Rosas são vermelhas
De alguns dias para cá Harry reparou que passava muito tempo sozinho com Lilly, Rony passava mais tempo com Hermione tentando acompanhar os assuntos de poções que nós últimos dias o estava fazendo ter de enfiar as caras nós livros, Hermione depois de muito discutir disse que iria ajudá-lo e outra noite até comentara que ele apresentava progressos, ao fazer uma poção do sono sem nenhum erro. Mas logo o tempo que Harry passava em quarteto passou a ser em dupla, dupla com Lilly, agora eles dividiam a mesma cadeira nas aulas de poções, e ali estavam eles na biblioteca fazendo pesquisas sobre : “Se você se perdesse em uma floresta rica em frutos e vegetais, e precisasse de uma poção de cura quais destas frutas e legumes poderiam substituir os ingredientes convencionais”. Hermione teve de explicar duas vezes até eles entenderem do que se tratava, assim que começaram a ver os livros Harry percebeu que iam demorar horas naquela pesquisa.
-Hum... acho que o pó de juçara seria útil – disse Lilly observando um livro sobre frutas trouxas e suas propriedades incrivelmente mágicas. – Fora o fato de só ser encontrada em matas selvagens no nordeste do Brasil, elas seriam úteis, aqui diz que ela aceleram a eficácia de muitas poções, inclusive a da cura.
- E como você pretende ir ao Brasil? Aparantando? – os dois caíram na gargalhada.
- Bom isso não é má ideia, caso você não saiba eu já sei aparantar.
- Desce da vassoura e coloca os pés no chão, ta achando que é a única que já aparanta?
- Você já?
- E por que não?
- Mas?
Os dois voltaram a rir agora com bem mais força, fazendo madame Pince aparecer e expulsa-los até que estivessem em condições descentes de se apresentarem em uma biblioteca. Sem relutância, Os dois guardaram os livros e saíram rindo da biblioteca, Harry poderia jurar que via um vulto ruivo em outro corredor. Sentia-se mal por Gina, ele sabia que ela gostava dele, Hermione havia dito isso a ele, e que a sua situação piorava, cada vez que via Harry com Lilly.
Os dois seguiram para o saguão principal, onde puderam ver as estrelas no céu, Harry chamou Lilly para dar uma volta nos jardins antes de subirem, ela parecia meio preocupada, mas, logo eles estavam passeando.
- O que a amiga de vocês tem contra mim? – perguntou ela de repente
- Quem?
- A ruiva, a Gina, o que ela tem contra mim?
- Não sei- Harry odiava mentir a ela.
- Harry!
Ele continuou em silêncio, silêncio que irritava Lilly.
- Ela gosta mesmo de você, e muito. Eu não devia atrapalhar a amizade... O amor de vocês.
- Amor?- Aquilo pegou Harry de surpresa não esperava tanta sinceridade, para falar a
verdade era a primeira vez que conversavam sobre assuntos TÃO pessoais.
- Ela te ama! Dá para perceber, e também dá para perceber que ela me odeia- “Parabéns Lilly, mais um ser humano que te odeia”.
- Ela não te odeia... – as palavras escaparam da boca de Harry. Mas ele sabia que não era verdade, apenas queria que fosse. Lilly sorriu. De repente uma rajada de vento soprou forte fazendo os cabelos de Lilly se agitarem e os de Harry também, podia sentir o cheiro dele pelo ar, Lilly começou a sufocar e a tossir, Harry tentou ajuda - lá, mas não adiantou em nada, ele colocou a mão no peito dela, que tossia, não ouvia batida, nem respiração, Harry se desesperou e fazendo esforço que não foi necessário, por que inacreditavelmente Lilly ainda andava apenas se apoiou no garoto, apesar de não ouvir seu coração nem respiração, ela continuou consciente, tossindo, será que Harry no desespero novamente imaginou o que pensou ser real? Será que apenas imaginou a falta de batimentos e de respiração?
