A Inocência da Pecadora



N/A: Olá pessoas, bem, como sabem eu passei por mil e uma coisas nesse tempo que fiquei sem atualizar a fic. Vamos começar por terem roubado meu e-mail e minha senha. Fiquei um tempão sem ter como atualizar, fiquei furiosa, perdi meu orkut, perdi meu e-mail,  a floreios, meu twitter, meu blog... Etc etc etc, enfim... Mas, é engraçado como ás coisas são não é? Por mais que exista uma pessoa ruim tentando me fazer mal, nunca consegue me abater... Fiquei noiva galera! Ahahah Estou casando no final do ano e quero presentes viu! Presentes ou nada de FIC! Para completar eu consegui fala com o pessoal da floreios e eles me enviaram meu novo login HOJE por isso estou postando hoje, o capitulo já estava pronto a séculos! O próximo capitulo irei postar no final de junho ok? Pois eu trabalho, estudo, e ainda por cima estou organizando meu casamento.


Sobre ás respostas dos coments, elas irão voltar após esse post ok?! Acontece que foram tantos comentários que eu fiquei sem ter como responder, por conta do tempo corrido. Mas eu peço desculpas a vocês mais uma vez por esse tempão sem atualização. Sei como é ficar atrasado com a leitura. Mais uma vez obrigada por não me abandonarem a não abandonarem os meninos. Espero que curtam o capitulo. Ele é menorzinho, mas o que virá após esse vai ser ENORME! Eu prometo haoihaioah. Beijão galerë!!!


 *OBS1: Estou presciando de alguém para fazer ás capas dos capítulos, alguéem se habilita?  


*OBS2: O nome da música inserida no capítulo é: David Gray - Disappearing World


 


 


A Inocência da Pecadora


 


 


O imenso martelo de madeira dera três batidas em um pequeno tablado de ferro, os murmúrios diminuíram instantaneamente conforme todos os olhos insistiam em ficar presos na bela silhueta de Anne Clemence Adhara, a pecadora e bela mulher de olhos perigosos e ferinos.


 


Como aquela mulher poderia permanecer tão bela e elegante em um momento daqueles? Um momento em que estava prestes a ser jogada aos dementadores ou então em alguma cela imunda de Azkaban? Ela tinha classe, isso era notório, principalmente quando entregou sua varinha a um dos aurores ao seu lado e perguntou com sua voz de sereia se poderia acender um cigarro, o auror que mais parecia embasbacado com a beleza da jovem não hesitou em conjurar um cinzeiro e lhe entregar com ás mãos trêmulas.


 


Ela tragava levemente, ignorando os murmúrios sobre a sua pessoa, sobre o quão ela era mesquinha, arisca e vil e o quanto lembrava a sua odiosa mãe Gaya. Aquilo para ela era inatingível, seu queixo estava levemente erguido, aparentava que era superior a todos naquele local incoveniente, seus olhos frios e assassinos mantinham-se pregados na imagem do juiz que sentia todos os pêlos de seu braço se arquearem conforme era encarado pela caçula dos Adhara’s.


 


O juiz, o famoso juiz Pegan Crowford parecia estático perante os olhos demoníacos, ele sacudira sua vasta cabeleira branca cacheada para então pigarrear e tentar inutilmente sustentar um olhar firme perante todos, um olhar que fizera Anne soltar um leve risinho de deboche e apagar seu cigarro imediatamente.


 


- Srta. Anne Clemence Adhara, consta em minha pauta que a senhorita dispensou qualquer defesa.


- Não preciso de advogados. – A voz sereiana ecoava pelos quatro cantos com descaso.


 


Caios remexeu-se incomodado em seu assento, Anne parecia tão atrativa de maneira perigosa, sentia raiva daquela mulher ao mesmo tempo em que sentia uma vontade imensa de te-la em seus braços e dizer a ela o quanto a amava, o quanto sentira falta de seu perfume cítrico e de seus lábios de boneca. Manou a cabeça de um lado para o outro, como poderia pensar aquelas barbaridades? Danielle estava ali, ao seu lado, lhe segurando a mão com força, e ele pensando em outra mulher! Ele que pediu a mão da loira no dia anterior, como ele podia ser tão imundo?


 


- Nathan... – Stacy sussurrara. – Se acalme.


- Era para ser eu ali. – Os olhos negros de Nathan focavam em sua irmã caçula com tristeza. – Anne não é assim, ela nunca...


- Nós sabemos Nate. – Cortara Kevin com um leve tapa no ombro do amigo.


 


O silêncio tornou a habitar aquela imensa sala, o Juiz lia alguns pergaminhos endireitando os óculos meia-lua, em seguida observara Anne com seus olhos castanhos mel e respirara fundo, tomando o máximo de fôlego que precisava.


 


- Srta. Adhara, como deseja que eu prossiga em seu julgamento se a senhorita não possui alguém para defendê-la?


- Já disse, não preciso de advogado, não tenho nada a temer. – A morena dava os ombros. – Posso tomar qualquer poção que desejar, como a verissateum que colocaram nesta taça com água ao meu lado.


