Conseqüências de um copo de vo
Capítulo 24: Conseqüências de um copo de vodka
Era quase 8h da noite quando Gina saiu do banho.
-Até que enfim. –Draco disse –Seu vestido é bonito.
O vestido de Gina ia até os joelhos, era azul petróleo com um chalé de mesma cor, decotado e frente única. Nos pés ela calçava um sandália de salto 5cm que era da mesma cor do vestido, no cabelo ela havia feito uma trança e a maquiagem que usava era leve.
-Bem, gostei do seu Armani também.
Draco estava com tudo preto da gravata aos sapatos. Era incrível como ele ficava bem de preto. Conseguia um efeito de contraste harmonioso entre a pele pálida, os cabelos loiros e os olhos azuis acinzentados que estavam mais puxados para o grafite no momento.
-Vamos, Weasley.
-Eu tenho que procurar a minha bolsa.
-Essa espera está me irritando. Aliás, a idéia desse jantar me irrita. Aquela Sangue-ruim sem o que fazer inventa e você ainda aceita.
-Já disse que não gosto que a chame assim. –ela reclamou –Ah! Encontrei. –disse pegando sua varinha e a colocando dentro da bolsa –Se eu recusasse, eles iriam pensar besteira. Algo do tipo “A Gina e o Malfoy vão tirar o atraso”.
-Desculpa esfarrapada. Você não pôde é recusar mais uma chance de se passar por minha namorada. –Draco disse abrindo a porta e os dois passaram por ela.
-Quem foi que me agarrou hoje à tarde? É você quem não resiste.
-E quem é que apesar de me chamar de sem sal, correspondeu avidamente?
-Você não me soltava. –Gina reclamou.
-Você também não.
-Pare com essa discussão, já está me dando dor-de-cabeça.
-Você não agüenta ouvir a verdade, não é?
-O que eu não agüento é a sua impertinência e inconveniência.
-Ahan...Me engana que eu gosto.
-Eu estou prestes a fazer um escândalo, então pare.
-Ok. Mulher Vulcão.
-Malfoy!
-Ta, ta. Já parei. –disse e os dois entregaram as chaves na recepção e se encaminharam para a saída –Se eu não tivesse ido no seu quarto checar se não tinha descido pelo ralo, provavelmente você ainda estaria no banho.
-Você é muito chato mesmo. –a ruiva reclamou e ele enlaçou seus dedos nos dela.
Como quase sempre a mão do Malfoy estava fria, mas ela já estava acostumada com isso. Ao chegarem do lado de fora, Harry e Hermione já estavam lá.
-Estão atrasados. –Harry comentou.
-Foi a Virginia que demorou um século. –Draco se defendeu, observando Harry e Hermione.
Hermione vestia uma saia preta que ia até a metade da canela com várias camadas de diferentes tamanhos e uma blusa branca tomara que caia com uma leve camisa preta semi-transparente aberta por cima da blusa e carregava uma bolsinha branca.
Harry por sua vez estava com uma calça e sapatos sociais pretos e uma camisa verde musgo com o 1° botão aberto. O cabelo dele estava bagunçado (como sempre), mas sem o cabelo desse jeito não é Harry Potter. O visual “e o vento levou” podia ficar esquisito em quase qualquer um, mas em Harry só servia para aperfeiçoar o charme e a beleza em que ele cegara no fim da adolescência.
-Vamos? –Hermione perguntou tentando dissipar a tensão que se havia formado entre Harry e Draco.
Todos concordaram e desceram as escadas.
-eu chamei um táxi. –Harry informou apontando para um carro amarelo parado ali perto.
Como ficaria apertado quatro pessoas no banco de trás, Harry sentou-se na frente. Gina sabia que Draco não gostaria de ficar ao lado da “Sangue-ruim” (como ele chamava Mione) e por isso sentou-se entre os dois.
Durante o trajeto observava-se uma enorme quantidade de grandes edifícios, luzes, pessoas e carros. Uma agitação típica de cidade grande, o que Nova Iorque obviamente era.
Após dez silenciosos minutos, eles chegaram ao restaurante que Harry havia feito reservas, o “Máfia di Pasta”. [N/A: Esse Máfia di Pasta realmente existe, mais precisamente no Shopping Tatuapé de São Paulo, mas não tem nenhum Maître e coisas chiques que eu descrevi aqui... Mas a comida é muito boa, adoro comida italiana!!!]
