Espionagem alheia e mudança de

Espionagem alheia e mudança de



Capítulo 15: Espionagem alheia e mudança de tática

Estava realmente muito chato estar de vigia. O silêncio estava sendo torturante para Draco.
O loiro suspirou, deu uma última olhada pela clareira e passou a assistir Gina dormindo.
Ele reparou que ela estava toda encolhida e batia os dentes.
“Deve estar com frio.” Pensou e foi pegar um sobretudo flanelado em sua mala.
O Malfoy cobriu Gina e passou a mão pelos seus cabelos.
“Tão macios quanto a pele dela. É tão chato estar vigiando sozinho, se a Gina estivesse acordada eu poderia ao menos irritá-la. Mas será que se ela estivesse acordada eu iria querer mesmo irritá-la? Não, acho que não. Eu preferiria beijá-la. Quando será que enjoarei dela? Creio que depois de seduzí-la. Está demorando muito, eu costumo conseguir levar uma mulher pra cama no máximo no 3º encontro. Faz uma semana que estou viajando com a Gina, estamos juntos praticamente 24 horas e eu ainda não consegui passar dos beijos. Tenho que lhe dar os parabéns por conseguir resistir por tanto tempo. Virgínia weasley é realmente difícil, a mais difícil que já conheci. Mas não impossível, nenhuma mulher é impossível para Draco Malfoy. Essa ruiva vai ter que ser minha.” Ele pensou soltando os cabelos dela e voltando para a maçante tarefa de vigiar.
Ficar parado de vigia lhe dava sono, mas ele não deixava se dominar pela vontade de dormir. Tentava manter a mente cheia de pensamentos de como ultrapassar a resistência de Gina. Por fim lembrou-se de sua mãe dizendo que mulheres adoram ser paparicadas, então resolveu que tentaria paparicar Gina.
Era sete horas da manhã quando Draco decidiu acordar Gina. Antes disso ele foi até a própria mala e pegou um vidrinho de poção anti-sono. Tomou um gole e foi em direção da ruiva. Ele tirou os cabelos vermelhos da cara dela e chamou docemente em seu ouvido.
-Gina acorde. É hora de irmos embora. –ele disse pegando uma mão dela.
Gina sentiu o toque gelado de Draco embaixo de sua mão e pensou.
“Esse toque decididamente é do Draco, mas ele nunca falaria comigo de forma tão calma e atenciosa. Devo estar dormindo ainda.”
-Está me ouvindo Gina? Paris está a nossa espera e se não abrir os olhos eu irei acordá-la do meu jeito. –ele continuou falando no mesmo tom que antes.
Para a decepção de Draco, Gina abriu os olhos.
“Eu ainda vou acordá-la do meu jeito.” Ele pensou sorrindo.
-Tome um gole, é a mesma poção anti-sono que eu já te dei uma vez. E antes que pergunte, eu a não enfeiticei ou modifiquei de nenhuma forma.
Gina pegou o vidrinho da mão de Draco e tomou um gole:
-Obrigada, eu ainda estava morta de sono.
-Eu imaginei que estivesse. –Draco disse e foi guardar o resto da poção.
-É seu sobretudo, não é? –ela perguntou notando com o que estivera coberta.
-Você estava com frio e eu percebi isso. Já que não seria educado mexer nas suas coisas para procurar algo que servisse de cobertor, eu peguei um dos meus sobretudos.
-Obrigada por não me deixar congelar.
-Por nada, o barulho dos seus dentes batendo já estava começando a me irritar.
-Sempre egoísta...
-Mas eu não te deixaria congelar mesmo que não estivesse batendo os dentes. –Draco se justificou.
-Sei...-ela respondeu e começou a pentear os cabelos.
Draco pegou o sobretudo e guardou-o na mala:
-Podemos ir?
-Sim. –Gina respondeu guardando a escova e fechando a mala.
Andaram por meia hora até chegarem a uma réplica do Arco do Triunfo:
-É aqui. –Draco informou –Dissendium. –a passagem se abriu –Primeiro a s damas.
Gina ergueu as sobrancelhas:
-Deu para ser cavalheiro agora Malfoy? –ela perguntou e atravessou a passagem seguida de Draco.
Os dois saíram debaixo do verdadeiro Arco do Triunfo, mas ninguém parecia ter reparado na súbita aparição dos dois.
-Aonde vamos ficar? Na casa dos seus parentes?
