Capitulo 34
Enquanto seu corpo se empapava Harry ficava rezando para que a chuva durasse para sempre, ele somente queria ter Ginny a todo custo, fazê-la entender que havia se equivocado, porem que ela não tinha porque mudar por sua culpa. Só queria uma oportunidade de fazer as coisas bem, de demonstrar-lhe que ele havia aprendido a querer, que já não tinha medo, que já não tinha ódios. Fechou os olhos e ficou recordando esse abraço que haviam se dado há poucas horas atrás.
Ginny passou vários minutos pensando na cozinha, ao ver a tormenta pela janela e imaginar Harry lhe encolheu o coração... Ela não era melhor depois de tudo, Conceição tinha razão, Harry podia se enfermar gravemente... Estava sendo fraca, porém que remédio? Tomou uma lanterna de sua maleta e saiu a buscá-lo.
Ao vê-lo dormindo baixo a chuva sentiu tal ternura que se acercou e lhe apartou o cabelo molhado do rosto, com o tato de sua mão Harry abriu os olhos de golpe fazendo-a retroceder... Ficaram se olhando por um largo instante incapazes de fazer algo mais, nem sequer percebiam que estavam debaixo de uma chuva. Ginny estava assustada, acabava de tocá-lo... E o que era pior, ele havia se dado conta.
Harry (parou): ...meu amor...
MEU AMOR... Essas duas palavrinhas forram como uma corrente de eletricidade que recorreu todo seu corpo para terminar em seu coração que começou a latir como louco. Ginny retrocedeu um passo... Harry a mirou entre enternecido e triste, ela tinha medo e ainda que era compreensível o lastimava profundamente. Toda sua razão lhe ordenava a Ginny que saísse correndo, mas o corpo não lhe respondia, estava petrificada enquanto Harry avançava. Ficou em frente dela. Quando quis fugir os braços dele já estavam em sua cintura... Não havia escapatória... Logo os lábios de Harry roçaram nos seus provocando outra corrente em seu corpo enquanto sua razão ficava muda. O simples roçar de seus lábios foi se transformando em um beijo apaixonado, um beijo que despertava um amor, que selava um reencontro e que revivia a menina que Ginny havia acreditado perder. De repente ela se parou em seco e se afastou...
Ginny (com a voz entrecortada): Espero que com isso te acalmes um pouco, não sabes o nojo que me deu, não vai voltar a se repetir, agora entra na casa porque não quero que morres por culpa dessa espantosa chuva... (o mirou com ódio)... Ninguém pode me tirar esse privilégio...
Saiu correndo a grandes passadas sem mirar atrás, se não fosse pela chuva talvez Harry houvesse visto as grossas lágrimas que caíam por seu rosto... Ele permaneceu vários minutos na chuva incapaz de raciocinar, seu coração havia se acelerado e parado em uma fração de segundos... Com que assim se sentia ela cada vez que ele a havia amado e logo desprezado... O frio começou a calar-lhe os ossos e decidiu entrar. Depois de tudo, as coisas não haviam saído tão mal, Harry tinha uma certeza: Ginny não lhe era indiferente e ainda que isso não fosse muito era a base para levantar novamente o amor e não pensava em dispensar essa oportunidade. Quando subiu as escadas encontrou toda sua roupa jogada no corredor e quando entrou em seu quarto, Ginny estava ali.
Ginny: Tomei a liberdade de mudar-me de quarto, porém não te preocupes, deixei um livre para ti.
Harry a seguiu até a horrível porta negra.
Ginny: Quando cheguei não vi teu pequeno quadro, mas não te preocupes, te recompensei com um que trouxe especialmente para você.
Harry ficou gelado, ali no meio da parede havia um enorme quadro do assassino de seu pai... Desde esse escuro canto os olhos de Arthur Weasley o miravam.
Ginny: Me alegra que você goste, bom bebê eu vou, que durmas bem.
Ginny saiu com a sensação de haver ganhado a primeira batalha do que seria uma guerra lenta e cruel. Porém enquanto ela dava voltas em o leito ante só a idéia de que era dele, Harry recordava sua larga lista de filmes e decidia que estratégia por em prática, a chuva, se bem era uma solução, também o entorpecia tudo... Porem não se renderia, algo deveria poder fazer...
Harry: Meu amor... Eu vou curar toda essa tristeza que há em teu olhos.
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