-Um restaurante italiano. -Draco comentou indiferente assim que todos haviam saído do veículo.
-Qual o problema, Malfoy? –Harry perguntou como se estivesse o desafiando a fazer uma crítica.
Porém o loiro não fez nenhuma:
-Nenhum, Potter, apenas não esperava que soubesse o significado da palavra “classe”.
Harry fechou a cara e cerrou os punhos, estava prestes a dar uma resposta ácida, mas Gina interviu:
-Não começa, Draco. –disse olhando feio para o “namorado” –Estranho ter um restaurante italiano por aqui. –a ruiva disse para desviar a atenção.
Hermione fez cara d quem ganhou presente de natal antecipado (a cara que ela sempre fazia em Hogwarts quando ia responder uma pergunta a algum professor):
-Na verdade não, Gina. Nova Iorque virou uma cidade global, uma “cidade do mundo”, sabe? Pois tem pessoas vivendo aqui de praticamente todos os cantos do planeta e o que é feito aqui afeta o resto do mundo.
-Já terminou o exibicionismo, Granger? –o loiro perguntou entediado.
-Não vá me dizer que não sabia disso, Malfoy... –Hermione começou.
-É claro que sabia, apenas não faço alarde como você. –Draco respondeu.
Hermione olhou pra Harry com uma cara de “Não-vai-me-defender?”, o moreno revirou os olhos, exausto de conversas hostis:
-Estamos apenas perdendo tempo. –disse e puxou Hermione consigo até as imponentes portas de vidro fumê que davam acesso ao restaurante.
Ao entrarem no recinto, um garçom uniformizado com as cores da Itália perguntou-lhes:
-Boa noite. Qual é a mesa reservada pelos Srs.?
-Mesa 35. –Harry respondeu.
-Me acompanhem por favor. –o garçom disse e os acompanhou até a mesa reservada.
Os quatro sentaram-se à mesa, o garçom entregou-lhes o menu e saiu de lá. Depois deles já terem olhado o menu, veio o maître:
-Os Srs. Já escolheram ou eu poderia fazer uma sugestão? -perguntou sorrindo simpaticamente.
Gina e Hermione levantaram os olhos para o maître e tiveram sérios problemas pra não deixarem o queixo cair. Ele era simplesmente lindo. Na verdade, ele parecia ser a mistura de Draco e Harry. Aparentava ter vinte e tantos anos. Seus olhos eram verde-esmeralda como os de Harry. Os cabelos eram loiro platinados como os de Draco, exceto pelo comprimento que era um pouco menos. Tinha a altura de Harr (cerca de 1,74m) e o corpo de Draco. Possuia a elegância e a classe de um Malfoy e ainda assim o sorriso e a simpatia do Potter.
Harry e Draco repararam em como as duas olhavam (babavam) no maître e por isso responderam secamente.
-Já escolhemos.
-Sim ? –perguntou preparado para anotar os pedidos no palm.
-Eu e ela vamos querer o nhoque especial. –Harry disse apontando Hermione.
-E nós escolhemos o raviolli II ao molho branco. –Draco falou lançando um breve olhar para Gina que continuava a olhar embasbacada para o maître.
-Poderia sugerir uma bebida ?
-Não ! –Harry e Draco responderam juntos –Vamos querer vinho tinto suave da safra de 1850. –Draco acrescentou e Harry concordou no mais típico estilo de unir-se ao inimigo para combater um inimigo em comum que seja mais perigoso.
[N/A : Eu não sou nenhuma especialista em vinhos, ta bom? É que eu gosto de vinho tinto suave, parece suco de uva concentrado]
-Perdoe-os, por favor. –Hermione pediu.
-É, eles nao sabem o que estão fazendo. Estão cegosde ciúmes. –Gina completou.
O maître apenas deu um sorriso do tipo ‘Não-precisam-se-preocupar,-já-estou-acostumado’.
-eu não estou com ciúmes. –Harry negou.
-Eu também não estou e além disso, sei perfeitamente o que estou fazendo. Pergunte a ele. –Draco disse indicando o maître.
