Capítulo 4



Ane olhava minuciosamente algumas pessoas naquele majestoso salão, tinha que conseguir todas as informações necessárias.
- De onde você é Avon? Uma menina ruiva e sardenta que Ane reconheceu sendo a irmã de Ron perguntou.
- De um lugar que não te interessa. Respondeu indiferente sem perceber a risadinha do resto da mesa.
- O que você tanto olha Ane? Pyxis perguntou intrigada.
- Nada de mais Pyxis. Respondeu carinhosa.
- Pyxis que tal a Isys e Vega e você dormirem no nosso dormitório essa noite? Lyra piscou para irmã.
- Perdão, como você a chamou? Neville perguntou estranhando.
- Pelo nome dela. Respondeu num tom óbvio.
- Nev, meu nome é Hermione Pyxis Granger. Inventou de última hora, pois ela sabia que seu verdadeiro nome era Pyxis Avon.
- Ah... Disse sorrindo.

Tem alguém que não tira o olho de você, maninha, Isys projetou na mente da irmã.
Quem?
Aquele primo do Malfoy, acho que é Marcus, sei lá...
Fazer o quê, sei que eu sou linda! Mas, ele NÃO tem chances comigo... Loiros não fazem meu tipo.

Em outro lugar, outra dimensão...

- Malditas! Urrou o homem com ódio.
- Acalme – se, onde está a frieza de sua casa? A mulher disse com inteligência, parando o ataque do companheiro.
- Ela tem razão, elas ainda não venceram isso é apenas o começo e nossos nomes que ficaram eternizados no final! Outro homem disse em deslumbre.
- Nós ainda temos um trunfo. Outra mulher disse profética.
Novamente em Hogwarts...

- Ane, planeta terra chamando! Harry estalou os dedos na frente da morena.
- Desculpa Harry, o que disse? Perguntou sorrindo.
- Só comentei que você e a Ly fizeram história aqui em Hogwarts, aposto que os fundadores estão se remoendo no túmulo. Disse com um meio sorriso.
- Aposto. Ane tinha um brilho enigmático no olhar.
- Lyra venha daqui a pouco com elas. Ane avisou séria e levantou, estava se sentindo cansada, fez muita força protegendo a mente.

Caminhou pelos corredores, mapeando em sua mente o local. Parou num corredor que tinha uma janela com uma linda vista da lua cheia, ficou parada apenas admirando a paisagem e sentindo a energia lunar, foi quando sentiu – se vigiada.

- Quem é você? Perguntou virando lentamente.
- Marcus Malfoy. O loiro respondeu com um meio sorriso irônico.
- Não perguntei isso, seu nome pouco importa quem é você? Ela sentia que ele tinha poder, tinha uma aura sombria poderosa, não gostou.

Marcus ficou sério, ela era esperta, diferente, aproximou – se encurralando Ane, colocou uma mão de cada lado da mesma impedindo a passagem dela.

- Descubra. Disse bem próximo do rosto da morena.
- Se afaste. Avisou fria.
- Se eu não quiser? Desafiou sorrindo com arrogância.
- Eu serei a última pessoa que você verá. Ameaçou seus olhos ganhando um brilho perigoso.

- Afaste – se dela Marcus! Draco chegou gritando.
Ane aproveitou a distração do rapaz e deu um chute no meio das pernas dele que caiu com muita dor.

- Não se aproxime de mim Malfoy. Vamos Draco. Ane disse séria e fria, saiu pisando com a ponta do salto na mão do loiro que gritou de dor.
- Não quero você perto da minha amiga, não quero que aconteça o que aconteceu com... Draco foi interrompido.
- Cale – se Draco, você me paga Avon! Marcus gritou com raiva.
- Ui que medinho, vem Draco! Ane debochou e saiu puxando o amigo.

Draco e Ane foram para os jardins e sentaram perto do lago.