Draco pareceu considerar o que Gina havia dito, mas por fim disse:
-Não, acho melhor não. Meus tios também são comensais, mas não devem ficar sabendo da nossa missão. O Lord disse que não deveríamos contar a ninguém sobre o que ele nos mandou fazer. Vamos para algum hotel trouxa.
O verdadeiro (principal) motivo de Draco não querer levar Gina na casa dos tios era que ele queria ficar sozinho com a Weasley e lá não conseguiria. A não ser que dissesse que eram namorados, mas ele não via razão para fazer isso. Era mais simples que ficassem em um hotel...
-Você realmente não vê a hora de estourar o limite do cartão, não é? –Gina perguntou o encarando aborrecida.
-Não se preocupe quanto a isso, eu já disse que a conta tem bastante dinheiro.
-Então pra qual hotel vamos?
-Um que eu sempre quis ir e que tenho certeza de que irá gostar. Lê Maré d’amour Pallace Hotel, é nas proximidades da Torre Eiffel. Vamos indo.
-Andando?
-Você não quer conhecer a cidade melhor?
-Sim! É claro que quero, mas não é perigoso nos perdermos?
-Relaxa Gina, eu falo francês. Lembra-se?
-Tudo bem. –ela respondeu sorrindo e começando andar –O Arco do Triunfo é fantástico, não é? –disse olhando fascinada por cima do ombro.
-Sim, sim. Tudo é muito fascinante, mas se não se importa quero chegar logo ao hotel. Não vejo a hora de tomar um banho! –Draco disse puxando a mão de Gina que não segurava a mala.
Ao sentir o toque gelado da mão de Draco, “Será que as mãos dele são sempre tão assim, frias como o gelo?” ela sentiu um arrepio e puxou sua mão para longe da dele como se tivesse levado um choque.
-Também acho melhor nos apressarmos, um banho seria ótimo. –a ruiva disse andando a frente.
-O que foi Virgínia? –Draco perguntou alcançando-a –Eu posso até morder, mas eu não arranco pedaço, sabia?
-Suas mãos são frias demais. –ela respondeu o que não deixava de ser verdade.
-Não te ouvi reclamar ontem à noite. –Draco disse visando encabulá-la e conseguiu.
A Weasley ficou vermelha como um pimentão e passou uma mão no cabelo tentando controlar o quanto se sentia envergonhada:
-Esqueça sobre ontem à noite Malfoy! Não vai mais acontecer. –ela falou séria, mas ainda sem olhar pra ele.
-Vamos ver por quanto tempo a Gininha agüenta manter a frase ‘Não vai mais acontecer’. –o loiro disse com um sorriso de desdém.
“Eu odeio quando ele fala arrogante desse jeito. Como alguém pode ser tão seguro de si?!?” ela pensou estreitando os olhos e amarrando a cara.
-Eu estou falando sério! –ela disse e o sorriso dele apenas se alargou –Por que você não leva a sério o que estou dizendo, Draco Malfoy? –Gina quase gritou e fez com que muitos dos transeuntes olhassem curiosos, mas ela não deu a mínima –Por que, hein?
“Será que é por que eu sei que você não vai conseguir cumprir? E por que será que eu sei disso? Será que é por que você gosta dos meus beijos e tenta enganar a si mesma? Imagine só o porque...somente por essas coisas é que eu não levo a sério.” Ele pensou e abriu a boca para dizer, mas pensou melhor. Isso só a irritaria mais e não era a irritação dela que ele desejava...
-Eu levo a sério o que você acabou de dizer. –Draco disse tentando não soar irônico, mas fracassou miseravelmente nisso.
-Não, você não leva. Pare de ser irônico! Eu imploro que cale a boca agora mesmo se não quiser me ver partindo para a violência. –Gina disse vermelha de raiva.
Draco respirou fundo e não falou nada, sabia que Gina estava espumando de raiva e só faltava sair fumaça da cabeça dela de tão quente que ela deveria estar.
Demoraram uns quarenta minutos para chegarem ao hotel, pois durante o percurso viram as vitrines das lojas e os famosos cafés parisienses.
O lugar era simplesmente lindo. Na fachada lia-se o nome do hotel que parecia ser uma mistura. Algo entre um prédio luxuoso e um enorme palácio.
Um gramado bem cuidado se estendia a frente da construção e havia um chafariz com dois anjos de arco e flecha apontando um para o outro.
