Lembrança de Voldemort
― Senhora Crabbe - cumprimentou Voldemort.
Ela passou batido, balançando levemente a cabeça, num cumprimento sem graça e vontade.
― Senhora Crabbe - ele foi irônico. Encarando-a depois que ela passou sem lhe dar atenção ou puxando o saco como o resto de seu pessoal costumava fazer.
Era ousadia demais por parte dela erguer a sobrancelha e ignorá-lo. Voldemort, entretanto, sentia-se atraído por tal desprezo.
― Milorde.
― Sei que você vem a minha casa apenas por meus livros. Interesse peculiar este, em meio a tontos e irresponsáveis existe alguém seguro. Sempre soube que Crabbe não poderia ser tão bom quanto aparenta.
― Agradeço o elogio, milorde.
― Admito venerar mulheres inteligentes.
― Se desejar, ficarei aqui conversando com o senhor, contudo, sou sincera em lhe admitir: prefiro ler.
A gargalhada dele foi inevitável.
― Que fizeram contigo quando a casaram com Crabbe. - E ele gargalhou novamente.
A senhora Crabbe fechou os olhos, depois de dar as costas a ele, sentia vergonha. Era verdade que todos sabiam que ela jamais se dera bem com o marido desleixado e incompetente, nem mesmo no início do casamento. Ela sempre o repudiou e por tal motivo, Crabbe possuía outra mulher, a qual já havia lhe dado um filho.
Voldemort cruzou o aposento, pôs-se de pé diante dela, aproximou o dedo e tocou o livro que ela mantinha com relutância diante dos olhos, fazendo-a baixá-lo. Então tocou suavemente com as pontas do dedo o colo dela.
Os dois se encararam. Ela largou o livro sobre o sofá, baixou os olhos, virou o rosto de lado e sentiu o mestre do marido afundar os lábios em seu pescoço.
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