- Marcus é perigoso Ane, fique longe dele. Draco disse sério.
- Eu sou mais Draco, não se preocupe como me achou? Perguntou curiosa.
- Estava num corredor próximo quando ouvir a conversa. Respondeu tranqüilo jogando o cabelo pra trás.
- Ele é totalmente diferente do Alan nem parecem irmãos gêmeos. Ane jogou a isca precisa descobrir quem era esse loiro.
- Digamos que Marcus é o que a família deseja, ele é o bom moço da família. Já o Alan seria digamos a “ovelha negra”, ele não segue as regras e nem pretende. Falou sorrindo com descaso.
- E você? Ane perguntou cada vez mais curiosa.

Draco sentiu que podia confiar na garota e resolveu revelar seu verdadeiro ponto de vista.

- Minha família quer que eu vire um comensal e siga o tio Voldie, mas sinceramente eu não quero seguir um mestiço que acha que pode mandar em todo mundo, poupe – me. Falou fazendo uma careta engraçada.
- E o Harry? Por que não o ajuda? Perguntou interessada.
- Eu ajudar o “Garoto – que – se – recusa- a – morrer – pelo – Tio- Voldie”? Não, Potter já tem gente demais pra morrer por ele.

Ane não agüentou e riu, ela ria tanto que sua barriga doía. Para ela, Draco tinha apenas ciúmes de Harry, mas preferiu não comentar.

No outro lado do jardim Lyra caminhava devagar com Harry.

- Voldemort matou meus pais, ele merece morrer. Harry tinha os olhos brilhando em vingança.
- Deveria parar de chama – lo de Voldemort, qual é o nome verdadeiro dele? Lyra sorria misteriosa.
- Tom Riddle. Respondeu naturalmente.
- Harry nós devemos temer a pessoa e não o nome. Entende Riddle criou esse outro nome para os outros sentirem medo. Ela o estava manipulando o fazendo refletir.
- Eu não tenho medo dele, Tom ou Voldemort morrerá pelas minhas mãos. Harry disse seguro.
- O que você tem feito pra isso acontecer?
- Como assim? Perguntou sem entender.
- Ora você acha que vai vencer com estupefaças e petrificus totalis? Perguntou achando graça.
- Não, mas é que eu não tinha pensado nisso. Respondeu franco.
- Devia pensar Harry, enquanto você não faz nada Riddle está por aí se armando. Disse séria.
- Deveria conversar com Dumbledore. Falou sério.
- O tio Dumby é um velho Harry! Essa guerra vai ser vencida por nós... Dumbledore não é tudo isso que vocês pensam. Disse levemente irritada.
- Eu confio em Dumbledore. Disse convicto.
- Pois não devia. Mas, eu vou permitir que você veja a realidade com seus olhos. Lyra falou firme.
- Você é muito misteriosa. Disse rindo tenso.
- Só o necessário. Brincou sorrindo.
- O que acha que devo fazer? Perguntou ainda sorrindo.
- Se esforce nos estudos, a guerra exige conhecimento, não se distraia com bobeiras, treine feitiços mais avançados, aprenda algum tipo de luta trouxa, acredite é bastante útil, tenha um bom condicionamento físico. Torne – se um guerreiro, um líder. Lyra responder extremamente séria e num tom profissional.
Harry encarou Lyra intensamente, as palavras da garota penetraram em sua mente e ele finalmente se deu conta do que quer dizer a palavra Guerra
- Você tem razão, obrigado Lyra. Falou sério.
- Posso te ensinar luta trouxa. Propôs sorrindo.
- A Ane poderia me ensinar? Negociou.
Lyra riu sim Ane poderia ensina – lo, coitado não sabe com quem se meteu.
- Claro, falarei com minha irmã. Confirmou ainda rindo, mas parou quando viu do outro lado do lago sua irmã e Draco.
- O foi Ly? Harry perguntou, mas logo entendeu e se enfureceu quando viu o motivo.
- O que aquela fuinha maldita está fazendo com a Ane? Perguntou caminhando rapidamente para lá, fazendo Lyra praticamente correr.

Ane e Draco estavam rindo de uma piada do loiro, quando a morena avistou de longe Harry e Lyra conversando muito íntimos para opinião dela e depois eles andarem para onde estava.