-Uau! –Gina exclamou assombrada.
Draco exibiu um sorriso:
-Sabia que gostaria.
-Vamos logo entrar. –Gina disse soando animada.
Perto das portas duplas estava parado um porteiro simpático que os cumprimentou e abriu as portas. O saguão de entrada tinha um piso reluzente de cor azul cobalto. Gina notou que as pessoas que circulavam por ali estavam falando em francês, embora ela não entendesse praticamente coisa alguma.
Pararam na recepção e Gina reparou vagamente que havia uma recepcionista loira e que agora Draco falava com ela na “língua do biquinho”. A ruiva estava mais interessada em estudar o lugar do que prestar atenção ao que Draco dizia, “Não vou entender patavina mesmo.” E era exatamente o que fazia agora.
Gina reparava nos belos lustres, em umas poltronas de couro preto e num mulher que aparentava ter uns 60 anos. A ruiva estava se controlando para não rir do jeito que aquela mulher andava: maquiagem pesada, acessórios extravagantes e um caminhar empertigado como se fosse a dona do mundo.
“Esse andar empertigado me lembra o Percy.” Ela pensou ainda olhando para a mulher que agora chegava perto das portas de saída.
De repente sentiu algo gelado em sua mão direita:
-Vamos indo, já está tudo certo. –Draco disse a puxando.
-O que está certo?
-Ficaremos numa suíte da cobertura. Quarto 207 na Ala Norte.
Gina então percebeu que a mão de Draco estava sobre a sua e rapidamente tirou-a dali:
-Será que as suas mãos são sempre frias? Parecia até que um defunto estava me tocando. –ela comentou sem parar de andar.
-Para sua informação Weasley, eu sou mais vivo do que você possa imaginar. –ele disse com os olhos faiscando perigosamente.
-Não era minha intenção te ofender. Eu só não entendo como alguém pode ter sempre as mãos assim, tão geladas quanto gelo.
Os olhos de Draco suavizaram ao ouvir sinceridade nas palavras de Gina:
-Não é sempre, é somente a maior parte das vezes. Quando fico envergonhado ou sinto alguma emoção forte elas esquentam.
-Você é capaz de se envergonhar e sentir algum sentimento? Achava que Malfoys não passavam por essas “meras banalidades sentimentalistas”.
-Eu ainda sou um ser humano, sabia?
-Tá, então por que está me contando isso? É uma coisa particular, está me dando uma arma que pode ser usada contra você...isso é como estivesse me contando o seu ‘calcanhar de Aquiles’...eu quero dizer sua fraqueza. –ela acrescentou ao ver ele levantar uma sobrancelha ao ouvir a expressão ‘calcanhar de Aquiles’.
-Não usaria isso contra mim, usaria?
-Não com algo que te prejudicasse. Mas por que contou?
-Eu sei que eu sou um egoísta insensível, bem esse é o meu jeito. Mas queria que soubesse que confio em você, apesar das nossas constantes brigas. Afinal estamos juntos nessa.
Gina sorriu, isso era tudo o que ela precisava ouvir, mas ainda tinha dúvidas se era verdade o que ele tinha falado. E se ele estivesse mentindo para extrair algumas informações da Ordem da Fênix...Ou essa seria uma nova tática para amolecer a resistência dela?
“Ele disse que confia em mim...Isso é verdade?” Gina pensou e então disse:
-Mudou de tática para fazer com que eu não cumpra a promessa? Isso não adianta! Vo-cê-não-vai-conseguir-me-se-du-zir, entendeu Draco Malfoy?
-Olhe nos meus olhos Virgínia e veja se eu estou mentindo.
Os dois haviam chegado a porta de número 207 e pararam em frente dela.
Gina então olhou nos olhos de Draco. Eles pareciam tempestuosos, ele estava claramente aborrecido por Gina estar duvidando de sua palavra:
-Confia mesmo?
-Sobre as minha mãos apenas você e a minha mãe sabem além de mim. Não conte pra ninguém dessa minha fraqueza.
-Então você não mostra os seus sentimentos mais fortes pelas sua expressão facial e sim pelas mãos. Obrigado por confiar em mim e contar uma coisa dessas...hum, vai ou não vai abrir a porta?
-Ah é. –Draco disse levando a chave até a maçaneta.
