Capitulo 54
Em outra parte Ginny se fazia a mesma pergunta... Quanto tardia em apaixonar-se por esse homem? Desde que chegaram ao México ele não havia tido outra coisa que não fosse atenções com ela. O primeiro dia a levou para fazer vários exames intensivos para assegurar-se que tudo estava bem com o bebê, depois a instalou em uma casa preciosa com um jardim espetacular e um quarto livre que passou a explicar-lhe que seria para o bebê, e mais, propôs nesse preciso momento ir eleger a decoração, porém depois recordou que não sabiam o sexo. A Ginny lhe divertia muito como esse homem parecia um menino com um jogo novo, já havia comprado fraldas, chupetas e mamadeira e obviamente as roupas brancas. E ela estava feliz com ele, porém nada mais com essa barriga de quatro meses que se marcava belamente por debaixo do vestido branco, como estar triste com essa vida crescendo dentro dela?... A loucura de Valentino já lhe havia contagiado e a fez começar a ler dois livros sobre gravidez e outro mais, um livro de nome, ela queria que o nome de seu filho significasse alegria e paz porque isso seria essa criatura: O começo de uma nova vida. Se incorporou da cama enquanto a delicada brisa que movia as cortinas brancas jogava com seu cabelo e seu vestido, essa casa cheirava a pinheiro e era simples, porém belo, era tal qual havia imaginado sua casa antes de casar-se.
Desceu pela escada de madeira e saiu a contemplar o belo jardim. Imaginou a seu filho ou filha correndo por ai e por pura sensibilidade maternal deixou escapar uma lágrima. Afortunadamente alguém lhe estendeu um lenço... Valentino a mirou com um sorriso e lhe indicou que se sentasse em um banco que havia ali perto.
Ginny: Não estavas trabalhando?
Valentino: Te molesta minha visita?
Ginny: Como crês, o que assusta realmente é que não tenhas me trazido nenhum presente, te sentes bem?
Valentino: Pois não creias, teu presente sim o tenho no carro e vou te entregar, mas primeiro tenho que dizer-te algo sério ainda que não sei se te afete em teu estado.
Ginny: É algo tão grave?
Valentino: Não sei como o vais a tomar, mas prefiro que estejas sentada, queres algo de beber?
Ginny: Não, melhor vê al grano.
Valentino: Pois mira eu segui com a investigação essa do dinheiro da mãe de Harry e as empresas.
Ginny: Eu o supunha, és muito curioso sabias? E bem? Que averiguaste?
Valentino: Averigüei que esse mesmo ano entrou a Weasley S.A uma grande suma de dinheiro, porém foi ingressada por teu tio Lúcio, foi quando ele vendeu sua empresa e ao parecer usou esse dinheiro, o estranho de todo isso é que teu tio não tinha uma empresa tão grande e não estava passando por seu melhor momento, sua esposa que era a principal intervencionista acabava de morrer e todo seu dinheiro havia ido parar em instituições beneficentes deixando somente uma pequena quantia a Lúcio.
Ginny: Porém ele tinha dinheiro suficiente como para poder inverter em uma suma equivalente a que entrou na empresa?
Valentino: Isso não o sei porque não conheço com exatidão a suma, porém sim te posso dizer que pelo tipo de coleção era muito alta, ademais Lúcio sempre presumia de seus bons negócios, porém não me entra na cabeça como, se o dinheiro usado fosse de James, não o inverteu em sua própria empresa ainda que os benefícios que recebeu teu padrinho da Weasley S.A são muito grandes e me pergunto se houvesse progredido tanto ele sozinho, para começar não poderia haver contado com a coleção de James...
Ginny: Por que não?
Valentino: Porque no testamento de James figurava que teu pai deveria dispor de sua empresa como melhor lhe parecesse se a James lhe passasse algo...
Ginny: E ele decidiu levá-la a quebra.
Valentino: Assim parece, mas como homem de negócios te digo que essa foi uma decisão muito acertada, essa coleção necessitava o respaldo de uma empresa sólida, se não fosse assim provavelmente não houvesse sido o grande êxito que foi.
Ginny: Mas era a empresa de seu amigo, o patrimônio de Harry...
Valentino: Já não existia tal patrimônio, ademais supostamente Harry já estava amparado pelo dinheiro de sua mãe e ao cuidado de uns parentes muito ricos... Que finalmente terminaram abandonando-o.
Ginny: Então, qual é a tua teoria de tudo isso?
Valentino: Que nos falta uma peça chave e é onde esta o dinheiro, se o conseguimos rastrear daremos com a pessoa que começou toda esta trapaça de inversões e de passo talvez o possamos devolver a Harry.
Ginny: Tu faria isso?
Valentino: É seu, por muito mal que me caía não meteria minhas mãos em algo como esse dinheiro que foi o legado de sua mãe, talvez o ajude a ser uma pessoa melhor o fato de saber que não se esqueceram completamente dele... Mas que nem ocorra a ele se acercar de ti.
Ginny: Não senhor macho mexicano (riu) Ele já esta muito longe de minha vida (Ginny perguntou para si mesma se o que acabava de dizer era certo) E ademais não creio que nunca o voltamos a ver, deve estar desfrutando de seu filho... E eu penso desfrutar do meu.
Valentino: Isso me parece muito bem porque agora mesmo lhe tenho um presente a essa futura mamãe, se me fizer o favor de seguir-me.
A pegou pela mão e a ajudou a se levantar. Foram até a porta onde estava o carro de Valentino, dentro dele havia um urso de pelúcia gigante com um macacão e vários balões em forma de coração, Ginny correu e o agarrou como se fosse menina pequena.
Ginny: Obrigada!!! É que amo os ursos e este é o mais precioso de todos!!! A ver (o mirou) Como vai se chamar?... Tu tem cara de... Christopher!!! Sim, que lindo meu ursinho Chris.
Valentino: Ouve, deixa de abraçar a ele, e eu que? Acaso não lembras que foi meu presente?
Ginny: Sim obrigada... Vem Chris deixa-me mostrar-te tua nova casa (sai com o urso).
Valentino: Perdi para um urso de pelúcia... Porém a ti Harry, a estou ganhando.
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