A premonição de Harry




Capítulo 9: A premonição de Harry

Salão Principal, hora do almoço no dia seguinte.

-Tenho um comunicado a fazer. –anunciou Dumbledore. –Sexta-feira como todos sabem, é dia das bruxas. Durante o dia os alunos do terceiro ano em diante poderão visitar Hogsmeade e a noite será realizado o Baile de Dia das Bruxas, o qual será franqueado a partir do quarto ano, embora os alunos mais jovens poderão comparecer mediante o convite de um mais velho. O evento terá início às 20h e não tem término definido.
-Agora sim você vai comigo Mione. –disse Rony.
-Claro! Que bom, uma briga a menos, já que dessa vez você me convidou primeiro. –falou ela relembrando o seu quarto ano em Hogwarts.
-E nós dois juntos também. –afirmou Harry a Mandy que balançou a cabeça concordando.
-Com quem você vai Gina? Com o Colin ou o Neville? –perguntou ironicamente à irmã.
-Nenhum dos dois. –Gina respondeu sem esboçar algum tipo de dúvida na voz.
-Com quem então? –Hermione perguntou curiosa.
-Ah, vocês vão ver. –disse ela para atiçar a curiosidade deles.
Harry lançou a Gina um sério olhar do tipo “Não-acredito-que-você-vai-fazer-isso. -É-loucura-ir-com-o-Malfoy!”, enquanto balançava a cabeça negativamente.
Gina se levantou e saiu andando em direção ao saguão de entrada. Draco aproveitou e a seguiu até um corredor vazio, então a prensou na parede:
-Oi, sabia que você fica cada dia mais linda. –dizendo isso deu um longo e apaixonado beijo nela.
Ela olhou para os lados.
-Draco, você é louco? E se alguém visse?
-Louco por você e ninguém viu, esse corredor está vazio.
-Eu é que penso em você 24 horas.
-Você vai ao baile com quem?
-Ah, com um certo garoto lindo, forte, loiro de olhos azuis da Sonserina, que eu amo. E se não me falha a memória é meu namorado. Você conhece o Draco Malfoy? Que pergunta, hein?
-Sei lá, e se você não quisesse aparecer na frente de todos tão cedo comigo. Para os seus amigos eu sou um pré Death Eather.
-Você não é mau, Draco, apesar deles acharem. Eu acho que já está na hora de todos saberem sobre nós. Eu não tenho vergonha de você, ao contrário, eu tenho orgulho e por isso eu não tenho porque continuar escondendo.
-Você está certa. Eu recusaria todos os convites do mundo para ir com você.
-E quais você já recusou?
-Pansy Parkinson, Parvati e Padma Patil, Cho Chang, Lilá Brown, Ana Abbott e praticamente metade das garotas da Sonserina, modestamente falando, é claro.
-Mas o Dumbledore acabou de fazer o comunicado. –ela espantou-se.
-O boato do Baile vazou antes da hora e você sabe como as notícias correm como rastilho em Hogwarts. –explicou Draco.
-Nossa, então eu tenho uma enorme concorrência.
-Elas não têm a mínima chance, já que eu só tenho olhos para você.
-Hum, ainda existe homem fiel nesse mundo e ainda mais na Sonserina. Sabe, eu acho que eu ganhei na loteria.
Em seguida se beijaram novamente:
-Mas eu acho melhor manter as aparências até sexta-feira. –comentou Draco.
-Está bem, eu também acho melhor. Agora eu tenho que ir.
-E se eu não deixar?
-Eu vou assim mesmo. –Gina respondeu beijando-o novamente e continuando o seu caminho.

2 horas da tarde, prova de DCAT.

Os alunos estavam na parte teórica da verificação quando Snape adentrou a sala decidido. Harry que estava na 1ª carteira de uma das fileiras apurou os ouvidos:
-O que faz aqui, Severo? –perguntou a Professora surpresa.
-Precisamos conversar sobre o nosso passado. –respondeu ele quase que só mexendo os lábios de tão baixo que falava.
-Agora não posso, estou no meio de uma aula. E ainda por cima aplicando prova.
-Até quando você vai fugir, Alice? –perguntou ele aumentando ligeiramente o tom da voz.
Percebendo que ele não sairia dali enquanto ela não desse uma resposta:
-Pode ser sexta-feira às 3h da tarde em Hogsmeade?
-Naquele lugar?
-Sim.
-O. K. Mas não deixe de ir.
-Sim, não se preocupe.

À noite salão comunal.

