Cale a boca!
- Para!
- O que?
- Eu sinto um cheiro diferente, tem alguém ali.
- Nas arvores?
- É, na nossa frente, vamos sair daqui.
- Nem pensar – Lillyth não conseguiu segurar Harry que continuou andando em frente, e depois que o garoto deu uns 5 passos um raio vermelho passou próximo a sua perna e ricocheteou na arvore atrás dele.
- Harry! – Lillyth gritou e se puxou a varinha. Harry só puxou a varinha e se escondeu atrás de uma árvore também.
- Então veio brincar Potter? – a voz do loiro naquela altura era inconfundível.
- Onde está Hermione? - perguntou Harry em um fio de voz.
- Está conosco, agora Lillyth parabéns você venceu a poção, quem diria...
- Cale a boca - o som da voz da loira veio de uma árvore mais afastada
- Ora onde foi parar a boa e velha educação?
- Desde quando você entende de educação? - Harry riu sarcasticamente.
- Tive pais para me ensinar Potter ao contrário de você que... bom – Harry disparou vários feitiços a esmo em direção das arvores que vinha a voz de Malfoy ouviu-se diversos “crackt’s” de árvores se quebrando e caindo em cima de algo com um baque surdo, Harry levou um susto e não se controlou em ver o que tinha acertado e ele viu cabelos ruivos em contraste da neve e um galho de arvore sobre o corpo de Gina, ele não se conteve em dar alguns passos em direção da garota, mas se deteve ao ver Malfoy de varinha apontada para ele, ele puxou a varinha mas nenhum deles atacou, os dois tinham os olhos em Gina, e depois eles ouviram os passos de Lillyth se aproximando.
- Ela está ferida, está sangrando eu sinto – a voz dela era baixa e foi Draco que se abaixou ainda com a varinha apontada para Harry ele estendeu a mão para tocá-la.
- Se você mexer nela pode piorar – ignorando o ato de Harry e Draco estarem de varinhas apontadas para o outro Lilly andou sem medo ate Gina e por alguns minutos encarou o loiro, ela ouviu o coração dele disparar e por algum motivo ela também estava duplamente nervosa, por poder estar tão próxima da morte e tão próxima de algo que ela não conseguia nomear. Perto da ruiva Lillyth se abaixou ainda olhando para Draco prendeu a respiração voltou a atenção a garota tirou o cabelo devagar o rosto da garota, ela estava de olhos fechados. Lillyth se voltou para Draco.
- Ela respira, mas o coração ta devagar, cortou o braço vai continuar perdendo algum sangue, mas vai ficar bem se tirar ela daqui agora está muito frio, ela pode congelar.
- Sinto muito, mas ela vai ter de ficar aqui – disse ele devagar.
- Se você algum minuto dessa armação de namoro sentiu algo, qualquer afeição por Gina é melhor tirar ela daqui, o sangue não atrai só a mim, atrai a outros animais da floresta o inverno só os faz ficarem mais loucos por comida, e ela é um prato cheio. – ela o olhava sentindo um frio da barriga que nada tinha haver com o frio da estação, esquecendo completamente de Harry passos atrás dela. Malfoy olhava de Gina para Lillyth.
- Eu não faço as regras por aqui
- Por que você não quer! Você vai a levar para o ritual, vai matar a ela, a Hermione e a você mesmo! Se alguém pode fazer algo por todos nós e você! Se Harry e eu voltamos para esse buraco está noite foi para não perder a vida delas e de bônus a sua.
- Você não entende não é? – disse ele com um sorriso sarcástico – eu, não tenho salvação, se o ritual se realiza. Eu morro. Se não. Morro e minha família também.
- Daí você não vai fazer nada?
- O que há para se fazer?
- Procurar ajuda! – disse a loira exasperada.
- Potter ela é maluca – Disse ele olhando para Harry que ainda estava parado.
- Lillyth ele não é como nós, a família dele são...
- Comensais? Draco – o garoto registrou o uso do primeiro nome – você é o futuro da sua família certo? Se você decidir mudar isso, você vai conseguir.
- O que você sugere que eu faça? Que eu abandone minha mãe, a única pessoa da família que me resta, para a morte?
