Jogos de guerra



Disclaimer: Nada é meu. Não ganho dinheiro. OK?

Para quem não participou da brincadeirinha do último capítulo: Alea jacta est é tradicionalmente traduzido como sendo “a sorte está lançada” e esta frase é atribuída ao general, estadista, historiador e legislador romano Júlio César ao tomar a decisão de cruzar com suas legiões o rio Rubicão, que delimitava a divisa entre a Gália Cisalpina (Gália ao sul dos Alpes, que hoje corresponde ao território do norte da Península Itálica) e o território da Itália. Fato interessante: dois meses depois ele já havia subjugado toda Itália.

Este capítulo é dedicado totalmente aos leitores do FF.net, para comemorar os mais de 1000 hits só em O Segredo. Então Rô, Pathy Potter, V sensei, Leyla Poth, Bella Black Snape, Marina Angela, Vivian Alves, Valki Fanto e Cidinha Potzik este é para vocês.

Não posso é claro esquecer das queridas leitoras da F&B: Morgana Flamel, Chris, Thayz, Lilith, Florence e Jansev.

Beijos a todos!

8º Capítulo – Jogos de Guerra

Hermione encarou o olhar que a imagem no espelho lhe dava. Ela estava encarando o próprio reflexo em um espelho do lavabo de seu escritório e, sempre ficava perplexa com a confusão de sentimentos que a assaltavam naqueles momentos. A bruxa via estampada em sua própria face ansiedade, culpa, medo, tristeza, alegria e excitação. Parecia uma maldita adolescente matando aula!

Cansada de encarar a expressão adolescente em seu rosto anormalmente jovem, mantido assim com a ajuda de alguns cuidados e algumas poções, Hermione fechou os olhos e suspirou, lembrando-se da conversa que tivera com Albert há minutos atrás.

FLASHBACK – INÍCIO

Assim que os dois curandeiros deixaram a Enfermaria Dai Llewellyn, Hermione enfiou a mão no bolso de seu uniforme e apertou a varinha concentrando-se em uma única palavra: Abafiato!

- Eu acho que o Rony sabe! – disse ela em sussurro quase inaudível quando sentiu um pequeno tremor na varinha confirmando-lhe que o feitiço funcionara.

Abbot estacou de súbito e virou-se para mirá-la nos olhos. A inconfundível ruga de preocupação entre os olhos azuis brilhantes que pareciam enxergar além de seus pensamentos. O bruxo levou um longo minuto analisando sua pupila, até que a expressão em seu rosto relaxou:

- Nunca subestime a capacidade das pessoas que amam. Elas podem ver através das mentiras e compreender os segredos mais tenebrosos e bem guardados. – e ele colocou sua mão livre sobre a mão que a bruxa repousara em seu braço. - Mas não se preocupe agora, o pomo de ouro foi solto e a sorte está lançada. Nós entramos em um jogo perigoso que começou muito antes de nosso tempo nesse mundo. – finalizou Albert, sempre usando o mesmo tom de voz que ela usara.

- Ele nunca entenderia! – Hermione murmurou para si, repetindo o mesmo mantra que tantas vezes viera à sua mente naquele dia e ao longo dos últimos anos. Albert pareceu não ouvir.

Os dois percorreram em silêncio o curto trajeto até o escritório de Hermione, onde Albert se despediu beijando-a carinhosamente na testa. E saindo sem dizer mais nenhuma palavra.

FLASHBACK – FIM

Hermione voltou a se olhar no espelho. Agora seu corpo firme envergava um sutiã e uma calcinha minúsculos, de renda preta transparente, que evidenciavam o que deviam esconder.

- Ele vai adorar isso! – exclamou a curandeira para seu reflexo, enquanto acariciava o áspero tecido sobre o seio.

Ela deslizou a mão e alcançou a cicatriz em seu abdômen. O rosto cadavérico de Belatriz Lestrange relampejou por sua mente. A sorte está lançada. Por quanto tempo aquela frase a perseguiria. Aquelas simples palavras mudaram sua vida há muitos anos atrás.

