Onde está a taça?
Uma semana depois
As coisas estão tomando seu rumo normal, tão normal quanto possível se formos levar em conta o que está por vir. Harry continua seu treinamento, a armada de Dumbledore também faz aulas extras, Gina continua conhecendo melhor a sua magia. Sim, as coisas estão tomando seu rumo normal, o rumo de uma batalha de proporções inimagináveis no mundo bruxo
Aletheia continua no castelo. A despeito de sua vontade de voltar para a paz do convento, a bruxa sente que precisa ficar. Ela sabe que não pode se esconder atrás dos muros do Carmelo mesmo que seja essa a sua vontade
Harry está indo para a sala precisa. Ele tem um horário vago e para a sua sorte Gina também. Nada melhor que passar este tempo com a minha ruiva. Ele pensa sorrindo. De fato, Harry e Gina passam juntos todo o tempo livre
O moreno caminha pelo corredor vazio quando um barulho faz com que ele pare. Harry olha para os lados para ver se alguém o seguiu, Rony parece ter deixado o casal em paz, mas nunca se sabe. Num momento o amigo age como se aceitasse a intimidade entre Harry e Gina e no outro quer defender a todo custo a honra da irmã. Não há como saber qual dos dois Ronys vai acordar a cada dia
Ele ouve o barulho novamente. Agora há também uma risadinha infantil. Acho que estou ouvindo coisas. Pensa. Crianças aqui? Será que é algum quadro novo? Um novo barulho faz com que ele se volte para um armário de vassouras, Harry percebe que é de lá que vem o som
O moreno se aproxima lentamente com a varinha em punho – Quem está aí? (Ele fala cuidadoso, pode ser apenas um estudante do primeiro ano, mas nos tempos atuais nunca se sabe)
Não há resposta, mas ele pode ouvir o som de uma respiração
Harry abre a porta num rompante e vê uma criança de uns quatro ou cinco anos encolhida no fundo do armário. O que uma criança deste tamanho está fazendo aqui na escola? Ele pensa sem entender
A despeito de ter sido pego em flagrante o garotinho parece aliviado – pensei que fosse a minha mãe (ele sussurra) ela não pode saber que eu estou aqui, você não vai contar, vai?
O menino que sobreviveu fica sem saber o que responder e antes que ele diga alguma coisa uma mulher de cabelos castanhos entra – Adrian! Então foi aqui que você se escondeu! Eu já falei que você não pode sair assim!
Ah mãe... (o menino argumenta) aquela masmorra é muito chata não tem nada pra fazer, não tem ninguém pra brincar!
Só então a mulher presta atenção em Harry – Desculpe (ela fala para ele) meu filho lhe incomodou?
Harry olha para ela sem saber direito o que dizer e balbucia apenas não
Antes que o moreno possa perguntar o que está acontecendo, a mulher arrasta o garotinho e eles saem.
Na sala precisa Harry conta a Gina o incidente
Ela olha para o moreno – Estranho... É a primeira vez que eu ouço falar que uma criança mora no castelo. Que eu saiba ninguém que trabalha aqui tem filhos pequenos
Que eu também saiba não (Harry fala), mas de qualquer forma, a diretora deve saber. Não tem como alguém morar aqui sem que ela saiba
É (Gina concorda com o namorado) e deve ter um bom motivo também.
Harry olha para a namorada em silêncio. O moreno está cismado com isso. Ele beija a ruiva e acaricia seus cabelos – como foi sua aula com o Firenze? (Ele pergunta mudando de assunto)
Estranho... (ela fala após refletir um minuto) estranho e meio assustador... Ele fala de coisas que eu poderei fazer. Às vezes parece que não sou eu
Harry olha pra ela tentando entender suas palavras, Gina continua – é estranho você nascer com um poder assim e não ter a mínima idéia de como controlá-lo ou como usá-lo... O Firenze fala que é questão de tempo, que eu só tenho que me acostumar com o que sou
Harry abraça a namorada e não fala nada. Desde que descobriu, o menino que sobreviveu se esforça para não imaginar o que Voldemort quer fazer com Gina. Ele se esforça, mas definitivamente não consegue. Um arrepio percorre seu corpo – acho melhor a gente ir (ele fala disfarçando)
Já? – Gina faz biquinho
Não que eu não queira ficar ruiva (Harry fala enquanto rouba mais um beijo), mas daqui a pouco é hora do jantar e eu queria conversar com você, seu irmão e a Mione. Acho que a gente tem que começar a pensar no próximo horcruxe
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Na sala da diretora
Bárbara Trapp olha para o pequeno Adrian. Não precisa ser muito esperto pra ver que ela está muito chateada. Apenas a presença da diretora impede que ela tome providências para punir o filho
Desculpe mais uma vez senhora McGonagall (ela fala meio desconcertada) esse mocinho não vai mais sair das masmorras sem permissão
Ora minha cara... (É o quadro de Dumbledore quem fala) ele é apenas uma criança, uma criança muito disciplinada considerando as circunstâncias. E aquelas masmorras não são exatamente um lugar apropriado para um garotinho
A mulher olha pra ela – mas nós não queremos causar problemas. Isso aqui é uma escola e não um lugar para bruxinhos ficarem andando sem mais nem menos (ela suspira desanimada) acho que eu não deveria ter vindo
Nem pense nisso senhorita Trapp! (Minerva fala com seu costumeiro ar sisudo) se você não viesse, nós a procuraríamos. É arriscado pra você ficar lá fora, principalmente com uma criança, principalmente para seu filho...
