Ataque surpresa...
Capítulo vinte e oito: Ataque surpresa...
A semana passou voando e logo chegou á última visita á Hogsmead. Harry e Gina não se falaram à semana toda e isso o deixava muito triste. Abandonado. Não que ele estivesse sozinho. Rony e Hermione estavam sempre do lado dele, mas estavam namorando mais do que antes. De vez em quando eles davam uma sumida e só apareciam duas horas depois. E mal a escola soube que Harry e Gina viraram amigos, eles já brigaram. Todos estranharam o comportamento deles. Uma hora depois deles terem virado amigos, já brigaram? Que coisa.
Harry estava totalmente arrasado. O que Rony dissera era verdade. Harry não conseguia viver sem Gina. E isso não era difícil. Era impossível. Ele não podia beijá-la, abraçá-la... nada. Ao contrário. Gina mantinha a maior distância possível de Harry. Toda vez que ele chegava mais de dois metros dela, Gina se afastava. Harry não teve nenhuma oportunidade de falar com ela. Era meio difícil você falar com uma pessoa, que se você chegava perto dela, ela saia correndo. Gina fazia isso. Não dava chance para Harry conversar com ela. Isso o deixava irritado.
Harry, Rony e Hermione acordaram cedo e foram direto ao Salão Principal tomar café. Encontraram Gina lá. Ela se mostrou indiferente e continuou conversando com a amiga, mas no fundo, Harry sabia que ela estava sofrendo. Até porque ele também estava sofrendo. E muito. Mas pelo menos ele tivera um avanço. Ela não saiu correndo como sempre.
- Passa a jarra, por favor, Rony! – pediu Harry. – Obrigado.
- Que nada! Se precisar é só pedir. – disse Rony comendo seu segundo pão. Hermione olhava para Gina, triste. Ela não havia concordado com a decisão de Harry, porém acabou aceitando.
- Olha só pra ela, Harry. Está tão triste. – disse Hermione. Ela tentava convencê-lo a voltar atrás toda hora.
- Mione... eu também estou triste, esqueceu? – perguntou Harry distante.
- Eu sei, Harry. Mas foi você que brigou com ela! – disse Hermione.
- Você sabe porque! – Harry exclamou irritado.
- Eu sei, mas ela não! A Gina continua pensando que você trocou ela pela Helena! – comentou Hermione baixinho. O ânimo de Harry despencou. Ele tinha esquecido desse “pequeno” detalhe.
- Eu prefiro que ela pense assim. – Harry disse finalmente. Andara meio distante ultimamente. Meio frio.
- Você quem sabe! – disse Hermione se levantando. Harry e Rony também se levantaram e a seguiram.
O resto do dia correu tranqüilo. Pelo menos eles não toparam com Helena por aí. Harry sabia que ela estava desesperada para falar com ele, mas Harry não ia deixar. Ia fazer o possível para se esconder dela pelo castelo inteiro. Gina não falava mais com eles, e Harry estava começando a levar aquelas palavras de Rony extremamente a sério. Ele estava á beira do desespero. Finalmente chegou a hora do festival.
Eles saíram pelo portão de Hogwarts para Hogsmead. Caminhavam lentamente pela rua movimentada. Harry e Rony falavam animadamente sobre as táticas de quadribol.
- E quando o balaço veio na minha direção e eu desviei? Foi o máximo! – exclamou Rony.
- Realmente... tenho que admitir que foi incrível! – Harry disse rindo. Hermione também sorriu. Ficou feliz por Harry. Fazia uma semana que ele não dava sequer um sorriso.
- Mas você também é inacreditável, Harry! Nem vem! Eu lembro do seu recorde! Quanto foi mesmo...? Dois minutos! Ninguém te bateu nessa! Mal soltaram o pomo e você já tinha pegado! Foi excepcional! – exclamou Rony sorrindo.
- Eu mesma tinha assistido o treino, Harry. Você foi muito bem! Surpreendente! E você também, Rony! Foi excelente o modo como você fez a defesa da Gina. E não deixou passar nenhum gol! – disse Hermione.
- A Gina é uma ótima artilheira. Incrível. Inigualável. – comentou Harry entristecido.
- Harry... já está na hora de você deixar o seu orgulho de lado e voltar pra Gina! – disse Hermione.
- Não! Eu já disse que eu não vou colocá-la em perigo!
