Dumbledore
Dumbledore.
Aquela era a ultima aula do dia, então eles voltaram para a torre. As meninas apenas foram da biblioteca devolver alguns livros e os meninos foram para a sala comunal. Menos Harry, que seguiu para a Sala Precisa. Chegando lá, era o que ele mais precisava: uma sala com um tapete grosso de almofadas no centro, com sofás camas em cima do tapete. Tinha uma estante de livros, na qual ele pegou um qualquer, sendo um romance trouxa e se pôs a lê-lo. O sono foi chegando e ele não conseguiu evitar que adormecesse. Gina chegou a sala comunal junto com as meninas e viu que Harry não estava lá, resolveu ir ao dormitório procurá-lo, mas ele também não estava lá. Desceu as escadas, meio zonza por procurá-lo e não o achar.
-Tá procurando o “Potter”, ruivinha? – perguntou Daniel, maroto.
-É… - começou ela vagamente. – Não tô achando o bendito.- E sorriu.
Daniel deu uma piscadela e tirou o mapa do maroto do bolso, e olhou-o atentamente por todos os cantos do mesmo. Não encontrou nenhum pontinho dizendo “Harry Potter”, fechou-o e olhou para Gina. Ela estava com cara confusa por não encontrar Harry ali, e Daniel ainda sorrindo para ela.
-Bom, em nenhuma parte do castelo que podemos ver pelo mapa, ele está, o que apenas nos resta uma opção: A Sala Precisa. – respondeu o moreno, sorrindo ainda mais para Gina. Ela não esperou nem mais uma palavra de qualquer amigo, saiu em disparada para a sala. Chegando lá, ela imaginou que precisava do moreno e logo a porta se materializou. Entrou na sala de supetão, mas nem assim acordou o menino. Ela olhou-o e viu adormecido tão torto, por estar deitado no tapete com o livro no peito. Uma das suas mãos estava pousada em cima do livro que estava no peito, e a outra segurava um papel fortemente, porém o papel estava todo amassado, sua mão esticada no resto do tapete. Gina aproximou-se do moreno com cuidado para não acordá-lo. Tirou cuidadosamente o papel amassado da mão dele e começou a lê-lo. Percebeu que a letra era do maroto.
“A minha vida não seria nada sem ter você ao meu lado. Seria um vazio na escuridão, seria um pássaro livre que não saberia voar. Seria a melhor vassoura de corrida sem um grande apanhador. Seria uma criança sem um sorriso ao ver o brinquedo que mais queria.
Eu não consigo me expressar o que sinto por você, eu não sou bom com palavras, mas o que eu consigo dizer sobre isso, o que chega mais próximo é que Eu Te Amo Demais, que eu não viveria te amando sem ter você ao meu lado. Para mim, só existe você, para mim, as outras meninas do colégio não têm mais graça, não são tão belas, importantes e interessantes quanto você. Você não poderia imaginar o quanto você é especial para mim, o poder que você tem sobre mim. Se você dissesse para eu me jogar da vassoura da torre mais alta desta escola, eu me jogaria sem pensar duas vezes. Queria que você estivesse ao meu lado agora, para ao invés de escrever, te dizes todas estas palavras e lhe beijar nos lábios, e viajar em teus olhos, como sempre faço quando me olha, ou me beija. Se um dia você desconfiar do meu amor para saber o quanto que te amo, é apenas multiplicar as estrelas do céu, pelas gotas do oceano, mas nem mesmo com esse numero tão alto você chegaria ao resultado da quantia do meu amor por você. Gina Molly Prewett Weasley, que logo um dia será Potter, se depender de mim, EU TE AMO, tanto que chega a doer pensar em te perder, eu quero ter você para sempre…
Te amo, ruivinha, meu amor…
Harry Tiago Evans Potter
O menino que te ama além de sua própria vida.
Gina chorou ao terminar de ler. Jamais desconfiaria de Harry após essa carta, jamais abandonaria o menino que mais ama. Harry sentiu gotas quentes em sua mão e acordou. Deparou-se com Gina, à rios de lagrimas, e com o papel que acabara de escrever e decidiu não entregar pois ela talvez acharia muito delicado para ele. Mas ela estaria chorando por ele ter amassado ou pelas palavras prescritas? Olhou-a e entendeu os pensamentos dela. Ela jamais desconfiaria dele, e aquelas palavras tinham mexido com ela. Então ele abraçou-a e beijou-a ternamente. Depois de um longo tempo se beijando ela se soltou um pouco e disse:
-Torno tuas palavras, as minhas. – Harry sentiu-se extremamente feliz, saber que amava e era amado na mesma intensidade. Começaram a se beijar, mas dessa vez com mais urgência, e quando Gina o parou, ela estava apenas de sutiã e ele apenas de calça.
-Er… - Gina estava extremamente vermelha e Harry também. – Passamos dos limites, mas se eu tivesse preparada para isso… eu não hesitaria… eu sou grifinória, mas eu não tenho tanta coragem para isso… - ela ia falar mais, só que Harry colocou o dedo indicador na boca dela, em sinal de silencio.