-O quê? Você já sabe quem é a mulher, Harry? –perguntou Mandy afobada.
-Sim, é a Professora de DCAT. O nome dela é Alice Turner.
-Como? Você tem certeza?
-O Snape entrou no meio da aula de DCAT hoje. Eu ouvi a conversa deles. Ele a chamou de Alice, disse que precisavam conversar sobre o passado, que ela estava fugindo dele e eles marcaram um encontro na sexta-feira às 3h em Hogsmeade.
-Ela mudou um pouco. Os cabelos estão mais curtos, ela não tem mais franja e envelheceu um pouco. Mas tirando isso é igualzinha a mulher da penseira.

Sexta-feira de manhã, Salão Comunal da Sonserina.

-O que você está fazendo Draco? –perguntou Pansy se aproximando dele.
-Estou escrevendo uma carta. –ele respondeu ainda sem tirar os olhos do pergaminho.
-Para quem?
-Para os meus pais. E qual é a função do questionário? –ele perguntou começando a se aborrecer com a repentina invasão de privacidade, já que Pansy se esticava para tentar ler o que ele já havia escrito.
-Nenhuma. Posso ficar aqui com você?
-Não e se você não tem nada para fazer vá arranjar.
-Mas Draco...
-Você está me atrapalhando. É muito pedir pra você se retirar antes que eu perca totalmente a paciência?
-Estou indo então.
-Já vai tarde. –ele resmunga para si mesmo.
Ele molhou a pena para escrever quando uma mão o tocou no ombro:
-Eu já não disse para você dar o fora Parkinson? –perguntou ele alterando a voz sem olhar para trás.
-Sou eu, o Goyle.
-Ah, desculpe. Mas eu realmente preciso ficar sozinho.
E Goyle se foi.
Depois de uns dois minutos alguém o cutuca nas costas:
-Mas será que não se pode escrever uma carta em paz? Eu não acredito nisso!!!
-Calma Draco. O Goyle disse que você queria ficar sozinho e eu vim ver se você está se sentindo bem.-Crabbe informou.
Draco olhou para ele e desabafou:
-Oh, desculpe Crabbe. Eu estou fisicamente bem, mas mentalmente irritado. Eu tenho que terminar essa carta que é muito difícil de escrever e ninguém coopera, ficam a me interromper a toda hora.
-Então, tá. Boa sorte com a carta. –ele desejou.
-Obrigado. –Draco agradeceu.
Depois disso Draco conseguiu não ser mais interrompido (o que foi um alívio para ele que estava prestes a explodir) e demorou um bom tempo, mas terminou a carta:
“Mãe e pai:
Eu estou escrevendo para contar uma coisa muito importante para vocês...
Antes de tudo, eu estou bem (tanto fisicamente quanto mentalmente, ou seja, eu não estou louco)! Não andei bebendo, não uso drogas, não sofri um transplante de cérebro, nem fui submetido a algum feitiço que aja controlando a minha mente e também não sou gay. Mas ainda assim o que eu tenho para contar vai ser um grande impacto para vocês...
Eu estou muito feliz com isso e espero (sinceramente, realmente e implorando com cada fibra) que vocês também fiquem...
Vocês irão ficar surpresos comigo (eu confesso que também fiquei e mal acreditei no começo)...
Afinal eu sou o único herdeiro de vocês e isso vai contra a visão que você (pai) tem me mostrado...
Antes que eu finalmente lhes conte, eu tenho que deixar CLARO que NADA do que vocês fizerem para que eu mude de idéia VAI ADIANTAR EM NENHUMA HIPÓTESE E EU NÃO ME IMPORTO COM AS CONSEQÜÊNCIAS!!!
Aí vai: Eu estou apaixonado e namorando sério com Gina Weasley (sim, a filha de Arthur Weasley!).
Não fui eu que escolhi me apaixonar por ela e nem ela por mim, mas aconteceu. Nós já pensamos sobre a briga entre nossas famílias (O QUE É UMA IDIOTICE QUE TEM QUE ACABAR!!!) .E quer saber? QUE SE DANE!!! PORQUE ESSA BRIGA É RÍDICULA!!!
Ninguém vai nos separar, porque nos amamos de verdade. (Isso mesmo pai! Amor! É a prova de que um Malfoy ama, mesmo que você diga o contrário.).
POR FAVOR, procurem entender o meu lado.
Atenciosamente, Draco.
P.S.: Essa é uma oportunidade para vocês verem o lado bom dos Weasleys e acabarem com essa briga estúpida.
-Ótimo! –disse Draco quando terminou de ler a carta.
Ele foi ao corujal despachar a carta e ficou observando com um peso no estômago, Slytherin (sua coruja) partir pelo céu outonal do fim de outubro.

Mesmo dia, 3h da tarde, uma das ruelas de Hogsmeade.