Eles chegaram à enfermaria e madame Pomfrey levou a garota a uma cama e deixou –a deitada ali, disse a Harry que ela ficaria bem, mas que Harry não poderia ficar ali. Ele apenas a via da porta tomando doses e doses de um remédio que não estava em um frasco com rótulo para Harry identificar, e sim da taça, se enchia novamente quando o conteúdo acabava, a cada cálice ela melhorava e voltava amostrar sinais de respiração, após a última taça, última por que ela rejeitou as outras que madame Pomfrey oferecia. Harry quis vê-la, precisava falar com ela, mas ela apenas virou o rosto e ficou deitada na cama de onde madame Pomfrey disse que só sairia amanha.
Depois de muito discutir Harry voltou para o SC, como ela poderia ter ficado tão mal por causa do vento? Se engasgando como se estivesse engolindo algo, maior que ela poderia aguentar, bem poderia perguntar tudo a ela amanhã.
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Na manhã seguinte Harry se dirigiu sozinho para a enfermaria, sozinho por que apesar de contar todos os episódios a Hermione e Rony, os dois só acabaram o trabalho pela madrugada, e ainda estavam dormindo, Harry ficou na porta esperando Lilly, quando chegou a viu tomando mais do cálice, estava mais corada, com um brilho nos cabelos mais intensos, olhos mais brilhantes até dentes mais brancos, e pronta para os estudos disse madame Pomfrey que desta vez deixou Harry entrar, recomendou a Lilly de cara seria a ficar longe do vento. Fora da enfermaria e bem longe dos olhos de madame Pomfrey Harry disparou:
- O que aconteceu ontem?
- Não sei- disse a garota sem olhar Harry.
- Lillyth, agora quem está enrolando quem?
- O que você acha que foi? Engasguei-me!
- Com o vento?
- Foi...
- Há, por que você não quer me contar?
- Contar o que?
- É Dertlhem por que você não conta a Harry? E a todos nós do castelo? – Tomando um grande susto Harry e Lilly viraram e se deparam com uma Gina enfurecida.
Lilly olhou de Gina para Harry.
- Bem já vi que eu estou atrapalhando.
- Você descobriu isso sozinha? – disse Gina com tom de deboche, que lembrou Harry da maneira que Malfoy falava com Mione.
Lilly começou a andar, quando Harry a segurou.
- Dá um tempo Gina ela ta mal.
- Não ela não está mal, isso e só fachada de boa garota que ela não é!
Lilly olhava para Gina, no fundo ela tinha razão, ela não era uma garota boa, mas ela estava mal, continuava fazendo pessoas sofrerem, o amor as vezes pode machucar mais que a morte, e ela sabia quem deveria morrer. Lilly se desviou com uma força incrível que assustou Harry e subiu pela primeira escada que viu.
- Satisfeita agora Gina? – perguntou Harry, agora com visível raiva de Gina.
- To, to satisfeita sim, Harry como você não vê? Ela manipula você, a Hermione, com esse jeitinho nojento de ser!
- Não preciso ouvir isso Gina, não pensava que você fosse assim- agora Harry saiu andando deixando Gina para trás.
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Após alguns dia na companhia de Lilly, Hermione perceberá que Gina piora a cada dia com relação a Lilly, cada vez mais seca e rude, não acreditava que a ruiva pudesse estar tão mudada, sabia que Gina já sofria de ciúmes por Harry, principalmente quando ele tinha uns rolos com a Chang, mas a amiga havia passado aquilo de uma forma bem mais madura.
Hermione seguia numa certa sexta para o SC sozinha para buscar alguns livros, a morena andava com os pensamentos longes, ultimamente ela ficava assim, perdida em pensamentos fácil, fácil, nisso de andar com pensamentos longe, ao virar em um corredor ela tropeçou em alguém que vinha pelo corredor.