- E depois? E depois como ela vai ficar? Se você morrer Draco ela vai ficar aqui sozinha, parou para pensar nisso? – os dois se encaravam e o loiro engoliu o seco olhando pra Gina.
- Eu não tenho idéias de como mudar isso...
- Pois eu tenho – disse ela abrindo um sorriso – foge com sua mãe e procura abrigo.
- Eles iriam atrás da gente, e mataria quem nos escondesse
- Talvez não – disse Harry baixo, ele finalmente tinha entendido qual era a de Lilly – Dumbledore pode te dar uma ótima cobertura. Gina se mexeu e todos os olhos se voltaram para ela, a garota disse algo, mas ninguém ouviu direito. Malfoy baixou a varinha de vez e Harry também além de aproveitar para se aproximar da garota.
- Eu não entendo o que ela diz, ela fala algo sobre “A toca”, mas eu não entendo – Lillyth com certeza ouvia melhor que Harry e Draco que só ouviam sons sem sentido.
- A casa dela – explicou Harry- a toca é onde ela mora
- Ela quer que eu vá morar com ela? – perguntou Draco surpreso, dessa vez Gina acenou com a cabeça num visível sim e depois para a surpresa de todos, ela conseguiu dizer palavras com mais força.
- Assim você pode fugir com sua mãe.
- Gina não se mexe, o cheiro do seu sangue vai se espalhar mais rápido. – a garota voltou o olhar para o loiro – então o que vai ser? Acabar com a vida de escravidão e procurar abrigo ou morrer? – O garoto olhava pra Gina que estava de olhos fechados.
- Tira a blusa dela, rápido.
- O que – Harry se assustou com aquilo. Lillyth entendeu e ajudou a levantar o corpo da garota enquanto Draco tirava o casaco de Gina e depois a blusa cinza que ela vestia por baixo.
- O frio. Vocês vão matar ela! – Harry baixou a varinha e se abaixou próximo a Gina, neste momento só de sutiã em uma floresta congelada. Harry olhou para o corpo de Gina e por um segundo se sentiu culpado de se aproveitar da situação e ciúmes por ver Malfoy despindo e vestindo a garota.
- Se vamos parar aquele ritual a blusa não vai ajudar – Malfoy disse isso fazendo Lilly sorrir - Se der errado, se minha mãe morrer, eu mato vocês – ele jogou a blusa cinza no chão e pegou a jaqueta da garota para vesti-la.
- Nós vamos cuidar de tudo não é? – Lilly disse ajudando Draco a vestir Gina.
- Claro que vamos – Gina murmurou depois que Malfoy a ajudava a vestir a jaqueta novamente por cima do sutiã
- Como você está? – perguntou Harry
- Com frio, mas melhor, parece que tiraram um peso das minhas costas.
- Culpa da blusa – comentou Lillyth – onde vocês deixaram Hermione? – perguntou ela encarando Malfoy.
- Na entrada da floresta.
- Temos de ir buscar ela.
- Não acredito que fiz aquilo com Hermione, se alguém realmente tiver de morrer esta noite, por favor, eu quero ter a honra – Gina disse levantando com a ajuda de Malfoy.
- Não, ninguém vai morrer hoje à noite – disse Draco tão rápido que assustou Gina, Harry ficou sério, mas nada disse.
- Querem para de papo e começar a andar? – Lillyth disse olhando para os lados, por um segundo havia achado ter ouvido passos distantes. Os dois acenaram com a cabeça e começaram a andar em direção a onde a luz parecia ser mais nítida, Harry seguiu eles com Lillyth atrás ainda olhando para todos os lados, não tinha nada em um raio de 300 metros e ela tinha certeza daquilo.
Não foi uma caminhada demorada, apesar deles perceberem que a temperatura tinha caído, o que era de se esperar em uma floresta fechado no inverno aquela hora da noite, por falar em noite Harry olhou para o relógio de pulso e viu que eram 7:46.
- 7:46... – disse ele devagar quando finalmente puderam avistar um monte encostado na árvore. Assim que Gina a avistou ela aumentou os passos e Lillyth parou.