Todos olharam pra ele :
-O Sr. Realemnte fez uma boa escolha, era exatamente essa bebida que eu iria sugerir.
-Viu só? –Draco se gabou para Gina.
-Vão querer o que de sobremesa ?
-Torta de maça com caramelo está bom ? –Harry perguntou e todos concordaram.
-Ok. –o maître disse terminando de anotar os pedidos –Daqui uns 15 minutos serão servidos. –e se retirou.
-Precisava ficar se oferecendo daquele jeito, Virgínia ? –Draco perguntou a censurando.
-O quê ? Não seja ridículo, Draco ! –a ruiva respondeu.
-Você não tem razão pra ter ciúmes da Gina, Malfoy,a Gina te ama. –Harry falou –Só não posso dizer a mesma coisa da Hermione que não parava de encarar o cara.
-Harry ! O que é isso ? Vvocê nunca teve ataque de ciúmes. Por que isso agora ? Apenas o achei bonito, mas eu não te trocaria por ninguém. Não pense bobagens. –Hermione se justificou.
Gina olhou para Draco que a encarou friamente. Então eles começaram a se comunicar mentalmente.
“Eu não estava dando em cima dele.”
“Sim, você estava.”
‘”O maître é um gato, mas eu não estava flertando com ele. Para todos os efeitos você é meu namorado. O que o Harry e a Mione pensariam de mim?”
“Então quer dizer que se nós não tivéssemos que fingir, você tentaria?”
“Sim, eu já disse que ele é muito bonito.”
“Eu sou muito mais que ele.”
“Está querendo dizer que ficou com ciúmes?”
“Não, eu não me importo. Não preciso me importar com quem você fica. Eu não preciso de você.”
“Então por que você não fica sem querer me tocar, Malfoy?”
“Não há como negar que você é bonita. Eu me sinto atraído por você, Weasley e sei que você também se sente assim comigo. O que te faria corresponder aos meus beijos além de atração?” Draco pensou e Gina enrubesceu.
-Gina! –Hermione exclamou.
A ruiva pareceu acordar de um devaneio ao responder:
-Hum? O que foi Mione?
-Acorde, nossos pratos já foram servidos. Por que você e o Malfoy se encaravam tanto?
-É um tipo de jogo que costumamos fazer, quem desviar o olhar primeiro, perde. –a ruiva respondeu aliviada por Mione ter parado o ‘jogo’.
-Como entende tanto de bebidas, Malfoy? É algum bêbado varrido? –Harry provocou.
Draco fechou a cara e respondeu:
-Há, há, há. Muito engraçado, Potter. –disse irônico –Sou apenas um apreciador, raramente fico bêbado, eu sei a hora de parar. Além do mais eu sou o sócio majoritário da vinícola da minha família. –falou e bebeu um pouco de sua taça.
Harry escondeu a surpresa, assim como Gina e Hermione, e voltou-se para seu prato. O resto do jantar se passou em silêncio, apenas com Draco fazendo as propostas mais indecentes possíveis (N/A: Eu sei que exagerei. Não eram AS MAIS indecentes, mas ainda assim eram INDECENTES) por pensamento, só para irritar e encabular a Weasley. Quando acabaram a refeição, Hermione preocupou-se com a aparência da ruiva:
-Gina, você está se sentindo bem?
-Sim, estou. –ela ofegou.
-Mas está tão vermelha, parece estar com febre. –Harry comentou, também preocupado.
Draco deu um meio sorriso maroto, sabia que era o culpado por a Weasley estar tão vermelha.
-Não pe nada, ta tudo bem mesmo. –falou os despreocupando, enquanto tentava regularizar sua respiração –Você não vai pedir a conta, Harry?
-Não, eu pago. –Draco falou, entrando na conversa.
-De jeito nenhum, Malfoy. Eu não vou deixar que espalhe por aí que pagou algo pra mim.
-Muito menos eu, Potter.
-Ah não! Vocês não vão começar a brigar, vão? –Hermione perguntou impaciente.
-Por que cada um não paga metade? –Gina sugeriu.
Os dois continuaram emburrados, mas nada disseram.
-Ótimo. Vou pedir a conta. –Hermione disse e assim o fez.