- Ah desc.. – disse uma garota loira
- Lillyth, eu...
- Que você ta fazendo por aqui?
- O SC é por aqui, quer dizer é um atalho, mas o que VOCÊ está fazendo aqui?
- Ah, o quarto em que eu estou e ali – ela apontou em uma porta que Hermione já vira, antes era só uma sala abandonada, logo Hermione percebeu que nunca perguntará a Lilly onde ela estava acomodada, na verdade somente de uns tempos para cá ela havia começado a prestar mais atenção em Lilly. Depois de outro episódio de ciúmes de Gina que viu Harry na biblioteca a sós com Lilly sorrindo, após ver os dois passeando pelos jardins, e após ter defendido Lilly agora Gina descarregava sua raiva em Hermione, como estava começando a fazer ultimamente, também foi neste dia em que as duas haviam parado de se falar:
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ FLASH BACK
- Pensei que você fosse minha amiga!
- Gina pelo amor de Merlin, claro que sou!
- Então afasta aquela vadia...
- Já chega Gina! Não agüento mais essa suas atitudes de criança! Além de você descarregar toda sua raiva em mim, agora você deu de achar que eu sou a culpada de tudo isso! De que eu tenho que estar perto deles para evitar... Para evitar seja lá o que você pense que eles façam a sós. Lilly passou mal naquele dia, era claro que Harry não iria a abandona naquela situação, poxa, ela nunca te fez nada de mais, ela nunca ficou com o Harry (não que eu tenha conhecimento), caramba... Cadê a minha amiga madura? A que tinha os pés no chão? Minha amiga alegre.
- Essa Gina morreu ok! Enquanto essa garota estiver ao lado dele essa Gina vai continuar morta! Mas tudo bem, se você prefere a amizade DELA a minha, sejam felizes PARA SEMPRE, todos vocês, mas não digam que não alertei vocês sobre ela, agora pode deixar eu consigo me virar sozinha Granger!
- Gina.
- WEASLEY!
- Não to fazendo isso porque quero que eles fiquem juntos, quantas vezes tenho que te dizer? Mas essa sua atitude ta ficando doentia! To preocupada com VOCÊ!
- Não precisa se preocupar comigo não, preocupes se com sua amiguinha!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~FIM DE FLASH BACK
- É você estava indo para onde?
- Só voltei para buscar alguns livros – e mostrou dois livros de capa preta que carregava.
- Ah... –Hermione não podia deixar de lembrar no que Gina dissera, mas antes de qualquer coisa ela queria falar com outra pessoa- então ta eu tenho que subir para pegar meus livros também, a gente se vê.
- Ok, a gente se vê.
E as duas seguiram caminhos diferentes. Quando Hermione ia virar o corredor que se encontrava a porta do quarto de Lilly ela ouviu passos. Lilly teria voltado para buscar alguma coisa? Hemione olhou discretamente pelo corredor não era Lilly que havia voltado, mas o que Malfoy faria naquele corredor, ele parou na porta do quarto da Lilly.