 


O murmúrio tomou conta novamente do ambiente, Anne acendia mais um cigarro e bebericava um pouco da água, seus olhos confiantes mantinham-se presos na imagem do juiz, algo que estava o incomodando profundamente. Sirius franzira a testa, ele já vira aquele tipo de comportamento antes, era um comportamento típico de quem queria ser intimidador, tal comportamento era típico de bons jogadores de poker, jogadores que sabiam o que estavam prestes a fazer, Anne estava muito mais bem treinada do que ele poderia imaginar.


 


- Coloque em sua coluna Caios... – O moreno declarou baixinho. – Anne Adhara recebeu treinamento de intimidação.


- Como é que é? – Lauren arregalava os olhos.


- Postura relaxada, entretanto seus olhos estão fixos na imagem do juiz... Eu já tentei isso algumas vezes quando ia trapacear, mas ela realmente recebeu um treinamento forte.


- Acha que Anne foi treinada? – O loiro franzia o cenho engolindo em seco.


- Não só acho como tenho certeza, ela se tornou uma máquina intimidadora, cara.


 


Stacy mordera o lábio inferior enquanto observava o marido que aparentemente ignorara o comentário de Sirius. Stacy sabia que Nathan e Anne haviam recebido treinamentos quando crianças, talvez por isso Nathan não estivesse nem um pouco surpreso. Já Kevin permanecia calado como se não quisesse ouvir nada, afinal sempre julgaria Anne como aquela que ele conhecera em Hogwarts, sua velha e querida amiga, Stacy sabia que Kevin defenderia Anne a todo custo, mesmo que a condenassem Kevin iria ele mesmo promover a fuga da morena de Azkaban.


 


Os olhos de Caios voltavam a Anne, ela cruzara as pernas permitindo que seu calcanhar ficasse a vista, havia uma tornozeleira lá, feita de ouro branco e pedaçinhos de brilhante, suspirou, como ele podia sentir falta até mesmo do tornozelo daquela mulher? Isso era praticamente uma obsessão!


 


- Isto é um ultraje! – Joseph Klaus, o promotor gritara. – Como esta réu pode acusar a corte desta forma! Eu protesto!


- Protesto negado! – O juiz franzira a testa. – Estou curioso em saber, como a senhorita soube que há verissateum em sua água, já que o liquido é incolor e não possui cheiro.


- Por qual outro motivo me colocariam água? Sou uma prisioneira, não uma visitante, estou correta?


- ELA SE COMPORTA COMO INOCENTE! ISSO É UM ABSURDO!


- Sr.Klaus, eu peço que se controle ou terei de chamar outro promotor para o caso.


 


Anne rira mentalmente, era cômico ver como a corte do Ministério estava completamente desorganizada, além de, é claro, ninguém conseguir entender o que estava se passando em sua mente. Sentiu-se satisfeita consigo mesma, toda dor e sofrimento que passara havia valido a pena, aqueles imbecis sequer conseguiam entrar em sua mente. Todos inúteis.


 


“Mate mil, salve um milhão.”


 


Sim, era deste modo que ela deveria prosseguir. Observou com o canto dos olhos Jay, céus como ele estava diferente, estava mais alto e musculoso, os olhos continuavam da mesma tonalidade, verdes azulados, puros, inocentes... Ele ainda a amava, isso era explicito. Pobre Jay, ela certamente acabou com sua vida... Sentia um imenso carinho pelo moreno, entretanto jamais se envolveria com ele, não da maneira ao qual ele desejava. Ao seu lado estava Gordon, era cômico os pensamentos dela, o despeito que sentia pela sua pessoa parecia mais um espetáculo de comédia, mas ela amava Jay, ela tentava proteger seu parceiro irritante e isso levava Anne a sentir uma imensa afeição pela loira, por mais petulante que fosse seus pensamentos.


 


- Prosseguiremos com julgamento... – Declarou o juiz. – Sr. Promotor, segue-se suas perguntas.


- Sim excelência. – Klaus respirava fundo. – Srta. Adhara, onde a senhorita se encontrava no dia vinte e dois de janeiro de dois mil e cinco.


- Em minha antiga casa trouxa, a qual eu dividia com meu ex-marido Caios Trent.


- Muito bem, mas... A senhorita deixou aquela casa estou correto?


- Oh, sim! – Anne sorria largamente. – Creio que todos sabem disto, já que o Profeta Diário me declarou como “A Safada Traidora”, uma reportagem esplêndida em minha opinião.


 


Kevin gargalhou recebendo olhares rigorosos, mas o que o loirinho podia fazer? Anne tinha razão em tirar sarro daquilo, a pergunta do Promotor Klaus era patética. Caios deixou escapar um sorriso torto assim como Nathan, havia ainda uma parte da antiga Anne omitida por trás daquela máscara de terror.


 


- Isso não vem ao caso Srta.Adhara!


- Perdão meritíssimo... – Anne bebericava mais da água.


