Após o duelo




Capítulo 1: Após o duelo...



Após Harry Potter ter ‘acabado’ com Voldemort, o mundo estava em festa. No dia seguinte à destruição do Lorde das Trevas, Harry Potter foi notícia em todos os jornais que traziam na primeira página manchetes em grandes letras garrafais dizendo: AQUELE QUE NÃO DEVE SER NOMEADO FOI DERROTADO, O FIM DE VOCÊ-SABE-QUEM, e alguns jornais já inovavam e traziam manchetes como: SAIBA SOBRE O FIM DE VOLDEMORT e HARRY POTTER x VOLDEMORT. A BATALHA FINAL.
Harry assim que ‘matara’ Voldemort desmaiou. Quando acordou já era dia e ao seu lado estavam Gina, Rony e Hermione. Gina estava debruçada em sua cama com o rosto manchado por lágrimas. Rony e Hermione estavam abraçados em um sofá perto do local onde Harry estava deitado. Rony também tinha os olhos inchados. Hermione parecia consolá-lo. Harry então se lembrou de tudo: Fred morrera Tonks e Lupin também, Voldemort matou Snape a sangue frio, mas também morreu.
Todos então perceberam que Harry estava acordado. Rony e Hermione se aproximaram e Gina secou o rosto.
- Harry. Como você está?
- Eu tô... er... cansado.
- Não se preocupe. Tudo acabou. – Gina passou a mão no rosto de Harry, pegando uma lágrima sapeca com a ponta dos dedos.
- Sinto muito por... Fred.
- Não tem problema. O Senhor e a Sra. Weasley estão esperando você se recuperar para poderem enterrá-lo. Fazem questão da sua presença. – Hermione disse, suavemente. Rony e Gina pareciam não conseguir falar no assunto.
- Mas... o que aconteceu. A última coisa de que me lembro é do EXPELLIARMUS que lancei.
- Bem. O que aconteceu depois ninguém sabe direito. O seu feitiço pareceu se juntar com a maldição de Voldemort e atingiram-no no peito. Ele pareceu se livrar, mas meio que ocorreu uma explosão de luz e não sobrou nada dele, apenas a Varinha. – explicou Hermione, estendendo-lhe uma varinha muito bonita, feita de uma madeira que reluzia de tão limpa e com uma base toda esculpida a mão com detalhes em forma de flores de cerejeira. – Agora ela é sua.
Harry estendeu a mão e pegou a varinha que lhe era oferecida por Hermione. Sentiu falta então da sua varinha de azevinho e pena de fênix.
- Onde estamos? – perguntou Harry, finalmente observando o ambiente a sua volta.
- No St. Mungus.
- E os comensais da morte?
- Todos fugiram.
- E o que aconteceu a Hogwarts?
Hermione exitou em responder. Olhou para os dois ruivos ali, mas nenhum parecia estar bem o bastante para responder. Então Hermione respondeu devagar:
- Durante a madrugada, a estrutura não suportou e desabou. Mas ninguém saiu ferido, pelo menos não que se saiba. E o Ministério da Magia não pode começar a fazer buscas, pois a Seção dos Aurores está toda ocupada tentando verificar quem estava aliado ao antigo Ministro e consequentemente a Voldemort. E por enquanto estamos sem um Ministro da Magia, mas expecula-se que a Professora McGonagall vá se candidatar ao posto.
Harry não respondeu, estava estático de sofrimento. O único lugar que já fora uma casa para ele não resistira e desabara. As lágrimas brotavam de seu rosto, lágrimas de sofrimento por Fred, por todos que morreram, pela escola. Nem a felicidade por tudo ter acabado era suficientemente grande para mascarar a grande dor que ele sentia.
- Quando vai ser o enterro? – perguntou Harry, olhando para Gina e Rony que haviam se abraçado perto da cama dele.
- Vamos avisar a mamãe e ao papai que você já acordou, assim poderemos realizar tudo de noite. – respondeu Rony, com sofrimento mascarado na voz.