Snape já havia chegado e esperava ansioso pela Professora Turner. Uns dez minutos depois, quando ela chegou:
-Você está linda. –disse Snape olhando Alice de cima a baixo.
-Gentileza sua. Você também está muito bem Severo.
Snape ofereceu o braço ela o aceitou, então os dois começaram a andar:
-Sabe, durante todos esses anos eu estive pensando e descobri que não te esqueci. Sofri muito quando você me abandonou.
-Eu também senti. Mas você queria que eu fizesse o quê? Eu fazia parte da Ordem da Fênix e você era um Death Eather. Então eu te larguei e fui para o Egito estudar os antigos bruxos egípcios.
-Mas depois que você se foi, mudei de lado. Entrei na Ordem da Fênix e fui espião para Dumbledore.
-Fico feliz que tenha deixado o lado das trevas.
-Tive que ser forte, mas não a tinha mais do meu lado. Mesmo assim acabei conseguindo. Queria saber se você ainda me ama. –Snape falou encarando Alice nos olhos.
-Ainda... –ela respondeu olhando para os próprios pés.
Snape segurou o rosto de Alice com as duas mãos e o ergueu. Alice fixou seus olhos negros nos igualmente negros de Snape:
-Eu também te amo, Alice. Me dá uma segunda chance. –ele pediu a ela agora acariciando os cabelos dela.
-Você me fez sofrer muito...
-Mas eu mudei, por favor...Vamos tentar novamente.
-Vamos tentar.
Snape sorriu para Alice e ela sorriu de volta. Ele foi se aproximando dela e lhe deu um doce e apaixonado beijo que carregava o amor guardado por anos:
-Continua beijando bem, Severo.
-É porque é pra você.
E os dois saíram andando pelo povoado abraçados.

Mesmo dia, Salão Comunal, 8h da noite.

-Eu já vou indo. –disse Gina.
-Com quem você vai? –perguntou Rony sério.
-Com o meu namorado. Tchau!
Ela começou a andar, mas Rony a segurou:
-E quem é o seu namorado? Você não sai daqui enquanto não disser. Eu o conheço?
-Sim, você o conhece. É o Draco. –Gina disse num fôlego só sem ao menos parar para respirar. Como se o que tivesse dito teria o efeito mais brando se fosse contado rapidamente.
Mas não teve...
-O QUÊ??? Virgínia Weasley, eu não estou para brincadeiras!!!
-Não é brincadeira, eu estou falando sério. ME SOLTA!!!
-VOCÊ NÃO VAI A ESSE BAILE COM AQUELE CRÁPULA NOJENTO. ESTÁ ENVERGONHANDO A NOSSA FAMÍLIA. Deixa a mamãe e o papai ficarem sabendo... –gritou Rony e todos que estavam no Salão Comunal se viraram para assistir a briga.
-Deixe-a ir Rony! –interferiu Hermione.
-VÁ, MAS ESQUECE QUE EU EXISTO! –disse Rony inconformado para Gina e a soltando.
-NÃO IMPORTA O QUE VOCÊ PENSE O NOSSO AMOR É VERDADEIRO! –gritou Gina e saiu correndo (o que foi dificultado pelo salto alto e bico fino que ela usava).

Escadaria de Mármore, 2 minutos depois.
Gina encontrou Draco ao pé da escadaria, suas vestes eram pretas e por isso contrastavam com a sua pele pálida destacando seus olhos acinzentados e casavam perfeitamente com seu estilo:
-Oi, meu amor! –disse Draco a ela antes de beijá-la.
Ele olhou-a de cima a baixo. Ela estava num vestido tomara-que-caia rosa bebê. Seus cabelos estavam elegantemente presos e duas mechas caiam dos lados de seu rosto.
-Draco, eu já contei ao Rony.
-O que aconteceu?
-Uma briga, é lógico. Ele não quis admitir de forma alguma o nosso namoro, disse também que eu esquecesse que ele existe e ainda que eu estava envergonhando a família.
-Eu sinto muito, Gina. A culpa é minha, toda essa fama minha e da minha família...Se não fosse isso você não estaria passando por essa situação. Agora preciso te falar que eu mandei uma carta para os meus pais. Tenho que esperar a resposta.Quanto a minha mãe, ela acabara entendendo. Mas no caso do meu pai...
-Não se culpe, o Rony é que tem que enxergar que o nosso amor é verdadeiro. Hum tomara que o seu pai não zangue muito.
-Se o conheço bem, bravo vai ser apelido. Mas fazer o que, né? Vamos?
-Claro, vamos andando.

Salão Principal.