O jantar havia saído por U$150. Então Harry pagou U$100 e Draco mais U$100 (U$50 foram de gorjeta).
Saíram do restaurante e Gina perguntou:
-O que faremos agora?
-Cair na night, é claro. –Harry respondeu.
-Onde exatamente?
-Star Dance. –Hermione respondeu –Uma danceteria que eu e o Harry descobrimos. Os donos são bruxos, mas lá tem bruxos e trouxas..
-Quem te viu quem te vê, Granger! Quem diria que a CDF de Hogwarts sabe o que é diversão. Você também, Potter. Achei que tinha a cara enterrada no trabalho.
-Tanto eu como a Mione vivemos com trabalho até o pescoço, mas de vez em quando temos que relaxar.
-É mesmo, Malfoy. Você faz uma idéia totalmente errada de nós. –Mione disse.
-Onde fica? –a ruiva perguntou.
-Daqui uns dois quarteirões. –Harry respondeu –Vamos indo? –perguntou e os quatro começaram a andar.
Gina gostava e ao mesmo tempo não gostava de andar de mãos dadas com Draco. Se sentia estranhamente desconfortável, mas tinha que imitar Mione e Harry ou eles iriam desconfiar. Enquanto a ruiva tentava esconder o quanto estava incomodada, Draco agia como se fosse normal eles fazerem aquilo sempre.
“O Malfoy é realmente um bom ator.” Ela pensou com seus botões ao mesmo tempo em que tentava se distrair com as vitrines das lojas.
Não muito depois eles chegaram ao local. Havia uma longa fila para se entrar.
-Ah! Fila não! –Draco reclamou –Eu odeio esperar!
-Eu dou um jeito nisso. –Harry disse os conduzindo até a parte detrás do estabelecimento.
Lá havia um segurança postado a frente de uma porta onde se lia VIP.
-Olá, Harold. –Harry e Hermione cumprimentaram o segurança que acenou cordialmente –Essa é Gina Weasley, uma grande amiga minha. E Draco Malfoy, o namorado dela. –Harry os apresentou e os apresentados apertaram a mão do segurança.
-Podemos entrar por aqui, né? –Mione perguntou um pouco incerta (peso na consciência de cortar fila).
-Mas é claro. Amigos de Harry Potter são VIP. –Harold respondeu sacando a varinha e dando duas batidinhas suaves na porta que se abriu –Tenham um bom divertimento. –desejou quando os viu entrando.
O lugar era amplo e circular, com largas colunas. Pessoas dançavam por todos o canto (menos perto das mesas próximas ao bar) ao contagiante som da música no último volume. Luzes coloridas giravam para todos os lados e flashes de luz branca piscavam dando a impressão de anular os movimentos, fazendo tudo parecer fotos momentâneas.
Para a surpresa de Gina, Draco puxou-a uns 15 metros a frente e começou a dançar. A Weasley observou os movimentos do loiro.
“Como ele dança bem, até isso ele faz com classe”.pensou inconformada “Ele se movimenta de forma tão sexy...Preciso parar de ter esse tipo de pensamentos em relação ao Malfoy...”
Não vai dançar, Virgínia? –perguntou gritando pra que ela o ouvisse.
-Eu não levo muito jeito, tenho vergonha. –respondeu gritando também e balançando apenas as plantas dos pés.
Draco fez um movimento negativo com a cabeça ao mesmo tempo em que um garçom passava com uma bandeja cheia de copos com bebidas. Então o loiro surrupiou um copo sem que o garçom percebesse.
-O QUE VAI FAZER? –Gina perguntou.
Draco sentiu o cheiro da bebida e bebeu um gole antes de oferecer pra Gina:
-É VODKA, VAI TE DEIXAR MAIS SOLTA.
-NÃO POSSO! EU JÁ TOMEI UM CALICE DE VINHO NO RESTAURANTE, SOU FRACA PRA BEBIDA.
-TOME! É SÓ UM POUCO, NÃO VAI TE FAZER MAL. –o loiro insistiu e Gina então bebeu.
Após uns 5 minutos, Draco não agüentava mais de calor, por isso tirou o terno, abriu os 2 primeiros botões de sua camisa e afrouxou a gravata.
