Final 1

Lúcio esperava frente a porta da igreja. Ninguém ainda havia vindo a informar que ele havia fugido... Excelente, a má gestão da policia outra vez o estava ajudando. Tinha que vingar-se de todos esses malditos... Só ele sabia o horror que havia passado na prisão e era hora de cobrar tudo junto. Viu o carro que se acercava e em seguida se aproximou ao ver duas criaturas inocentes que desciam nos braços de uma jovem e de uma velha. Se aproximou com cuidado vendo o outro tipo, não queria estropiá-lo, porém ao fim e ao cabo ele era o que tinha a arma... Ele colocava as regras no jogo.

Conceição só teve tempo apenas de raciocinar quando sentiu o contato do frio revolver sobre suas costas, soltou um grito ensurdecedor enquanto esse homem lhe arrebatava a Arthur e disparou a arma apontando para o céu.

Lúcio: Cala-te velha estúpida e nenhum de vocês três se move!!!

Hermione, Rony e Conceição ficaram petrificados enquanto Arthur começava a chorar angustiosamente, como se pressentisse o perigo que corria. Um grupo de curiosos saiu pelo grito de Conceição, a medida que presenciavam a cena mais e mais pessoas saíam da igreja.

Ginny: Que esta passando? (mirou a Valentino quem não soube o que responder).

Harry e Arthur saíram ao mesmo tempo e seus olhos ficaram brancos.

Lúcio: Vá!!! Mirem com quem tenho a honra de compartia esse belo casamento!!! Não se movam (apoiou a arma em cima de Arthurzinho), assim que esse menino tem o teu nome? Não crês que matá-lo me produza o mesmo prazer de te matar?... Ou, já sei, que te parece se eu mato os dois?

Harry rapidamente se pôs em frente das pessoas.

Harry: Não te atrevas a tocar no meu filho infeliz!!!

Lúcio: Aqui o que ameaça sou eu, veja! Que bela esta a noiva...

Ginny acabava de sair da igreja e praticamente se jogou no chão de desesperação, rapidamente se separou dos braços de Valentino e se aproximou de Harry quem a abraçou.

Lúcio: Ui menino me parece que perdesse a noiva... Deixa-me dizer-te que contigo não se viam tão bem como com ele (os mirou) Olha bebê, ai estão teus papais (segurou a mãozinha dele) Diz-lhe adeus... Adeus papai... Adeus mamãe... Adeus... BANG!!! jajaja Todos acreditaram não?

Um carro da policia se deteve frente a igreja.

Policia: Fique quieto Lúcio, estas rodeado, há atiradores em todos os edifícios e as ruas estão fechadas.

Lúcio: Ai sim que medo! Mas olha (lhe mostrou o bebê) Aqui tenho meu boleto de loteria, não esta precioso?

Ginny (chorando): Lúcio por favor... Pelo que mais queres...

Lúcio: Interessante pedido... O que mais quero é ver a todos vocês destruídos e creio que matando esse anjozinho eu o conseguiria...

Arthur: Já basta Lúcio!!! Tu és um homem de negócios e sabes muito bem que não tens escapatória assim que te convêm negociar.

Lúcio: Não! Eu sou o rei! E tu tens a culpa de tudo isso, tu o começasse tirando Molly de mim... Eu a queria!!! Ela tinha que ser para mim, tinha que ser... Sim (começou a dar volta e desvariar) Sim para mim!!!... Ela tinha que ser...

Harry não pensou duas vezes e se jogou sobre ele tirando Arthur dos braços dele, ficou de costas para Lúcio que lhe gritou MALDITO IMBECIL, o último que escutou foi um disparo a suas costas e um NÃO de uma voz que lhe resultava familiar, o último que viu foi um vestido branco manchado de sangue, o último que pensou foi seu nome... Ginny.

Harry recordava perfeitamente esse dia, o atormentava todo o tempo. O rosto de Ginny enquanto esse maldito respirador não lhe permitia falar... O vestido branco todo manchado de sangue, sua desesperação ao vê-la tremer em seus braços, seu olhos fechando, seus lábios dizendo MEU AMOR pedindo-lhe PERDÃO. Enquanto o sono se prolongava e uma fria sensação o fez despertar. Abriu os olhos e ali encontrou, Arthur, esse demônio de 4 anos com sua pistola de água.
Arthur: Estas chorando papai? Como podes chorar se estas dormindo?
Harry: É que as vez há lembranças que vem quando estamos dormindo e nos fazem chorar (o abraçou) Sabes que estou muito feliz de ter-te comigo?
Arthur: Não comece, todos os dias nos diz o mesmo a Sophie e a mim, que estas muito feliz de que estejamos juntos.
Harry: Porque é certo, porque quase os perco e fico louco, porque são o mais precioso que Ginny me presenteou.
Arthur: Pois então viste-te e sai a jogar comigo, não posso jogar com Sophie, já sabes como é, toda delicada sempre quer tomar chá, esta louca, me parece que as mulheres estão todas mal.
Harry: Não todas, algum dia encontraras a que seja perfeita e então não iras querer deixá-la ir.
Arthur: Por que não irei querer deixá-la ir?
Harry: Porque pela primeira vez vais te sentir completo e feliz, porque não irás querer afastar-te nunca dela, porque iras querer ver cada uma de seus sorriso, porque só te encontraras em seus olhos e quando provar seus lábios sentiras tocar o céu com as mãos.
Arthur. Porra! És um lerdo, melhor viste-te e vamos jogar.
Harry: Esta bem, mas algum dia vais te apaixonar.
Arthur: Assim como tu da minha mãe.
Harry: Sim assim, assim como eu e Ginny.
Arthur: Bom já, deixemos tudo isso porque senão vou ir é tomar chá com Sophie.
Sophie estava placidamente sentada em uma pequena cadeira em seu quarto, o sol se filtrava pela janela enquanto mirava absorta e com muito concentração como voava uma das cortinas.
Sophie: Leia para mim outra vez.
- Outra vez? Não cansas de escutá-la?-
Sophie: Nunca, leia, por favor.
- Esta bem, só por ser tu -