No rosto da bruxa um sorriso malicioso, perigoso e cheio de promessas surgiu. Ela vasculhou novamente a pequena bolsinha de contas, que com um feitiço indetectável de expansão a acompanhara por toda uma guerra, e retirou vestes diferentes. Eram uma versão provocante do uniforme que a grifinória usava em Hogwarts.

Já completamente vestida, Hermione estudava o efeito. A blusa extremamente justa ao tórax tinha um grande decote e deixava entrever a sombra dos mamilos através do tecido fino, a saia curta e xadrez mal cobria o traseiro empinado. As meias brancas do uniforme foram substituídas por uma meia-calça negra e transparente que eram arrematadas no meio das coxas por delicadas rendas, também negras.

Satisfeita com o resultado, a curandeira vestiu novamente sua capa de viagem, colocou a bolsinha de contas no bolso desta e dirigiu-se para o saguão de entrada. Era a única área livre para aparatação dentro do hospital. Segurando firmemente a capa junto ao corpo, a bruxa fechou os olhos, fez um rodopio gracioso e mergulhou na sensação de compressão causada pelo meio mágico de deslocamento.

Quando abriu os olhos, Hermione se viu parada em um barranco às margens de um córrego sujo e mal cheiroso, o espaço gramado ao seu redor coberto de lixo. O aspecto nada auspicioso e o mau cheiro do local pareceram não incomodá-la. Rapidamente ela ajeitou a capa ao redor do corpo, cobriu a cabeça com um capuz que escondia seu rosto de olhares curiosos e rumou em direção a um pequeno portão desmantelado que separava as margens do córrego da rua calçada de pedras irregulares logo acima.

O vulto negro deslizou silenciosamente pelas ruas decadentes, atravessando faixas de claro e escuro, devido aos lampiões quebrados, deixando para trás uma profusão de casebres em vários graus de negligência, dominados pela agourenta sombra de uma grande chaminé. Parou diante de uma casa que não se diferenciava muito das demais, parecia desabitada há anos, e colocou a palma da mão direita sobre a madeira envelhecida da porta, que se abriu imediatamente com um clique metálico.

Hermione adentrou cuidadosamente pelo hall mal iluminado por uma luz fraca e amarelada que vinha de uma porta entreaberta no final do corredor. Ela decidiu seguir para lá.

Mal havia dado dois passos em direção aos fundos da casa, Hermione ouviu a porta se fechar com um estrondo. Quando se virou para tentar descobrir o que acontecera, algo como um punho de aço acertou-lhe em cheio, fazendo com que ela fosse arremessada para trás, caindo com um ruído abafado, suas costas se chocando violentamente contra o chão.

Gemendo um pouco, ela ergueu a cabeça e conseguiu ver na semi-obscuridade do hall um vulto trajando uma longa capa negra e uma máscara prateada que deixava a mostra somente os lábios e a parte inferior do rosto. Um Comensal da Morte. Ela nunca se esqueceria daquelas vestes. Elas ainda povoavam seus sonhos.

Difuso, como em um sonho, Hermione viu os lábios finos sob a máscara se contraírem em um esgar irônico. O vulto avançou em sua direção, a varinha em punho, e puxou-a pela gola de sua blusa. O tecido fino não suportou o seu peso e se rompeu, expondo a lingerie transparente. A atenção do homem mascarado desviou-se para a pele imaculadamente branca de seu tórax. Ele se ajoelhou ao seu lado, arrancando violentamente a capa, que ainda cobria seu corpo parcialmente desnudo, atirando-a para longe, juntamente com sua única chance de defesa. A varinha no bolso da capa agora estava fora de seu alcance.

A mente de Hermione despertou de seu topor e começou a trabalhar febrilmente. Não adiantava gritar ou pedir por socorro. Então ela começou a se debater o mais forte que pôde, esmurrando o peito do comensal que se inclinara sobre seu corpo. O homem nem se abalou com suas tentativas desesperadas, ele simplesmente tocou o pulso de Hermione com a ponta da varinha e grossas cordas prenderam suas mãos às costas e imobilizaram seus tornozelos. Nessa nova posição seu corpo se arqueara e seus seios ficavam ainda mais expostos ao olhar frio do homem.