-JÁ VOLTO, VOU PROCURAR UM LUGAR PRA DEIXAR ISSO E ISSO. –informou apontando o terno e o copo vazio.
Gina fez um sinal de positivo, passou pra ele sua bolsinha e começou a mexer mais o esqueleto. De repente ela topou com alguém. A pessoa olhou-a com surpresa e espanto:
-GINA WEASLEY? –perguntou e a ruiva fez que sim –HÁ QUANTO TEMPO! –exclamou a abraçando.
-O QUE FAZ POR AQUI SIMAS? –perguntou ao se separarem.
-SOU O EMBAIXADOR DO NOSSO MINISTÉRIO AQUI NOS EUA. VEJO QUE O TEMPO TE FEZ MAIS LINDA AINDA. –disse a puxando contra si quando começou uma música lenta.
-V-VOCÊ TAMBÉM ESTÁ MUITO BONITO, SIMAS. –ela disse nervosa nos braços dele.
-MAS O QUE VOCÊ FAZ POR AQUI? VIAJANDO À PROCURA DO PRÍNCIPE ENCANTADADO? ÀS VEZES ELE PODE ESTAR MAIS PERTO DO QUE VOCÊ PENSA.
Gina engoliu em seco quando viu Draco se aproximar por trás de Simas e cutucá-lo bruscamente no ombro. Ele fechou a cara, soltou-se de Gina e virou-se:
-MALFOY?!?^
-ISSO MESMO, FINNIGAN. SE NÃO QUISER QUE EU TORÇA O SEU PESCOÇO, NÃO CHEGUE TÃO PERTO DELA. –gritou e apontou Gina.
Simas fez cara de pouco caso.
-Há! E COM QUE AUTORIDADE VOCÊ ACHA QUE PODE ME IMPEDIR?
-ELE É MEU NAMORADO! –Gina gritou para Simas.
-VOCÊ ESTÁ NAMORANDO O MALFOY? –ele perguntu incrédulo e Gina afirmou –QUE DECEPÇÃO, GINA! ELE NÃO VALE NADA.
-VÁ PRO INFERNO, FINNIGAN! –Draco respondeu.
Gina queria ajudar Simas a xingar Draco, mas não podia:
-ISSO NÃO É VERDADE! NÃO FALE ASSSIM DO DRACO! HARRY E HERMIONE TAMBÉM ESTÃO AQUI, POR QUE NÃO VAI PROCURÁ-LOS?
-MELHOR DO QUE DESPERDIÇAR O MEU TEMPO NA PRESENÇA DO MALFOY! –disse antes de se afastar.
Como a música lenta ainda tocava, Draco puxou Gina para bem perto, a fim de dançarem. A ruiva passou os braços por trás do pescoço do loiro e sussurrou o puxando pra mais perto:
-Eu não sou sua propriedade!
-Bem, mas eles acham que é minha namorada, então faça o favor de não se esfregar com outros caras.
-QUE ABSURDO! –e o olhou com reprovação –EU ESTAVA APENAS DANÇANDO COM ELE. –falou e o empurrou, se sentindo ofendida.
-SEUS AMIGUINHOS GRIFINÓRIOS ESTÃO OLHANDO E PARECEM ESPANTADOS POR ESTARMOS BRIGANDO NA FRENTE DE TODOS.
Gina achou Harry, Mione e Simas os observando:
-PENSASSE NISSO ANTES, MALFOY! –falou virando-se de volta para o loiro.
-VOCÊ QUER PÔR TUDO A PERDER, WEASLEY?!? ME OBRIGA A FAZER ISSO...
Draco fez o seu corpo se colar ao dela num átimo de segundo e beijou-a com fervor.
“Malfoy, seu idiota! EU NÃO QUERO TE BEIJAR! Pare já com isso!!!” Gina pensou pressionando as duas mãos contra o peito dele e com os lábios firmemente fechados.
Em resposta Draco puxou Gina pela cintura até não restar espaço algum entre eles e descolou seus lábios dos da ruiva por alguns instantes o que a fez abrir os olhos.
“Eu não quero, mas é preciso.” Pensou mergulhando na profundeza dos orbes castanhos.