Você fez o que era certo, Bárbara (o quadro fala suavemente) e quanto a esse mocinho (ele olha para o pequeno Adrian) realmente deve ser muito tedioso ficar sozinho nas masmorras
Muito o que? – Adrian fala sem entender
Minerva esboça um sorriso – ele quis dizer que deve ser muito chato
Ah (ele balança a cabeça e fala agora compreendendo) é chato mesmo!
Mas não se preocupe (o quadro fala olhando para o garotinho) quem sabe a gente arruma alguma coisa legal pra você...
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Depois do jantar na sala comunal
Harry, Rony, Gina e Hermione sentam-se em frente à lareira. A sala está vazia, o que permite certa liberdade. O menino que sobreviveu trás os objetos deixados por Dumbledore – talvez algum desses sirva para encontramos a próxima horcruxe (ele fala para os amigos que balançam a cabeça em concordância)
Com certeza (Hermione concorda esperançosa) Dumbledore não iria deixá-los com você sem motivo algum
Vamos começar do início (Gina toma a palavra) Dumbledore falou em sete horcruxes...
Harry assente com a cabeça – E destas sete, três já foram destruídas
Restam ainda quatro – Rony conclui
Na verdade três, Voldemort dividiu sua alma em sete partes, mas uma parte continua habitando seu corpo (Harry esclarece) uma delas sabemos com certeza que e a taça da lufa-lufa. Voldemort a roubou juntamente com o medalhão. A memória na penseira é bem clara quanto a isso
Ela dá alguma pista? (Hermione pergunta) sobre onde ela possa estar?
Não (Harry balança a cabeça negativamente) apenas o que eu já contei, as memórias do elfo
O jeito então é a gente mesmo verificar o que aconteceu... (Gina fala com um olhar matreiro) isso daí não é um vira-tempo?
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Local desconhecido
Narcisa olha o garoto pálido que dorme como se estivesse morto. Seu coração dói, pois ela sabe que nada pode fazer para amenizar o sofrimento do filho. Foi por muito pouco... Ela pensa. Eu quase perdi meu filho, de uma forma ou de outra
Quando o lorde das trevas soube que Draco não havia conseguido matar Dumbledore, ele o castigou com toda a crueldade que lhe é peculiar. Apenas o fato de Snape ter caído nas boas graças do lorde, uma vez que ele cumpriu a missão de Draco, o salvou. Voldemort caiu na besteira de dizer que Snape poderia pedir o que quisesse e este pediu que deixasse levar o loiro. É claro que Voldemort não gostou muito, mas ele já havia dado a sua palavra. Apenas isso salvou o filho de Narcisa de ser torturado até a morte pelos comensais
Narcisa sente náuseas ao se lembrar que Lucio foi um dos que torturou Draco com mais crueldade. Ela viu o ódio e o desprezo no olhar do marido e teve certeza que Lucio Malfoy não hesitaria em matar o próprio filho. E viu mais ainda, viu a loucura, a cegueira daqueles que seguem a um mestre passando por cima de tudo que um dia lhe fora caro, inclusive a própria família. Narcisa no momento em que viu seu marido torturar o filho teve consciência que o Lucio com quem havia se casado estava morto e em seu lugar nascia um homem que ela não conhecia e que não queria conhecer
Mas o que importa agora é que a maior parte do pesadelo passou. Narcisa pensa olhando para o filho. Severo lhe deu uma poção que o fará dormir até que se restabeleça, o que deve acontecer nos próximos dias. Narcisa passa a mão nos cabelos de Draco, ela não sabe o que vai acontecer nos dias que virão, mas uma coisa ela tem certeza. Narcisa deve a Severo Snape a vida de seu filho
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De volta a Hogwarts
Você não está pensando... – Hermione fala como se a ruiva tivesse proposto desobedecer a todas as regras do castelo simultaneamente
Claro que estou Mione! Afinal se o Dumbledore pediu para a diretora entregar para o Harry é por que ele poderá usar (Gina retruca pacientemente) não temos nada a perder e pelo menos a gente não fica parado esperando tudo cair do céu
Concordo... (a morena fala meio sem graça. Mesmo andando com Harry e Rony por todo esse tempo ela meio que tende a ter este tipo de reação quando alguma coisa pode quebrar as regras de escola)mas não pode ser assim sem mais nem menos ( Ela completa depois de refletir um pouco), não dá simplesmente pra girar o vira tempo e ir parar na época que tudo aconteceu. Temos que ter uma estratégia elaborada
Como sempre você está certa Mione (Harry concorda com a amiga), mas essa estratégia tem que ser elaborada o mais rápido possível. O tempo está passando
Com este pensamento, todos se recolhem.