- Mais alguém morreu?
- Não, pelo menos não que a gente saiba.
Harry desviou o olhar do rosto de Hermione que tinha um corte profundo e procurou os olhos de Gina, que continuavam banhados de lágrimas. Olhou naqueles olhos azuis como os do irmão e disse:
- Gina, sinto muito. Eu não devia ter deixado ninguém se meter na história. Devia ter pegado o diadema de Ravenclaw e fugido. Voldemort teria ido atrás de mim e ninguém precisava morrer. Me desculpe.
- Harry. Por favor, não se culpe. O que tinha que acontecer aconteceu. Não podemos mudar o passado, só temos que seguir em frente. – Gina disse, secando os olhos e passando as mãos nos cabelos desgrenhados de Harry.
- Certo. Eu quero sair daqui, odeio hospitais.
- Certo, vou chamar a curandeira que estava cuidando de você.
Hermione então saiu daquele ambiente e voltou sendo acompanhada por Madame Pomfrey, a antiga enfermeira de Hogwarts.
- Senhor Potter. Que honra cuidar do senhor que derrotou Você-Sabe-Quem. E mesmo tendo o senhor enfrentado ele o senhor está menos ferido do que quando pegou a pedra-filosofal, derrotou aquele basilisco, enfrentou os dementadores, o dragão e tudo mais que o senhor aprontou na antiga Hogwarts.
- Obrigado. Sinto muito por Hogwarts ter acabado. Agora a senhora trabalha aqui?
- Não. Vim pra cá só para cuidar dos jovens feridos pela batalha e especialmente para cuidar do senhor.
- A senhora vai se aposentar?
- Exatamente. Mas sempre que o senhor precisar de algum curativo é só me procurar.
Harry deu uma risadinha forçada.
- Obrigado.
- Bem. Com o senhor está tudo bem. Já pode ir embora.
- Que bom. Então já vou. Obrigado por tudo Madame Pomfrey.
- Disponha. E Sr. Weasley, mande meus pêsames à sua mãe, nós fomos grandes amigas no colegial.
Rony apenas sorriu, um sorriso de canto de boca bem forçado.
- Então. Adeus. E boa sorte Sr. Potter, Srta. Granger, Srta. Weasley, Sr. Weasley.
Harry então ficou de pé, sendo seguido por Rony e Gina. Gina então o abraçou e encostou a cabeça em seu ombro. Harry deu um beijo em sua testa como que a consolando. Gina então se separou de Harry que deu um abraço em Rony dizendo bem baixo no ouvido dele “Sinto muito.” . Rony nada respondeu. Hermione e abraçou-o logo em seguida e disse cochichado “Não se culpe, você foi maravilhoso lá. Um verdadeiro líder. Todos que ajudaram estão muito orgulhosos.” . Harry sacudiu a cabeça, mas não conseguia evitar o sentimento de culpa que tomava conta do seu ser.
Harry então se separou de Hermione e os quatro juntos seguiram para a porta do Hospital, para dali aparatarem para a casa dos Weasleys. Quando chegaram ao saguão do hospital uma multidão se jornalistas, fãs e curiosos aplaudiram e fizeram um círculo ao redor de Harry. Os que eram jornalistas faziam perguntas que Harry não conseguia entender, máquinas fotográficas lançavam fumaça em cima dos quatro amigos que não conseguiam abrir os olhos. Pessoas pediam autógrafos de Harry.
Harry tentava responder as pessoas com educação, mas quando tentou abrir a boca seu estomago revirou. Não queria reviver os momentos dramáticos da noite anterior. Juntos, os quatro abriram caminho entre a multidão e aparataram. Todos se segurando em Hermione, e quando perceberam já estavam em frente à casa da família Weasley. Harry seguiu com os três para dentro. Na cozinha a Sra. Weasley levantou da cadeira onde estava sentada e deu um forte abraço em cada um, demorando-se mais em Harry.
- Harry, querido, obrigada por fazer tudo acabar.
- Sra. Weasley, sinto muito por Fred.