-Tudo bem… - ele disse. – tudo tem um tempo certo Gina, e eu te espero o quanto for… eu… eu te amo demais… eu vivo para você e por você… - os olhos dela encheram de lagrimas novamente e então eles se abraçaram e ficaram um tempo apenas sentindo um ao outro, então Harry voltou a falar. – Eu preciso falar com Dumbledore sobre essa Legilimencia. – Gina olhou-o estranha. – Está cada vez pior, Gina, eu vi uma lembrança de Snape sem esforço. – ela arregalou os olhos, e era tudo o que Harry temia: que ela se preocupasse excessivamente com ele. – Mas não quero que você se preocupe demais comigo, Gina. Eu não mereço tanto… - mas ela o cortou.
-Harry Potter! – ela disse alto, pondo a mão na cintura, numa breve imitação da mãe do garoto. – O que você acha? Se coloque no meu lugar! Ter a pessoa mais amada do teu mundo, sofrendo por uma maldição que ninguém sabe o que é, e o que ela acarreta! – ela olhou-o brava, então ele se colocou no lugar da menina e deu razão para a mesma se preocupar.
-Tudo bem… - respondeu ele, envergonhado por ser tão arrogante de não querê-la preocupada com ele.
-Vamos, então! Conversar com Dumbledore! – chamou Gina, agora com a voz doce, tão doce que Harry se espantou com a mudança rápida do tom da voz. Lembrou-se de Lucy, que tinha medo do tom doce da voz de Gina, quando ela estava prestes a fazer algo muito interessante. Correu um arrepio na espinha do moreno, mas eles seguiram para a gárgula de pedra.
Dumbledore estava acariciando as penas da fênix Fawkes quando escutou duas vozes chamando seu nome.
Harry e Gina chegaram em frente à gárgula e lembraram de que não sabiam a senha. O único jeito foi tentar chamar o diretor e ver se tinha sorte do mesmo escutá-los. Logo a gárgula começou a se mover e viram uma cabeleira prateada lá no alto da escada.
-Entrem. – respondeu o professor. Os dois, mais que depressa, subiram de dois em dois degraus da escada, entraram na sala e o professor mais uma vez disse. – Sentem-se. Já imagino o que vieram perguntar a mim. – Gina e Harry se entreolharam apreensivos e voltaram a olhar o professor. Depois de um tempo, Harry abriu a boca e começou a falar.
-Professor, eu fui atingido pelo feitiço de Bellatrix… - Dumbledore o cortou.
-E ficou um mês na Ala Hospitalar, sim eu sei, Harry, eu te visitava todos os dias, quando todos dormiam. – o professor disse bondosamente.
-Mas a partir daquele dia, algo mudou. Eu consigo ler pensamentos das pessoas,e hoje, na aula de Snape, o negócio agravou. – E então Harry contou tudo para Dumbledore. Gina ficou espantada ao saber o Tiago e Sirius faziam com Snape, e ao mesmo tempo soube o porque de Snape ser tão injusto com Harry. Depois de tudo bem explicado, Dumbledore respirou fundo.
-Harry, isto é questão de magia antiga, proferida erroneamente. Bellatrix sempre teve a curiosidade de olhar livros de magia antiga e se interessar pelas poderosas maldições do livro. Só que antigamente, as maldições e os feitiços eram de pronunciados muito parecidos, assim confundindo os bruxos na hora de pronunciar. Ela talvez te lançaria a maldição que lhe deixaria sem amor, sem lembrança feliz, e que você, após um mês, começaria a morrer aos poucos. Mas percebo que você parece mais disposto a cada dia que passa, podendo ver as lembranças das outras pessoas, e amando ainda mais a jovem ruiva ao seu lado. – Dumbledore sorriu para Gina, que corou, juntamente com Harry, sorrindo amarelo.
-Professor... – começou Gina. – em questão àqueles clarões, em que nós víamos passagens que nunca vimos em vida… Agora que nós estamos juntos, você poderia nos dizer o que era aquilo tudo que nós víamos?
Dumbledore olhou-a por um momento, analisando a pergunta da garota.
-Srta. Weasley, eu sei poucas coisas das quais eu posso falar são menos ainda, e eu ainda acho que não está na hora de falar certas coisas, eu acho que deveriam esperar mais um pouco para que eu possa falar tudo o que aconteceu, e que vocês entendam a gravidade do assunto. Receio que ainda estejam um pouco jovens para entender o porque de tudo isso estar acontecendo.
-Sim senhor. – responderam os dois.
-Só tem um modo de você retardar essa Legilimência, Harry. – disse o professor ao menino. – Se é que você não está gostando, é melhor você não olhar nos olhos das pessoas que você não gostaria de saber o que esta estaria pensando, principalmente o professor Snape, Harry, em que tem uma grande aversão por você, por causa de teu pai. E tem outra maneira de você acabar com isso de vez, mas receio que ainda são jovens demais para saber disso, ou até mesmo fazer o processo. Se não tiverem alguma pergunta, estarão dispensados.
