O Segredo de Hermione




- Jura que não conta pra ninguém?
- Não.
- Como não?
- Bem... não. – E, vendo que ela estava franzindo o cenho, eu entendi o que ela tinha entendido e expliquei: - Não de não conto para ninguém, né?
- Ah, bom – disse a Hermione recuperando o fôlego e já desfranzida. – Quer me matar de susto? – E depois emendou, naquele tom mandão: - Você devia ter respondido juro. Não não.
- Ok. O que importa é que o meu não era de não vou contar.
- Mas diz que jura, por favor.
- Juro – eu disse.
- É sério, Ginny, eu não quero que ninguém mais saiba.
- Ok. Eu já disse que não conto.
Eu só não disse que bem que eu queria contar para a Luna também.
- Mas nem para a Luna pode contar? – eu perguntei.
- Nem para Luna. Se você contar eu também juro que não te conto mais nada.
- Ok, eu já jurei, caramba. E, também, você já contou mesmo. Já pensou se eu não jurasse? O que você ia fazer?
- Te azarava e não te contava mais nada. Aliás, não falava mais com você. Nunca mais.
- Estou brincando, Mione – E, enquanto ela me olhava com aquele ar de dúvida, eu falei de novo. – Não – vou – con – ta – ar. Quer que eu faça um voto perpétuo agora para isso?
- Não, não precisa...
Depois de todo aquele juro e rejuro a gente ficou uns segundinhos quietas. Eu, imaginando tudo o que a Mione tinha me contado. E ela, lembrando da coisa.
Primeiro eu fiquei um pouco orgulhosa porque só eu sabia daquele segredaço da Mione. Depois fiquei preocupada. Só eu saber era muita responsabilidade. Aí eu olhei para ela e ela estava com um sorrisão tão enorme na cara que também não resisti. E a gente caiu na gargalhada.
O sinal para a aula tocou bem na hora que eu ia começar a perguntar os detalhes. Então lá fomos nós de volta pelas escadarias de mármore do castelo, no meio daquele bando de alunos (1°, 2°, 3°, 4°, 5°, 6° e 7° ano juntos), em direção às nossas próximas aulas. E naquele tumulto era impossível falar de uma coisa tão secreta daquele jeito.
Por isso eu queria chegar logo na classe, ter logo a aula para que depois dela eu pudesse saber de todas as respostas para minhas perguntas. Mas não dava. A subida para ir para as salas era sempre atravancada. Todo mundo ia devagar, se encostando pelas paredes para prolongar um pouco os últimos minutos sem aula. Bem diferente da descida, que é sempre a maior correria. A minha mãe diz que para descer Merlin ajuda. Na escola é diferente: para subir é que os Merlin’s (aqueles alunos santos que só faltam babar no sapato dos professores, tipo o Snape) é que acabam ajudando o resto a subir para a aula. Eles vão se enfiando entre a gente e acabam que nos empurram escada acima. Mas, naquele dia, Pirraça também queria ser nosso “Merlin”, com a diferença sutil que ele nos jogava bombas de bosta. Então, Mione e eu nos separamos correndo, desviando das bombas errantes, prometendo nos encontrar na sala comunal para fofocar mais sobre o grande segredo. Mal sabia eu que um segredo podia trazer tantas confusões...


~ NA PENSEIRA ~

N/A PENSEIRA
Olá, leitores!
Capítulo um pouco mais longo. Não sei se vão gostar dos próximos, porque sou mais acostumada com a Mione, narrar como ela pensa. A Ginny é nova para mim. E a Luna está menos sonhadora do que é nos livros da J.K. porque não consegui imaginá-la mais excêntrica. Mas tudo bem, vocês podem me dar dicas de como melhorar, tipo serem meus beta-readers, mandando e-mails para mim.
[email protected]
No livro, eu adaptei mais ou menos assim:
Ciça ~> Ginny
Dots ~> Mione
Coca ~> Luna
Triocalafrio ~> Gemialidades
Seu Gomes ~> Filch

Mas não posso falar que fiz exatamente assim... Algumas falas da Coca tive que deixar para a Mione, pois queria deixar Mione bem cética, mais irônica e mandona, entre outras falas. Fora que o Trio são três garotos e as Gemialidades são dois... Mas, enfim, se deu certo, pra quê ficar falando?! Vamos logo ler o próximo capítulo! ^^
Beijos e até a próxima!
Lucy Lovering

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