- Alohomorra - Hermione o ouviu sussurrar, a porta se abriu, mas o que Malfoy queria invadindo o quarto de Lilly? Ir ou não ir? Se fosse evitaria que ele fizesse seja lá o que fosse lá dentro, mas se impedisse ele voltaria, outra hora outro dia, então achou melhor deixar ele La dentro assim poderia descobrir o que Malfoy foi fazer no quarto da loira, Mione ficou em silêncio. Draco entrou e fechou à porta, Mione se aproximou da porta, não ouviu muitos ruídos, só o que poderia ser portas de armários abrindo e fechando e por algum tempo nenhum ruído, as portas começaram a se bater novamente, até que o barulho cessou, a garota saiu rapidamente da porta e não deu outra, segundos depois Malfoy saiu do quarto trancado a porta de novo, ele não carregava nada. Hermione não se conteve, assim que a barra ficou limpa, ela utilizando o mesmo método, estava dentro do quarto da loira, quanta mordomia e disse:
- Só não entendo o porquê de ela ter um quarto só para ela! Realmente alguma coisa na Lilly está errada. Porque ela não pode ficar junto das outras garotas? – Hermione observou o quarto por um momento, só havia uma janela por onde dava para passar uma pessoa sem problemas, um guarda-roupa ali, e foi diretamente para ele que a garota se focou ali, seja lá o que Malfoy mexeu estava ali, mas só havia roupas dentro, diversas roupas: trouxas, casacos, blusas, calças, roupas bruxas, nada que chamasse sua atenção, logo Hermione desistiu pois estava com medo de Lilly perceber que sua roupa havia sido revirada por duas pessoas, imagine se perdesse a amizade de Lilly? Iriam por água abaixo qualquer oportunidade de descobrir o que a loira tinha de especial, se houvesse algo em especial nela é claro. Virou-se para a cama que havia no quarto, não fazia sentido, Mione sabia disso, Malfoy não deveria ter mexido na cama, mas a curiosidade foi maior, olhou debaixo da cama, uns poucos sapatos, debaixo do travesseiro, nada, até que ela suspirou e pensou seja lá o que Malfoy fora atrás, ela não havia encontrado, e tomando cuidado ela saiu do quarto fechando a porta, e voltou a seguir o caminho do SC.
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Numa tarde de quarta Lilly caminhava a esmo pelo castelo, havia achado melhor dispensar a ajuda de seus amigos, sabia que a garota Gina não gostava dela, ela não se esforçava nenhum pouco em esconder, fazia cara feia sempre que a via, então achou que naquele dia podia se virar para encontrar sua sala sozinha, estava errada, sem querer assumir que estava perdida, decidiu que era melhor não voltar, sabia que se seguisse em frente sem subir muito andares acabaria dando no átrio ou em algum outro lugar mais movimentado. Em vão, a garota andou por vários corredores e todos vazios, começou a diminuir o passo, seus passos faziam muito barulho, teve a estranha sensação de estar sendo seguida, chegou a voltar um corredor para ver se havia alguém, mas por um momento pesou que a culpa fosse do quadro que bocejava enquanto ela passava, após virar mais uns quatro corredores, Lilly começou realmente a ouvir passos, decidiu não chamar, à medida que andava os passos aumentavam, Lillyth parou, de repente um garoto loiro com uma farda parecida com a de Lilly (fora o fato da dele ser verde e em vez de um leão, a deve havia uma serpente), virou no mesmo corredor que ela parou, a encarou e sorriu:
- Pensei que você não ia parar nunca.
- Você esteve me seguindo? - Apesar de lindo o fato te ter um garoto seguindo-a a loira não gostou nada da ideia. Ele deu de ombros.
- Você está perdida.
- Mentira- bem não era mentira...
- Ótimo! Então você está meia hora atrasada para sua aula, que é do lado oeste, e nó estamos do lado sul, suponho que você não ache o horário de feitiços importante o suficiente a ponto de perder a aula fazendo turismo pelo castelo.
As palavras daquele garoto a deixaram realmente perdida, ela olhou no relógio, realmente estava pouco mais de meia hora atrasada, sobre o fato de estar no lado sul, ela não tinha como confirmar.
- E o que você faz aqui?
- Eu não sou importante- disse ele se encostando à parede e cruzando os braços, ocupando bom espaço do corredor- queria mesmo ter uma conversa com você depois que eu vi as pessoas com quem você está se enturmando.
- Está falando de... Hermione, Rony e Harry?
- Uma garota como você devia escolher melhor seus amigos.
- Ora quem é você para dizer com quem devo andar? – “Como aquelas pessoas que me ajudaram podem ser más como aquele garoto estava insinuando?”
