Dejavú



8.Dejavu

O triste é quando se descobre não poder acreditar na humanidade. Porque ela, esta perdida numa poça de lama.

   Nunca quisera ser parte daquilo. Missões de resgate não lhe chamavam a atenção, e as suicidas, essas eram para idiotas; ele não era um. De repente estava ali, interpretando a babá, buscando a salvação de uma humanidade corrompida, vendida e vencida. Que aos olhos de qualquer um, menos romântico, mais realista, não tinha salvação. Que ele não queria salvar, ou ela a si mesma. E então era a babá de algum idiota em missão suicida.

- Quando foi que eu mandei você se matar?
Me lembre Malfoy, porque eu não me lembro! – indaga de braços cruzados ao garoto que não lhe dá ouvidos. – Você realmente acha que pode fugir de mim? – o menino continua a ignorá-lo, o que lhe faz rir – VOLTE AQUI E OLHE PARA MIM – ordena deixando o protegido sem escolha – Fale.

   Os olhos do garoto eram carregados de raiva, rancor. Gostava disso, normalmente, mas não ali, naquele cinza que por si só era sombrio, maligno. Naquele cinza que via rajado de preto tantas vezes.

 - Voldemort esta atrás de mim.
 - E? - Não é o suficiente pra você? – sem que suas palavras surtam efeito o garoto ri descrente
 - Foi até minha mãe – completa e dá as costas novamente.
 - Não vejo qual o problema em Voldemort querer a companhia de mais um dos seus comensais – diz, fazendo com que o menino o encare novamente – Afinal de contas, é o que a sua mãe é. Não é mesmo, Draco? Mais um adorável comensal?
 - E isso já é ruim o bastante.
 - Sim...
 - Já é ruim sem que ele a chantageie pra chegar a mim.
 - Concordo... – assente e espera por manifestações, continuando ao não recebê-las – No entanto, eu ainda não vejo o problema. Afinal, quem não sabia que ele faria isso?
 - E quanto a minha mãe?
 - OH! Que lindo momento familiar! – vê que a ironia surpreende o garoto – Não haja como se se importasse, Malfoy. Nós dois sabemos que não, ou de repente você decidiu aceitar uma segunda chance da vida para amar a sua família? – continua sem conter o veneno – Mamãe decidiu te entregar? Ou agora ela resolveu assumir o papel que lhe cabe? – encara o jovem enquanto assiste aos efeitos da crua verdade.

   Já tivera alguns aprendizes e conhecia muitas pessoas, mas nenhuma delas, jamais seria parecida com o menino que tomava sua atenção agora. Aquele garoto não era como os outros, seus gestos eram controlados, as atitudes milimetricamente calculadas e as emoções devidamente trancafiadas. Aprendeu tudo aquilo logo da primeira vez em que o vira, porém não achava que tudo aquilo seria levado em frente, que conseguiria manter o que ele, chamava de farsa.
   Afinal é da natureza humana ser um poço de emoções, duvidas, contradições e conflitos, mas para sua surpresa aquele menino não fingia, o que fazia, que representava, era realmente ele, a frieza estava cravada em sua natureza. E por saber de todas essas coisas, não se surpreendeu quando ele se recompôs, continuando a olha-lo nos olhos e perguntou – O que você quer que eu faça? Não era surpresa, no entanto a decepção era inevitável. Quando finalmente acreditava ter achado algo mais naquele homem que de varias maneiras o vinha surpreendendo com sua desumana humanidade ele o desapontou.
   Condescendente, praticamente afirmando que não se importava. O que não sabia era com o que, ele mesmo ou o resto. - Quero que pare de agir como um idiota. Ridiculamente descontrolado, dando showzinhos de dar pena, fazendo exibições dos poderes que eu te dei – ao dizer tais palavras viu a mudança na cor dos olhos de Draco – e quero que pare de parecer um monte de miséria. Você não tem quaisquer razões para agir dessa maneira, é o afilhado do deus da guerra, portanto haja como tal. – as palavras pareceram resvalar pelo garoto, porem sabia que o efeito delas era muito maior do que aparente.
 - Os poderes que já eram meus – vê a força que ele faz para se conter quando fala entre dentes e logo em seguida sente uma agulhada na palma da mão esquerda.
 - Que eu te fiz desenvolver, e que agora eu estou inibindo. – Draco olha parecendo mais furioso – Isso é sobre o que eu estou falando, Malfoy. Controle a idiotice dentro de você, ou cedo será uma peça fora do jogo. – termina e o deixa.



