Uma bela (quase) declaração de
Capítulo treze: Uma bela (quase) declaração de amor...
Helena estava olhando pra eles com uma expressão cansada no rosto, mas estava sorrindo.
- Nem pense em começar a correr novamente! O seu amigo acordou o castelo inteiro com os gritos dele. Ele é demente ou tapado? Eu não entendi uma só palavra do que ele disse.
- Cala a boca, Helena! Deixa de ser idiota! Vamos! – disse Gina, puxando o braço de Harry, que continuava a olhar Helena com ódio. Hermione ia à frente, com Rony levitando ao seu lado. Dava pra perceber que ela estava um pouco angustiada e preocupada com Rony.
- Se você for eu grito! – disse Helena ameaçando. Harry sorriu.
- Duvido. O salão comunal é aqui perto. Quando você gritar, a gente já vai ter entrado. – disse Harry. O sorriso de Helena murchou como um balão.
Harry, Gina e Hermione continuaram andando e ouviram um grito muito alto. Eles se olharam e começaram a correr. Viraram um corredor, desceram a escada e chegaram ao quadro da mulher gorda.
- Focinho de porco! – disse Gina. O quadro se abriu e eles entraram. O salão estava vazio. Provavelmente todos já tinham ido se deitar. Sentaram-se nas poltronas e tentavam recuperar o fôlego.
-Harry... essa menina é... muito ruim... horrível... – tentava dizer Hermione, enquanto colocava Rony no sofá e se sentava na cadeira. Harry confirmou com a cabeça.
- É porque você não viu o que... ela... fez comigo... – disse Harry sombrio. Eles ficaram alguns minutos em silêncio enquanto tentavam recuperar o fôlego.
- Harry, até agora você não me disse o que ela fez com você... O que foi? – perguntou Gina, enquanto se aconchegava na cadeira. Hermione tinha ido pegar os ingredientes pra poção e parecia que ia demorar, pois ela ainda ia tomar um banho, preparar o caldeirão pra fazer a poção e ela tinha que procurar outros ingredientes no quarto dos meninos, pois os seus já haviam acabado. Gina aproveitou o momento em que estava a sós com Harry para fazer a pergunta.
- Como assim? – perguntou Harry assustado.
- Harry, eu só ouvi uma parte da conversa. – disse Gina. Ela estava muito séria.
- Que parte você ouviu? – perguntou Harry, enquanto tentava, em vão, não parecer assustado.
- A parte que você disse que não a amava. – disse Gina, ainda séria.
- Foi? Quero dizer... sério?
- Sério. E a parte em que você disse que me amava. – terminou Gina ficando vermelha. Harry também ficou vermelho. Mas ele não pôde falar nada. – É verdade? – perguntou Gina curiosa.
- É, Gi... – disse Harry abaixando a cabeça.
- Mas... Harry, você tem certeza do que você está falando? – perguntou ela receosa. Harry confirmou com a cabeça. – Mas... você não acha que amor, pra você, é muito? – perguntou ela novamente.
- Não, Gi. Eu já te amava. Faz muito tempo que eu te amo... – disse Harry, sentindo-se muito idiota. Como e porque ele se sentia assim, nem ele mesmo sabia.
- Harry! – gritou Gina surpresa, levando as mãos a boca. – Como? Eu não entendo...
- Não precisa entender, Gina... eu sempre gostei de você. Não só como a irmãzinha do meu melhor amigo. Desde o quarto ano eu comecei a te ver com outros olhos. Quando você começou a falar direito comigo. Eu não sei como dizer isso direito, Gi... eu nunca falei isso pra ninguém... exceto naquele dia no quarto. Eu sou muito inexperiente. Mas... bom, como eu ia dizendo, eu comecei a te ver de um jeito diferente aí... eu lembro daquele dia que eu não tinha par pro baile, Rony disse pra você ir comigo. Você ficou tão... – Harry parou de falar e corou. Não sabia como dizer aquilo. Mas ia dizer. - Linda. – terminou ele. Gina sorriu e corou loucamente. – Sabia que você fica muito linda quando fica com vergonha? Pois é. Eu sabia. E foi isso que começou a me atrair em você. O seu jeito tímido, mas decidido. Foi aí que entramos no quinto ano. De cara eu percebi que você tinha me esquecido. Pelo menos foi o que eu pensei. Eu comecei a me desesperar silenciosamente. Ninguém sabia do que eu sentia por você e se dependesse de mim ninguém ia saber. E quando você me disse sobre o Miguel e sobre o Dino... eu fiquei mais triste ainda. Não soube o que fazer, Gi. Minha oportunidade chegou quando você acabou o seu namoro com o Dino. Mas eu não podia. Eu não queria estragar a sua vida de novo! – disse Harry. E sentando-se na cadeira suspirou. – Eu tinha medo, Gi.