- Ninguém, mas não diga que não lhe avisei- “Droga ela não vai colaborar”
Lilly começou a andar pronta a seguir em frente mesmo que ela continuasse perdida, ao passar do lado do loiro ele suspirou e a puxou pelo braço a fazendo voltar:
- Você é muito linda sabia? – “Muito bem vamos mudar de tática”.
Silêncio
- Mas ficaria ainda mais bonita de calça jeans e uma blusa cinza, tenho certeza...
“Eu só tenho UMA blusa cinza, como esse garoto sabe disso?”
- O que você quer afinal?
- Só queria te conhecer melhor, você nem seu nome me disse.
- Como se você não soubesse.
- Preciso ouvir da sua boca, que também e muito... Atraente por se assim dizer.
Lilly não fora acostumada a ouvir isso de garotos, preferia ficar longe de qualquer pessoa, temia pela sua segurança. O elogio de sua boca deixou a garota triste.
- Não diga isso novamente – disse Lillyth secamente, a garota tentou se libertar do aperto do loiro, mas ele segurava com força. Suspirou - Lillyth Dertlhem, satisfeito?
- Prazer: Draco Malfoy, e não, ainda não terminamos- ele puxou a garota para perto de seu corpo. O coração dela acelerou, por dois motivos. Ele sabia que corria risco, mas teria de tentar. Ela fechou os olhos e disse:
- Não sabe do que sou capaz, e melhor me soltar. – ela abriu os olhos e o encarou. Sentia o corpo daquele garoto apesar dos dois estarem com fardas pesadas sobre os corpos, sentia a respiração dele, claro que sentia ritmada, e um coração calmo, batia devagar, como se não tivesse ninguém colado junto aquele corpo, por um momento o lado garota de Lilly aflorou, e pela primeira vez se sentiu uma adolescente boba (que talvez fosse por isso que a garota não reagia). Depois de alguns segundos de silencio (que pareceram bem mais longos) ele disse devagar.
- Você não me machucaria, você tem bastante autocontrole, estou admirado que esteja aqui a 3 semanas sem nenhum “acidente”, agora o Potter? E se você machucasse a ele? Se perto ele fosse mais difícil? Eu sei que é perto dele seu autocontrole falha, você poderia praticamente farejá-lo, você o deseja, desde o trem, você quer se afastar dele não consegue, você adoraria me matar neste momento, sim você me mataria facilmente, assim como da ultima vez...
- Eu não quis isso, eu era uma criança! – Lilly não sabia por que estava dando explicações aquele garoto, de alguma forma ele a manipulava com as palavras certas nos momentos certos.
- Mas não pretende fazê-lo, não comigo. Não, não vai ser eu que vou morrer pelas suas “mãos”, nossos destinos já estão traçados, apesar de podermos altera o meio, o final sempre aponta para lá, como uma bússola, por onde for sempre vai apontar o norte, e seu destino está apontando a morte, SEMPRE!
- PARA, quem é você para falar de mim?! Meu destino não e matar ninguém! – Lilly de repente estava fraca, lágrimas escorreram silenciosas, ela escorregou do aperto do garoto, ela não conseguiu segura-la, e ela ficou no chão sentada, respirando fundo, queria morrer nos lugar das “outras pessoas” – “Eu não mereço viver! Tudo que ele diz e verdade, eu vou acabar ‘acidentando’ alguém eternamente!” - pensou-
Lilly controlou o choro.
- Quem te contou? -a garota não se referia ao fato das acusações dele, mas de algo ele sabia para dizer aquilo.
- Muitos aqui nunca viram pessoas como você, mas todos têm sinais característicos, e você só tinha duas opções: ser veela, o que poderia ser facilmente confundida, ou o que é. A primeira vez que te vi tive certeza, depois minhas suspeitas foram confirmadas, você não foi nada discreta, se quisesse ser ‘normal’ como está tentando ser.
- Quem mais sabe?