O loiro girou a chave na fechadura e então abriu a porta. O quarto era espaçoso, tinha uma cama bem espaçosa de casal, um abajur enorme em forma de cupido, duas mesas de cabeceira, um frigobar, um guarda-roupa embutido e uma porta que certamente daria acesso ao banheiro.
-Gostou? –Draco perguntou entrando seguido de Gina.
-Por que você NÃO PEDIU dois quartos ou pelo menos UM que tivesse DUAS CAMAS? Está pagando no cartão, não está? Será que algum dia você vai se lembrar que eu não tenho nenhum vínculo com você que nos obrigue a dormir na mesma cama?
-Pra mim não é obrigação alguma... –Draco disse com divertimento, mas ao receber um olhar fuzilador de Gina ele ficou sério –Estamos perto do Ano Novo se você não se lembra e foi uma sorte conseguir esse quarto...abra a janela da varanda e veja por si mesma.
A ruiva ficou curiosa, se adiantou rapidamente até a janela e abriu-a. ‘Oh meu Deus!’ essa era a frase que poderia melhor descrever o estado de Gina naquele momento:
-Oh meu Deus! Eu não acredito! Daqui tem uma bela vista para a Torre Eiffel. –ela disse fascinada.
Draco chegou por trás de Gina, a abraçou pela cintura e deixou que sua cabeça se apoiasse no ombro da ruiva. Ela só percebeu a presença ‘longínqua’ de Draco quando ele sussurrou em seu ouvido:
-Lindo, não? Dizem que é uma das visões mais românticas do planeta. Eu exigi um quarto virado para a torre, sabia que iria adorar. –e ao dizer isso começou a beijar o pescoço dela lentamente.
“NÃO! Dessa vez não!!! Eu disse que não iria mais acontecer e não vai.” Ela pensou e desenlaçou as mãos de Draco de sua cintura, reparando muito vagamente que haviam esquentado.
-Não Malfoy! Eu NÃO quero! Me deixa em paz. –disse o empurrando pra longe de si.
O loiro deu um suspiro profundo:
-Olhe pra mim Gina e veja o meu estado. –ele disse e quando a ruiva olhou, ele fez uma cara de cão sem dono –Eu estou tão carente, me sentindo tão sozinho. Preciso que alguém me dê amor e carinho.
“Será que a convenci?” ele pensou, mas logo viu que não.
-Amor e carinho? Não me faça rir! Essas são duas palavras que não tem significado algum no seu vocabulário. Não vou ser seu brinquedinho por falta de não ter outra com quem ‘brincar’! Além do que quem é você para falar de amor? Você nunca amou nenhuma mulher, você nunca amou ninguém!!!
-Alto lá, Srta. Sabe-Tudo de Amor! Não é verdade o que está dizendo. Eu amo a minha mãe. Além disso, você não pode falar nada. Pelo que me consta você odeia o Potter com o fogo de mil sóis, mas você já o amou.
-Não fale dele! E o que você quer sugerir? Que o amor pode virar ódio? Sim, pode!
-Então o ódio também pode virar amor... –ele meio que perguntou meio que afirmou.
Gina respondeu incrédula:
-Isso é totalmente absurdo! Algo totalmente diferente! Quem seria idiota de se apaixonar por alguém que já odiou?
-É mesmo. Quem faria isso? –Draco perguntou com o olhar ilegível.
Os dois se encararam sem palavras. Demorou alguns minutos até Gina quebrar o silêncio:
-Eu vou tomar banho. –ela disse e Draco abriu a boca para contradizê-la –Prometo que não demoro.
-Tudo bem, mas seja bem rápida.
“Aposto que ela esquecerá de trancar a porta.” Ele pensou animado quando a viu entrar.
Draco deixou passar um minuto e então girou a maçaneta para abrir a porta, mas ela não abriu...
“Droga! Não acredito que ela lembrou de trancar.” Ele pensou aborrecido e sacou a varinha “Eu abro ou não abro a maldita porta? Espiá-la durante o banho não é ético, mas desde quando eu ligo para o que é ético ou deixa de ser? Se ela não me deixa tocá-la, eu quero pelo menos poder vê-la.”
-Alorromora. –ele disse bem baixinho apontando para a fechadura, mas não adiantou.
Gina havia fechado a porta com um feitiço, então ele teria que anulá-lo antes:
-Finite incantatem. Alorromora. –ele disse e dessa vez funcionou.