- A senhorita deixou sua residência ás seis e meia da tarde junto de Apus Vega?


- Exatamente.


- Não sabia que Apus Vega era um foragido?


- Sabia.


- E por que não o denunciou ao Ministério?


- O senhor dispensaria uma carona para o paraíso se estivesse em meio ao inferno? – a voz da morena era ferina.


 


Caios sentiu uma dor aguda em seu coração, inferno? Como Anne podia se dirigir assim à vida que levavam? Segurou o choro, aquilo era de lhe cortar a alma.


 


- Responda apenas as perguntas Srta. Adhara!


- Vega iria me dar uma carona, apenas isto. Não tive mais contato com ele, apenas soube de seu falecimento ontem, realmente uma pena.


- Uma pena?


- Oh sim, uma pena! Um homem realmente incompreendido o Sr. Vega.


- ELE MATOU CENTENAS DE PESSOAS! INCOMPREENDIDO? COMO PODEMOS COMPREENDER UM SERIAL KILLER?


- Acho que o senhor está um pouco nervoso Sr.Klaus, deseja que façamos um intervalo? – Anne sorria de canto com ironia.


 


O promotor bufara de raiva, Anne estava tão calma que era fora do comum o ódio que conseguia sentir dela. Os murmúrios recomeçaram e novamente o juiz martelava em sua mesa ordenando silêncio.


 


- Quero chamar as testemunhas!


- Fique a vontade, Promotor. – Dissera o juiz.


- Chamo aqui Caios Trent!


 


Seu coração acelerou, o nome dele, céus como o nome dele lhe causava aquelas reações? Sentiu sua mão tremer, com isso a enlaçou em seu colo e sustentou o olhar de indiferença, não podia dar bandeira, não podia permitir que Caios ou qualquer um ali notasse que ela ainda tinha um coração.


 


Caios levantou-se com cautela, os olhos de todos focaram em si, Danielle lhe deu um beijo carinhoso nas costas de sua mão e então ele se afastou, os olhos entregando toda a dor que sentia. Jay parecia querer lhe falar algo, mas não lhe deu ouvidos, passou reto pelos aurores que cochichavam ao seu respeito e pelas câmeras que insanamente não paravam de lhe fotografar, sentou-se ao lado da mesa do juiz, frente a ela, frente a imagem da pura perdição.


 


- O senhor jura dizer a verdade, somente à verdade? – Um anão se colocava ao seu lado com um imenso livro.


- Terei de tomar verissateum não terei? – Respondeu ríspido. – Como eu poderia mentir?


 


O anão girou os olhos transformando o livro em uma taça e a entregando ao loiro que imediatamente a tomou, seus olhos ficaram fora de foco por alguns segundos e voltaram ao normal.


 


- Sr. Trent, o senhor foi casado com a Srta. Adhara?


- Sim, por quase dois anos e meio.


- Entendo... Na tarde em que a Srta. Adhara o deixou, o que o senhor sentiu?


- Desespero. – A voz do loiro tremera.


 


Anne o observou, Caios tentava não a encarar, mas parecia impossível, era como se os olhares de ambos se atraíssem como fogo e gelo.


 


- E o que o senhor fez?


- Corri atrás da limusine preta a qual ela entrara com Apus Vega.


- Compreendo... Correu muito Sr. Trent?


- Sim...


- E o que a Srta. Adhara fez em seguida?


- Pediu divórcio.


- E depois?


- Desapareceu. – Uma lágrima escorrera dos olhos de Caios.


 


Anne engoliu em seco, seu coração sangrava, céus! Quando Apus lhe disse que olhar nos olhos de Caios e aparentar frieza era a coisa mais difícil que ela faria, ela não acreditou, mas agora ela entendia... Era doloroso por demais, era cruel demais.


 


- Ela não entrou em contato em três longos anos?


- Não...


- Nem agora que retornou?


- É a primeira vez que a estou vendo, depois de tanto tempo... – Caios respirara fundo.


- Entendo, entendo... – Klaus andava de um lado para o outro com as mãos enlaçadas a suas costas. – E o que o senhor está sentindo ao ver novamente sua ex-mulher?


 


Os olhos de todos arregalaram, Danielle levou a mão a boca imediatamente como se quisesse abafar algum gritinho, mas de sua garganta nenhum barulho ecoara. Caios mordeu o lábio inferior com tanta força que chegava a ferir.


 


- Creio que o Sr.Trent não precise responder esta pergunta. – Anne declarara calando todos e fazendo com que Caios parasse de se machucar.


- Como disse senhorita? – Klaus virava-se de supetão.


- Sentimentos aqui não importam Sr. Promotor, mas sim os fatos, o que o Sr. Trent sente ou deixa de sentir não me interessa. – Ela dava os ombros.


- A Srta. Adhara tem razão... – O Juiz Crowford coçava a cabeça.


- Humpf... Que seja! Muito bem Sr.Trent, responda agora se o senhor acredita que esta mulher seria capaz de matar uma vila inteira de trouxas inocentes.