- Mas ela nem sabe que você não vai continuar com o plano! – Rony disse.
- E nem quero que saiba! Escutem... não contem pra ela. Em momento algum! Entenderam? – Harry perguntou irritado. Rony e Hermione confirmaram com a cabeça, derrotados.
- É você que decide, Harry. Não vamos mais interferir. – disse Hermione.
- Obrigado. – agradeceu Harry. Nesse momento, o céu, antes azul claro, começou a escurecer. Ficou cinza. Escuro, muito escuro. Harry, Rony e Hermione começaram a sentir frio. Muitíssimo frio. As coisas ao redor deles começaram a congelar e as pessoas ficaram assustadas, gritando desesperadas.
- O que está acontecendo? – perguntou Hermione amedrontada.
- Não sei. – respondeu Rony. Foi aí que Harry os viu. Vindo em alta velocidade para Hogsmead.
- Dementadores. – disse Harry olhando para o céu. As luzes se apagaram. Tudo ficou escuro. Todos se calaram. Harry, Rony e Hermione acenderam suas varinhas e viram várias pessoas fazerem a mesma coisa. Harry apontou a dele para o céu. Os dementadores tinham sumido.
- Como...?
- Os dementadores fugiram!
- Não faço a mínima idéia. Mas isso está muito estranho... – comentou Harry, olhando ao redor para ver se tinha algum sinal deles.
- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Hermione gritou desesperada. Harry e Rony se viraram. Ouviram um baque surdo e viram Hermione estirada no chão.
- Hermione! – Rony falou se ajoelhando com Harry em frente a ela. Hermione estava pálida, com os olhos e a boca abertos, num sinal de surpresa. Harry pegou o pulso dela rapidamente e segurou firme. Tinha pulsação.
- Ainda bem. – comentou Harry aliviado. Rony também se aliviou. Harry sentiu um cheiro estranho. Parecia cheiro de sangue. Era realmente muito estranho.
- Harry! Rony! – chamou alguém. Eles se viraram e viram Gina, Katie, Luna e Neville vindo até eles.
- O que aconteceu com ela? – perguntou Luna assustada. Ela arregalou os olhos, parecendo ainda mais sinistra do que de costume.
- Desmaiou... eu acho. – disse Rony.
- Temos que sair daqui! Todos estão desmaiando sem motivo algum! – disse Gina amedrontada.
- Como? Você quer dizer que mais gente desmaiou? – perguntou Harry rapidamente.
- Sim. Nós estávamos no Três Vassouras, quando um garçom caiu desmaiado! E depois de alguns minutos começaram a cair outras pessoas! – disse Gina respirando rápido.
- Tudo bem. Pessoal, eu sei que todos aqui estamos com medo, mas temos que seguir o conselho da Gina. Temos que sair daqui. Agora. – disse Harry. Ele estava começando a tremer de frio.
- Mas... mas antes... antes nós temos que... temos que ver se tem alguém aqui, não acham?- perguntou Neville com a voz tremendo. Aliás, ele também estava tremendo.
- Neville tem razão. Fiquem aqui que eu já volto. – disse Harry. Ele já ia saindo quando alguém o puxou. Gina olhava fixamente para ele.
- Harry! Não vá! Caso Hermione estivesse aqui, ela não deixaria você ir! – disse com a voz tremendo.
- Não adianta! Eu vou! – disse Harry se soltando. Gina o segurou novamente.
- Então eu vou com você! – disse ela. Harry riu debochado.
- Você é louca por acaso? Eu não vou deixar você ir! De jeito nenhum! – ele disse alterado.
- Eu não posso te ver morrer sem fazer nada, Harry! – Gina disse se irritando.
- E quem disse que eu vou morrer?
- Quem garante?
- Eu garanto!
- Como você pode ter tanta certeza? – Gina perguntou. – Deixe eu te ajudar pelo menos uma vez. Eu quero contar aos meus filhos que eu lutei com Harry Potter. Por favor! – ela pediu. Essas palavras mexeram com Harry. Isso queria dizer que ela não pretendia ter filhos com ele. Não pretendia casar com ele. Mas Harry não podia fazer nada. Causara tudo isso e não podia mais voltar atrás.
- É você quem sabe. – Harry se limitou a dizer.