  
 Em um segundo o rosto furioso de Draco no corredor escuro foi substituído pela majestosa ‘sala’ iluminada pelo sol de seu templo em Esparta, e logo em seguida pela visão da maravilhosa mulher que o esperava - Achei que não chegaria nunca! – ela disse com um imenso sorriso a lhe curvar os lábios.
 - Se soubesse que viria, nunca teria partido – responde não contendo o sorriso e indo em sua direção, para abraçá-la e beijá-la. A beldade como sempre o recebeu de braços abertos e correspondeu a cada uma de suas caricias apaixonadamente até que deixou seus braços um tanto bruscamente.
 - Onde estava? – pergunta em tom informal.
 - Resolvendo impasses – sem dar importância a pergunta, responde breve, indo em busca de outras coisas na sala.
 - Ouvi dizer que você e seus irmãos andam trabalhando juntos... – escuta distraído à mulher que espera resposta – Então!?
 - Sim sim...
 - Algo com os humanos, me disseram... – não responde, deixando-a impaciente - Ares!
 - O que?
 - Atenção?! – ela pede com uma expressão meiga no rosto, lhe arrancando um sorriso.
 - Os bruxos estão prestes a comer as cabeças uns dos outros. Zeus quer que nós cuidemos disso. – larga os pergaminhos com que mexia e se senta em uma poltrona.
 - Ah! Mas isso é realmente incrível, paixão. Ahh seria tão bom se eu pudesse ajudar também. – a amante sugere entusiasmada se sentando em seu colo.
 - Claro, porque não... Hefestos esta responsável por mais de um deles. Com certeza se você pedir... – com tal resposta recebe um beijo, depois outro, e outro ainda mais apaixonado – Afrodite, Afrodite – adverte-a divertido antes de tomá-la de uma vez em seus braços.



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   Acordou de súbito, ofegante, ainda com as imagens do sonho frescas na cabeça. Por um instante continuou deitada. Recuperando o fôlego, recompondo-se, e então quando pôde pensar claramente saltou da cama. Não, aquilo não podia estar acontecendo, não de novo. Não poderia suportar tudo mais uma vez, tinha que fazer algo e já sabia o que. Usaria de todas suas armas para impedir que a promessa daquele pesadelo se tornasse real. – pensava e andava até o armário de gavetas em seu quarto. Ainda se sentia um pouco tonta, e estava nervosa quando começou a revirar uma gaveta, depois outra e...
 - Anna!
O susto a faz engasgar, e então se vira para quem a assustou – O que você acha que esta fazendo?
 - Eu quero saber o que você esta fazendo! – a mulher interpela,a fazendo revirar os olhos – E quero saber agora! – continua ao identificar sua reação, porem lhe da as costas – Eu realmente não acho que você me queira revirando seu cérebro – ameaça.
 - Você não faria isso – ignora o tom da outra.
 - Se for preciso você sabe que eu vou fazer. Anda logo! Desembucha.
Ainda revirando uma gaveta após a outra não responde, até que na frustração de não achar o que procura fecha com toda força uma das gavetas e com as mãos cobre os olhos, enquanto Artemis ainda espera em silencio – Eu tive um sonho...
 - Um sonho?
 - É...e...
 - E? – ainda com as mãos cobrindo os olhos não responde. – Por Zeus, Anna o que aconteceu?
 - Por que você veio em primeiro lugar? – pergunta indo até sua mesa – Como você sabia que tinha algo acontecendo?
 - E...eu ouvi, mas não bem, você estava praticamente gritando...
 - Você estava dentro da minha cabeça!
 - Não, você estava dentro da minha. Existem pessoas com as quais eu estou sempre conectada, então eu posso...
 - Você me escutou antes, esteve aqui! – grita apontando a própria cabeça – Nada te impede de fazer de novo não é!? – termina nervosa.
 Então Artemis levou menos de dois segundos encarando-a antes de desaparecer.


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Quando os lábios finalmente se separaram, foi porque os pulmões clamavam por ar. E um segundo já parecia demais, a eternidade para ela que já se sentia precisando dele.

Leoni - Garotos

   Sempre fora bonita e muito requisitada. Filha única, de família rica e conhecida, sua vida sempre fora sutilmente vigiada. Era a menininha do papai, e gostava disso. Ao contrario do que acontece em famílias como a dela, nunca fora deixada em segundo plano, nunca manipulada ou obrigada a ser ou fazer nada que não fosse genuíno, sempre tratada como a princesinha. Graças a isso nunca havia tido um namorado, não precisava de um. Meninos lhe caiam aos pés como chuva no inverno e as vezes lhe davam grandes dores de cabeça, mas isso foi apenas até descobrir o poder que tinha sobre eles. Poder que a partir de então passou a usar a seu bel-prazer. E aproveitou por um longo tempo, aproveitava ainda, no entanto, nada que passasse de diversão. Até ontem.
 - O que...aconteceu?
 - Nada.

   “Nada” era o que tinha respondido antes de simplesmente dar as costas e deixá-la la, com o coração batendo descompassado no peito. “Nada” foi a palavra que a fez perder praticamente a noite inteira de sono, que a confundiu e fez esquecer de todo o resto. “Nada” não a impediu de ficar relembrando a cena milhares e milhares de vezes. Mas acima de tudo, “nada” havia ferido seu orgulho, como qualquer outra coisa jamais fizera, e se isso não a matasse, a vontade de beijar aquela boca novamente, urgentemente, com certeza mataria. Era por isso que não conseguira dormir, e era por isso que agora, em pé muito antes do necessário, andava de um lado para o outro na semi-escuridão do dormitório, e talvez pela primeira vez na vida, pensava em que uniforme vestiria, no que faria no cabelo e qual seria a maquiagem ideal. Alem, é claro, de imaginar as milhares de coisas que poderia dizer e ouvir. Mas isso já havia tomado muito de seu tempo, toda a noite na verdade, e deixara de ser divertido ou excitante quando possibilidades de não correspondência em apreciação e entusiasmo se fizeram presentes em seus diálogos mentais. Mal sabia o que tinha por esperar.