- Eu... – Caios gaguejava encarando Anne.


 


Todo silêncio estava ali, todos aguardando sua resposta, os jornalistas com suas penas de repetição rápidas pareciam em transe assim como Danielle e os outros. Caios respirara fundo e fixara os olhos nos de Anne com intensidade, lembrou-se da primeira vez que escutou a gargalhada daquela mulher, do primeiro beijo, das brigas e brincadeiras. Fizeram loucuras juntos quando ele a buscou e se casaram escondidos... Anne Adhara, Merlim, ela era perfeita para ele.


 


- Sr. Trent, responda minha pergunta. – Importunou novamente Klaus.


- Anne Clemence Adhara ao qual me casei jamais faria mal para um vila de trouxas. – Respondeu sério desviando o olhar para Klaus e logo para o juiz. – Entretanto, esta mulher a minha frente, com este semblante inexpressivo, eu jamais saberia responder.


 


Klaus sorriu de orelha a orelha, o juiz franziu o cenho e fez uma pequena anotação em um pergaminho, um sorriso de ironia brotou nos lábios de Anne, mas dentro de si algo urrava como um prisioneiro sem comida a anos.


 


- Está dispensando Sr. Trent. – Declarara Klaus satisfeito com a resposta.


 


Caios levantara-se com rapidez e abandonara a sala fazendo menção de bater a porta ecoando um imenso estrondo por todo local, Kevin murmurou milhões de palavrões enterrando o rosto entre ás mãos, Sirius levantou-se de supetão para ir atrás do amigo enquanto Nathan mantinha os punhos fechados com força, pela primeira vez em muitos anos sentira ódio de Caios.


 


- Minha próxima testemunha é Nathan Adhara. – Gritara o promotor.


- Posso matar esse cara? – Sussurrara Lauren. – Ele é nojento.


- A verdade é que ele não tem como acusar Anne de crime algum, ela apenas desapareceu, ninguém tem provas que ela estava ou não com o Vega... – Danielle comentara séria. – Isso tudo é apenas um show que está ferindo ainda mais Caios e nós.


- Resumindo, isso tudo é uma palhaçada. – Resmungara Stacy.


 


Nathan puxara bastante ar para seus pulmões, beijara a testa de esposa e sacudira os cabelos de Luke para então aderir sua expressão mais severa e perigosa e se aproximar do juiz. Seus olhos negros cor de ônix deram um brilho de ódio ao passar pelo Promotor Klaus que sentiu todos os pêlos de seu corpo se arrepiarem, os Adhara’s realmente eram um clã perigoso e extremamente hostil.


 


- Sente-se Sr. Adhara. – Pediu o juiz.


 


O moreno sentou-se com elegância, seus olhos cravaram-se então na imagem da irmã caçula, que saudades ele sentia de Anne, tinha uma vontade absurda de correr e abraçar sua pequenina com todas suas forças. Mas algo estava mudado nela, não aparentava mais aquela pureza de antes, seus olhos transmitiam tristeza, talvez Nathan fosse o único ali a conhecê-la o suficiente para afirmar que sua irmã não estava apenas sombria, ela estava extremamente infeliz.


 


- Nathan Adhara, você... – O anão começara, mas parara imediatamente ao sentir o olhar pouco amigável do rapaz. – Ok, tome logo seu verissateum.


 


Anne dera um sorriso torto, mesmo com a convivência com os bonzinhos, Nathan não havia perdido seu costumeiro porte malvado que herdara de Gaya, era como relembrar o dia em que seu irmão fora para Hogwarts e a professora de Feitiços pedira demissão, tudo porque o simples e novo aluno tinha os olhos do demônio.


 


- Sr. Adhara, neste três anos que sua irmã mais nova desaparecera, ela entrou em contato alguma vez com você ou sua família?


- Não, sempre tentamos encontra-la, mas infelizmente não foi possível, assim como eu minha irmã sabe excelentes feitiços para não ser encontrada, pode-se chamar de herança de família.


- Mas quando o testamento de sua mãe saiu, havia a assinatura da réu.


- Como eu disse antes, Anne não queria ser encontrada, o que não quer dizer que ela realmente estava desaparecida.


 


Os olhos de Anne focaram-se mais uma vez em Nathan, como ela poderia agradecer ao irmão? Como um dia iria se desculpar pela ausência? E Luke? Céus... Como ela queria contar a eles como se sentia naquele momento.


 


- Sr. Adhara, o senhor sabe que se nós descobrirmos...


- Vossa excelência está me ameaçando? – Nathan erguia uma sobrancelha em tom ameaçador.


 


O velho truque dos Adhara’s, ameaçar primeiro quem deseja lhe ameaçar.


 


- Sou apenas um promotor, Sr. Adhara, quem sou eu para...


- Exatamente. – Sorriu o moreno largamente. – Bem, mais alguma pergunta?


- Humpf... Você e sua família possuem um passado obscuro, como Gaya Adhara e seu envolvimento com Apus Veja seu pai e...