- Obrigada. – agradeceu ela sorrindo. Harry sentia falta daquele sorriso. Contudo, não ia demonstrar.
- Vamos. – murmurou ele andando. Gina seguiu-o.
Eles foram até o final da rua. Não encontraram nada. Por enquanto.
- Então, Harry... como foi sua semana? – perguntou Gina irônica. Ela sabia que ele sentia falta dela.
- Normal... e a sua?
- Ótima! A Mcgonagall concebeu 10 pontos para a Grifinória porque eu consegui transfigurar a minha estátua num gatinho muito bonitinho. – disse Gina sorrindo.
- Parabéns. – desejou Harry infeliz.
- Obrigada. Como vai o plano? – perguntou Gina sarcástica. Harry decidiu entrar no jogo.
- Maravilhoso! Melhor não podia estar!
- É mesmo?
- Sim. Helena é incrível! Sabe como divertir uma pessoa... mesmo ela sendo tão idiota.
- Faça bom proveito!
- Vou fazer, não se preocupe.
- Vai beijá-la também?
- Ainda não sei. Estava pensando sobre isso ontem á noite, mas...
- Expelliarmus! – gritou alguém. As varinhas de Harry e Gina caíram no chão, e eles foram jogados longe. Agora estava tudo escuro. Exatamente tudo. Eles não enxergavam nada.
- Harry! Cadê você? – chamou Gina em pânico.
- Eu tô aqui! Segue minha voz! – disse Harry. Gina foi seguindo e quando tocou em Harry, segurou firme sua mão. Ela estava tremendo muito.
- Você tá legal? – perguntou Harry preocupado.
- Estou. Não se preocupe. – Gina disse.
- Não estou me preocupando.
- Certo. Ótimo!
- Precisamos achar nossas varinhas. Lumus! – falou Harry. As varinhas estavam distantes.
- Vamos andando. – murmurou Gina. Ela já ia começar a andar, quando Harry a puxou para ele.
- Gina... a sua varinha está mais perto. Caso aconteça alguma coisa, você pega a varinha e sai correndo para pedir ajuda, entendeu? – perguntou Harry. Gina olhava fixamente para ele.
- Não vou te deixar sozinho.
- Vai sim! Dessa vez você tem que me obedecer. Prometa. – pediu Harry.
- Harry, eu...
- Prometa! – Harry falou mais alto agora.
- Eu prometo. – falou Gina a contra gosto. Eles foram andando cautelosamente até as varinhas. Chegaram na de Gina e pegaram. Harry passou-a a Gina.
- Tome muito cuidado agora... – sussurrou Harry. Gina afirmou com a cabeça, apertando ainda mais a mão dele. Eles foram andando devagar até a varinha de Harry. Estavam bem perto. Mais perto ainda. Um centímetro...
- BUM! – Gina caiu no chão *desfalecida*. Harry se ajoelhou diante dela, desesperado.
- Gina... acorda, por favor... acorda... – pediu Harry. Ele sentiu um cheiro estranho, como tinha sentido na hora que Hermione desmaiou. Parecia cheiro de sangue.
- Crac! – um barulho alto quebrou o silêncio á noite. Harry se virou e pegou a varinha mais que depressa. Olhou para os dois lados da rua, atento.
- Tem alguém aí? – ele perguntou. – TEM ALGUÉM AÍ?
- HARRY! – gritou alguém.
- RONY? – perguntou Harry gritando.
- CADÊ VOCÊ? – perguntou Rony.
- MINHA VARINHA TÁ ACESA! SEGUE A LUZ! – gritou Harry em resposta.
- CERTO! – berrou Rony. Harry olhou atentamente o começo da rua, iluminando ao máximo. Depois de alguns minutos, Harry começou a ver sombras vindo na sua direção. Ele continuou ajoelhado em frente a Gina, tentando, em vão, acordá-la. Agora as sombras estavam bem perto, e Harry já podia ver os corpos de cinco pessoas correndo até ele.
- HARRY! – gritou a voz de Luna. Harry já podia defini-la. Não só ela, como também Rony, carregando Hermione e Neville carregando Katie.
- O que aconteceu com a Gina? – perguntou Neville quando todos chegaram.
- Caiu desacordada no chão sem nenhum motivo. – disse Harry se levantando. - E a Katie?