- Posso falar com você Ane? Harry perguntou com uma cara assassina ao loiro.

Ane arqueou as sobrancelhas, mas levantou – se e acompanhou Harry.
Lyra chegou um minuto depois e sentou ao lado de Draco.

- O que fazia com aquele “Testa – Rachada”? Perguntou frio.
- O mesmo que você fazia com a minha irmã . Respondeu emburrada.

Draco ficou mudo, não entendeu a irritação de Lyra, Ane era só amiga dele. E ela estava com aquele maldito Grifinório!
Lyra batia constantemente os dedos na grama irritando o loiro do lado, não sabia por que mais detestou vê Draco com sua irmã.

- O que quer Harry? Ane perguntou com um meio sorriso.
- O que estava fazendo junto daquele “Fuinha Saltitante”? Perguntou autoritário.
- E o que você estava fazendo com a minha irmã, Hein Sr. Potter? Perguntou irritada.
- Conversando. Respondeu rude.
- Eu também! Respondeu ainda mais irritada pelo tom de voz dele.


- Dá pra parar com esse barulhinho? Draco perguntou irritado à Lyra.
- Não. Respondeu fria.
- Pará! Mandou firme.
- Você não manda em mim! Disse com raiva.
- Você é muito irritante! Resmungou irritado.
- E você é muito chato! Disse levantando e o loiro fez o mesmo.
- Teimosa!
- Mimado!

Em pouco tempo Ane, Harry, Draco e Lyra brigavam e alto e bom tom.

- Chega! Pyxis, Vega e Isys gritaram juntas chegando onde os quatro estavam.
Eles pararam no mesmo momento com a respiração ofegante e com caras de assassinos uns para os outros.

- O que está acontecendo? Vega perguntou olhando duramente cada um deles.
- Nada, vamos embora Lyra, não quero ficar perto do “Escolhido”. Ane disse fria.
- Vamos Ane, não quero respirar o mesmo ar que ilustríssimo senhor Malfoy. Disse com a voz carregada de ironia.
- Vamos garotas! Lyra e Ane gritaram para as meninas. Elas saíram e deixaram o Sonserino e Grifinório sozinhos.

Draco e Harry deixaram – se desabar no chão, até agora não conseguiam assimilar como conseguiram brigar tão rápido com as meninas.

- Mulheres... Draco resmungou baixinho.
- Quem as entende... Harry completou mal – humorado.
- Afinal, o que você tava fazendo com a Ane? Harry perguntou sério pra Draco.
- Eu a salvei do idiota do meu primo Marcus e ficamos conversando e você o que fazia com a Lyra? Draco mantinha a postura cansada.
- Estávamos procurando a Ane e conversando. Respondeu igualmente cansado. O que esse outro Malfoy queria com a Ane?
- Eu não sei, mas ela deu uma lição nele, eu nunca quero brigar com a Ane, ela sabe machucar. Draco disse rindo zombateiro.
- Elas são diferente, né? Harry perguntou vagamente.
- São elas escondem algo, eu sinto isso. Respondeu distraído.

Quem visse a cena não acreditaria, lá estavam Draco Malfoy e Harry Potter tendo uma conversa civilizada.

Lyra e Ane caminhavam estressadas pelos corredores sendo seguidas de perto pelas irmãs.
- Afinal, o que houve? Pyxis perguntou impaciente.
- Quanta presunção daquele idiota do Potter, ele acha que é quem pra tirar satisfações com quem eu ando? Ane praticamente berrou no meio do corredor.
- Ele é o menino – que – sobreviveu? Pansy perguntou com um sorriso irônico.
- E aquele metido do Malfoy, aquela arrogância toda? Eu o odeio! Lyra disse gritando no auge do estresse.
- Vocês duas querem parar de gritar, vão acordar meia Hogwarts! Isys disse firme.

Ane e Lyra se calaram, encontraram finalmente o dormitório, estavam no segundo andar, de frente a um quadro com uma menina com olhos roxos, usava um vestidinho lilás e segurava um guarda – chuva, ela sorria com doçura.