Gina abriu a boca para protestar e Draco aproveitou a oportunidade para beijá-la. A ruiva não teve tempo para fechar a boca e em poucos segundos estava trocando um beijo ardente com o Malfoy. Abraçou-o pelo pescoço, tentando puxá-lo para mais perto. Os dedos de Gina se perderam nos fios claros e macios do cabelo de Draco e as mãos dele passeavam pelas costas e curvas da cintura dela.
Então sem aviso prévio, o Malfoy parou o beijo. Gina continuou com os olhos fechados, esperando que ele a beijasse novamente, mas isso não aconteceu.
Draco ao vê-la com os lábios rosados entreabertos e com os olhos fechados, teve vontade de retornar seus lábios aos dela, mas a raiva que ele sentia da “Weasley Traidora” era maior. Não poder demonstrar essa raiva que sentia por ela era pior ainda, mas ele precisava manter a farsa...
O loiro tirou suas mãos da cintura dela, fazendo assim ela abrir os olhos:
-Não foi assim tão ruim beijar o seu “namorado” sem sal, foi?
Gina não ouviu:
-O QUÊ? –perguntou e o Malfoy repetiu, só que mais alto –VOCÊ É MUITO CONVENCIDO, MALFOY. –disse com a voz enrolada.
“Ah! A bebida ta fazendo efeito.” Ele pensou e então abraçou-a pela cintura para ajudá-la a caminhar.
-Vem, Weasley. –disse a puxando na direção de Harry e Hermione que já não estavam mais conversando com Simas.
Ao chegarem lá o casal percebeu o estado de Gina:
-O QUE FEZ COM ELA, MALFOY? –Harry perguntou preocupado.
Hermione revirou os olhos desconsiderando a pergunta de Harry:
-O QUE DEU PRA ELA BEBER?
-UM COPO DE VODKA QUE UM CARA TRAZIA NUMA BANDEJA.
-AQUILO NÃO ERA PARA OS CONVIDADOS, ERA PURA! O CARA ESTAVA LEVANDO PRO BARMAN FAZER DRINKS MAIS FRACOS.
-BEM QUE TAVA FORTE PRA CARAMBA. –Draco disse mais para si mesmo, apesar do volume de sua voz.
-VOCÊ É UM INCOMPETENTE MESMO, MALFOY. APOSTO QUE NEM SABE COMO TIRÁ-LA DESSE ESTADO. –Harry falou friamente.
-ÓTIMO, POTTER. EU NÃO PRECISO DA AJUDA DE VOCÊS! EU POSSO RESOLVER ISSO SOZINHO. –e saiu andando com a ruiva.
Draco estava conduzindo Gina por um corredor com isolamento acústico. Passaram por alguns largos pilares grudados às paredes até que chegaram onde ficava os banheiros. Para o lado direito o das mulheres e para a esquerda o dos homens. O loiro escutou com atenção e ouviu apenas vozes masculinas, o que significava que o banheiro das mulheres devia estar vazio (“Mulheres nunca vão ao banheiro sozinhas.” Ele pensou). Então ele abriu a porta do banheiro feminino e adentrou-o com a Weasley. Certificou-se de que estavam a sós, depois sacou a varinha e apontou para a porta:
-Colloportus. –disse trancando a porta.
-O que vai fazer comigo, Draco? Loirinho safado, nos trancou no banheiro. –Gina disse e chupou levemente a ponta do dedo indicador da mão que ele segurava a varinha.
Draco estremeceu involuntariamente e sua varinha caiu no chão:
-Pare de ser oferecida, Weasley! Você está bêbada e eu vou provar pro Potter que posso te fazer voltar ao normal.
-Mas eu não quero! Assim eu posso falar e fazer qualquer coisa sem pensar nas conseqüências. A minha vida inteira eu fiz escolhas levando em conta as malditas conseqüências, eu não quero mais isso pra mim.
-Considere que eu vou te fazer um favor ao fazê-la voltar ao normal. –e ameaçou abaixar pra recolher a varinha.
O corpo de Gina ficou mole e Draco foi obrigado a ampará-la.
-Como é que vou recuperar minha varinha se você não pára em pé?
-Talvez eu consiga me apoiar na parede. –ela falou com a voz fraca.
Draco caminhou com ela até a parede do fundo do banheiro.