- O que? – Draco começou a perguntar, mas ela respondeu bem rápido.
- Sangue. – disse ela desviando o olhar da garota no chão.
- Eu fico com ela, você ajuda Gina a cuidar de Hermione – Draco disse se virando para Harry que nem contestou a decisão do loiro e correu para onde Gina estava abaixada.
- Você pode ir, eu vou ficar bem, alias você deveria ir é mais seguro... – Lillyth falou tentando usar a situação para não ter de olhar para Draco.
- Eles são mais próximos de Hermione do que eu. Nessas horas é a família e os amigos que devem estar próximos, não os assassinos.
- Você não percebe que não há nada de ruim em você? Apenas a ilusão que fizeram você crer ser realidade. Nenhuma outra pessoa arriscaria a vida da sua família como você arriscou no momento que decidiu dar as costas a ele.
- Não foi só por minha mãe... - Lillyth não entendeu o que ele queria dizer com aquilo e virou para encará-lo e tentar alguma resposta através de seus olhos - Como disse, é bom ter amigos – ele se virou para olhar Gina e Harry ao redor de Hermione e de vez enquanto se via uma pequena luz irradiar da varinha de Harry, eles estavam tentando fazer algo por ela. – Eu preciso achar amigos verdadeiros.
- E juntar-se a seus inimigos pareceu uma forma de começar?
- Aí quem sabe um dia, eu chegue a saber o que é ser amado. – Ele não quis olhar para a garota que se aproximou de Draco, os dois permaneceram em silêncio.
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- Hermione? Diga que me ouve, por favor... – murmurou Gina quase que em desespero.
- Calma, ela vai ficar bem, nós vamos dar um jeito nisso, conhece algum feitiço para cura?- a garota acenou negativamente, Hermione virou a cabeça poucos centímetros- Hermione dá pra parar de se mexer? – o tom de voz do castanho era quase que de bronca.
- vulnera... sanetur - Hermione disse lentamente e Harry seu conta de que aquele era o feitiço, incrível como a garota poderia dar uma de inteligente num momento como aquele. Ele acenou e apontou a varinha para o braço da garota que parecia mais machucado.
- Vulnera Sanetur! – uma luz azulada irradiou da varinha do garoto e ao entrar em contado com a pele da garota fez ela recuperar um pouco da cor natural e a ferida levemente cicatrizar, ele repediu o feitiço algumas vezes até ter certeza de que as feridas estavam todas fechadas, o mais incrível é que ao terminarem Hermione conseguiu se sentar sozinha, ela olhou para Gina que olhava preocupara para o corpo da garota ainda com vestígios de sangue é cicatrizes recém fechadas.
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O silêncio se prolongou entre Lillyth e Draco, nenhum dos dois entendiam por que estavam começando a sentir um leve calor em meio a toda aquela neve, novamente a garota se sentiu sendo observada, desviou o olhar e examinou todos os cantos ao seu redor, perto das arvores, mas não encontrou nada, ele ouvia um monte de corações batendo rápido, e alguns mais distantes, mas não sabia se todos os corações que ouvia eram de pessoas, podia ser um animal, comensais ou uma série de coisas, ela teve de voltar sua atenção por que Draco a trouxe de volta para a realidade.
- O que houve? – perguntou ele baixo
- Ham?
- Se distraiu do nada.
- Acho que tem alguém nos observando, mas é impossível, a minha impressão é que a pessoa está longe, mas eu nem consigo ver, e não ouço um coração nitidamente com tantos batendo a minha volta – ela apontou para Harry, Gina e Hermione, os dois agora esclareciam a Hermione o que havia acontecido – Tem comensais aqui? – Ele ficou sério e respondeu com amargura na voz.
- Tem, tinha de trazer eles para o ritual, mas eles não devem sair da clareira com medo de encontrar alguém, para todos os fins eu ainda tenho todos em minhas mãos, mas agora que você disse, é melhor eu voltar para lá logo antes que eles percam a paciência e saiam por ai atrás de algo para “se distrair”. – Harry apareceu naquele momento e os dois se viraram e viram Gina ainda tentando alguns feitiços em Hermione.