- Só eu, ou você achar que eu dividiria essa preciosa informação?
- Certo, e o que você quer com isso? Eu não estou aqui porque quero, fui obrigada a vir, se quiser que eu vá embora e só contar para o castelo, amanhã eu serei uma simples mancha na história de Hogwarts que seria facilmente apagada, aliás, eu até te agradeceria por isso!
- Não, eu quero você aqui, só precisava que você soubesse que se continuar assim, eu não vou ser o único, a saber.
- Mas... – Ele não deixou a continuar.
- Em resumo, eu não quero seu mal, nem o de ninguém por aqui – “Não ainda”- mas você não esconde nenhum pouco o que é. Seja mais inteligente! - Ele a soltou, o sinal tocou- Se sua próxima aula for transfiguração, são dois andares acima vire a direita e a quarta porta, tem uma escada mais a frente vá por lá, e eu não te quero perdida novamente- e ele seguiu caminhando.
Lilly ainda estava atordoada com tudo aquilo, o que ele queria ao dizer para ela ser normal? Logo ela seguiu para a sala se transfiguração, que era realmente sua próxima aula, e não teve nenhum problema em encontrar a sala.
Sentou-se numa cadeira perto da janela, logo alguns alunos chegaram na sala, e como se soubesse, Hermione veio se sentar ao seu lado. Tão pouco tempo que ela havia a conhecido, e Hermione parecia uma amiga de tempos.
- Faltou Feitiços...
- Me perdi, mas consegui chegar aqui
- Já disse que se quiser ajuda e só pedir
Silêncio entre elas
- Lilly?
- Quê?
- Posso falar com você... Depois? – Hermione fitou Lilly que antes olhava para o campo, mas logo a olhou.
- Claro- Por um segundo [Lilly pensou] que Hermione também sabia, neste pouco tempo, ela percebeu que a amiga era muito inteligente, ate onde ela poderia ter descoberto sobre a loira?
Sorriram de repente, e só pararam quando Harry e Rony se aproximaram, e perguntaram por que Hermione havia faltado à aula de feitiços. Lilly a encarou surpresa, como ela não havia ido, mas sabia que Lilly não fora
- Te explico depois- Disse apenas isso depois que os garotos viraram e a aula começou.
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Após dois períodos de transfiguração, os quatros seguiram para o SC conversando e rindo de piadas, Lilly só percebera que estava no lugar errado, quando se viu ali dentro, sem nunca ter entrado ali, ficou espantada com o tamanho e coma bagunça, balas jogadas pelas mesas, corujas, e papeis por toda parte, achou tudo muito divertido, mas ainda ficaria no seu quarto, depois disso lembrou-se das palavras do garoto loiro sobre ser normal, bem poderia tentar ser mais normal, mas não abdicaria do seu quarto. Deram uma breve passada por ali, onde, simplesmente para Lilly jogar a mochila lá dentro, Lilly viu de relance a bandeja que deveria ser seu jantar, mas naquela noite, ela comeria no Salão principal.
Os três comentavam sobre tudo que Lilly não conhecia pelo caminho, chegaram até a parar a frente da estante de troféus de quadribol, onde Rony fizera questão de mostrar o troféu adquirido no ano anterior e de toda a sua colaboração para com o time, nesse meio tempo Hermione aproveitou para trocar uma palavra rápida com Harry:
- Eu preciso te fazer uma pergunta – disse a garota puxando Harry discretamente para um pouco mais a frente do corredor e falando sem rodeios.
- Sobre? – Harry sabia que a amiga o estava observando nesse curto tempo.
- Ela – Disse Mione apontando levemente a cabeça para Lilly que ria das descrições de Rony sobre suas pegadas. Harry por um lado já sabia do que se tratava, mas não ajudou a situação para a amiga.
- Que tem ela?
Hermione olhou para Harry
- Achou mesmo que não reparei o jeito que fala com ela? Como você faz questão de estar próximo dela, rindo com ela?