As mesas das casas haviam sumido e no lugar delas estavam muitas mesinhas pequenas iluminadas com lanternas em forma de abóbora. No meio tinha uma comprida pista de dança. Draco e Gina vinham caminhando juntos e as pessoas os olhavam surpresas:
-Os Weasleys e os Malfoys não eram inimigos? –perguntou Justino Finch-Fletchley a Susana Bones que era o seu par.
-Eram... –respondeu ela boquiaberta.
-Ah, eu não acredito que ele me dispensou para vir com essa pobretona sem sal! –reclamou Pansy Parkinson mal acreditando no que seus olhos estavam vendo.
Muitas garotas de Hogwarts, assim como Pansy, pareciam estar se roendo de inveja de Gina.
Rony e Hermione chegaram. Rony vestia um traje azul anil que combinava com seus olhos. Hermione estava com um vestido azul petróleo de seda, seus cabelos estavam soltos e lisos (ela havia usado poção alisante). Quando avistaram Gina e Draco, Rony queria passar reto fingindo que os dois nem existiam, mas Hermione o segurou:
-Boa noite para você, Draco. –cumprimentou Hermione tentando ser simpática.
-O mesmo para você, Granger. E você também Weasley. –respondeu ele educadamente.
Hermione segurava a mão direita de Rony impedindo que ele pegasse a varinha (não que ele não estivesse tentando se soltar):
-O que é que tem de boa Malfoy! –Rony resmungou para Draco.
-Pode me chamar pelo primeiro nome se quiser. –Hermione disse tentando se desculpar por Rony.
-Está bem, Hermione. A gente se vê. –disse ele se retirando com Gina sob um olhar fuzilador de Rony.
-Obrigado por pelo menos não atirar nenhuma ofensa e não armar um escândalo. –falou Hermione a Rony.
-Pode ter certeza que eu usei cada fibra para me controlar. Mas mesmo assim se eu ficasse na presença daquele sujeito por mais um segundo eu partia a cara dele com a mão que você não estava segurando.

Um pouco depois.

Harry e Mandy chegaram. Harry usava vestes verde garrafa que combinavam perfeitamente com seus olhos. Por sua vez Mandy usava um elegante vestido preto com um colar de pérolas e um sofisticado penteado.
Estava tocando uma música agitada. Draco e Gina estavam dançando de um lado enquanto Rony e Hermione dançavam em outro. Harry e Mandy foram para o lado de Rony e Mione.
Depois começou a tocar uma música lenta. Draco e Gina continuaram dançando, mas Rony não agüentava mais ver Draco com ela:
-Mione, vamos sair daqui. Eu não agüento mais ver aquele cara colocando as patas na minha irmã.
-Vamos. Se não tem outro jeito...
Quando terminou a música:
-Gina, quer ir até os jardins comigo? A noite está tão bonita.
-Eu adoraria.

Nos jardins.

