No Expresso de Hogwarts
-Mimbus Mimbletonia. - disse Neville, orgulhoso.
A coisa pulsava levemente, o que lhe dava a aparência sinistra de um órgão interno avariado.
-É uma escrofulária realmente rara. - Comentou Neville radiante. - Nem sei se na estufa de Hogwarts tem uma. Mal posso esperar para mostrar à Profª Sprout. Meu tio-avô Algie conseguiu-a para mim na Assíria. Vou ver se consigo multiplicá-la.
Harry sabia que o assunto favorito de Neville era Herbologia mas, por mais que se esforçasse, não conseguia imaginar o que o garoto poderia querer com aquela plantinha nanica.
-Ela... hum... faz alguma coisa? - perguntou.
-Muita coisa! - respondeu Neville, orgulhoso. - Tem um fantástico mecanismo de defesa. Tome, segure o Trevo aqui para mim...
Ele largou o sapo no colo de Harry e tirou uma pena da mochila. Os olhos saltados de Luna Lovegood tornaram a aparecer por cima da borda da revista invertida, para espiar o que Neville estava fazendo. O garoto segurou a escrofulária próxima dos olhos, a língua entre os dentes, escolheu um ponto e espetou com força a planta.
A planta espirrou líquido de todas as pústulas; jatos verde-escuros, malcheirosos, espessos. Eles bateram no teto, nas janelas, e salpicaram a revista de Luna Lovegood; Gina, que erguera os braços para proteger o rosto bem à tempo, ficou parecendo que usava um chapéu verde pegajoso, mas Harry, cujas mãos tinham estado ocupadas com Trevo para impedir que o sapo fugisse, recebeu um jato em cheio no rosto. Cheirava a estrume rançoso.
Neville, cujo rosto e tronco também estavam encharcados, sacudiu a cabeça para limpar o excesso dos olhos.
-D-desculpem - disse gaguejando - Eu não tinha experimentado isso antes... não pensei que seria tão... mas não se preocupem, essa escrofulária não é venenosa - acrescentou ele, nervoso, enquanto Harry cuspia um bocado de seiva no chão.
Nesse exato momento, a porta da cabine se abriu.
N/A: Texto abaixo narrado por Cho Chang, com intervenções da autora em itálico.
Oh, mas ele estava mesmo nojento. Cheio de... de algum líquido viscoso e verde. Na hora eu me assustei, claro, porque aquilo era realmente NOJENTO. Mas depois eu fiquei tão arrependida! O que é isso, eu deveria ser corajosa, não? Principalmente com o Aquele-que-não-deve-ser-nomeado de volta. Apesar de eu ser a única que acredita nisso. E além do mais, como Harry vai convidar para sair uma garota que tem medo (nojo, que seja) até de uma gosminha verde?! Ah meu Deus. Se eu continuar assim, vou começar a achar que estou gostando do Harry. Nós somos apenas amigos. O que... Cedrico ia pensar disso?
Os olhos da menina se marejaram ao pensar em Cedrico. Ele tinha aparecido tão rápido na vida de Cho, e já havia ido embora. Era difícil acreditar.
Mas se eu não amo o Harry, por que eu me senti tão desapontada quando tive de dizer a ele, ano passado, que não poderia ir com ele ao baile de inverno? Ah, assim eu ainda vou ficar maluca. Nada se encaixa! Por que eu tenho que amar, digo, gostar como amigo, do menino que apareceu quando Cedrico morreu, do único que alega ter visto sua morte? Do único em que a comunidade bruxa poderia confiar quando disse que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado retornou? Claro que eu confio em Harry. Mas isso é algo para se pensar. Logo o expresso vai chegar a Hogwarts. Tenho que parar de escrever. Juro que escrevo novamente quando tiver tempo. Ou quando algo importante acontecer. Ou quando eu falar com ele... Ok, chega de loucura.
Harry e Cedrico. Dois campeões. Um vivo. Um morto. Dois garotos pertencendo a apenas um coração. Cho Chang.
N/A: Tentei não me prolongar muito no capítulo escrito por J.K, mas achava que era necessário. Por favor comentem!!!!!!!! Posto mais assim que puder.
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