- Sabe, ela aceitou isso melhor do que eu imaginava – comentou ele, sem notar o clima que havia se formado ali.
- Que ótimo por que a gente realmente precisa decidir o que vai fazer, e eu preciso voltar para... - Draco começou a falar, mas se deteve ao chegar próximo da palavra “comensais”, conversar com Lillyth era bem mais fácil do que com Potter, ele tinha certeza disso.
- Para onde os comensais estão? Eu concordo, eles não podem desconfiar que você mudou de lado certo? – Harry disse aquilo, sem saber exatamente se acreditava no que ele próprio dizia.
- Como Hermione está? – Lilly perguntou para mudar de assunto.
- Viva, mas reagindo bem como eu disse, ela também já sabia de toda a parte do ritual e estávamos vendo como vamos interferir.
- E ai? Acha que consegue se aproximar de Hermione com segurança? Fica mais fácil se estivermos reunidos – Malfoy disse se virando para Lilly que olhava para os lados – Não foi nada, eu saberia... – ele tentou passar uma certa tranqüilidade para a garota que acenou positivamente e os três seguiram para perto das garotas.
Draco se sentou na neve ainda sem encarar Hermione realmente, Lillyth teve de se conter para não abraçar a amiga, mas o cheiro dela ainda a afetava então distancia era uma boa coisa.
- O que vamos fazer? – perguntou Gina baixinho ao lado de Mione.
- Eu não entendo por que não podemos simplesmente voltar para o castelo – Harry falou um pouco alterado – sabe, a gente esconde ele – por ele a cabeça de Harry apontava Draco.
- Não – A castanha foi categórica – Malfoy me diz uma coisa, tecnicamente o ritual já começou? – ele fez que sim.
- Só termina quando consumado, não sei o que pode acontecer se não fizermos – disse ele em tom baixo, talvez imaginado o que aconteceria se voltassem para o castelo.
- Era disso que eu tinha medo.
- O que você acha que acontece? – perguntou Lilly do canto dela
- Vocês morrem – disse ela calmamente.
- ‘Vocês’? – Harry ergueu uma sobrancelha
- Hermione é um tipo de mediadora, a mestre sala do ritual, tecnicamente ela tem mais chances de viver quando o ritual acabar – comentou Draco.
- Exato, agora se lembra do texto? – ela perguntou olhando para o garoto.
- O Quarto Relato? – ele levantou as sobrancelhas.
- Isso, o que você entendeu? – a castanha tinha os olhos fixos no loiro.
- Aquilo é uma historia de alguém querendo se aproveitar de uma lenda. – ele cruzou os braços dando um leve passo pro lado.
- Bom pelo que estamos vivendo não é uma lenda, mas sabe o que eu descobri? É um relato! – Draco riu
- Jura? Me diz algo que eu não sei!
- Não é importante! – ela disse exasperada
- Mas é claro que é importante! É a chave pra tudo!
- É a chave, mas não é importante, não para nós. Lembra da garota que escreveu Leticce? – ele fez que sim, Gina e Lillyth se entreolhavam sem entender nada – ela sobreviveu ao ritual e se sentiu incomodada até escrever o texto, meses depois ela morreu em casa sem nenhum motivo aparente.
- Que tal uma avada? Afinal ela conseguiu os poderes virou uma bruxa, por séculos sabemos que existem bruxos que não aceitam as pessoas que adquirem poderes as que não nascem com eles.
- Uma sangue-ruim, sei que é mais fácil você tratá-la assim
- Granger, por favor.
- Fantasmas são almas que ficam presas na terra - ela começou a falar ignorando a Draco - quando deixam um serviço inacabado, quando estão emocionalmente presas a lugares onde viveu, quando tem medo do véu, ou quando querem perturbar a vida dos vivos. Leticce ficou aqui por que o serviço dela não acabou quando ela escreveu o texto, é não vai acabar até alguém dar um fim nesse ritual.
- Quer dizer que você viu o fantasma dela? – perguntou Lillyth, ela acenou com a cabeça – Onde?
