A detenção
Capítulo 5: A detenção
No outro dia Hermione estava entregando os horários.
-Hoje temos Herbologia, Trato das Criaturas Mágicas, História da Magia e dois tempos de Poções. -Disse Mandy a Gina depois de ler os horários.
-Ah não, duas horas inteiras nas masmorras com o Snape. –Gina se lamentou.
Harry cochichou ao ouvido de Mandy:
-Não está com sorte hoje à tarde, né minha loirinha?
-Sua loirinha? Mas que pretensioso! E o tal Professor de poções é muito chato?
-Chato é elogio. Hoje você vai conhecê-lo e entenderá o que digo. Mas não se preocupe, eu posso fazer o seu dia terminar bem melhor...
-Harry! Pára! E se alguém ouvir?
-Ouvir o quê? –perguntou Gina demonstrando uma enorme curiosidade.
-Nada. –respondeu Mandy rapidamente ao mesmo tempo em que corava.
Harry deu de ombros e se fez de desentendido.
A caminho das masmorras.
-O que você anda me escondendo? –perguntou Gina.
-Sobre o quê?
-Você e o Harry!
-A gente está ficando. Falando nisso Gina, você anda muito sozinha, eu preciso arranjar um esquema pra você.
-Com quem? Não venha dar uma de cupido para cima de mim!
-Por enquanto é segredo e não adianta insistir que eu não vou falar. Apesar de ser fácil imaginar quem é.
-Ah, não! Eu sei de quem você está falando! É do Draco. Nem pensar!!!
-Gina, mas se você conhecesse ele de verdade entenderia que combinam pra caramba.
-NÃO QUERO SABER DELE!!! –Gina se alterou, mas decidida. –Me promete que não vai falar com ele nada sobre mim?
-Mas...
-Não tem, mas nenhum. Prometa!!!
-Tá! Mas que saco. Com ou sem a minha ajuda eu sei que vão ficar juntos.
-Não viaja.
-Mas não é nenhuma vi... –disse Mandy sem terminar a frase, por já se encontrarem na porta da masmorra.
As duas entraram e se sentaram longe dos olhos de Snape. Mandy nunca fora formidável em poções, mas agora decididamente não estava se dando nada bem.
-O que é isso Srta. Malfoy?Eu disse claramente para colocar apenas uma pitada de escaravelho moído. Viu o que você fez? Sua poção explodiu. Limpe isso agora, e menos 10 pontos para Grifinória!
-Mas Professor, eu não quis...
-Não discuta comigo, menos 20 pontos para Grifinória.
-Professor, é a primeira aula dela de Poções em Hogwarts, o senhor deve...
-Não me venha dizer o que eu devo ou não fazer, Srta. Weasley. Menos 50 pontos para a Grifinória e detenção para as duas.
-Mas... –as duas começaram.
-E não reclamem ou será uma semana de detenções.
Os alunos da Sonserina não cabiam em si de contentamento, enquanto os da Grifinória o fuzilavam com o olhar. A injustiça daquilo tudo fazia o sangue de Mandy ferver em suas veias e desejar desintegrar Snape em ínfimos pedacinhos nojentos. Agora ela entendia o que Harry quisera dizer ao falar de Snape, ele era absolutamente parcial e a favor de Sonserina.
Na saída Snape mandou-as esperar.
-A detenção de vocês será sexta-feira às 8h da noite. Provavelmente eu não poderei comparecer, tenho assuntos pendentes muito mais importantes para resolver do que vigiar a detenção de duas fracassadas na minha matéria. Isso servirá de lição para vocês da próxima vez que pensarem em questionar a mim ou ao meu método de ensino. Mas para o caso de eu não vir mandarei um monitor de minha Casa para supervisionar o trabalho. Agora podem se retirar.
As duas saíram desanimadas para o salão principal.
-Que caras são essas? –perguntou Rony.
-Elas tiveram dois tempos de Poções. –respondeu Harry.
-É, mas o pior é que já pegamos uma detenção. –diz Mandy desolada.
-Não se preocupe Mandy, o Snape adora ferrar a Grifinória. Eu diria até que é um dos passatempos preferidos dele. Eu sei que a culpa não é sua. –consolou-a Harry enquanto a abraçava.
A semana passou de maneira alucinada, era como se alguém tivesse enfeitiçado os relógios para trabalharem dobrado. Nesse ritmo a sexta-feira chegou rapidamente. Quando eram quase 8h da noite, Mandy e Gina estavam se dirigindo à masmorra.
-Será que o Snape vai vir? –perguntou Mandy.
-Tomara que não, duvido muito que ele venha.
-Quem você acha que ele mandaria para substituí-lo?
Elas viraram um corredor e estavam chegando perto da porta, por estarem entretidas conversando não viram quem estava à frente da sala.
-Não sei. Quem são os monitores da Sonserina? Sei lá, pode até ser o aluno preferido dele.
-Acertou Weasley, eu sou digamos o queridinho do Snape e sou monitor. Sabiam que estão dois minutos atrasadas?
O queixo de Gina caiu:
-Malfoy?! –ela perguntou e concluiu ao mesmo tempo.
