Inimigos da Sonserina
Capítulo 5 - Os Inimigos da Sonserina
As pessoas pareciam caladas e tensas no Salão Principal durante o café da manhã. Algumas cochichavam e outras olhavam a mesa da Grifinória, curiosos para saberem quem seria a vítima de Voldemort. O correio chegou naquela manhã trazendo cartas de pais preocupados, jornais com notícias da invasão em Hogwarts e rumores que só o nome de Voldemort era maligno demais e que não devia ser pronunciado. A comunidade bruxa passou a chamá-lo de ‘Você-sabe-quem’ ou ‘Aquele-que-não-deve-ser-nomeado’. O medo era tão grande que alguns alunos sequer ousavam sair do colégio para o jardim.
Frank e Alice pareciam ser os únicos isentos de preocupações e medos, e eles já riam e conversavam às beiras do Lago há tanto tempo que ninguém, nem da turma de Lily e nem da de Tiago, ousava atrapalhá-los.
Esses dois, por sua vez, estavam sentados no gramado, embaixo de uma árvore onde os marotos costumavam conversar, acompanhados de Lupin, Pedro e Dylan. Sirius demorou a comer intencionalmente, pois Amy ainda permanecia na mesa do Salão, lendo os jornais e procurando notícias sobre a Nova Zelândia. Quando ela enfim o olhou, viu que seus olhos negros a observavam. Ela riu. Olhou ao redor e não viu mais ninguém.
- Onde estão todos? - perguntou.
- No gramado, lá fora! Já terminaram o café e foram conversar.
- E você? Ainda comendo? - ela sorriu. Os olhos azuis dela encaravam os dele de novo, penetrantes.
- Na verdade... não! - ele riu e passou as mãos pelos cabelos. - Eu esperava você, para que nos uníssemos a eles lá fora! - ele corou um pouco, ela apenas riu.
- Então vamos! - ela se levantou e o puxou pela mão, e eles foram saindo.
Tiago observou os dois saindo pela porta e os viu cruzar os caminhos de Snape, um aluno da Sonserina solitário, de cabelos oleosos e olhos negros e mais penetrantes que os de Sirius.
- Ora, se não é um dos heróis da Grifinória! - Snape zombou.
- Sai pra lá, Ranhoso! - Sirius o olhou e os dois transpareceram no olhar todo o ódio que sentiam um do outro.
- Escolha melhor seus namorados, garota! - Snape olhou para Amy. - Esse Black não é boa companhia, e nem aquele bando de... garotos liderados pelo Potter.
Tiago se levantou e ia em direção a Snape, empunhando a varinha, quando ouviu o grito de Lily.
- Tiago... Não! - ela o puxou pela mão. - Não aceite as provocações dele!
Todos os alunos que estavam pelo jardim já os olhavam espantados. Tiago voltou ao seu lugar com Lily. Os olhos de Amy encaravam os de Snape. Ela parecia querer ler seus pensamentos, como o fazia com Sirius, mas parecia que ele não permitia.
- Vem... vamos, Sirius! - Amy o puxou pela mão de novo. - Vamos, não perderemos tempo aqui!
- Não se intrometa na minha vida, Ranhoso. Você sabe que pode pagar por isso!
E Sirius saiu de mãos dadas com Amy, deixando Snape olhando intrigado para ela.
- Quem é esse cara? - Amy perguntou quando se juntou aos outros. Parecia incomodada com algo.
- Severo Snape. - Lupin respondeu. - E ele nos odeia por motivos desconhecidos.
- E nós odiamos o Ranhoso também. Sinto muito que ele tenha envolvido você! - Tiago terminou.
- Algo nele me pareceu... estranho! Fechado! - Amy falou baixo para si. - Não consegui ver o que ele tinha em mente!
- Mas ele não odeia vocês... - Lily, que não escutara o que Amy tinha dito, defendia Snape, pois tinha pena dele.
- Você sabe que sim, Lily. Você viu
que ele os provocou. - Dylan respondeu. - E ele está constantemente irritando os meninos...
- Ok, ok! - -Lily terminou a conversa.
Apenas Pedro e Sirius olhavam Amy, interessados no que ela tinha dito para si mesma.
No final da tarde, tiveram a terrível notícia de que teriam aula de Poções junto com a Sonserina. Isso significava, para os marotos, encontrar Lúcio Malfoy e a dupla que sempre o seguia: Crabble e Goyle. Malfoy os detestava, se é que isso era possível, muito mais do que Snape, e estava constantemente procurando motivos para provocá-los. Ele também detestava Lily ou qualquer bruxo nascido trouxa. Namorava Narcissa, uma jovem do 7º ano da Sonserina, loira e bonita, mas de rosto gélido e cruel. Pareciam ser feitos um para o outro. Todos se lamentavam na Sala Comunal, mas, numa mesa separada, Dylan e Lupin mantinham uma conversa animada.
- Então, Remo, posso saber por que seus amigos o chamam de Aluado?
- Ah... - ele riu. Passou as mãos nos cabelos loiros e lisos. - é só um apelido que eles colocaram em mim! Faz tanto tempo que não me lembro da origem!
Eles riram. Lupin ofereceu-lhe um gole de cerveja amanteigada que tomava.
- E você? Dylan Daniels, filha do famoso Donald Daniels... ele jogava como ninguém!
- Sim, eu era sua grande fã! - ela riu. - Eu ia sempre ao campo vê-lo jogar... até o dia do acidente!
- Foi realmente uma pena! - Lupin disse, tentando afastar o olhar triste de Dylan para o chão. Ele jogava como ninguém!
Eles riram tristemente e Lupin resolveu mudar de assunto. Era tarde da noite quando eles resolveram dormir.
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