- Medo de quê, Harry? – perguntou Gina, sentando-se na cadeira em frente a Harry. Ela estava preocupada.
- Eu tinha medo de te perder. – disse Harry cabisbaixo. Ele levantou o rosto e viu que Gina estava chorando. – Gi... não chora. – disse Harry, indo até ela e a abraçando. - o Voldemort tá ficando mais forte a cada dia e, como você viu, ele invadia a minha mente ano passado, e se ele tiver entrado no meu coração... eu realmente não sei o que vai acontecer... ele vai saber tudo, Gi. – disse Harry triste, ainda abraçado a Gina.
- Tudo o que, Harry? – perguntou Gina, confusa, soluçando um pouco e apertando Harry.
- Que eu te amo. E que eu faria qualquer coisa por você. – disse Harry, se afastando um pouco para ver o rosto de Gina. Ela não esperou mais um segundo.O beijou. Foi um beijo muito suave. Suas bocas se tocavam levemente. Um queria sentir o gosto da boca do outro, aproveitando cada minuto que se passava. Quando separaram-se, ofegantes, sorriram.
- Mas Harry... se você disse que me amava desde meu terceiro ano, quarto seu... porque você-sabe-quem não me usou como isca ao invés de Sirius ano passado? – perguntou Gina. Harry sentou-se no sofá em frente ao de Rony e apontou o lugar ao seu lado para Gina. Ela se sentou.
- Não sei, Gi... eu realmente não faço a mínima idéia. Mas eu também tenho uma coisa pra te dizer... – disse Harry, virando-se e olhando Gina nos olhos.
- Qual?
- Gi... – disse ele, segurando as mãos de Gina entre as suas. – Eu te amo muito. Eu sei que você já sabe disso, mas eu preciso repetir. Você sabe que corre um grande perigo sendo minha namorada e ficando ao meu lado. Isso é perigoso. Muito perigoso.
- Eu não me importo...
- Não, Gi. Deixe eu terminar. – Harry suspirou e continuou: - Se você não quiser mais ser minha namorada, eu vou entender... eu não quero que te aconteça alguma coisa por minha causa e nem por minha culpa por ter sido um inconseqüente que arruinou sua vida. Eu não quero que nada de mau te aconteça. E eu nunca vou deixar isso acontecer. Nem com você, nem com o Rony ou com a Mione. Se for possível eu darei a minha vida por vocês. Eu te amo, Gi. Mas vou entender que você não quer se arriscar. – terminou Harry, recostando-se no sofá. Gina olhou pro chão e levantou seu rosto. Tinha uma expressão decidida.
- Harry, você quer deixar de ser idiota? Será que você não vê que eu estou do seu lado? Eu SEMPRE vou estar com você, Harry! Que idéia idiota é essa de deixar de ser sua namorada? – perguntou Gina ficando corada.
- É pro seu próprio bem, Gi... – ia dizendo Harry. Mas foi cortado.
- É PRO MEU PRÓPRIO BEM? VOCÊ ESTÁ LOUCO, HARRY? PIROU? EU TE AMO! COMO EU VOU CONSEGUIR VIVER SEM VOCÊ? COMO? ME DIZ? AGORA QUE EU FINALMENTE ESTOU COM VOCÊ, VOCÊ VEM E ME DIZ QUE É MELHOR A GENTE SE SEPARAR PORQUE SENÃO VÃO ACONTECER CATÁSTROFES! – Gina gritava cada vez mais alto e parecia que toda a torre da grifinória estava acordando com seus gritos.
- Gina! Eu não disse isso! Eu só quero o seu bem! – disse Harry.
- SE VOCÊ QUER O MEU BEM, HARRY... FAÇA-ME UM FAVOR. – disse Gina, agora derramando muitas lágrimas. Ela abaixou a voz para quase um sussurro: – Não me deixe nunca mais. Fique sempre comigo.
- Gi... – disse Harry, uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Ele se aproximou de Gina e a abraçou.
- Eu quero estar sempre com você, Harry. – disse Gina, chorando no ombro de Harry. Harry a abraçou mais forte e tentava limpar as lágrimas que teimavam em cair pelo seu rosto.
- Eu te amo tanto, Gina. Nunca ia me perdoar se algo acontecesse com você. – disse Harry.
- Harry, eu também te amo. Mas agora eu não posso mais te esquecer. Não dá mais. Estamos unidos agora, Harry. E não é só pela amizade. É pelo amor, pelo carinho, pela afeição... Eu vou estar sempre com você, Harry. Pro que der e vier. Eu escolhi isso. Não você. Agora aceite. Não me contrarie. – disse Gina, sorrindo decidida. Harry também sorriu.