-É lógico! Quem você achou que era? A lula gigante? –ele desdenhou com aquela sua costumeira voz arrastada.
-Mandy, como você pôde entrar na Grifinória? Que negócio é esse? Viu o que dá andar com São Potinho e a Família Fuinha –Gina olhou feio para ele - isso sem contar com aquela intragável sabe-tudo. Fala sério, a nossa família inteira foi da Sonserina. Os seus pais podem não se importar muito, mas o meu vai com certeza.
-Agora você vai me odiar por isso? E eu não admito que fale mal dos meus amigos.
-Não vou te odiar por isso, para mim tanto faz. Agora vocês duas vão ter que lavar e encerar o chão da masmorra sem magia.
-Você tá de gozação. Sem magia? –reclamou Gina.
-Sim, Weasley.
Elas pegaram os baldes de água, molharam os panos e começaram a esfregar o chão de joelhos.
Mandy notou que Draco olhava muito interessado para Gina.
Draco pensava:
“A Mandy tem uma certa razão, até que a Weasley é bem bonitinha. Ela não vai resistir a mim... ah eu quero ficar com ela. Eu consigo ficar com todas, dessa vez não vai ser diferente”.
-Weasley, será que nem isso você sabe fazer direito? Era de se esperar que já estivesse familiarizada com o trabalho de um elfo doméstico...
-Ora, seu... –respondeu Gina, mas não encontrava voz para xingá-lo de tudo que queria, tamanha era a sua raiva.
-Draco, ela é minha melhor amiga, não tem nenhum direito de tratá-la assim. Você sabe muito bem que esse não é você.
-Mandy, fica fora disso! Isso é entre mim e a Weasley.
-Não sei fazer, é? Então como é que se faz senhor sabe-tudo? Um mauricinho metido não faria melhor que eu!
-Eu não sou nenhum mauricinho metido! E faço melhor que você sim!
Eles discutiam com uma distância de um metro gritando um com o outro e então Draco pegou com raiva o pano da mão de Gina e se ajoelhou ao lado dela (“Que perfume gostoso ele tem” –ela pensou). Draco estava com tanta raiva que mergulhou o pano na água com demasiada força. E então a água espirrou em Gina sem querer.
-Ei, o que você está fazendo? –Draco perguntou enquanto ela pegava água para jogar nele.
Começou uma guerra de água entre os dois e Mandy só os observava agirem como crianças na hora da bagunça. No final eles estavam completamente encharcados e Gina tinha caído por cima de Draco.
-Gina quanto tempo mais você vai ficar em cima do Draco? –perguntou Mandy rindo da situação.
Gina tentou se levantar, mas escorregou na poça de água que havia se formado sob seus pés e caiu novamente sobre Draco.
-Me desculpa, Malfoy. –ela disse sem ter coragem de encará-lo e corando loucamente.
-Não foi nada. –disse ele dando um sorriso a garota. –Se quiser não precisa se mover.
Ao dizer isso o sorriso de Draco se alargou, Gina ficou ainda mais vermelha e se levantou indignada e sem palavras, pingando água, a roupa colada e encharcada mostrava melhor as recentes curvas em seu corpo, o que deixou Draco babando.
-Deixa que eu limpo essa bagunça, tá? Podem ir. –Draco disse.
E elas foram embora.
Depois de limpar a masmorra ele achou no chão uma pulseira.
-É da Gina. Como é que eu vou entregar?Ah...Tive uma idéia.
No salão comunal.
-Mandy, o seu primo é muito abusado! Onde já se viu? Não queria que eu saísse de cima dele, tava aproveitando-se da situação.
-Isso é sinal de que ele está interessado em você.
-Não fale besteira. E o pior é que na confusão eu perdi a minha pulseira. –lamentou-se Gina. –Eu a tenho desde que entrei em Hogwarts.
-Você não sabe onde deixou?
-Não, olhe aquela coruja na janela. –disse Gina levantando-se e abrindo a janela. –É para a mim essa carta.
-De quem será? Abra logo!
Gina pegou a carta, abriu-a e leu:
“Gina, sua pulseira está comigo. Venha pegá-la às 11h no alto da torre de Astronomia. Estarei te esperando, por isso não se atrase.
Draco”
-É daqui a 10 minutos. –disse Gina consultando o relógio.
-Você vai? –perguntou Mandy a observando.
-Não sei, eu gosto muito dessa pulseira, mas pode ser perigoso.
-Perigoso de que forma? O Draco pode ser ás vezes atirado, mas não é nenhum maníaco sexual. Se eu fosse você eu ia. -... (Gina sem palavras) –Ah, que isso, Gina? Não se preocupe. O que é? Está com medo de não resistir ao Draco ou que o Filch os pegue? (“As duas coisas!” –pensou Gina involuntariamente). Ele é monitor em último caso ele pode inventar uma história pra boi dormir que aquela Guitarra Velha do Filch acaba engolindo. Apesar de que ele os ameaçaria com aquela série de castigos a noite inteira.
-É, você tem razão. –disse levantando-se –Se o Rony perguntar por mim, diga que eu fui dormir e não quero ser incomodada.
-Boa sorte! –Mandy desejou a Gina olhando-a passar pelo retrato da Mulher Gorda.
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