-Atém que esse banheiro é bonito. –Draco comentou observando as torneiras de ouro, o espelho majestoso acima do lavatório coletivo de mármore –Consegue se apoiar?
Gina deu um sorriso malicioso.
-Um lugar que serve para o que quero. –disse puxando-o pela gravata.
-Weasley, sua desgraçada! Você fez isso só pra me afastar da minha varinha. –disse encolerizado.
-Como é que adivinhou? –perguntou cinicamente enquanto o puxava para mais perto e desabotoava os botões da camisa preta.
Draco prontamente tirou as mãos dela de sua camisa, Gina então enlaçou o pescoço do loiro.
-Não! Me solte agora mesmo, Weasley. –falou mortalmente sério.
-Por que não? –perguntou com olhos suplicantes.
-Ridícula essa sua pergunta! É muito óbvio. Eu odeio você e odeio o fato de ter me enganado. –respondeu emburrado –Me solte ou vou apelar pra força física.
-Eu sei que você é forte e gostoso, mas se quiser demonstrar...Isso faz ficar mais excitante. –falou e levou seus lábios aos dele.
Draco desfez o contato dos lábios e tirou as mãos da ruiva de seu pescoço:
-Eu-não-quero! –disse entre dentes.
-Não minta, eu vejo nos seus olhos que você mal está se agüentando. –disse e segurou-o novamente pela gravata –Você me quer, não negue isso a si mesmo. Ou será que a verdade é que não sabe satisfazer uma mulher? –Gina disse obviamente o desafiando.
Um brilho passou pelos olhos de Draco.
-Foi você quem pediu, Weasley. –disse e beijou-a com violência.
Gina sentia uma pressão enorme sobre seus lábios, mas não queria parar. Estava bagunçando todo o cabelo dele e Draco a apertava contra si com força. Quando pararam pra respirar estavam mais do que ofegantes. Gina sorriu ao ver desejo naqueles olhos azuis e abriu a camisa preta dele com tudo, fazendo voar os botões. Draco “atacou” o pescoço de Gina enquanto ela tirava a camisa dele.
A Weasley alisou satisfeita o peitoral e a barriga tanquinho, sentindo o loiro se arrepiar sob seus dedos. Draco jogou longe o chalé do vestido da ruiva e encaminhou-se com ela até a longa pia, fazendo-a se sentar em cima dela. Gina abriu as pernas e Draco se posicionou entre elas.
Voltaram a se beijar e o Malfoy colocou as mãos nas pernas dela por debaixo do vestido. Pôde senti-la estremecer com o contato. Subiu pelas coxas no lado interno até a virilha, depois pelo lado externo e finalmente encontrou o que queria. A varinha da Weasley estava presa com um tipo de cinto que ele habilmente abriu retirando a varinha de lá e então parou de beijá-la.
Gina abriu os olhos e viu Draco se afastando de si, viu também sua própria varinha na mão dele e compreendeu tudo:
-Você me usou para me desarmar. Isso é trapaça, Draco Malfoy!
-Você também trapaceou no lance da minha varinha. Aliás, accio varinha. –e a varinha dele, que estava no chão, veio para suas mãos –Está na hora de voltar ao normal, Weasley.
-Mas eu quero você Draco e quero agora! –Gina protestou.
-Pois vai ficar querendo. –ele disse tirando-a da pia e a segurando firme pela cintura com uma mão –Sobrius. –pronunciou apontando sua varinha para a ruiva que desmaiou –Enervate.
Gina acordou e saiu de perto do loiro que estava com a gravata frouxa e sem camisa. Não sabia o que pensar ou dizer:
-Oh meu Deus!
-Calma, Weasley. –Draco tentou tranqüilizá-la –Não é exatamente o que você está pensando...
A ruiva olhou-se no espelho. Seus lábios estavam vermelhos e inchados e ela tinha marcas vermelhas por todo o pescoço, fora o penteado que estava quase arruinado:
-O que aconteceu aqui, Malfoy?!? Não vá me dizer que você e eu...
Ele a interrompeu:
-Não! Mas por você a gente teria.
-Explique-se! –Gina exigiu.
-Você estava bêbada e eu queria te fazer voltar ao normal.
-Isso não explica nada.