- Esse é mais um dos motivos pelo qual eu gostei de você. Você sempre foi muito corajosa e destemida. Merece tanto quanto eu estar aqui na grifinória.
-Ah, Harry... não posso nem me imaginar sem você... acho que eu... – ia dizendo Gina lentamente. Mas ela não pôde terminar a frase. Harry a calou. Harry a calou com um beijo apaixonado. Não era um beijo qualquer. Era muito mais que isso. Tanto Harry quanto Gina sabia que aquele não era nem o primeiro, nem o último beijo deles. Mas era com certeza, o mais apaixonado. Era como se necessitassem daquele beijo pra viver... ou melhor, era não, eles necessitavam daquele beijo para viverem. Era um beijo que encantaria qualquer um e que faria inveja a qualquer casal. Era um beijo terno e carinhoso e que demonstrava quanto amor um sentia pelo outro. Eles se beijavam do jeito mais arrebatador e ao mesmo tempo mais delicado que podiam. Foi quando eles ouviram várias pessoas aplaudindo. Harry e Gina se soltaram na mesma hora. Eles estavam muito encabulados. Por um breve instante, seus olhares se cruzaram e eles coraram mais ainda. Eles olharam á volta. Muitas pessoas observavam a cena e sorriam. Até Rony aplaudia. Ele parecia muito feliz e estava com os olhos cheios de lágrimas, assim como Hermione, que estava no final da escada que levava ao dormitório feminino. Harry e Gina sorriram e suam mãos entrelaçaram-se uma na outra.
- Até que enfim se resolveram! – disse Hermione, vindo ao encontro deles.
- É mesmo. Eu não sabia mais quanto tempo eu ia continuar fingindo que estava dormindo. Já estava cansado e estava me dando uma vontade louca de rir. – disse Rony sorrindo. E vendo o rosto de curiosidade dos amigos, completou: - Não sei porque.
- Rony... desde quando você estava acordado? – perguntou Gina, tentando parecer que não estava curiosa.
- Desde que você fez aquela pergunta sobre a Helena pro Harry. – disse Rony distraído. Sua barriga soltou um ronco forte e todos que estavam no salão comunal riram.
- Acho melhor nós irmos dormir. Amanhã será um grande dia. – disse Harry.
- Também acho. Todos já vão estar sabendo que vocês estão juntos. – disse Hermione despreocupada.
- É. Toda a escola... – disse Gina pensativa.
- Mas a pior pessoa que poderia saber já sabe. – disse Harry sorrindo e sentando-se na cadeira.
- E quem é essa pessoa que já sabe? Por acaso não é...? – perguntou Rony.
- Malfoy. Eu e a Gi estávamos na cabine nos... vocês sabem...
- Beijando? – perguntou Hermione rapidamente.
- É. Então ele começou a xingar a gente de um monte de coisa... aí eu me descontrolei e deu um murro nele. Foi só isso. – disse Harry, alisando os cabelos de Gina, que estava sentada no seu colo feito um bebê e descansava sua cabeça no ombro dele. Harry fechou os olhos e sentiu o cheiro de Gina.
- Crabbe e Goyle saíram correndo com o rabinho entre as pernas. – disse Gina tranqüilamente.
- Então vamos dormir! Amanhã temos muito que fazer! – disse Mione, puxando Gina do colo de Harry e fazendo-o acordar do “transe” que ele se encontrava. Elas já estavam no meio das escadas quando..
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- RONC! - a barriga de Rony soltou outro ronco. Dessa vez mais forte.
- Não vou conseguir dormir com fome. – disse Rony aflito. Hermione revirou os olhos, desceu as escadas com Gina ao seu lado e falou:
- Está bem, Rony. – ela fez um gesto com a varinha e uma bandeja com sanduíches apareceu na mesa de estudo. Rony ficou de boca aberta. Harry e Gina se entreolharam e Gina soltou um beijinho pra Harry. Harry sorriu, olhou pra Rony e Hermione e chamou Gina pra perto dele.
- UAU! MIONE! Isso é incrível! Como você...? – ia dizendo Rony. Mas parou abruptamente ao observar o sanduíche de perto. Ele ficou desapontado.
- O que foi, Rony? – perguntou Hermione preocupada. Rony a olhou decepcionado. Ele perguntou:
- Mione... o sanduíche tinha que ser de carne enlatada?
N/A: Gostaram? Já tenho mais três capítulos pra postar! Os próximos vão estar bem emocionantes...
- Capítulo catorze se chama: HelenaXGina. Espero que gostem! Vai rolar umas coisas aeww... NAUM VOU DIZER NADA! Bom, leiam e comentem! Por favor!
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