- A mesma coisa. Estávamos lá conversando, o Rony estava cuidando da Hermione, e eu, a Katie e o Neville estávamos em pé. A gente tava ficando preocupado porque vocês não apareciam. De repente a Katie cai no chão desmaiada. Ninguém entendeu nada. – disse Luna sentando-se ao lado de Gina.
- Isso tá muito estranho. Todas estão muito pálidas. Até demais. É de dar medo. – comentou Harry olhando Gina e tocando no pescoço dela. Estava gelado.
- Eu vou tirar meu casaco pra cobrir a Gina. Rony, cubra a Hermione. Neville, cubra a Katie. AGORA! – gritou Harry para eles. Obedeceram instantaneamente. Rony cobriu Hermione, e Neville, Katie. Quando Harry estava cobrindo Gina, sentiu uma coisa na nuca dela. Ele puxou. Era parecido com uma lança. Só que era pequenininho. Verde e tinha uma grande agulha. E também tinha alguma coisa dentro. Preta.
- Eu sei o que é isso! – disse Luna assustada.
- O que é? – perguntou Harry. Ele olhou para Gina. A cor dela estava voltando.
- É um sugador! – disse Neville com os olhos arregalados.
- Sugador? – perguntaram Harry e Rony na mesma hora, confusos.
- É. Os vampiros usam para sugar o sangue da pessoa pelo ar. – disse Luna.
- Vampiros? – perguntou Rony amedrontado.
- É. Eles criaram isso para não terem que morder as pessoas. Tirem o sugador das garotas! Rápido! – disse Neville. Eles se apressaram e logo acharam os sugadores. Tiraram rapidamente. – Os sugadores, se não tirados a tempo, são mortais. Luna, explique a história.
- Tudo bem. Sentem-se. – todos se sentaram. Ela respirou fundo, e continuou.
“Os vampiros, no passado sugavam muito fácil o sangue das pessoas. Elas ficavam com tanto medo que não saíam do lugar. Isso facilitava muito o trabalho. Depois, as pessoas morriam. Mas com o tempo, todos foram morrendo, e isso se devia ao fato de que os vampiros estavam acabando com as pessoas. O povo resolveu tomar providências e decidiu que deviam começar a se defender”.
“Criaram um tipo de arma portátil que se levava para qualquer lugar. Essa arma continha água benta e alho, que faziam os vampiros queimarem a pele. Eles também fizeram uma arma especial, que continham estacas. Essas armas foram feitas para caçarem os vampiros. Logo os caçadores se tornaram experientes e matavam cinco vampiros por dia, diminuindo o número de mortes na população, e aumentando as mortes dos vampiros”.
“Assim que os vampiros perceberam a relativa quantidade deles, fizeram uma arma. Só que essa continha uma sanguessuga dentro. Em contato com a pele humana, a sanguessuga chupa aos poucos o sangue da pessoa, deixando-a pálida. E esse sangue é solto pelo seu rabo, transformado em ar. Então, os vampiros vinham e sugavam o sangue pelo ar. Eles só precisavam atirar de longe, que a pessoa desmaiava na hora, eles vinham e aspiravam o sangue transformado em ar”.
- Que sinistro! – comentou Rony medroso.
- Espera aí! Você diz que eles vinham até as pessoas, certo? Então porque eles não vieram até nós? Até mim e a Gina?
- Eles vieram, Harry. Você que não viu. – disse Luna.
- Isso quer dizer que eles estão por aqui... prontos para atacar?
- Sim. E a mando de vocês-sabem-quem! – disse Luna em pânico.
- AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU! – ouviu-se um uivo alto. Todos olharam para o céu. A lua cheia brilhava intensamente sobre eles.
- Harry... – chamou Rony tremendo. Mas agora era mais de medo do que de frio.
- O que foi, Rony? – perguntou Harry olhando para o amigo. Rony estava muito assustado.
- O Lupin... ele veio te... vigiar aqui... em Hogsmead? – perguntou ele com a voz vacilante.
- Veio, porque a pergunta?
- Ele não é um... um... – Rony nem precisou terminar a frase. Harry já sabia o que ele queria dizer.
N.a: E aí, povo!!!!!! Desculpem a demora, se demorou, claro! Resolvi postar dois caps. de uma vez só, pra não atrasar os outros. Obrigada pelos coments e até o próximo cap.!!!!!!!!!
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