- A senha, por favor. Pediu meiga.
- Rosas Negras. Ane e Lyra disseram juntas.

Elas entraram, o pequeno apartamento possuía uma sala comunal com um sofá lilás, duas poltronas da mesma cor, uma lareira aconchegante, elas olharam para as escadas que davam para os quartos, subiram apressadas, viram duas portas com os respectivos nomes e uma que devia ser o banheiro.
Lyra entrou no seu, era todo branco e lilás, uma cama de solteiro, uma mesinha de cabeceira e um guarda – roupas. O de Ane era idêntico, elas desceram para sala.

- Falta estilo nesse lugar, não acha maninha? Lyra perguntou divertida a Ane.
- O que vocês vão fazer? Pyxis perguntou curiosa.
- Uma pequena reforma, afinal somos cinco pra dormir em duas camas, não dá... Ane sorria divertida.
- Fiquem aqui, vocês terão uma surpresa. Lyra avisou rindo.

As duas subiram, ficaram lá alguns minutos, e pediram para irmãs subirem, elas tiveram uma grande surpresa.

Os quartos foram unidos, ficando apenas um, com duas janelas com cortinas negras, havia duas camas de casal forradas com colchas negras com estrelas lilás, os dois guarda – roupas ficaram um em cada canto do quarto e ganhou uma tonalidade de madeira escura quase negra, perto da janela estavam às mesinhas em uma delas havia uma delicada caixa de vidro com algumas poções dentro, o quarto ainda ganhou uma belíssima penteadeira com a armação em prata um sofá cama lilás bastante confortável.

- Nossa! Vocês capricharam. Isys riu.
- Sentem – se garotas. Ane pediu agora bem mais calma.
Todas estavam numa das camas, Pyxis, Isys e Vega tinha um olhar curioso em cima das outras.
- Bem, vocês não possuem todos seus poderes, sabem o por quê?
- Não. As três responderam juntas.
- Quando vocês foram seqüestradas receberam uma forte maldição, vocês como eu vou explicar dormiram ou invernaram um longo período. As pessoas que vocês vivem não foram escolhidas de propósito, elas controlam parte da maldição... Vocês por acaso não se lembram de algo, um objeto eu não sei bem que vocês ganharam deles quando menores? Lyra disse séria.
- Eu na verdade não me lembro muito da minha infância, minhas lembranças começam quando eu entrei em Hogwarts, mas tem sim um objeto que sempre esteve comigo. Isys disse com o olhar vago.
- Engraçado agora que você falou, eu também não me lembro... Mas, tem um objeto. Pyxis e Vega disseram.
- Quais? Ane questionou.
- Uma pulseira. As três responderam e se olharam curiosamente.
Ane e Lyra viram as pulseiras, elas exalavam um sutil e forte encanto, olharam cúmplices e falaram.
- Quando vocês retirarem essas pulseiras, vocês começaram a ter lembranças, seus poderes despertaram, o passado irá atormentá – las. Ane disse sombria.
- Vocês precisam ser fortes. Lyra disse olhando carinhosamente as irmãs.
- Tirem! Ane e Lyra mandaram.
Elas retiraram e sentiram uma forte dor, o quarto foi invadido por uma luz prateada que logo se dissipou.
- Calma, a dor logo vai passar. Lyra disse calma.
Aos poucos Vega, Pyxis e Isys foram recuperando as forças. Havia algo diferente nelas, ninguém conseguia distinguir o que era somente sentiam isso.
- Agora descasem, amanhã irá começar o treinamento, boa noite queridas irmãs. Ane disse meiga.
Lyra com um aceno de mão fez toda luz se apagar e o quarto caiu na penumbra.
Pyxis dormia ao lado de Ane, Isys dormia com Ly e Vega dormia no sofá cama.