-Por sua culpa a minha varinha caiu no chão e você ficava se insinuando e me agarrando e não deixando que eu recuperasse a varinha. Aí eu tive aidéia de entrar no seu jogo pra conseguir a sua varinha. Eu vi quando a tirou da bolsa e colocou debaixo do vestido.
Gina enrubesceu muito:
-Eu fiz tudo isso? –e Draco fez que sim –Eu tenho vergonha de mim mesma e ódio de você! Eu disse que era fraca pra bebida!!!
-Não faça drama, eu não achei que fosse vodka pura. Além disso, não aconteceu nada demais.
“Só se for pra você.” Gina pensou olhando envergonhada para os próprios pés.
-Obrigada por me fazer voltar ao normal, Malfoy. Pelo menos você não abusou do meu estado...muito. E, ah...Será que dá pra você vestir a sua camisa?
O loiro sorriu debochado.
-Sem problema. –disse fazendo o que lhe foi pedido e consertando os botões –Já pode olhar, Weasley. –acrescentou ao terminar de vestir a camisa.
Gina olhou pra ele:
-Não faça essa cara de deboche! A culpa foi sua! Eu estava bêbada, ta bom?
-E eu por acaso estou dizendo o contrário? Alorromora. –disse e a porta se abriu –Você vem?
-Não, primeiro preciso dar um jeito na minha aparência.
Draco deu de ombros enquanto entregava a varinha dela:
-Faça como quiser. –e saiu do banheiro.
Ao se ver sozinha, Gina mirou novamente o seu reflexo deplorável no espelho.
“Oh Merlin! Nunca mais quero ficar bêbada!!!” pensou, mas não pôde deixar de sorrir um pouco ao sentir o perfume de Draco em seu próprio corpo e lembrar do grande “estrago” que ele fizera.
N/A: Comentem, plz!
O prox. Cap. Será “A caminho de Chicago”
Trechos:
“-Ai que amor. –disse se levantando –Você é tão fofo, Draco! –falou e o abraçou.
Draco não retribuiu o abraço, só se deixou ser abraçado:
-Eu não sou fofo!!! –ele protestou –Apenas sou um bom observador, ta bom? NÃO DIGA QUE EU SOU FOFO! ISSO OFENDE A MINHA DIGNIDADE! Eu sou um Comensal da Morte, um cara mau. Muito mau. E se você não abrir os olhos ele vai te apunhalar pelas costas.”
“Hehehe, Weasley. A sua reação diz tudo. Andou tendo sonhos quentes comigo, não foi?
-E-eu n-não! Você ficou louco? –a ruiva disse tentando parecer indignada.
-Tudo bem. Negue até a morte se quiser. Eu não me importo, de qualquer jeito sei qual é a verdade. –disse dando de ombros –É mais do que normal as mulheres terem sonhos desse tipo comigo. Eu sei que você me deseja.
-Eu sou assim tão transparente?!? Eu quero você. Eu preciso de você. Oh baby, oh baby. –falou irônica rolando os olhos [N/A: Fala tirada do filme “10 coisas que eu odeio em você”] –Pare de se achar o “Dom Juan”! Porque você não é!
-Não sou, é? –ele perguntou soando divertido.
-Não! –ela respondeu com convicção.”
“-Amor? Amor é um sentimento sórdido camuflado por babaquices sentimentalistas. O que você idealiza como amor não existe, Virgínia. Na verdade, o que existe é uma atração sexual+jogo de interesses em comum ou não, que te amarram e faz com que as pessoas protejam quem elas transam por um certo tempo...Ou no seu vocabulário, quem elas amam.
-Você não sabe o que está dizendo, Draco. O amor verdadeiro é a coisa mais sublime do mundo. Além disso, existe o amor que sentimos por amigos e familiares, animais de estimação e objetos de grande valor sentimental.
-Está enganada, Virgínia e se pensar bem verá que estou certo. A sociedade e a moral te impulsionam a ter “sentimentos” por pessoas, objetos e animais, mas no fundo tudo não passa de pura conveniência também...Não só o amor entre um homem e uma mulher, mas também qualquer tipo de amor. O amor representa a pior das fraquezas humanas. Deixe o inimigo saber o que ama e ele irá usar isso contra você na 1ª oportunidade que tiver.”
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