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Harry se recolhe, mas seus pensamentos continuam na conversa que ele e os amigos tiveram. Usar o vira-tempo para descobrir mais sobre a taça, a idéia não é má... Ele pensa. O vira-tempo que eu recebi é poderoso, não deve ser muito difícil chegar à época em que Voldemort ainda era Tom Riddle e tentar descobrir algo sobre a horcruxe... Não que não seja perigoso, Harry sabe que o fato de Tom Riddle ainda não haver se tornado lorde Voldemort não diminui em nada a sua maldade, ele já havia matado várias vezes e estava prestes a cometer outro assassinato.
Ele sabe que não há tempo a perder, notícias de ataques a trouxas e nascidos trouxas saem nos jornais praticamente todos os dias. Embora não tenha havido ainda nenhum ataque grandioso, isso não acalma Harry em absoluto. Ele inclusive acha que as coisas estão calmas demais... Harry pensou que após a morte de Dumbledore as coisas iriam piorar muito. Ele pensou que Voldemort e seus comensais fossem atacar de modo feroz, mas isso não aconteceu. Apenas pequenos ataques com poucas vítimas. É como se ele apenas estivesse mostrando que está vivo, como se estivesse guardando suas forças
Não há como fugir... Harry pensa. Amanhã mesmo começaremos a procurar a taça
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No outro dia o menino que sobreviveu acorda antes de todos. Ele quer conversar com Minerva antes que os alunos desçam para o café
Harry olha para a porta que separa os aposentos de Minerva. Embora ele saiba a senha, Harry não gosta de entrar assim, até porque ele não sabe se a diretora já está de pé. Isso sem falar que seria uma indelicadeza entrar sem ser convidado
Ele ainda está pensando se deve ou não entrar quando a porta se abre
Bom dia Potter (a diretora fala fitando-o com curiosidade) suponho que precisa dizer algo
Sim (Harry confirma) eu vim avisar que precisaremos sair em alguns dias
O menino que sobreviveu não explica mais nada, a diretora compreende perfeitamente o silêncio em suas palavras – creio que isso seja realmente necessário (ela balbucia lutando contra a vontade de dizer que eles não podem se ausentar. A despeito da promessa que fez de que eles poderiam deixar a escola sempre que fosse preciso, é difícil para a diretora permitir que seus alunos deixem a proteção dos muros de Hogwarts)
Harry olha para Minerva, ele percebe que ela não gosta muito da idéia mas sabe também que ela cumprirá o prometido – absolutamente necessário diretora, eu não vou conseguir nada se ficar aqui parado. Nós estamos pensando em usar o vira tempo tentar descobrir algo a respeito da taça
Por um momento Harry pensa que a diretora irá dificultar a sua saída, mas ela apenas fala – me avise com alguma antecedência quando vocês vão para que a gente possa planejar uma desculpa
Harry assente com a cabeça e já está saindo quando Minerva fala – antes que me esqueça Potter, a senhorita Weasley não terá permissão para sair. Ela é menor
Mas... – Harry ainda tenta argumentar
Nada de "mas" Harry (Minerva fala categórica) eu não posso nem quero impedir você de cumprir a sua missão e eu sei que o senhor Weasley e a senhorita Granger não o deixarão ir sozinho, mesmo que pra isso tenham que abandonar a escola, mas a senhorita Weasley... (ela fica em silêncio por alguns segundos) é muito arriscado que ela saia ao encontro de Voltemort sem ter a sua magia da sétima filha totalmente desenvolvida, mesmo que seja em uma época em que ela ainda não nasceu.
Harry assente com a cabeça, o que a diretora falou faz sentido. Mas neste momento só o que ele consegue pensar é nos problemas que vai ter com a sua ruiva...