Querida filha: Se estas lendo estas palavras é porque eu já não estou contigo, não sabes o quanto eu haveria gostado de ver-te crescer e converter-te na bela mulher que tenho a certeza de que vais ser. Não sabes como eu gostaria de estar ali para quando me necessitaras, porque sei que vais me necessitar, porque sei que vai haver vezes que te enojes comigo e me perguntes por que te deixei. Meu amor, te juro que não foi porque eu quis, foi Deus quem me chamou princesa... Por favor não fique brava comigo meu amor porque não o posso suportar, esteja onde eu estiver vou estar contigo minha menina, ainda que não me vejas estou te cuidando e abraçando, porque ainda que não me vejas sempre vou estar ali para ti, porque te amo demasiado como para deixar-te... Nunca vais estar sozinha... Eu gostaria de ver-te fazer-te mulher, sabes? Queria explicar-te coisas tontas e consolar-te e alertar-te quando encontres o amor, eu gostaria de explicar-te as coisas da vida ainda que me disseras que sou antiquada ou pensaras que o que te digo não vai servir. Queria tocar-te, sentir-te, queria cheirar-te e pentear-te... Por favor não fique brava nem com Deus nem comigo minha menina, nós dois te amamos e muito, não sabes quanto, agora mesmo quando lês isso estou mirando-te... Porque não posso estar contigo, mas tampouco longe de ti... És preciosa minha menina, sempre te disse ainda que não te lembres, sempre quando sonhava contigo nessa barriga e te falava de príncipes azuis e fadas madrinhas... Espero que encontres as duas coisas... Espero que sejas feliz e que nesse belo coração que tens guardes um lugarzinho para mim, eu te assegura que o meu esta cheio de ti... Eu haveria gostado de decorá-lo com teus desenhos, por teu cabelo e guardar teus dentes, enche-lo de tua infância e tua inocência... Meu amor não quero que nunca renegues de ti e que não mudes para convencer ninguém, quero que cresças livre e cheia de sonhos e esperanças, quero afastar-te de todas as tuas dores ainda daqueles que minha ausência possa te causar, quero que saibas que tens uma mãe que te ama e que vela teus sonhos todas as noites enquanto te dou beijos invisíveis que não sei se sentes, mas estão cheios de amor. Sabes um coisa pequena? Eu tampouco o entendo, tampouco o aceito, porém tenho que ser forte... Por ti meu amor... Tu também deves ser forte. Tomara que todos vejam a maravilhosa pessoa que és, tomaram que não sofras, tomara que se sofras aprendas a levantar-te, tomara que me queiras filha... Tomara que vejas minhas fotos e saibas quanto te amo, tomara que escutes minhas palavras e me ames ainda que seja um pouquinho, ainda que seja de longe. Te amo minha Ginny... Molly...

Sophie: Ai mamãe, que bonito escreve minha avó (se jogou nos braços de sua mãe).
Ginny: Pois é, tua avó era um anjo e agora mesmo esta nos mirando desde o céu.
Arthur: Enquanto choram como duas loucas!!! (se jogou em cima de sua mãe e de sua irmã, Harry os observou desde o umbral da porta).
Ginny: Bom que? Não pensas entrar?
Harry: É que se vêem tão lindos, os três juntos.
Ginny: Pois mais lindo nos vamos a ver contigo.
Harry se aproximou e a beijou. Arthur pôs cara de nojo e pegou sua irmã pela mão.
Arthur: Vem, creio que outra vez querem estar sozinhos, se passam é, muito que nos querem, mas andam sempre fazendo cochinadas.
Harry: Estas louco! (pegou seus filhos nos braços e os jogou sobre o colchão) Eu e Ginny fazendo cochinadas? (a mirou inocentemente)... Nunca... Jamais...
Ginny: Ah não? E então como me explicas isso? (jogou um envelope)
Harry: Como te explico o que? (pegou o envelope e olhou fixamente o conteúdo) Não entendo nada, que diz aqui?
Ginny: Aqui diz... Que estou grávida!!!
Harry a mirou e a voltou a beijar. Sophie se pôs a dar saltinhos enquanto Arthur começava a dar volta pelo quarto.
Arthur: Não! Uma boca mais que alimentar, um cavalo mais que comprar, outro quarto pra arrumar, e se é menina? Que faço se é menina? Vou ficar louco, melhor que seja homem.
Sophie: Pois saibas que sim é menina (abraçou a barriga de sua mãe) E vai se chamar Molly.
Harry: Se você o diz (a pegou nos braços, Sophie abraçou seu pai e lhe deu um beijo) Arthur agüente-se, já logo fazemos outro bebê e agora sim, sai um menino.
Sophie: Pois se fazem isso nós vamos nos vingar, verdade mami?
Ginny: Não filha, aqui ninguém vai se vingar de ninguém, essas coisas não terminam bem... Bom, as vezes, só as vezes, terminam bem... (lhe deu um beijo em Harry).
Harry: Sim, as vezes as coisas saem bem a pessoa menos pensada... As vezes a vida lhe da uma oportunidade ao certo estúpido.
Arthur: Bom, porém de quem estão falando?
Ginny: De Mauricio Landetta, um amigo nosso que já se foi.
Sophie: E vai voltar?
Harry: Nunca, nunca vai voltar.

 

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