- Oh, agora entraremos em uma aula de História de Familia das Trevas. Poupe-me promotor, tenho mais o que fazer do que agüentar bobagens! Todos sabem que Zabine’s, Malfoy’s, Black’s foram famílias que no passado praticaram magia negra o que não quer dizer que ainda utilizam correto? Ou o senhor vai querer manchar a memória de grandes heróis da história bruxa?


- Eu... Não... É que...


- Pois bem. Minha irmã estava longe e daí? Isso não quer dizer que ela estava com Apus Vega ou envolvida em algum tipo de conspiração. Mais alguma pergunta?


- Não... Nenhuma... – Klaus cuspia as palavras se afastando com raiva.


 


Nathan olhou fixamente para os olhos da irmã, seu porte imponente e ameaçador parecera relaxar ao olhar a figura da irmã caçula que lhe sorriu torto.


 


“Nathan...” – A Telepatia atingia a cabeça do rapaz que se controlou para não dar pulos de alegria ao sentir Anne se comunicando com ele novamente, como faziam na infância.


 


“Estou aqui, minha irmã...”


“Eu queria...”


“Anne, me encontre no castelo nesta madrugada, temos que...”


“Sim. Nesta madrugada.”


 


Sem nenhuma palavra proferida por seus lábios o moreno então abandonou a sala do julgamento, as pessoas mantinham-se em silencio como se qualquer um que emitisse algum barulho pudesse cortar o ar como se fosse uma tesoura afiada.


 


- Srta. Adhara, ouvi dizer que é excelente com espadas e objetos cortantes... – Começara Klaus.


- Sim, modéstia parte, fui treinada pelo melhor esgrimista de toda Inglaterra.


- Um bruxo das Trevas.


- Mas um excelente esgrimista.


- A senhorita não nega suas raízes más, bruxos das trevas.


- Não, não nego... Minha família descente de um clã muito antigo, um clã, digamos que, amaldiçoado.


- Você sabia que Apus Vega teve sua cabeça decapitada por alguém que sabe lidar extremamente bem com espadas?


- Não, eu não sabia.


- Talvez tivesse sido a senhorita a...


- Senhor promotor, assim me confunde, primeiramente me coloca como cúmplice de Vega e agora diz que eu o matei? Afinal do que realmente estou sendo acusada?


 


Danielle sorriu largamente do seu assento, Anne havia conseguido escapar de uma bela acusação. Afinal quem precisaria de advogado sendo Anne Clemence Adhara? Enrolou um de seus cachos dourados no dedo e mordeu o lábio inferior, seu intimo jornalista ardia, como seria entrevistar Anne depois de todo esse tempo?


 


- Você não mudou em nada... – Sussurrara Stacy. – Mesmo com essa situação toda ainda deve estar pensando em matérias para vender jornal.


- Não estava não! – Rosnou a loira empinando o nariz.


 


A voz do juiz novamente ecoou na sala calando todos.


 


- Você está sendo acusada de ser cúmplice em assassinatos e em ter ateado fogo em uma aldeia trouxa há dois dias atrás. – Informou o juiz.


- Entendo... – Anne cruzava ás pernas. – Muito bem, eu estava vivendo com trouxas nestes últimos anos, onde conheci um bruxo muito gentil, filho de um dos grande e poderosos bruxos da Corte Suíça.


- Como? – Klaus arregalava os olhos.


- Creio que conhece o nome Marco Procyon, promotor.


- Si-sim... Claro! Marco é...


- Ficamos amigos, o Sr. Procyon e seu filho são extremamente gentis e me trataram como uma rainha...


 


Antes que Anne terminasse sua frase a porta da sala abrira-se dando passagem a dois homens, o primeiro velho, de cabeleira branca e olhos amarelos, trajado com roupas da maior realeza, Marco possuía um ar autoritário pouco visto em sua figura patriarca, talvez fosse apenas para aguçar o teatro em que era Marco que mandava em sua casa e não seu único filho que ao seu lado parecia mais imponente do que Nathan a minutos antes.


 


- Perdoem-me o atraso... – Começara Marco.


- Mas... Sr. Procyon? – Klaus arregalara os olhos ainda mais.


- Creio que conhece meu filho, não é mesmo Sr. Klaus?


- Não, eu não...


- Creio que meu filho e a Srta. Adhara compartilharam momentos auspiciosos nestes últimos anos, criaram uma belíssima amizade. Infelizmente eles juntos resolveram fazer um intercambio no mundo trouxa e demoraram a voltar, por isto quem esteve cuidando das finanças da Srta. Adhara fui eu. Sinto muito não ter entrado em contato com a Corte Inglesa antes, mas a Corte Suíça anda uma bagunça.


- Você não deve explicação do que vem feito meu pai... – Procyon sorria abertamente arrancando alguns suspiros das bruxas ali presentes. – Sr. Juiz, Sr. Promotor, se desejarem posso lhes fornecer minhas memórias destes últimos anos ao lado da Srta. Adhara, como prova de tudo o que meu pai lhes disse. Ou simplesmente, um verissateum...