- Na sala branca. – agora Draco fez uma expressão meio confusa
- Eu estive lá e não vi nada – disse o loiro meio sarcástico
- Hermione, eu também estive lá e não vi fantasma algum, e se ela está mesmo em Hogwarts alguém já a teria visto – agora a garota negou.
- Ela só pode ser vista na sala, tem ligação com a sala, com o livro, o livro só se abre lá, e ela só aparece para os mediadores do ritual.
- Então você a viu? O que ela disse? O que devemos fazer? – Flashes daqueles momentos na sala voltavam a cabeça da castanha, mas nada de útil
- Ela não disse, disse que só poderíamos mexer nas conseqüências...
- Então ai está – disse Gina.
- Como? – perguntou Harry
- Se só podemos mexer nas conseqüências, está decidido de que o ritual vai rolar, só que não da maneira planejada – disse ela com um meio sorriso
- Acho que eu entendi a teoria dela – disse Lillyth – Draco qual era a função de cada um de nos no ritual? – o loiro franziu o cenho e começou a falar.
- O ritual visa a morte de alguém, no caso.
- Eu – Harry respondeu mesmo sem ninguém ter perguntado nada, Draco continuou
- Mas é meio complicado matar o cabeça rachada por causa da ligação dele com o amor de vocês – todos fizeram caras confusas – eu achava que Dumbledore mantia vocês em uma redoma de vidro, não que ele escondia as informações de vocês – disse ele levantando as mãos como se estivesse se rendendo- mas enfim, matar a pessoa que ele ama era a parte mais fácil – Gina meio que piscou repetidamente ali e ficou olhando para as árvores longe. Hermione sentiu seu estomago desabar, por que eles não poderiam tratar dos casos amorosos depois de salvarem suas vidas? – ou seja, Gina teria de matá-lo, por isso eu dei a blusa e fiz com que ela acreditasse em... Bom em tudo – agora era Draco que sentir incomodo, ele fez de tudo para que Lillyth ficasse com Harry, principalmente na frente de Gina, aquilo o machucava de alguma formam, Gina continuava a olhar as arvores longe lembrando vagamente que Draco acabava de falar que só o amor de Harry poderia matar ele, e que só ela poderia matá-lo, queria dizer que... ele a amava? – era o sangue de Hermione que tinha de rolar por que Harry também gosta muito você – ele disse apontando para Hermione sem notar de que começava a utilizar os primeiros nomes facilmente – Bom, Gina teria de estar impregnada do seu sangue para matar Lilly e depois você e só ai Harry. Eu apenas deveria garantir que ela fizesse tudo certo, separar o sangue, juntar aos ingredientes e tudo mais. Lillyth é um pouco mais mágica que todos nós, ela seria mais uma das chaves para desencadear o feitiço.
- Agora troquem os lugares – disse Harry assustando a todos, ele era o que menos expressava surpresa ou emoção as revelações de Draco.
- Não vamos usar o sangue de Hermione, ela já perdeu o bastante por hoje – Lillyth começou – além de que vai ser insuportável ver um de vocês se cortando, eu vou. – Draco ia se intrometer, mas o olhar de Lillyth era cruel. Ele fechou a boca, mas logo voltou a falar.
- Eu assumo o lugar de Harry no altar. – disse ele brevemente – Hermione é melhor você ficar no lugar de Lilly, ela não ia fazer nada desgastante, e você vai precisar ficar em pé. Gina pega o meu e Harry pega o lugar de Gina, apenas corte o braço de Lillyth, retire um pouco de... – ele olhou incrédulo pra ela, a garota fechou a cara e pegou um galho seco e meio pontudo que estava largado não muito longe deles, ela friccionou a ponta conta a palma da mão que longe derramou gotas de um liquido vermelho vivo.
- Eu tenho sangue – disse ela lambendo a mão e rapidamente o pequeno corte se fechou
- Por favor, não faça mais isso – disse Gina – desculpe, mas é nojento.
- Certo, apenas tire sangue dela e encha metade da taça, não vai fazer falta né? Podemos repor depois – comentou o loiro rindo
- Sem graçinhas – ela disse ponto a mão na cintura.
- Gina você apenas divide o sangue em duas taças que vai haver lá e por as ervas, que afinal não vamos precisar se vamos estragar o ritual a gente tira a parte dos ingredientes.
