Capitulo 63
Um belo vestido preto foi a eleição final de Ginny. Essa noite ela e Valentino anunciariam a todos seus amigos sobre o casamento, por suposto seu pai não estava convidado. Deixou o cabelo solto e liso e pôs um par de sapatos altos ainda que um pouco incômodos considerando que pesava oito quilos mais. Quando Valentino passou para pegá-la apenas falaram, na verdade desde o pedido de casamento Ginny já não podia vê-lo como seu amigo e, ainda que fazia grande esforço por vê-lo como algo mais, sua relação estava estancada na mesma... Porém ia se casar!
Harry chegou pontual a porta do restaurante, desde que Rony lhe anunciou que se tratava de Ginny teve que esforçar-se para não sair correndo a buscá-lo. Desde uma semana sua relação com Arthur havia virado perfeita depois de ambos quase se matarem a golpes. Arthur lhe contou a Harry toda sua história, como havia perdido o amor de Molly e o havia se trancado por completo e Harry, que havia experimentado o mesmo com Ginny, não pode mais do que entende-lo e apoiá-lo.
Rony: Ei!!! (Harry se deu conta de que seu amigo havia chegado).
Harry: Rony (o abraçou) Tanto tempo sem ver-te.
Rony: Pois sim, entramos?
Entraram e a recepcionista os levou a uma mesa separada na zona esquerda, em meio do salão havia uma mesa grande que, segundo lhes contou a mulher, foi reservada por um dos melhores clientes do lugar. Como o que tinham para falar era algo sério decidiram separar-se de semelhante número de pessoas.
Harry: Ao ponto, diz-me que sabes de minha Ginny?
Rony: Pois odeio fazer-me de Pepe Grillo, mas não é mais “tua” Ginny... Bom isto o que sei: achei seu endereço e, pois... Resulta que o Valentino lhe deu uma casa e tudo.
Harry: Que? Maldito estúpido, mas que nem creia que vai ficar com o que não é seu... Algo mais?
Rony: Pois Ginny se foi de viagem e volta dentro de 4 meses, mas... Tenho o número de seu celular.
Harry: Me dá!!!
Rony: Espera-te, que pensas fazer?
Harry: Não sei, só me dá o número e depois vejo, ouve... Por que Ginny se foi de viagem? Se é para por distancia poderia haver ficado aqui... A menos que saiba que eu estou no D.F, mas... Por que se vai exatamente quatro meses? Se alguém quer se afastar de outro alguém geralmente viaja por um tempo indeterminado...
Rony: Boa pergunta, mas não tenho a resposta... Talvez... Talvez não tenha ido, quando fui primeiro me pareceu que ia me atender, mas logo me disseram que não estava, porém a garota como que estava nervosa... Mas não entendo por que se não quer me ver, por que sim quer falar comigo?
Harry: Não sei, Arthur tão pouco sabe onde esta (Harry via a cara de incredulidade de seu amigo) Sim Arthur! É uma longa história, mas descobri que ele não tem a culpa de nada, que meu pai era um completo desastre e que o mais provável era que Lúcio Malfoy tenha a ver com o roubo de meu dinheiro, Arthur já me disse que sendo assim ele vai me devolver as ações de sua empresa... O que me alegraria enormemente porque assim eu poderia estar perto de Ginny.
Rony: E tudo isso não te faz pensar que o tal Lúcio tem algo a ver com a morte de teu pai?
Harry: Penso muitas coisas, mas por agora só uma é importante: Ginny, meu pai não era a bandeira branca que eu pensava, isso não me tira a vontade de fazer justiça porque sei que ele me queria, mas foi um bom pai, porém como esposo... Bom por agora esse assunto levá-lo tu e investiga o mais que puderes, necessito encontrar alguma prova de que Lúcio roubou esse dinheiro.
Rony: Téo, o amigo de Ginny, esta investigando seus fundo.
Harry: De verdade? Por que não me dissesse?
Rony: Por que não estavas para falar disso Harry, mas creio que esse assunto é o grande desastre de tua vida e mais rápido o resolvas melhor.
Harry: Sim, creio que tens razão.
Ginny e Valentino entraram ao restaurante seguidos de seu grupo de amigos que estavam bastante alegres e animados em contraste com Ginny que o único que podia mostrar era um tímido sorriso, bastante fingido por certo. Quando se sentaram a comer apenas provou um pouco e quando Valentino pretendia beijá-la e brindar diante de todos não suportou seu próprio nível de hipocrisia pelo que pediu licença para ir ao banheiro. Enquanto ele a mirava afastar-se quase que com a boca aberta ela se perguntava por que diabos lhe havia dito que sim... Nunca chegaria a amá-lo e nunca o veria como o pai de seu filho... E que sim, Harry havia se equivocado? Ela se comportava como uma menina caprichosa negando-lhe o direito de ser pai por havê-la traído, porém seu filho não tinha culpa, começou a perguntar-se quando perguntara por seu pai... Nunca poderia apresentar-lhe a Valentino e dizer-lhe OLHA, É ELE... Logo depois de chorar no banheiro pegou um pedaço de papel e secou as lágrimas... Havia lhe escorrido toda a maquiagem, a retocou com cuidado... Bom, restava regressar e apenas fingir.
Harry e Rony já haviam pago a conta e estavam conversando quando Harry se precaveu de quem estava sentada na mesa grande... Valentino!!! Se acercou com cuidado ao ouvir a conversa que ele mantinha animadamente com outro cara.
- Assim que te casas – a alma de Harry saiu de seu corpo quando escutou isso.
Valentino: Sim, custou mas a convenci, vou fazê-la muito feliz.
Harry (pensando): Sobre meu cadáver.
- E onde esta Ginny? -
Valentino: Se sentia mal e foi ao banheiro, já sabes como são essas coisas.
Enquanto Harry caminhava com sigilo até o banheiro feminino se perguntou de que coisas estaria falando Valentino, mas a resposta se estrelaria contra ele... Enquanto levantava a cabeça reconheceu o rosto, os olhos... E essa barriga?... Não havia duvidas de que várias coisas haviam mudado em dois meses.
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