De sob a máscara prateada veio um gemido sensual de aprovação quando o homem lhe apertou rudemente um seio. As mãos grandes apalpavam sem gentileza suas pernas e deslizavam por baixo da saia. Quando os dedos tatearam o tecido quase inexistente de sua calcinha, um sorriso debochado surgiu na parte descoberta do rosto do comensal.

O homem levou umas das mãos aos cabelos de Hermione e puxou-o violentamente, aproximou o rosto do dela. As bocas a milímetros uma da outra. Quando ele falou, a voz era baixa e letal:

- Vejo que você veio preparada, vagabunda de sangue-ruim! – e ele colou os lábios aos dela com selvageria, enquanto um dedo escorregava para dentro de sua calcinha.

Algo selvagem gritou dentro de Hermione e ela mordeu os lábios do homem até sentir a pele ceder e o gosto quente do sangue se espalhar em sua própria boca. O comensal da morte recuou tranquilamente e ficou de pé. Ela agora podia ver um brilho perigoso nos olhos que o capuz mantinha nas sombras, ela sentiu seu corpo estremecer e um medo gelado percorrer suas veias. Ele, displicentemente, levou a varinha até o próprio lábio que instantaneamente ficou limpo e curado.

O sorriso debochado voltou ao rosto do bruxo, ele se inclinou e agarrou Hermione pela parte de trás da gola de sua blusa, junto com boa parte de seus cabelos cacheados, o que fez com que ela gemesse de dor. Ele a colocou bruscamente de pé e a encarou por detrás da máscara.

- Então você quer brincar? – o rosto dele estava tão próximo que Hermione podia sentir o hálito quente em sua face. – Hum... – continuou ele, parecendo pensativo – Você já provou o meu sangue, agora eu quero provar o seu...

A voz do bruxo parecia um veneno entorpecente correndo pelo corpo de Hermione. Ela não conseguiu sequer reagir quando o homem a empurrou em direção a uma velha escada. Com o movimento dos pés restrito pelas cordas, a curandeira caiu de joelhos no primeiro degrau, as arestas irregulares da madeira ferindo-lhe a pele e rasgando as finíssimas meias.

A mulher se dobrou com a dor da queda, fazendo com que a pequena saia subisse, expondo a pele leitosa. O bruxo prendeu a respiração ao notar. Num impulso, ele afastou o restante do tecido xadrez com a ponta da varinha e ofegou ao ver um único fio de seda negra percorrendo a brancura marmórea e desaparecendo entre as nádegas redondas e firmes.

Hermione pareceu não notar a fascinação que causara, mas agradecia mentalmente a pausa que tivera para se recuperar quando sentiu seus tornozelos livres e a ponta da varinha pressionada contra suas costas.

- Suba! – a ordem veio numa voz estranhamente rouca.

Hermione se pôs de pé com dificuldade e começou a subir vagarosamente os degraus, o cérebro trabalhando freneticamente. Não havia como escapar. Ela teria que entrar no jogo dele se quisesse sair viva dali. Jogos de guerra. Perigosos, mas ela sabia como jogá-los. Aprendera há muito tempo.

Quando chegaram ao patamar do segundo andar, o homem a empurrou por uma porta entreaberta, entrando logo em seguida e lacrando magicamente a fechadura. Com um movimento amplo de varinha ele fez com que várias velas se acendessem. À luz mortiça que invadira o aposento o vulto parecia mais impressionante e ameaçador.

- Ajoelhe-se! – ordenou.

Hermione sentiu o corpo estremecer. Ela sabia que devia obedecer, mas o orgulho grifinório em si insistia em não deixar seus joelhos se dobrarem. O bruxo encapuzado deu um passo à frente e pressionou dolorosamente a varinha contra o seu pescoço. Então reunindo toda a coragem que possuía, ajoelhou-se.

A varinha continuava pressionada em um ponto muito sensível, na lateral de seu pescoço, logo abaixo do maxilar, obrigando-a a manter-se ereta. A mão esquerda do homem desabotoou a calça negra, que ele usava por baixo da capa, libertando uma enorme ereção que pulsava.

- Você sabe o que fazer. – e ele sorriu cheio de lascívia.

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Por favor, pessoal, deixem comentários para eu saber o que vocês estão achando do rumo desta fic. Ok?
Até o próximo capítulo!
Beijos da Bella

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