- Ok, mas só tem uma parte que não bate – disse Hermione por fim
- O que?
- Se estamos apenas trocando de lugar, não estaríamos apenas trocando o alvo da pessoa a ser morta? – disse ela encarando Draco
- Não... vocês acham que eu estou tentando...
- Acho! Acho que você pretende se matar para terminar o ritual – disse ela. Lillyth ficou muda. – Acontece que se você se matar a coisa não termina de vez...
- Eu disse para retirar a parte dos ingredientes! – disse ele elevando um pouco a voz- Como a coisa toda vai funcionar sem uma parte?
- Então está tentando matar a todos? – perguntou ela com um sorriso nada amigável.
- Você deve sofrer de algum tipo de paranóia- comentou ele revirando os olhos
- Eu apenas não entendo.
- Então deixa eu ser claro, eu já dei para trás com ele só por estar aqui, conto que você vão manter minha mãe viva, conto que todos vamos sair daqui vivos, mas se alguém tiver de morrer, sim, vai ser eu, se. Eu tenho um plano, tem apenas quatro deles na clareira, somos 5, ou 4 e meio, mas Lillyth conta quase como dois, e aposto que mesmo machucada você ainda pode fazer um belo estrago Granger. Meu plano e seguir em frente até a parte em que Gina mataria Harry, mas ai eles vão estar tão desconcentrados pensando nas regalias que vão receber do lord que vai ser a oportunidade perfeita para atacar eles, o ritual vai ser feito, as conseqüências mudadas, não vamos negar que o risco de haver uma morte não exista, mas não precisa ser a nossa. - a voz do garoto estava bem mais alterada do que a voz que ele havia começado a falar
- Falem mais baixo, por favor – Gina disse levemente sem olhar pra ninguém e sem esperar uma resposta.
A castanha pareceu meio surpresa e se deu por vencida, depois lhe veio a mente como nada dos sonhos batia com aquilo, ela sorriu, estavam fazendo a coisa certa, e mudando as que eram certas.
- Como pretende mudar todos nós de lugar, e você ficar no lugar que deveria ser a morte de Harry?
Draco abriu um sorriso ainda maior, e tirou uma garrafinha com um liquido marrom dentro dele
- Poção polissuco.
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Draco entrou na clareira puxando uma Hermione com cortes horríveis em todo corpo, um sorriso e um aplauso cortaram o silencio na clareira enquanto ele jogava o corpo no chão, a garota arfou e olhou para cima arregalando os olhos ao ver um vulto em pé a sua frente com uma varinha em sua direção.
- Você demorou, mas tiro o capuz, ou tiraria, para o seu belo serviço. Por que a demora? - disse uma voz grossa e firme um pouco assustadora, depois o vulto chutou o corpo da garota enquanto se dirigia a Draco.
- Não é dá sua conta, espero que não tenham feito besteiras enquanto sai.
- Hey, o herdeiro está inquieto... Não fizemos nada, mas, meia hora de atraso e quase que inadmissível.
- Vai ser bem admissível quando tudo estiver cumprido. – os dois se encaravam sem mexer um único músculo da face, um leve estalar fez Draco desviar o olhar para árvores próximas, olhar que não passou despercebido.
- Alguém... – sem deixar o vulto terminar sua frase, Draco a passos largos, chegou a tempo de ver Gina entrando na clareira puxando Harry com uma varinha em seu pescoço. – sorriso se viu no rosto de 2 dos encapuzados, os outros dois estavam espantados, não que o olhar de ódio de Gina fosse um meigo olhar que se espera de uma garota ruiva de olhos azuis.
- Por que a demora? – perguntou Draco.
- Um ridículo drama, mas eu cuidei bem disso não foi Harryzinho?
- Oh, será o fim para o eleito – disse o vulto se deliciando com as próprias palavras.
- Gina – Harry tentou dizer algo quando uma mão lhe acertou a cara o deixando sem escolha a não ser perder o equilíbrio e cair no chão gelado
- Hahaha – risos vinham de um dos vultos mais afastados, mas era um riso feminino ele tinha certeza – agora onde está a última bolacha do pacote, achei que você tivesse controle sobre ela Malfoyzinho.