Draco e Gina se sentaram em um banco perto do lago:
-Eu nunca parei para prestar atenção no céu, na lua, nas estrelas. –Draco comentou olhando para o alto.
-Sempre quando eu tinha oportunidade, eu observava. O céu sempre me pareceu misterioso com todas aquelas constelações. Assim como os centauros eu acredito que as posições têm um significado. Porém no meu caso não consigo decifrar. Só que agora é diferente, olhando para o céu com você parece muito mais lindo e com mais sentido.
-Tudo parece tão perfeito. –disse ele enquanto começava a beijá-la.
Draco foi se inclinando sobre Gina vagarosamente até que ela estava deitada no banco:
-Te amo mais que tudo. –ele disse e continuou a beijando.
Nesse instante Rony e Mione presenciaram a cena. Rony vendo Draco por cima de Gina e a beijando, ficou totalmente fora de si:
-O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COM A MINHA IRMÃ, DRACO MALFOY, SEU MALDITO!!! VOCÊ ME PAGA! ESTUPEFAÇA!
-Não, Rony! –exclamou Hermione, mas era tarde demais.
Draco jazia estuporado no chão.
-OLHA O QUE VOCÊ FEZ!!! POR QUÊ? POR QUE, RONY VOCÊ NÃO CUIDA DA SUA VIDA? –gritou Gina perdendo a cabeça ao ver o estado de Draco.
-Você é minha irmã mais nova e o meu DEVER é TE PROTEGER.
-Maravilhosa forma essa, não? Estuporando o meu namorado. –disse ela enquanto pegava sua varinha. –Enervate! –pronunciou e Draco acordou confuso.
-O que aconteceu? –perguntou ele se levantando.
-O DEMENTE do meu irmão te estuporou.
-Por quê? –Draco perguntou sem entender.
-Ah, porque eu não suporto a idéia de vocês serem namorados. Quando eu te vi com as patas em cima da Gina, a minha querida irmãzinha caçula, EU NÃO ME CONTROLEI.
-Rony, eu C-R-E-S-C-I!!! Vê se tenta entender isso de uma vez por todas!!! –Gina se defendeu. –Eu não sou mais aquela garota bobinha que eu era no primeiro ano.
-Olha, eu estou tentando ser legal com você Weasley, mas está difícil. Você não dá uma trégua. –Draco reclamou a Rony.
-Eu não suporto ver você enganando a minha irmã!
-Eu não estou enganando a Gina. Eu realmente a amo. –Rony olhou desconfiado. –Eu sei que é difícil de acreditar, mas eu te dou a minha palavra de honra. –Draco falou sério a Rony.
-Rony, eu nunca me intrometi no seu namoro com a Mione. E qual é? Nunca falei nada contra o que vocês fazem quando estão sozinhos.
-I-isso não vem ao caso. –disse Hermione decididamente como um pimentão.
-É-é... –gaguejou Rony.
-Nossa, do jeito que vocês ficaram, vai ver fazem muito pior.
Rony engasgou e por um momento não conseguiu falar, mas quando recobrou a voz disse:
-Quando você se provar digno de confiança eu acreditarei. –disse apontando o dedo indicador para Draco. –O que na minha opinião vai ser nunca, já que você não tem palavra.
-O que está acontecendo? –perguntou Harry chegando com Mandy em seu encalço.
-Nada, o de sempre. Só esses dois brigando. –Hermione contou.
-Porque ele quer. –disse Draco.
-Foi ele que começou. –retrucou Rony.
-Continuo não entendendo nada. –disse Harry.
-Seria melhor que você explicasse Gina. –Mandy falou.
Gina explicou, mas antes que ela terminasse uma brisa gélida percorreu os jardins e Harry teve um forte arrepio que sacudiu todo o seu corpo, ele revirou os olhos e começou a falar numa voz grave e fria que apesar de sair de sua boca não era a sua:
-Rabicho, se seguirmos de acordo com o plano logo todos estarão sob o meu reinado de trevas e ninguém poderá fazer nada contra isso. Nem mesmo aquele tolo de nariz torto e amante dos trouxas e sangue-ruins e nem Harry Potter. Ah, eu não vou deixar barato. O garoto Potter já me escapou por demasiadas vezes. Ele que ponha um dedo no meu caminho e vai morrer. Mesmo que não ponha vai morrer do mesmo jeito. –falava ele com ódio nas palavras, fazendo uma perfeita imitação de Voldemort conversando com Rabicho.
-Harry! Harry! Acorda! Fala comigo! O que aconteceu? –Mandy chacoalhava desesperadamente Harry que acabara de desmaiar.
Harry acordou:
-Quadribol. –disse com um salto. –Ahn, o que aconteceu? –perguntou ele percebendo que não tinha nada a ver com quadribol.
-Senta, Harry. Você ainda está com tontura. –disse Mandy carinhosamente, deitando a cabeça de Harry em seu colo.
-Você ficou esquisito. Parecia que tinha “baixado o santo” em você, Harry. –disse Mandy.
-Eu? Esquisito como? –perguntou ele.
-Você teve um treco. –disse Draco.
-É, começou a falar umas coisas sem sentido e numa voz que não era a sua e dava arrepios. –afirmou Gina.
-E antes disso tremeu e revirou os olhos e depois permaneceu com os olhos desfocados. –informou Rony.
-Eu acho que isso é uma nova forma de premonição. Harry, você falou como Voldemort conversando com o Rabicho. –disse Hermione.
Num segundo ele se lembrou:
-Eu acabei de lembrar. –disse ele preocupado.
-Quem é Rabicho? –perguntou Draco.
-É mesmo, quem é esse? –Gina também, perguntou.
-É o safado que traiu os meus pais. –disse Harry com raiva.
-Mas, não era o Sirius Black? –Draco tornou a fazer pergunta.
-Não. –disse Rony. –Ele era inocente. O segredo dos Potter foi entregue a Pedro Pettigrew na última hora, com efeito, Wormtail (Rabicho) e ele é um animago, se transforma em rato. Ele era o meu rato. Aquele desgraçado me enganou por anos. –contou Rony.
-Bem que o meu pai comentou que esse tal de Pettigrew tinha forjado a própria morte. –Draco se lembrou.
-Eu acho melhor eu ir falar com Dumbledore. –disse Harry se levantando.

Próximo capítulo: Grifinória x Sonserina

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