- Acho que ela e uma veela – Falou o moreno fazendo uma cara boba.
- Me poupe Harry!
- Eii vocês dois – Era Rony- vão continuar parados ai como duas estátuas ou vamos andando?
Sem que Harry ou Hermione reparassem, Rony e Lilly estavam próximos dele, mas com certeza não ouviram da conversa
- Você vai me explicar tudo depois! – murmurou Hermione.
Ao chegarem ao Salão Principal, que Lilly só havia entrado uma vez, eles se dirigiram a uma mesa, cheia de outras pessoas com as mesmas vestes vermelhas da Grifinória, Lillyth reparou nas outras três mesas dispostas no salão com alunos de fardas, amarelas, azuis e verdes, ao avistar a mesa ‘verde’ como Lilly a chamou por dentro, correu o olhar brevemente pela mesa. Ali estava ele, sorrindo, mas sem olhar para ela, ela sentou de frente para ele. Que parecia bastante entretido com a conversa dos amigos.
Mas logo outra realidade surgiu à frente de Lilly, diversos pratos de comida apareceram a sua frente, frangos, carne assada, tortas, diversos caldos, e muitas coisas que Lilly nunca tinha visto surgiram a sua frente, ela precisava passar a impressão de que comia aquela comida, mas como já referira a eles uma ‘dieta especial’ Lilly deu preferência as saladas e outras comidas mais vegetarianas, que eram com certeza algo que ela podia comer sem vomitar.
Hermione pela primeira vez viu Lillyth comendo: “bem pelo menos agora eu sei que ela come” pensou ela enquanto via os outros três rindo, e aos da uma olhada para a ponta da mesa avistou Gina que comia sozinha e apressada.
Draco tomara um susto ao ver Lilly entrando no SP, sabia que a garota adotaria outra postura depois do seu encontro, mas por um momento, teve medo por talvez a ter jogado mais para os braços de Potter, os dois riam. O ruivo observava à morena, mas esta não parecia prestar muita atenção nisso, e ao avistar a ruivinha, só teve tempo de vê-la saindo do SP com pressa. Ele sorriu, tinha certeza de onde ela ia. Ultimamente Gina passava muito tempo trancada na Sala Precisa.
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Os quatro jantaram aos sons de raios e trovões que tomavam conta até do céu mágico do SP, este estava vermelho como nunca estivera há anos. Hermione notou que Dumbledore olhava com uma expressão de... Curiosidade talvez? Enfim fitava o céu e depois se virava para conversar ora com Minerva ora com Snape, estes dois pareciam mais preocupados que Dumbledore. Após aquele jantar Lilly sentiu-se satisfeita por tudo ter dado certo, mas não via a hora de voltar para o seu quarto,uma tempestade via por ai e ela preferia estar debaixos das cobertas nessa hora:
- Bem gente eu já vou subindo, to cansada.
- Já? Ainda são somente 8 h, podemos conversar sobre quadribol se você quiser – comentou Rony distraído
- Mas porque Lilly conversaria sobre quadribol – emendou Mione sem dar tempo para a garota responder- ela está cansada, deveria mesmo ir dormir, ou ler...
- Bom a conversa de quadribol fica pra próxima, eu vou dormir – disse a loira se despedindo e subindo as escadas- ‘Noite.
- B’ noite.
- Foi impressão minha ou você tava despachando ela Mione – perguntou Harry que há algum tempo estava calado.
- Não estava despachando ela, só não acho bom nós alugarmos ela o dia inteiro.
Os três seguiram para o SC.
- Cara, eu não queria estar lá fora quando essa tempestade emborcar – comentou Rony ao passarem por uma janela- os três pararam para olhar o céu.
- Eu só vi o céu parecido com este uma vez – comentou Hermione. Os dois viraram- se para ela. – Na copa, após tudo... Aquilo.