- Cale a boca – disse ele antes de se virar para Gina - Gina ponha Harry lá, ele apontou para uma espécie de uma mesa de pedra coberta com delicados flocos de neve. – a ruiva olhou fundo para os olhos de Hermione ofegante em uma árvore próxima, e depois arrastou Harry para o lugar designado. – Lillyth não deve demorar, ela ficou limpando a nossa bagunça.
- Hum – o vulto descarado reclamou, mas logo se distraiu observando Harry que desviou o olhar para Hermione. – onde estão as varinhas?
- Caíram na floresta quando eles acharam que podiam se livrar de nós – disse Draco em um sorriso provocante, que Gina retribuiu.
- Quando tempo ainda teremos que esperar?
- Não confia em mim? Não sei por que a pressa, já disse que está tudo ocorrendo no tempo previsto.
- Acontece Draco, que se sua amiguinha não estiver aqui dentro de meia hora eu vou começar a me estressar e sou capaz de eu mesma ir tirar aquela garota de dentro daquele castelo. – disse o vulto de voz feminina cortante que estava mais afastada do grupo e agora se aproximava
Draco se virou para encarar Bellatriz, e apesar da mulher ser mais alta, ele não sentia menor preocupação com isso.
- Eu cheguei mais longe do que qualquer outro comensal chegou, está vendo ali – Draco apontou para um corpo que estava imóvel sobre uma espécie de altar feito de pedra- ali está o prêmio! Você já está levando parte de um crédito que pertence somente a mim, por que eu estou fazendo o sacrifício maior aqui!
- Claro, veja como você ficou fraco, agora um tolo sentimental, está com pena por que seu amorzinho vai morrer? Está triste pela vampirinha? Mas até onde eu sei, ela não te ama então...
- CALE A BOCA! – Draco puxou a varinha- C-A-L-E A B-O-C-A – e depois baixou a voz para algo próximo a um sussurro - Eu não a amo, eu a usei, ela estará morta daqui a pouco, por MINHA causa, eu fiz minhas escolhas agora cale a boca!
Bellatriz não arriscou atiçar mais o loiro, este se virou para a orla da floresta novamente e pensou: “Vamos lá Lillyth anda logo”.
Foram vários minutos de espera , volta e meia Hermione virava a cabeça para a floresta, mas logo fechava os olhos tentava ouvir ao invés de ver, Harry deitado olhava para Hermione fixamente e volta e meia sacudia a cabeça pra se livrar dos flocos de neve que pousavam em seu rosto. Gina estava abraçada com Draco perto das arvores, os dois estavam com os olhos fixos nas arvores.
- Está demorando, acha que aconteceu algo? – Gina perguntou em um tom baixo que apenas Draco e Hermione foram capaz de ouvir.
- Não, está quase na hora, mas é melhor não tem pressa. – ele respondeu em um tom pouco mais baixo. Os passos de um comensal irritado ecoavam atrás deles. O corpo no altar não tirava os olhos de Hermione, não era o corpo dela, mas vê-la sangrar por sua causa o fazia pedir para morrer logo... Enfim, onze longos minutos se passaram, até que alguns galhos começaram a se mover é uma juba loira foi se distinguindo entre as arvores congeladas. Lillyth tinha chegado a clareira.
Primeiro a garota encarou Gina abraçada a Draco, deu um leve sorriso e caminhou até o corpo de Harry, ali o sorriso desapareceu ao mesmo tempo que ela metia um grande tapa no garoto, a marca de 5 dedos ficaram bem visíveis no rosto pálido.
