Meu amor, não queres me dizer nada? Dentro de três dias no casamos.
Harry: Não, nada. Estais nervosa? Ou é que estais arrependida? (a olhou com malicia).
Ginny: Para nada meu amor, mas me estranha tua atitude, és como duas pessoas em uma... Um o vejo sempre, ao outro o vi uma só vez, porém sei que está ai... E quando me beijou...
Harry (incomodo): Que tentas dizer-me? (subindo a voz) Acaso te incomoda como sou ou esperas que seja de outra maneira?
Ginny: Não amor, este... Melhor vou indo, não quero fazer-te irritar.
De volta sentiu que se estava metendo com alguém que excedia suas forças, porém o amava e isso nublava completamente sua razão, não, não daria para trás. Harry a olhou incomodado, por quê? Por que de todas as pessoas que havia conhecido em sua vida a única capaz de vê-lo através do personagem que criara era ela? A situação o estava enlouquecendo, dentro dele estavam somando sentimentos que faz 21 anos sentiu perder. De volta jurou fazê-la pagar.
Fim do flash back.
Três dias depois...
Ela se olhou no espelho. Nada podia tirar-lhe a felicidade desse momento. Seu pai se aproximou e a olhou, estava bela. Caminhava de seu braço belo e radiante até o mesmo inferno... Ele a mirou... Que criatura mais sublime, mais angelical, mais perfeita... Era justo danificar semelhante obra? A obra de um assassino. O padre começou seu típico discurso... Amá-la, respeitá-la, cuidá-la... Voltava a rir por dentro. Ela o olhou nos olhos e por um segundo ele imaginou que tudo isso era real, que se casava por fim com uma mulher que amava que desde esse momento tudo mudaria... Voltou à realidade vendo ao pai da noiva. ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE disse o padre, se era necessário assim seria.
Padre: Mauricio Landetta aceitas por esposa a Ginny Weasley?
Harry: aceito.
Padre: Ginny Weasley aceitas a Mauricio Landetta por esposo?
Ginny (chorando): Sim, aceito.
Estava feito, Harry voltou a olhar, havia chegado o momento que inconscientemente buscou... Chegou à hora de fazê-la sofrer, de fazê-la pagar, de vingar-se. Romperia sua alma em mil pedaços de mil maneiras diferentes. Pela primeira vez sentiu medo do que viria. O que ia fazer era demasiado grande. Planificar-lo era uma coisa, porém tê-la em frente e destruí-la era algo diferente. Ainda assim, não podia voltar atrás.
Aqui terminam as lembranças de como se conheceram. Agora começa a verdadeira história, o verdadeiro inferno dos dois. Em sua mesma noite de núpcias...
Saíram da festa distantes, frios. Ginny sabia que amolecer Mauricio era coisa de tempo, porém sua impaciência ia aumentando, morria por sentir seus beijos, por sentir seu corpo. Porém enquanto se dirigiam até seu novo lar, uma das fazendas dele chamada “O Paraíso” por muito irônico que soava, Mauricio se manteve mudo, nem sequer a olhou. Enquanto o avião aterrissava ela se perguntava se era normal passar assim sua noite de núpcias. Quando chegaram ele a tomou com movimento brusco e a colocou em um carro que os esperava.
Ginny (exasperada): Mauricio não pensas em dizer nada? Acabamos de casar e passaste doze horas sem dirigir-me a palavra.
Harry: Já começas a incomodar... Deixa-me dizer-te como são as coisas, em minha fazenda: eu saio quando quero e você vai ficar em teu quarto...
Ginny: Meu quarto? Não se supõe que tu e eu...
Harry: Não incomode, tu tem teu quarto, eu tenho o meu e cala-te que estamos chegando.
Ginny deixou escapar uma lágrima. Harry a viu, por alguma estranha razão a primeira lágrima dela não lhe causou a sensação de prazer que tanto esperava. Ginny se concentrou no lugar, a fazenda não era o que esperava, era escura, quase sombria. Porém era seu lar, ali seria muito feliz com Mauricio, sorriu. Ele a olhou sorrir e se enojou. Ela não podia fazer isso, já aprenderia a deixar de sorrir.
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