Seu vestido esvoaçava com o vento, ela corria sem rumo, nunca esteve nesse lado da ilha, seu pai lhe dizia que era perigoso... Maldita hora que não o escutou...
- Céus, onde eu estou?! A menina gritava irritada.
Já estava com falta de ar pela corrida a névoa cada vez mais densa impedia sua visão. Olhou para os próprios pés, que estavam molhados... Isso só podia significar que estava perto do mar, mas onde?
Ouviu som de passos e automaticamente pegou o punhal, o som cada vez mais forte, vindo em sua direção...
- Quem está aí? Gritou.
Nenhuma resposta.
Sentiu um deslocamento de ar atrás de si e virou-se segurando o punhal mais firmemente.
- Abaixe o punhal agora. Disse à voz que a morena tanto conhecia que a fez relaxar.
- Papai. Falou com um grande alívio na voz e saltou sobre o homem.
- O que faz aqui pequena, não lhe disse que era perigoso. O homem disse firme.
- Fiquei curiosa pra saber o que havia aqui, e me perdi. Falou manhosa.
O homem sorriu docemente e pegando a menina no colo desapareceu daquele lugar, onde anos mais tarde a criança descobriria que era um portal...


Vega levantou suando, o sonho parecia tão real. Então lembrou – se do que Ane e Lyra disseram, o sonho forá uma lembrança adormecida. Voltou a dormir dessa vez sem sonhos.

Na manhã seguinte Pyxis acordou primeiro, o quarto ainda estava totalmente escuro, resolveu acordar as irmãs e abriu as cortinas com tudo.

- Aí!!! Gritou as irmãs acordaram com o grito.
Com um movimento de mão Ane fechou todas as cortinas, deixando o quarto mergulhado no breu.

- Vem cá Pyxis, deixe – me vê isso. Lyra chamou carinhosa.
- O que aconteceu? Vega perguntou preocupada.
- O sol queima a pele de vampiros. Ane respondeu calma.
- E como nunca nós queimamos? Pyxis perguntou com a mão ardendo e muito vermelha.
- Nós não tínhamos todos nossos poderes, a pulseira Pyxis. Isys disse como se fosse obvio.
- E como vamos sair agora? Vega perguntou intrigada.
- Do mesmo modo que eu e Ane saímos. Lyra respondeu sorrindo divertida.
- E que modo seria esse? Pyxis fez uma careta ao sentir Ane tocar o machucado, mas logo passou o ferimento havia sumido.
- Como fez isso? Perguntou surpresa.
- Um feitiço de cura simples, só pra apressar o processo já que vampiros se curam naturalmente.
- Ah... E como vamos mesmo sair daqui?
- Tá vendo aquela caixa ali na mesa, aquelas poções nos permitem sair no sol como qualquer um e também termos nossos reflexos visto nos espelhos. Lyra disse séria.
- Mas, são tão poucas. Pyxis observou.
- Nós sabemos fabrica – las e ensinaremos vocês, não é tão complicada. Ane disse gentil.
- Todo dia se toma uma e pronto, vamos tomar? Lyra falava como se elas fossem crianças de cinco anos.
Elas tomaram fazendo careta, a poção tinha um gosto horrível.
- Vocês se acostumam. Ane e Lyra riam.

Elas se arrumaram como no dia anterior, Ane e Lyra ganharam no uniforme o brasão de sua casa, era um escorpião com uma estrela por trás, as cores eram preto e lilás.

- Sugestivo nosso brasão, hein maninha. Lyra ria debochada.
- Acho que eles têm medo que agente acabe matando alguém com nosso veneno. Ane tinha um sorriso zombateiro no rosto.
- Imagina nossas irmãs são tão inocentes, jamais fariam mal a uma mosca. Vega falava totalmente irônica.

Todas desceram para o Salão Principal, todos estranhavam a forte união que elas transmitiam sendo que há pouco tempo elas nem amigas eram...