Os três lembravam-se do tom esverdeado que havia ficado o céu naquela noite, do pânico de todos. O céu estava parecido como naquela noite, só que em tom avermelhado, e não havia pânico.
- Vamos logo – foi à única coisa que Harry disse.
Ao estarem próximos a entrada foram abordados por uma aluninha que não deveria estar nos corredores, mas ela simplesmente enfiou uma carta na mão de Rony e sumiu.
- O que vocês acham que seja?
- Você não deveria abrir, sabes se lá o que tem ai dentro, e se tiver algum feitiço?
- Foi entregue por uma criança Hermione!
- Continua sendo perigoso.
- Ok que seja
Rony enfiou a carta de qualquer jeito no bolso da calça, ao chegar no SC inventou uma desculpa qualquer e deixou Hermione no sofá do SC sozinha, subiu com Harry para o dormitório masculino, e foi logo puxando a carta. Lá fora a chuva começou a cair silenciosamente, mas ameaçava piorar a cada minuto.
- Vai abrir-la?
- Achou que eu não faria isso?
- Por que não contou logo a ela?
- Por que se realmente for um feitiço, eu posso dizer que foi um acidente.
- Você inacreditável!
- Bom vejamos – Rony rasgou o envelope as pressas e leu para si o que dizia a carta, passou cerca de cinco minutos até que Harry perde a paciência.
- O feitiço e para perder a voz?
- Não... e que...
- Que o que? – Harry puxou a carta, ali havia um poeminha daquelas que andavam em moda nos últimos anos de Hogwarts.
Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
Não olhe para a G
E sim para a B
- Sinceramente, eu não entendi muita coisa... não olhar para ‘ a G’
Harry deu um tapinha na testa de Rony
- Qual sobrenome da Hermione?
- Grang... Ahhh, como se ela me desse alguma bola – disse Rony com um sorriso meio forçado, se jogando na própria cama e colocando o papel com o poema dentro de um livro qualquer sobre o criado mudo.
- Bem... – Harry não tinha palavras naquele momento e mesmo que tivesse Rony continuou
- O que é pior e só ELA que não percebe! Até essa tal de B percebeu!
- Bom se a tal ‘B’ gosta de você deve ter reparado o jeito que trata Mione, já Mione não presta atenção nesses tipos de detalhes...
- Ela não repara em mim! Ela reparou até em você com Lilly.
- Ela te disse algo?
- E precisa dizer? Você fica todo bobo perto dela.
- Já disse que ela e parte veela!
- Não é, lembra de quando Fleur veio aqui? Eu fiquei doido, se Lilly também fosse não seria diferente, mas ao contrário, não sinto nada de diferente perto dela.
- Sim esqueçamos a Lilly, o que você vai fazer em relação à Mione?
- O que você espera que eu faça? Ela dá mais atenção aos cadernos do que para mim, aliás, ela dá atenção a todos menos em mim, apesar de passarmos bastante tempo juntos esses dias.
- Ou, talvez ela finja não prestar atenção.
- Acha mesmo?
- E por que não?
- Por que ela não daria bola para alguém como eu! Para ela sou só mais uma pessoa no castelo. Quer saber, vou descobrir quem e essa tão de B, talvez eu realmente passe a olhar mais pra outras garotas, já que olhar para uma só não ta dando muito certo pro meu lado.
- Você já desistiu da Hermione?
- Não se trata de desistir - disse Rony virando para o outro lado da cama encarando agora as paredes- e sim de ser realista, resumindo: ela nunca vai olhar para mim.
Harry ficou vários minutos em silêncio, teve a impressão que o amigo dormira, quando o garoto ia se deitando ouviu um pio na janela.
----------------------- Continua -----------------------
Quem será "B"?
aiii tenho dois amigos que namoram e eles só se chamam de B", lembrei agora e ri horrores disso...
sem coments? puxaaaa D=
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