Abriu vagarosamente a porta e sem fazer barulho, olhou para a banheira e Gina não estava lá. Então ele correu os olhos para o Box e lá estava ela debaixo do chuveiro. Para o azar de Gina o Box era feito de um vidro cristalino, ou seja, Draco podia ver tudo. Bem, nem tudo, já que a fumaça embaçava os vidros.
O loiro viu o contorno do corpo dela, os olhos fechados e as mãos enxaguando os cabelos rubros. Ele teve vontade de entrar naquele Box sem mais demora e de fazê-la sua lá mesmo, mas se controlou e fechou a porta novamente:
-Colloprtus.
“Eu não acredito em como estou agindo. Até parece que eu nunca vi uma mulher nua na minha frente...É patético! Eu nunca precisei espiar mulher alguma no banho para saber como ela era quando estava nua. A Weasley está me deixando louco! Faz pouco mais de uma semana que eu ‘não passo a noite com ninguém’. Eu nunca fiquei tanto tempo sem sexo desde que perdi a minha virgindade e isso faz muito tempo...A Weasley me provoca demais, sorte eu ter tido um ótimo auto-controle agora há pouco. Como é que a Virgínia consegue resistir tanto? Será que o meu poder de sedução está em decadência? Espero sinceramente que não. Nada do que eu tentei funcionou até agora. O que faço para tê-la aos meus pés? E se eu mudar de tática? Talvez se eu desse menos em cima dela, ela sentiria falta e viria atrás de mim. Ótimo, eu vou ser legal com ela, mas não mostrarei segundas intenções. Se isso não der certo, eu não sei mais o que pode.” Ele pensou andando de um lado para o outro no quarto.
-Hey, Draco! Por que está andando pra lá e pra cá? Estás com algum problema?
“O meu problema é você.” Draco pensou e então virou-se para encarar Gina.
-Nenhum. Accio toalha. Vou pro chuveiro, será que poderia ir dando uma olhada no pergaminho? –Draco disse sem olhar pra ela.
-O.k., irei fazer isso. –Gina respondeu olhando para Draco e quando ele olhou de volta, ela sorriu.
Foi aí que Draco reparou em como Gina estava. Mediu-a de cima abaixo com os olhos. Ela vestia um macacão preto que ia até os pés e uma blusinha de manga curta por baixo, calçava All Magic (a versão de All Star para bruxos) e seus cabelos vermelhos caiam em cascata pelos ombros.
Draco teve sérios problemas para controlar seus pensamentos e não dizer algo insinuante:
-Tá, então você me conta depois sobre o mapa. –ele disse e fechou a porta do banheiro.
“Que milagre! O Malfoy não falou nada que não devesse. Será que ele finalmente percebeu que não conseguirá nada comigo ou estará com febre?” ela pensou estranhando a reação dele.
-É melhor eu ir ver o mapa. –ela disse se dirigindo para a própria mala.
Gina pegou o mapa e abriu-o, mas não havia nada de novo nele.
“Mas que estranho, não está escrito em qual lugar de Paris devemos ir. E agora? Acho que é porque não está na hora de procurarmos. Só espero que não demore tempo demais ou eu creio que minha mãe seria capaz de mandar o Ministério atrás de mim.” Gina pensou e guardou o pergaminho (não sem antes transfigurá-lo em um tinteiro) na gaveta de um dos criados-mudos.
Como a Weasley não pensou em mais nada para fazer, ela foi até a varanda para admirar novamente a Torre Eiffel.
“Como essa torre é linda, mas eu preciso pensar em outras coisas mais importantes. \e, como contarei a verdade para Draco, por exemplo. O que ele fará quando souber? Vai me matar, me delatar ao Voldemort ou vai me ajudar? Humpf, dele é melhor não esperar demais. Só por milagre ele vai me ajudar a espionar. Bem, eu acho que ficarei encrencada.” Ela pensou dando um suspiro pesaroso que deixava transparecer toda sua preocupação.

N/A: Thanks a todos. O próximo capítulo será: "Torre Eiffel, de bombas a desmaios". Aí vai um trecho do próximo cap.: A ruiva levantou a cabeça e seus olhos castanhos encontraram os cinzentos de Draco. Ele passou uma mão pelos cabelos ruivos dela. Os olhos da Weasley (apesar dela estar se sentindo meio mal) tinham um tipo de brilho, os lábios dela estavam entreabertos e pareciam implorar pelos de Draco.

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