Pyxis e Ane sentaram-se à mesa Grifinória, Isys foi pra Corvinal e Vega e Lyra foram para mesa Sonserina.
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- Bom dia garotas. Harry disse sorrindo.
- Bom dia Harry. Hermione disse calma.
- Dia Potter. Ane ainda estava irritada com o moreno.
- Bom dia meninas, você está mais pálida ou é impressão minha Hermi? Ron perguntou com a sobrancelha arqueada.
- Só impressão sua Ron. Hermione desconversou.
- Bonito brasão Avon, combina com seu veneno. Harry disse irônico.
- Jura? Senão quiser provar do meu veneno é melhor calar a boca. Ane disse no mesmo tom.
- E como eu vou saber se ele é doce? Perguntou com um sorriso presunçoso.
- Não sei se ele é doce, mas tenho certeza que ele é letal. Respondeu ameaçadora.
- Tô morrendo de medo. Falou fingindo tremer.
- Tem gente que não tem noção do perigo. Ane disse cinicamente.
- Harry e Ane fiquem quietos, por Merlin! Ron disse impaciente.

Na mesa Sonserina.

- Então Srta. Avon já está mais calminha? Draco perguntou com sarcasmo.
- Quem sabe eu fique depois de te azarar, que tal? Lyra falava irônica.
- E quem disse que você consegue me azarar? Ele estava a desafiando.
- Não me provoque Malfoy. Lyra advertiu levemente irritada.
- Ei vocês dois dá pra pararem com isso? Eu quero comer em paz. Pansy parou a discussão.
Alan chegou com um imenso sorriso no rosto sinal que tinha aprontado alguma.
- Como vai bela dama? Perguntou pegando na mão de Lyra.
- Bem Alan, pra que tanto bom humor? Perguntou sorrindo.
- E por que eu não estaria de bom humor, a vida é bela, eu sou belo, você é bela, todos são belos ou quase todos. Disse rindo.
- Anda logo, pode ir falando o que você aprontou Alan? Pansy disse entre o sério e o divertido.
- Nossa! Vocês não confiam mesmo em mim, uma pessoa tão séria, respeitadora de regras e prestativa. Ele dizia num falso tom magoado.
- Alan Malfoy, você precisa nascer de novo pra ser tudo isso que você falou, agora fala logo o que você fez? Draco falava debochado.
- Assim você me magoa priminho, eu só... Ah, eu não vou estragar a surpresa, esperem e observem. Disse rindo da cara de emburrado dos outros.
- Esse Alan não toma jeito. Blaise que acabava de chegar dizia sorrido.

Na mesa da Corvinal.

- O Draco tá ainda mais bonito esse ano, você não acha? Cho falava praticamente babando.
- Também acho, mas o outro Malfoy, o tal de Alan é um gato também. Padma falava sonhadora.
Luna que estava próxima escutou a conversa, por algum motivo havia acabado de perder a simpatia que sentia por Padma, ora onde já se viu achar aquele loiro metido a garanhão um gato. Pensou irritada.

- Oi, eu sou o Phillip. O garoto sentou – se ao lado da loira.
- Olá, eu sou a Luna. Apresentou – se educada.
- Desculpe perguntar é que eu vi ontem você com uma morena de olhos celeste, qual é nome dela? Phillip perguntou docemente.
- O nome dela é Lyra. Respondeu sorrindo.
- Bonito nome que nem ela. Disse com o olhar vago.
- Bom Phillip a conversa está boa, mas eu preciso ir, até as aulas. Luna falou calma, deu um suave beijo no rosto do colega e saiu.

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Alan na mesa da Sonserina fechou a cara quando viu Luna dar um beijo no rosto de um Corvinal.
- O que foi Alan? Pansy perguntou vendo a mudança do amigo.
- Nada, quem é aquele Corvinal ali? Perguntou apontado o garoto.
- Ele foi selecionado ontem, acho que é Phillip o nome dele. Blaise falou com uma sobrancelha erguida.
- Ah. Limitou – se a falar.
- Você é estranho, uma hora só falta pular de tanta alegria na outra tá com essa cara de assassino. Lyra disse rindo zombateira.
- São as mil faces de mim. Disse com um sorriso enviesado.