- Eu gostaria de ver tais lembranças! – Klaus apressava-se. – UMA PANSEIRA!


 


Procyon fizera uma pomposa reverencia, Marco limitou-se em engolir em seco e afastar-se um pouco de seu filho sentando-se ao lado daqueles que assistiam ao julgamento.


 


Lauren mantinha-se estática, porque Anne estava com aquele rapaz bonito? Ela não amava mais Caios? O que diabos havia acontecido nesses anos todos?


 


- Esse cara me deu arrepios. – Murmurou Luke quebrando o pensamento da mulher.


- Por que Luke? – Indagou.


- Tem algo de muito ruim nele...


- Todos dizem que tem algo de ruim na sua Tia Anne... – Kevin comentara sério, seus olhinhos presos em Procyon como se temesse piscar e perder algo. – Mas isso não quer dizer que realmente tenha.


- Tia Anne só finge ser má, ela quer ser durona, mas esse daí ele é realmente mau.


 


Stacy respirou fundo puxando o filho mais para si, de certa forma ela tivera o mesmo pressentimento que Luke quando aquele rapaz entrara, como se aura daquele homem fosse mais negra do que o fundo de um poço.


 


- Muito bem Sr. Procyon... – Klaus apanhava uma panseira. – Creio que possua uma varinha.


- Claro! – O rapaz sorria abertamente retirando uma varinha dourada de seu sobretudo marrom.


 


Exclamações foram ouvidas pelos quatro cantos da sala, a varinha que o filho de Marco usava havia sido utilizada por um grande bruxo do passado, era a legitima varinha de Oberon.


 


- Esta varinha...


- É de um de meus antepassados, incrível ela se ajustar a mim, não?


 


Anne prendera a respiração, Procyon tocara com a varinha na testa tirando uma lembrança e a depositando com cuidado na panseira, Klaus correra até o juiz e juntos adentraram na lembrança, uma lembrança que Anne sabia ter sido forjada. Os poderes de Procyon eram sem sombra de duvidas, incrível.


 


- Anne parece mais rígida... – Analisou Danielle. – Impaciente, não havia a visto assim desde que esse homem chegou.


- Esse cara tem a varinha de Oberon! Como ela não podia ficar rígida! Você tem nossão do que essa varinha faz? Ela pode te matar só com um feitiço de transformar balde em algodão doce! – Exclamara Kevin. – O poder dele é imenso... Eu não sei se sinto medo ou se vou lá pedir um autografo.


- Eu acho que eu sinto medo. – Luke erguia a mão.


 


Klaus voltara da panseira, seus olhos estavam ainda mais perplexos com a visão que havia tido, endireitou a capa e o pouco cabelo e sorriu amarelo para a morena impaciente.


 


- Creio que esta é a prova que precisávamos. – Klaus dava um sorriso amarelo.


 


Procyon lhe alargara um imenso sorriso conforme imensas expressões de dúvidas surgiam nos rostos ali presentes. O que havia naquela panseira? O que havia naquelas lembranças.


 


- O caso de Anne Clemence Adhara é finalizado, Srta. Adhara, a senhorita é INOCENTE! – Declarou o juiz. – A propósito... – Pigarreou. – Desejo felicidades aos noivos.


 


O martelo batera com força na mesa e os bruxos começaram  a conversar nas alturas, alguns praticamente se estapeavam para se aproximar do casal, Procyon oferecera a mão a Anne que a aceitara com um sorriso torto nos lábios. Todos começaram a sair da sala em velocidade. Anne erguera o queixo observando Marco que parecia aliviado, enquanto Procyon estava na mais pura das serenidades.


 


- ANNE! – Danielle a gritara.


 


A loira correra até a menina com os olhos cheios de entusiasmo, Kevin que ia atrás da loira apenas acenou com a cabeça para a morena e deixou a sala carregando Luke em seus braços.


 


- Olá O’Brian. – Respondeu friamente.


- Como vai? Como se sente?


- Você quer uma entrevista O’Brian? – A morena ironizava. – Ouvi dizer que é excelente em fofoca sobre a vida dos outros...


- Hã? Anne...


- Você mesma poderia publicar seu noivado com meu ex-marido, quem diria hum? A melhor amiga se tornou a esposa... Muito intrigante.


- Você não sabe, não foi...


- Poupe-me de seus discursos jornalísticos O’Brian, não sei o que houve entre você e Zabine e sinceramente nem quero saber, mas se me acha hipócrita por ter largado o Trent quando estávamos casados, deveria se achar mil vezes mais hipócrita por casar com ele para esquecer o paspalho do Zabine.


 


A boca de Danielle caíra no chão, aquele pensamento de Anne ser hipócrita lhe ocorrera apenas uma vez há três anos atrás, como Anne o desvendara de sua mente? Tentou balbuciar algo em vão, o rapaz Procyon oferecera o braço a morena e lhe lançou um olhar de pura maldade, Anne evitou lhe olhar novamente e ambos seguiram para fora. Sentiu-se desolada, imunda, patética. Sentou-se no banco da réu apoiando o rosto entre ás mãos, aquilo que Anne lhe dissera fora como uma punhalada nas costas.