- Não se preocupe e não se sinta culpado querido. Ele não gostaria. Se eu conheço meu filho direito tenho certeza que ele ia querer que todos estivessem comemorando a derrota de Você-Sabe-Quem.
- É. Também acho. Hermione, posso trocar uma idéia com você ali fora? Rapidinho.
- Claro.
Os dois então foram juntos para o lado de fora e então Harry disse:
- Por que ninguém diz o nome dele? Continuam chamando-o de Você-Sabe-Quem.
- Harry, por muito tempo chamaram Voldemort por esses nomes e ainda não conseguem pronunciar o nome dele. É como se fosse um hábito bobo de todo mundo.
- OK. Certo.
Os dois voltaram a entrar na casa. Agora na cozinha estavam todos os Weasleys, incluindo Jorge e Gui e Fleur. Jorge assim como a sua mãe disse para Harry não se preocupar e disse que Fred não ia querer que estivessem tristes. Ele parecia ter tanta certeza disso que Harry se animou. Quando olhou diretamente no rosto dele viu que ele era o único que não tinha o rosto marcado por lágrimas, ele esboçava até um pequeno sorriso quando falou com Harry.
Então Harry perguntou, sem saber para quem:
- Onde será o enterro?
- Em Godric’s Hollow. O maior cemitério bruxo da Grã Bretanha.
- Que horas será?
- Na hora do por do sol. O momento que Fred mais gostava. – respondeu o Sr. Weasley.
- Certo.
Harry então olhou para o relógio de ouro em seu pulso: marcava 4 horas da tarde. Chamou então Rony para irem para o quarto dele. Afinal ele tinha que mudar de roupa: continuava com a mesma roupa desde que lutara contra Voldemort. Chegou ao quarto de Rony e foi logo pegando o malão onde estavam suas roupas. Era o mesmo malão que usara Hogwarts. Remexeu em suas roupas e pegou a roupa mais escura que tinha, em tom azul-marinho. Foi então ao banheiro e tomou um rápido banho. Quando voltou ao quarto Rony ainda estava lá, só que conversando com Mione.
- Oi.
- Olá Harry.
- Hermione, você ainda está com aquela bolsinha com a minha varinha?
- Sim.
- Depois me entrega? Quero tentar concerta-la mais uma vez.
- Harry, você já tentou, não é possível.
- Mas eu não tentei usando a Varinha das Varinhas.
- Isso é uma boa idéia. – Rony abrira a boca a primeira vez para falar com ele.
- Falando na Varinha das Varinhas, onde está o Anel da Ressurreição e a minha capa?
- Eu sinto muito Harry, estão nas ruínas do castelo. Eu guardei tudo dentro da minha bolsa e deixei na Sala Precisa antes de ir pro hospital esperar você acordar.
Então ele perdera o principal objeto que herdara de seu pai: uma das relíquias da morte, sua capa da invisibilidade. A batalha final realmente fizera-o perder muito. Harry estava perdido em pensamentos, queria acabar sua vida naquele momento, não agüentava mais ver tanto sofrimento: a perde de pessoas queridas, o pequeno Ted sozinho no mundo, a perda da sua capa, a perda do seu lar. Ted, Ted Lupin, o que acontecera com ele:
- E o meu afilhado?
- Afilhado? Ah... o pequeno Ted?
- Isso. Como ele está.
- Papai disse que ele continua com a mãe de Tonks e que está levando ela a loucura mudando a forma do rosto. Ele foi lá de manhã pra vê-lo. – respondeu Rony, olhando para a parede.
- Outro dia quero ir vê-lo. Quando passar essa fase da perda do Fred.
- Então? Vamos. Já está quase na hora do enterro. – perguntou Hermione.
- Certo. – respondeu Harry, olhando pela janela, o céu estava muito azul, como não estivera há muito tempo.