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Na mesa Grifinória Gina havia acabado de chegar e sentou ao lado de Harry.

- Bom dia gente. Disse animada.
- Bom dia. Todos responderam menos Ane que não gostou do jeito que a ruiva se insinuava para Harry.
- Gente eu vou pegar uns livros na biblioteca, até mais. Hermione avisou e saiu.
- Ela não perde essa mania. Ane riu sozinha.
- Que mania? Ron perguntou curioso.
- Livros, Pyxis sempre foi louca por eles. Falou sem pensar.
- Como você sabe e por que chama a Hermione assim? Gina perguntou intrigada, não gostava nem um pouco de Ane.
- Ela me contou e eu a chamo como eu bem querer Weasley. Respondeu seca.
- Vocês ficaram amiguinhas muito rápidas, não é Avon? Perguntou com raiva no olhar.
- Digamos que sempre fomos amigas, só nos reencontramos. Respondeu fria e enigmática.
- Hermione é minha melhor – amiga e eu sei tudo sobre ela, minha amiga nunca falou de você. Disse venenosa.
- Então ruiva acho que você não é a melhor – amiga dela. Ane respondeu debochada, enquanto via a ruiva ficar na cor dos cabelos.
- Ela é SIM, minha melhor – amiga ou você acha que só por que chegou vai roubar as coisas que me pertencem! Gina estava com ódio, levantou com tudo pra bater em Ane.
Nesse momento Hermione junto de Luna voltavam correndo, pois a morena havia esquecido a agenda em cima da mesa.

- Não! Gritou fazendo a ruiva parar. Ane nem havia se mexido, duvidava que a ruiva conseguisse bater nela.
Hermione se aproximou perigosamente de Gina e extremamente fria falou.

- Nunca mais ouse ameaçar a Ane, ela é minha amiga como uma irmã para mim, não me faça acabar com você.

Vega, Lyra, Isys e Ane estavam todas em pé ao lado de Pyxis. O salão estava em absoluto silêncio.

- O que foi Weasley perdeu a língua? Lyra provocou.
- Você não é mais a mesma Hermione, como pode me trocar por essa Vagabunda, eu sou sua melhor – amiga! Gritou furiosa.

Mal terminou de falar e recebeu uma bofetada na cara que a fez cambalear, Luna havia dado o tapa que ficava o cinco dedos marcados na cara da ruiva e sorria com satisfação.

- Amiga? Não se engane elas são as minhas amigas. Hermione dizia apontando as irmãs. - Um dia eu achei que fosse minha amiga, mas então eu descobri o tão falsa você era ou você acha mesmo que nunca desconfiei que você falava mal de mim pelas costas? Perguntou cinicamente

Gina estava com a cara no chão, não tinha argumentos contra, era verdade tudo que Hermione falava. Ela realmente só falava com a morena pra se aproximar de Harry e ser mais popular, nunca gostará realmente da garota, ela era tão inteligente, tão bonita por mais que escondesse tão certinha, a Srta. Perfeição. Gina não suportava não ser como ela.

- Finalmente entendeu Granger, você acha mesmo que eu gostava de você? Nunca! Gritou transtornada consumida pelo ódio.
- Finalmente sua máscara caiu Weasley, eu sempre soube que você não prestava, mas não imaginava que era tão falsa. Pansy disse enojada.
- Não dirija a palavra a mim, sua Sonserina nojentinha, quer saber vocês se merecem são um bando de Vagabundas!Disse dirigindo toda sua raiva pra Pansy, a ruiva levantou a mão pra estapear a Sonserina, mas foi segurada.

- Chega Gina, você passou dos limites. Ron segurava firmemente a mão da irmã e falava totalmente sério e com muita autoridade.
- Me solta Ron, vai defender elas também?! Gina se debatia e quanto mais fazia isso mais o irmão a segurava.
- Eu não estou defendendo ninguém, mas você está descontrolada e não vai bater na Parkinson. Falou firme, lembrando muito o senhor Weasley.
- Me larga Ronald, eu vou acabar com a cara dessas vadias!
- Você não vai fazer nada Gina, você vem comigo AGORA!Ron falou autoritário e saiu puxando uma furiosa ruiva pra fora do salão.