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Logo depois, na Sala Precisa
Como assim eu não vou? – Gina fala rispidamente e Harry vê que as suas orelhas estão adquirindo uma coloração que ele já sabe por experiência própria que é muito, muito perigosa... Perigosa pra ele, diga-se de passagem.
Ruiva tente entender (Harry consegue balbuciar antes que a explosão ocorra realmente) não sou eu quem está dizendo... Foi a diretora que proibiu
O que foi muito conveniente, você tem que admitir... – Gina fala de modo sarcástico
Harry respira fundo, pelo jeito nada fará com que eles não discutam – ruiva (ele balbucia) tente entender...
Eu entendo Harry (ela fala segurando as lágrimas) eu entendo que mais uma vez eu estou ficando de fora
Harry vê que ela vai se retirar. Ah não! O menino que sobreviveu pensa. Desta vez não! Harry não vai ficar brigado com a sua ruiva. Ele sabe que não pode desperdiçar o tempo dos dois com esse tipo de coisa e definitivamente ele não vai retroceder anos no tempo com a sensação de que Gina está chateada com ele
Ruiva (Harry fala segurando Gina pelas vestes) não faz isso comigo (ele olha para ela com o seu melhor olhar de cachorro pidão) eu tentei, mas McGonagall foi irredutível.
E isso não o deixou nem um pouquinho feliz? – Gina fala encarando o moreno
Não vou negar que deixou (Harry admite) principalmente depois do que a diretora me disse
Gina olha para Harry com curiosidade – o que ela disse?
Ela disse que seria arriscado... (ele olha pra Gina que já está querendo perder a paciência novamente) Escuta ruiva. Ela disse que seria arriscado não apenas pelos motivos óbvios. Ela receia que Voldemort, ou melhor, Tom Riddle já tenha começado a se interessar pela magia da sétima filha e que de alguma forma ele descubra. E você ainda não está totalmente preparada...
Isso é ridículo! Eu não havia sequer nascido na época. (Gina fala exasperada) como ele poderia saber?
Ele é um legitimente fabuloso. Ninguém sabe em que época da sua vida ele adquiriu esta habilidade, não podemos arriscar que ele descubra. Se isso acontecer... (Harry respira fundo) se de alguma forma ele a pegar, o passado poderá ser modificado...
E isso não pode acontecer... – Gina fala desanimada
Entende agora ruiva... – Harry fala enquanto a abraça e beija num ponto atrás da sua orelha que o moreno sabe que é muito sensível
Entendo... (Gina fala com voz manhosa de quem vai se derreter a qualquer momento) mas me tocar assim é golpe baixo Harry... (ela geme)
Harry se sente no céu ao ver a reação que causa na sua amada ruiva. Ele não teve muita experiência com o amor, mas algo lhe diz que o que ele sente por Gina vai além do amor... Vai além da vida
O moreno passa a língua bem devagarzinho no pescoço de sua amada. Gina sente a sua respiração ficar mais intensa e ela sabe que Harry se sente exatamente da mesma forma. Os corpos se comunicam de uma forma que as palavras se fazem desnecessárias
Ele sai depositando uma trilha de beijos que vai do pescoço até o colo da ruiva enquanto seus dedos se ocupam em abrir as vestes da escola. Nada importa neste momento a não ser o contato da sua pele com a pele branca da sua amada
Gina aproxima seu corpo ainda mais do de Harry. Ela o ajuda com as vestes da escola, seu toque faz o moreno estremecer. Ele não segura um gemido rouco o que faz a ruiva dar um sorriso maroto – você gosta disso? (ela fala enquanto intensifica as carícias)
Ruiva! – É só o que Harry consegue falar ele desliza a sua mão tocando Gina cada vez mais intimamente
O mundo para cada vez que eles se amam. Essa é a sensação dos dois jovem cada vez mais apaixonados...
NOTA DA AUTORA
Capítulo postadinho como manda o figurino! Mais uma vez tenho que pedir desculpas pela demora, desta vez além dos problemas da vida real eu também estou postando uma fic nova e passei um tempinho fazendo uma propaganda básica. Por falar em propaganda, quem puder dá um pulinho lá. A fic se chama um amor inesperado e é minha primeira fic universo alternativo sem magia.
Espero que gostem do capítulo. Eu sei que algumas pessoas devem estar curiosos a respeito da Bárbara e do Adrian, não vou adiantar nada por enquanto. Só o que posso dizer é que tudo vai ser esclarecido ao longo da fic ok
Bjos (e deixem uma palavrinha pra fazer uma autora feliz)
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