- Acho que podemos começar – uma voz rouca de um dos vultos que se mantiveram calados chegou aos ouvidos de Draco, ele olhou no relógio. 20:43. Ele olhou para Gina e acenou positivamente. A garota desgrudou do loiro e caminhou ate o pé do altar de pedra, encostados no chão havia dois cálices, uma faca de prata e várias ervas dentro de um papel pardo. Ela se abaixou e pegou um cálice é a faca, depois se virou em direção de Hermione que estava olhando para o outro lado totalmente distraída, um leve assovio fez ela voltar sua atenção para a garota, e rapidamente fazer uma cara assustada, ela arfou algumas vezes, balbuciou palavras sem sentidos, mas Gina apenas levantou visivelmente seu braço e deslizou a ponta da faca a partir da altura do cotovelo ate meio pulso dela, as duas se encaravam firmemente, um liquido vermelho vivo aflorou da pele da garota já manchada de sangue seco, a Lillyth perto de Draco de passos em direção da garota, mas o garoto a segurou.
- Não! – disse ele firmemente, os comensais ainda de capuz passavam um ar aflito e uma grande expectativa, ao mesmo tempo nada faziam, apenas faziam a segurança do local, tudo tinha de correr perfeitamente bem... E correria.
Gina quebrou a conexão com os olhos da amiga ao terminar de encher meia taça, depois seu olhar caiu novamente no corte que havia feito o sangue escorria lentamente, ela largou o braço sem a menor cerimônia e se virou para onde Draco estava segurando Lillyth que olhava obsessivamente para Hermione com um olhar profundo, era real. O loiro puxou Lillyth para trás, e depois ele a largou, mas ela não avançou, continuou parada olhando para Hermione, e volta e meia ela abria levemente a boca. Draco pegou o segundo cálice onde Gina derramou metade da primeira, ele se virou para o corpo no altar, mas antes de derramar o conteúdo uma voz cortou o silencio.
- Os ingredientes – novamente a voz feminina os alcançou, ela prestava atenção – não creio que você possa ter esquecido – disse ela entre a raiva e o sorriso.
- Não esqueci, mas creio que ainda não é o momento – devolveu o garoto em um tom amigável.
- Pelo que me recordo as duas taças devem conter a mesma solução obtida pela junção do sangue com...
- Com a poção dos 3 séculos, aquilo está errado. O garoto puxou de dentro do casaco um pequeno livreto marrom e jogou para a comensal – se você analisasse as coisas, eu percebi que está parte estava inelegível, e depois de alguns feitiços de reparação eu consegui a formula verdadeira, o assassino é o único que pode beber da poção, o corpo pode se munir que imunidade contra a faca depois da poção – depois sem nenhuma palavra ele derramou o sangue pelo altar, Gina o observava esperando um novo sinal, passado alguns segundos ela se colocou a faca dentro do cálice e depois acrescentou os ingredientes no cálice, retirou a faca e deitou o cálice ainda com sangue na ponta da mesa próximo aos pés de Harry, e se virou para o corpo no altar, Draco se afastou e se manteve próximo de um os vultos, Lillyth estava a três passos do vulto de voz feminina, havia um terceiro perto do corpo de Hermione, e um afastado dos demais do outro lado do altar, Gina rodeou o altar a fim de ficar 4 passos a frente do comensal.
Draco colocou as mãos dentro do casaco ate seus dedos entrarem em contado com a superfície fria da sua varinha, seu coração acelerou. Lillyth segurou o cós da calça discretamente como uma adolescente desleixada, mas a varinha dela roçava a centímetros dos seus dedos um grande nervosismo se apoderou dela. Harry não olhava para Gina, era meio que um modo de tentar impedir que o pânico o tomasse, ele pensava na sua mão, não faria aquilo se não achasse que podia protegê-la, agora ele precisava se concentrar era o único realmente desarmado ali, ele podia ver levemente os movimentos dos outros em direção das varinhas, todos óbvios, mas os comensais estavam cegos ao ver Gina levantando a faca em direção a ele, ela a encarou pronto para rolar o que viesse a seguir. Seu coração desembestou em um batuque enlouquecido. Gina levantava a faca acima do corpo do loiro, segurou aquilo com força suficiente para fazer seus dedos doerem. Hermione olhou para aquela cena enquanto sua mão que tentava estancar o sangramento causado pela faca descia em direção da sua calça ela desceu a mão levemente até sentir um leve volume fino encostado no seu corpo. Enquanto isso o barulho dos corações ao seu redor aumentavam, estavam todos nervosos, viu – se o sinal. Como descreve o que se passou tão rápido quanto qualquer um pode ver?
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