 


 


 


Procyon possuía um sorrisinho debochado em seus lábios, enquanto Marco ainda se fingia de perigoso e poderoso logo à frente, todos fixavam o olhar no novo casal enquanto Anne mantinha-se carrancuda e rígida.


 


- Tentando controlar seus poderes, minha Dama Negra?


- Não sabe como é difícil em meio a esta multidão... – Resmungou a garota.


- Está furiosa hum? Seria porque seu ex-marido está noivo?


- Não tem nada haver com aqueles imbecis... – Rosnou a garota lançando um olhar perigoso ao rapaz que lhe aumentou o sorriso. – Se eu pudesse matava todos imediatamente, mas sou obediente demais a vossa majestade para fazer algo deste tipo! Não sou uma traidora.


- Sei que não é, na verdade é a mais estupenda e formosa criatura que já tive o prazer de acompanhar... Não se zangue minha querida, temos ainda muito tempo pela frente...


 


Anne prendera a respiração e cerrara os olhos, porque aquele misto de sentimentos? Seu estomago estava embrulhando. Sentia ódio de Danielle, uma saudade misturada com ódio de Caios... Tinha de controlar aquilo, tinha de controlar aquela dor, Procyon não podia perceber o quanto havia lhe afetado rever seus entes queridos.


 


- ANNE! – Uma voz ecoara pelo pátio do Ministério.


 


Caios estava lá, suado, tremulo, com o colarinho desabotoado.


 


- Quem é esse cara? – Indagou com uma voz pouco amistosa.


 


A morena virou-se com os olhos cobertos de fúria, ele estava noivo de Danielle e queria saber quem era seu acompanhante?


 


- RESPONDA! – Urrou.


- Não lhe devo respostas Trent, não é nada meu.


- Você me humilhou perante várias pessoas e acha mesmo que eu vou deixar assim? Você pisou em meus sentimentos naquele ano...


- Por que não vai chorar suas dores ridículas com a patética O’Brian? Soube que estão noivos.


- Anne! O que é isso? – Jay corria para o lado do amigo. – O que houve com você? O que houve com a Anne que me trocou pelo Caios?


- Ela não existe mais!


- VOCÊ ESTÁ FORA DE SI ANNE! – O loiro desesperava conforme uma multidão começava a os cercar e os fotógrafos a bater inúmeras fotos para o jornal.


- Creio que Anne está completamente em si, Sr.Trent. – Procyon encarava o rapaz com ódio. – E se usar este tom novamente com ela, creio que iremos duelar.


- Então duelaremos! – Rosnou.


- Na-não! – Anne segurava o braço de Procyon.


- Acalme-se minha querida Dama, eu não irei me ferir.


- Procyon, não, por favor... – Os olhos da morena tornavam-se escuros.


- Está com medo querida?


- Não, eu... Eu só creio que não devemos nos expor, olhe ao nosso redor... – Murmurou.


- Srta. Adhara tem razão meu filho... – Marco se apressava cochichando. – Não queremos que eles saibam o que os espera na guerra.


- Tens razão meu pai...


- VOLTE AQUI ANNE! ANNEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!


 


Anne agarrou o braço de Procyon com força enterrando a cabeça no mesmo, Procyon a puxou pela cintura e lhe beijou a testa, caminharam para fora do Ministério, Caios ainda urrava e o som de seus berros podiam ser ouvidos por toda cidade. O sentimento de amargura parecia voltar ao coração do loiro e dilacerar o coração da morena que era proibida de amar.


 


 


 


A limusine negra voava com velocidade, Procyon possuía um quê de ironia ao observar sua “súdita”, enquanto Anne tentava mentalmente se concentrar em tudo que havia passado naquela maldita tarde. Sentia raiva de si mesma, sentia ódio de todos que a cercavam, mas o pior fora que Procyon notara seu deslize, notara que ainda havia um resquício de sentimento vivo naquele coração gelado.


 


A limusine pousara frente ao castelo, a porta abrira-se e Marco fora o primeiro a saltar, Procyon o seguira e oferecera a mão para a mulher que o observou atônita.


 


- Mas... – Ela sussurrou.


- Apenas me acompanhe minha Dama das Trevas.


 


E Anne segurara a mão dele com um pequeno sorriso em seus lábios delineados, agarrar a mão de Procyon naquele momento era como fazer o pacto com o diabo, ao mesmo tempo era como salvar sua própria vida.


 


Caminhou com o homem para dentro do Castelo, com todos se curvando a presença dos mais poderosos, o imenso salão estava cheio e Procyon a puxara para o centro, ela retirara a capa branca, permitindo seu vestido com um decote em V ficar revelado.


 


- Sabe o quanto adoro dançar com você. –Ele comentou. – MUSICA!


 


Anne então dera seu primeiro sorriso aquele homem, um imenso sorriso doce que só fora dirigido para uma pessoa em toda sua vida: Caios Trent.