-Apenas uma pergunta, senhor! – respondeu rapidamente Gina.
-Pode perguntar, minha cara. – respondeu o professor, bondosamente.
-Você disse que tem uma maneira definitiva de acabar com isso, mas somos jovens. Significa que eu posso ajudar Harry a não ter mais esse problema? – ela estava ansiosa pela resposta.
O professor hesitou um pouco, mas depois respondeu.
-Sim, senhorita Weasley. Você pode ajudá-lo.
-Como, professor? – perguntou ela, ainda mais ansiosa. Harry olhava de um para outro, como num jogo de pingue-pongue.
-Acho que não seria bom eu lhe dizer, além de serem muito jovens, é questão de si mesma Srta. Weasley. O que Harry tem pode ser retardado sem sua participação. Logo saberá o que é que você pode ajudar. – respondeu o senhor, olhando-a cansado.
-Mas, professor… - começou ela, novamente.
-Srta. Weasley, você ainda tem 15 anos, apesar de estar no 6º ano da escola, ainda não tem 16 ou 17 anos. – disse o professor sério. – Não devo falar o que você pode fazer para ajudá-lo, pois seria loucura se você o fizesse. Agora se me permitem… - o professor apontou a porta da gárgula e os dois jovens entenderam como uma expulsão do escritório educadamente; resolveram não contestar mais, e deram uma boa tarde ao professor.
Harry saiu quieto da sala do professor e continuou quieto até os jardins, e claro, Gina percebeu o silencio do namorado.
-Harry, o que aconteceu? Você está tão quieto! - Gina olhou-o preocupada.
-Não é nada, meu amor… - respondeu Harry sorrindo carinhosamente e passando uma das suas mãos fortes pelos cabelos macios de Gina.
Ela pensou um pouco e depois disse novamente, após se sentarem numa arvore afastada de tudo e de todos do jardim. A arvore que eles sempre se escondiam para namorar sozinhos um pouco.
-Você entendeu o que Dumbledore quis dizer? – o menino continuou olhando o lago, e não respondeu nada, nem mesmo com qualquer movimento com a cabeça. – você viu o que ele estava pensando, não viu? – perguntou ela novamente, e dessa vez, Harry assentiu. – Me fala, Harry! Meu Merlin, pelo amor de Merlin, me fala, eu quero te ajudar, eu te amo, eu quero te ajudar, eu…
-Gina. –Harry a cortou, olhando-a com os olhos cheios de lagrimas. – Por favor, eu te amo também, eu sei que você me ama também, mas isso está fora de cogitação, não dá para fazer o que ele queria dizer, não posso deixar você fazer isso! – ele respondeu um pouco desesperado.
-Me conta… - pediu Gina, fracamente, com a voz embargada de vontade de ouvir o que era, como ela podia ajudar.
-Gina, isso é vergonhoso, isso é grotesco, seria horrível você fazer isso apenas para me curar, eu me viro sozinho! – respondeu Harry docemente olhando para ela. Ela também olhou-o docemente e então ocorreu mais um clarão.
Dessa vez, eles estavam novamente na Sala Precisa e se beijavam ardentemente. No começo, parecia que eles viam o que tinha ocorrido naquele dia mesmo. Mas logo eles começaram a despir a roupa e eles ficaram ambos nus. Então eles voltaram a se beijar e então aconteceu o que eles sempre viam de picadinhos. Harry a penetrou, ela ficou extremamente feliz, e logo apareceu a áurea dourada, que depois ficou prata em forma redonda e depois entrou em Harry. Então acabou o Flash.
Os dois se entreolharam arregalados. Gina estava vermelha, assim como Harry. Eles ficaram um tempo se fitando, assustados com o que tinha visto.
-Você viu o mesmo que eu? – perguntou Gina, depois de um tempo olhando o maroto.
-Se você viu que estávamos na Sala Precisa e … - mas ela o cortou.
-Sim, sim, é, é… - Gina estava envergonhada demais para falar daquilo. Eles fitaram o chão, então Gina lembrou do que estava perguntando para Harry e que ele não queria responder.
-Então, Harry. Me conta o que Dumbledore queria dizer! – pediu ela.
-Era isso! – respondeu Harry rapidamente.
-Isso o quê? – perguntou ela, confusa.
-Isso o que acabamos de ver! – respondeu ele. – Mas eu não entendo o porque que a gente viu isso, se ainda não fizemos nada e já apareceu tudo isso!
-Eu também não entendo, Harry! – respondeu Gina, mas logo se lembrou das palavras de Dumbledore, uma vez que estavam na casa dos Potter. – Uma vez ele disse que podia ser um passado distante que existiu…
Harry olhou-a confuso e sem entender nada, os dois resolveram voltar para a Torre da Grifinória.
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