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As irmãs sentaram – se na mesa da Grifinória, Pansy estava imensamente impressionada com a atitude de Ron, ele a defenderá. Hermione e Luna sentiram uma leve tristeza, elas tinham alguma consideração por Gina, mas a ruiva não a merecia. Lyra e Ane ficaram impassíveis, gostaram de ver a irmãs unidas, defendendo uma as outras, era como voltar no tempo...

- Vocês estão bem? Harry perguntou sério.
- Por que não estaríamos? Ane perguntou indiferente.
- Isso foi somente uma demonstração, ninguém mexe conosco. Luna falou com um discreto sorriso.
- Vocês deviam ter me deixado acabar com a cara daquela ruiva. Vega disse emburrada.
- Oportunidades não vão faltar. Pyxis falou divertida.
- Belo tapa Luna. Neville disse sorrindo.
- Obrigado Nev. Falou levemente corada.
- Vamos para aula? Harry perguntou calmo.
- Ah, falando em aula, Ane você vai dar aula de luta trouxa pro Harry. Lyra disse sorridente.
- Vai apanhar muito Cicatriz. Draco disse debochado chegando à mesa.
- O que quer Malfoy? Harry perguntou mal – humorado.
- Apenas vim buscar a Pansy. Respondeu com um meio sorriso.
- Aí com essa confusão toda me esqueci de buscar o livro na biblioteca. Pyxis bateu com a mão na própria testa e saiu correndo.

Quando a morena ia passar pela porta esbarrou em alguém, desequilibrou e ia cair se não lhe segurassem pela cintura.

- Desculpe. Falou envergonhada, ainda não tinha visto seu salvador.
- Olhe por anda Granger, dá próxima vez lhe deixo cair. Blaise disse com um meio sorriso, ajeitando melhor a menina em seus braços.
Hermione não gostou do comentário, mas não respondeu o perfume do garoto a estava deixando inebriada, era uma fragrância não muito forte, envolvente, marcante... Mas, lembrou – se a quem pertencia o perfume e tentou se soltar.

- Me largar Zabini. Mandou
- Não gostei desse tom, peça. Falou divertido em tom de desafio.
- Me solte Zabini, A – GO – RA! A menina disse nervosa.
- Isso não me pareceu um pedido, tá mais pra uma ordem e decididamente eu não obedeço Grifinórios. Falou rindo a puxando para mais perto de seu corpo.

Blaise tinha que admitir a Grifinória era muito bonita, ou melhor, linda e ficava muito bem em seus braços, riu malicioso, sim ela ficava perfeita em seus braços.

- Algum problema Hermi? Cormac Mclaggen falou encarando friamente Zabini.
- Nenhum Cormac, obrigado, mas o Zabini já estava me soltando, não é? Hermione disse cínica.

Blaise olhou com raiva pra Mclaggen e soltou Hermione, saindo sem falar nada. Hermione soltou um suspiro aliviado e saiu também.

- Que cena, hein maninha... Pena que o Mclaggen interrompeu bem quando as coisas estavam esquentando. Pansy provocou em sua mente.
- Ah cala boca Vega, o Mclaggen me salvou isso sim, esse seu amigo é um idiota. Pyxis disse extremamente irritada.
- Tá aí uma coisa que o Blaise não é afinal ele logo percebeu o quão bonita você é, Blaise não tem nada de idiota. Vega disse tranqüila.
- Chega Vega, eu não quero mais falar nisso. Pyxis disse levemente corada, ela finalmente chegou à biblioteca onde pegou o livro.


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As primeiras aulas foram tranqüilas, mas quando houve a aula de Poções, com Sonserina, Grifinórios e Grifiserinas todos tiveram uma hilária surpresa...





**** Gostaram do Cap??? Então que tal Comentar...

Obrigados por todos os coments que recebemos... Até o próximo capítulo... e a Hilária Surpresa!!!

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