 


Slowly the truth is loading 


Devagar a verdade aparece


I'm weighted down with love 


Estou carregado de amor


Snow lying deep and even  


A neve ficando cada vez mais profunda


Strung out and dreaming of 


Amarrado e sonhando com...


 


O piano começara a tocar quando um bruxo começara a cantar com uma voz rouca e melodiosa. E então, mais uma vez ela segurara a mão de Procyon, e ele a girara em uma melodia lenta e profunda, uma melodia que poderia acalmar tudo aquilo que ela sentia naquele momento terrível.


 


- Eu estou com você agora minha Dama Negra, não precisa sentir medo.


- Eu não sinto medo...


 


Night falling on the city  


A noite caindo sobre a cidade


Quite something to behold  


Alguma coisa para olhar


Don’t it just look so pretty  


Isso não parece tão bonito?


This disappearing world 


Esse mundo desaparecendo


 


Procyon a colara mais em seu corpo fixando seus olhos nos de Anne como se sua vida dependesse daquilo, a morena arrepiara, era como ter sua alma desnuda perante a um estranho.


 


- Hoje fez algo que apreciei muito... Mostrou-me sentimentos.


- Sentimentos nos enfraquecem.


- Oh, não, não... Nos deixam fortes. Ódio, raiva, ambição, desejo de poder e... amor. Oh Anne, como isso nos permite ficar mais fortes.


 


We’re threading hope like fire


Estamos distruibuindo esperança como fogo


Down through the desperate blood


Além do sangue desesperado


Down through the trailing wire


Além do caminho estreito


Into the leafless wood


Dentro da floresta.


 


- Fortes? – A morena despejara. – O amor me enfraqueceu durante quase cinco anos Procyon, o amor quase me destruiu!


- O amor lhe deixou ainda mais atraente. Olhe para você querida, lutando para permanecer forte, sangrando para permanecer ao meu lado enquanto ainda sente algo por Trent.


- Eu...


- Eu sou paciente, e acredite, adoro desafios...


- Procyon...


- Sei de tua fidelidade, não me preocupo com traição de tua parte. Estou ao lado da mais poderosa bruxa de todos os tempos, e olhe! Estou dançando.


 


Night falling on the city  


A noite caindo sobre a cidade


Quite something to behold  


Alguma coisa para olhar


Don’t it just look so pretty  


Isso não parece tão bonito?


This disappearing world 


Esse mundo desaparecendo


This disappearing world 


Esse mundo desaparecendo


 


- O amor deixa as pessoas fortes, o amor de Apus por você o fez encarar o mundo, o amor de Gaya por seu neto a fez enfrentar ordens e morrer por suas próprias mãos, não vê como isso é belíssimo? Morrer por amor! E olhe só, seu amor por Trent lhe transformou na mulher mais poderosa que já vi e que já deslumbrei... Sinto-me abençoado.


- Pensei que...


- Que eu jamais notaria? Oh minha Dama, como eu esperava para você se revelar...


- Obrigada...


 


I'll be sticking right there with it 


Eu estarei ali com isto


I'll be by your side  


Eu estarei ao seu lado


Sailing like a silver bullet 


Voando como uma bala prateada


Hit ‘em ‘tween the eyes 


Acerte-os entre os olhos


Through the smoke and rising water 


 Além da fumaça e da nascente de água


Cross the great divide  


Depois da grande encruzilhada


Baby till it all feels right 


Meu amor,ainda assim me sinto bem


 


Era como se a calma tomasse conta de si, conforme ele a abraçava mais forte e ela afundava seu rosto em seu peito sentindo todo o perfume cítrico. Procyon lhe acariciava os cabelos, e então erguia sua face de boneca com a ponta dos dedos.


 


- Eu não sou esse monstro que você pensa. Pelo menos não para você.


 


Night falling on the city


A noite caindo sobre a cidade


Sparkling red and gold


Brilham o vermelho e o ouro


Don’t it just look so pretty


Isso não parece tão bonito?


This disappearing world


Esse mundo desaparecendo


This disappearing world


Esse mundo desaparecendo


This disappearing world


Esse mundo desaparecendo


This disappearing world


Esse mundo desaparecendo


 


- Me perdoe... – Murmurou.


 


E então a musica finalizou, Procyon beijou sua testa com carinho e lhe sorriu bonito, afastando e lhe deixando sozinha em meio a todos seus seguidores.


 


“Vá encontrar seu irmão e mostre para ele que a menininha cresceu.” – Ele mandou por telepatia.


 


A morena maneou a cabeça afirmativamente subindo as escadarias em direção ao seu quarto, naquele momento sua cabeça era uma bagunça, aquele que ela devia matar teria lhe dado o maior voto de confiança. Seria falsidade de Procyon? Morgana, como ela deveria agir? Respirou fundo, tinha que se centralizar, pois naquele momento, conforme o sol se escondia ela tinha um encontro com seu irmão mais velho: Nathan Adhara.


 


 


 

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