A visita inesperada



Harry Potter e o Poder Oculto

Capítulo 1: A visita inesperada

O sol entrava pela janela do quarto de Harry Potter na rua dos Alfeneiros, 4. Nesse instante se ouve uma voz do outro lado da porta:
-Acorda moleque! Preciso de você já na cozinha!
Harry responde sonolento:
-Já estou indo, tia Petúnia.
E ela se vai para a cozinha. Harry se levanta da cama e olha para o calendário que está marcando 31 de julho e então diz:
-Que animador mais um aniversário em que ninguém nessa casa se lembra e ainda falta um mês para tomar o expresso de Hogwarts.
Foi aí que se olhou no espelho e se viu, um garoto de 16 anos. Ele agora não era mais tão magro, criara músculos pela prática do quadribol, crescera vários centímetros no verão, mas seus olhos continuavam profundamente verdes e seus cabelos, negros e rebeldes como sempre. Ele pegou seus óculos na mesa-de-cabeceira e voltou a olhar para o espelho, dessa vez o seu olhar se deteve na cicatriz em sua testa que ganhara com um ano de idade pelo feitiço que falhou do Lord das Trevas, Voldemort. Agora seus olhos pareciam preocupados. Harry sabia que Dumbledore até agora controlara a situação de modo a não alastrar o pânico. Mas se tratando de Voldemort..., Ele ressurgiu bem diante dos olhos de Harry e matou Cedrico Diggory, no entanto Harry escapara milagrosamente, mas por pouco...
Os bruxos da Ordem da Fênix, a qual Harry e seus melhores amigos Rony Weasley e Hermione Granger também querem participar, correm grande perigo de vida em suas missões. Isso se provara quando Sirius Black, o padrinho de Harry, fora assassinado por sua própria prima (Belatriz Lestrange) que era uma Death Eather (Comensal da Morte). Quando esse pesadelo teria fim? Quantas mortes mais teriam que enfrentar? Quantas famílias mais seriam destruídas pela sanha de Voldemort?
Nesse momento Harry se surpreendeu quase chorando, as lágrimas ameaçando rolar livremente pelo seu rosto, então ele ergueu a cabeça:
-Já perdi meus pais e meu padrinho e a culpa de tudo isso é de Voldemort, mas não vou me afogar nos meus problemas. É isso que Voldemort quer, que eu definhe. Não vou dar esse gostinho a ele, enfrentarei tudo o que vier de cabeça erguida. –disse secando os olhos e desceu para a cozinha.
Chegando lá levou um susto e viu a razão pela qual sua tia não fora chamá-lo de novo:
-Arabella, mas que surpresa! Aconteceu algo? Você nunca vem aqui, mesmo morando perto. –perguntou Harry a sua madrinha num misto de alegria e preocupação.
Arabella Figg é metamorfomaga e assume a forma de uma velha meio excêntrica por sugestão de Dumbledore, mas na verdade ela é uma bela jovem. Arabella namorou Sirius na época do casamento de Tiago e Lílian e foi convidada para ser madrinha de casamento e mais tarde de Harry.
-Vim te dar os parabéns e conversar a sós –ela disse esclarecendo e lançando um olhar significativo aos Durleys –um assunto muito importante.
-Está bem, mas seja breve Sra. Figg. –disse tio Válter.-Vamos, Duda e Petúnia para a sala de estar. –continuou e fechou a porta da cozinha ao passar.
-Aconteceu alguma coisa grave? –perguntou Harry sem rodeios.
-Não, não precisa se preocupar. Eu trouxe umas cartas dos seus amigos, já que via-coruja seria arriscado. Não queremos que sejam interceptadas e caiam em mãos erradas. Elas poderiam dar aos Death Eathers várias idéias de formar planos para matá-lo.
Harry deu uma olhada nos envelopes: tinha um na letra garranchada de Hagrid, um na de Rony e outro na caligrafia caprichada de Hermione.
-Esqueci dos presentes. Accio pacotes! –disse Arabella apontando sua varinha para uns pacotes no canto da cozinha que Harry não tinha reparado anteriormente.
-Quadradinhos de chocolate de Hagrid, o Manual do Apanhador de Hermione e um jogo de snap explosivo de Rony. –foi falando Harry.
-E o meu é uma miniatura de um campo de quadribol. Eu sei que vai ser muito útil para montar esquemas táticos já que você é o capitão do time.
-Muito obrigado! –Harry agradeceu -Mas o que você queria falar a sós comigo? –ele perguntou curioso.
-A Toca está sob efeito do feitiço fidélius, então eu consegui convencer Dumbledore a deixar você ir para lá, já que ele é o próprio fiel do segredo. A Hermione já está lá.
-Quando eu vou? –Harry perguntou ansioso.
-Hoje e eu sou a encarregada de levá-lo. Onde estão as suas coisas? No quarto?
-Sim. –Harry respondeu.
-Então suba e vá arrumá-las enquanto eu convenço os seus tios.
Harry subiu bem mais feliz do que achava que estaria caso não tivesse recebido a notícia de que iria para a Toca. Começou a arrumar as coisas no malão e pegou Edwiges que estava encarrapitada na janela e colocou-a dentro de sua gaiola.
Quinze minutos depois Harry já estava na sala de estar se despedindo:
-Tchau! Tio Valter, tia Petúnia e Duda. Até o próximo verão.
-Tchau! –Responderam eles em uníssono sob um olhar intimidador de Arabella.

A casa dela continuava do mesmo jeito que Harry se lembrava, embora o cheiro de gatos tivesse diminuído.
-Harry, você sabe usar pó-de-flu?
-Sim. –respondeu Harry com a voz desanimada, esse não era o seu meio de transporte preferido.
Harry se serviu de um pouco de pó-de-flu, entrou na lareira e teve o cuidado de dizer claramente “A Toca” (o garoto já tivera uma experiência bastante desagradável indo parar por engano há quatro anos atrás na Travessa do Tranco). Sentiu tudo rodar ao seu redor e fechou os olhos, quando os abriu viu que estava quase caindo de cara no chão da toca, em seguida ouviu a chegada de Arabella que tinha acabado de aparatar.

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