Os três então se dirigiram para a sala de estar da casa. Todos já estavam lá, vestindo preto. Os homens vestiam roupas escuras, em sua maioria preta, e as mulheres tinham o cabelo preso em um coque e vestiam vestidos também pretos. Apenas Fleur vestia um vestido que era azul. Segundo ela, na França dos bruxos se usava azul em velórios. Para ir a Godric’s Hollow todos iriam aparatar. Rony, Harry e Hermione foram juntos e Gina foi com seus pais. Chegaram então no cemitério e seguiram para a igrejinha que existia lá. O corpo de Fred estava em um belo caixão de mogno bem escuro, e todos foram formando um círculo em volta. O padre falou algumas palavras e alguns colocaram flores sobre o corpo. Jorge colocou um saco de produtos das Gemialidades Weasleys, que segundo ele, foram todas inventadas por Fred.
O caixão foi flutuando no ar e entrou na cova funda. Com um aceno de varinha, o Sr. Weasley colocou a terra em cima do caixão. Lágrimas escorriam dos olhos de todos. A Sra. Weasley já tinha o vestido manchado por lágrimas que não paravam de brotar dos olhos dela. Gina abraçou-a. Hermione também chorava e abraçou Harry. Rony estava abraçado com Gui. Fleur parecia prender o choro, para não borrar a maquiagem, mas lágrimas acabavam por escapulir e eram pegas por um lencinho de renda que ela tinha. Jorge dissera que Fred não iria querer que chorassem, mas ele só não chorava mais que a mãe que já parecia a ponto de desabar. As lágrimas começaram a brotar dos olhos de Harry. Elas escorriam e iam parar no seu queixo, de onde acabavam por cair na cabeça de Hermione que estava encostada em seu peito.
O Sr. Weasley acabou seu trabalho e escreveu na lápide de mármore: “FRED WEASLEY, amado filho, irmão e amigo. Descanse em paz.”. O Sr. Weasley então conjurou várias rosas, e cada presente recebeu uma. Todos então jogaram as suas rosas e logo toda a região onde estava o caixão estava coberta por rosas brancas, vermelhas e amarelas. O Sr. Weasley então apontou sua varinha pro alto e soltou uma chuva de faíscas de todas as cores. Hermione cochichou no ouvido de Harry falando que aquele ato simbolizava a libertação da alma para que ela fique livre para ir para outro lugar.
Todos então desaparataram, voltando para a casa dos Weasley. O clima estava pesado na sala de estar. Todos tinham os olhos marcados por lágrimas e os olhos inchados e vermelhos. Harry sentou e começou a pensar em tudo que aconteceu. Pensou nos comensais da morte que fugiram. Pensou em tudo que perdeu. Pensou em tudo que passou até ali. Pensou se valeu a pena passar por tudo isso.
Como puderam deixar os comensais da morte fugir? Como tantas pessoas puderam morrer por causa do ego e do egocentrismo de um único bruxo? Como as coisas puderam chegar ao nível de um jovem morrer, de um castelo que fora seu único lar desabar. Harry não estava satisfeito com o simples fato de Voldemort ter sido derrotado. Queria por todos os comensais da morte em Azkaban! Queria que eles pagassem pela morte de tantos inocentes, de Tonks e Lupin, de Sirius, de Fred e de tantos outros.
- Hermione. Posso falar com você? – perguntou Harry.

CONTINUA...


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N/A: e aí? gostaram... por favor! comentem para eu saber como que foi... o próximo capítulo deve ser publicado até o fim de agosto....
Abraços

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NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE HARRY POTTER E O RETORNO DE VOLDEMORT:


- Sim, Harry.
- Quê?!
- Eu preciso fazer isso! Não fico satisfeito com apenas o que já realizei.
- Mas...
- Eu entendo. Mas você não acha muito... cedo?

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