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 - Olá pessoas! – cumprimentou feliz á mesa do café da manhã da grifinória
 - Bom dia, Renée – respondeu Hermione enquanto Rony fazia um aceno de cabeça.
 - Cadê o Harry? – pergunta ao se sentar. Hermione nega com a cabeça, sem saber e olha para Rony, assim como ela
 - Acordou atrasado...
- Porque? – estranha Hermione. - Quis dormir um pouco mais!?
 - Ele não é você Rony. – o garoto pondera por um momento e então dá de ombros, comendo mais uma torrada. Quando acaba, comenta – Ele chegou tarde ontem... – é a vez de Hermione dar de ombros e ela enrubesce.
- Ele não vem tomar café? – pergunta casualmente e os dois dão de ombros. Desapontada segue com o café em silencio, escutando os amigos conversarem.

 Enquanto isso outra conversa importante acontece...

 Caminhava por um corredor, em direção ao salão principal quando – Catherine! – se virou ao ouvir o nome. Viu a antiga amiga e esperou enquanto esta corria para alcançá-la.
 - A que deus milagroso eu devo essa proeza? – brinca voltando a caminhar lado a lado com a outra.
 - Nenhum...
 - Anna; o que aconteceu? – se preocupa com a amiga, que tenta disfarçar – Você parece perturbada.
 Com um suspiro e sem mais rodeios Anna vai direto ao ponto – Você tem falado com Afrodite?
 Estranha a pergunta – Não – responde um pouco obvia, a amiga a olha com uma expressão de ‘não minta’ – É isso que ta te perturbando? – não recebe resposta novamente – Porque?
 Dobram um ultimo corredor e vão descendo as escadas – Porque ela esta jogando de novo. – confusa com a afirmação espera por mais respostas. O nervosismo controlado da amiga começa realmente a preocupá-la. Com os muitos alunos na escada as duas se calam até que passem pelo grupo que abre caminho – Eu preciso da sua ajuda.
 - Minha?! Porque? – entram no salão principal.
 - Você pode falar com ela...
 - Você acha que ela me escutaria!?
 - ..descobrir o que ela anda planejando! Enganá-la de algum modo.
 Considerando o pedido insano pára no meio do salão - Eu não posso fazer isso! – responde e volta a caminhar, deixando a outra alguns passos atrás.
 - Catherine! – a amiga a alcança – Ela esta fazendo de novo! Você não pode v.. – Anna pára no meio da frase e se vira bruscamente em busca de algo, ou alguém nas mesas. Ao perceber a ausência da amiga, vira-se a vê olhando para o pequeno grupo de amigos que conversava, porem fixava-se em Renée.
 - O que aconteceu? – volta para o lado da mulher.
 - Nada – ela responde ainda concentrada na garota e então se vira e retoma o caminho para a mesa dos professores, sombria – Você não pode assistir a tudo outra vez e não fazer nada. – agora era ela quem praticamente a seguia – Na verdade, você pode. – param atrás da mesa, escondidas pelas cadeiras antes de se sentarem – Mas vai? – termina e deixa o salão pela porta da ante-sala. Sem opção se dirige ao seu lugar á mesa, para tomar um café confuso e indeciso.

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Mais tarde naquele dia...

 - Sr. Potter, o senhor está atrasado – briga a professora Minerva quando Harry entra cinco minutos atrasado na sala.
 - Desculpe professora.
 - Vamos Sr. Potter. Sente-se, ou o senhor pretende assistir a aula em pé!? – a professora apressa e ele se senta do lado de Hermione.

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 - Potter estúpido - sussurra Draco na carteira ao lado.
 - Sempre – emenda Zabini sentado ao lado do amigo.
 - Ela tava na grifinória hoje - aponta as costas de Renée sentada na diagonal de sua mesa
 - O que diabos anda fazendo tanto com eles hein? – pergunta.
 - Virou amiga da Granger. Você sabe, os outros vem no pacote...

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 - Harry, onde você tava? – Sussurra Hermione para o amigo.
 - No quarto, eu perdi a hora – responde sem olhá-la por estar copiando do quadro.
 - Harry! Você perdeu todo o café da manha e o começo da primeira aula – diz não acreditando, então ele levanta a cabeça – Ai meu Deus – sussurra.
 - O que?
 - Seus olhos!
 - O que?!
 - Os meus, os meus olhos Harry?! – pergunta ao amigo confuso – Como eles estão?!
 - ......Castanhos?
 A menina bufa e escondido da professora conjura um pequeno espelho – Olha pra você. – ela se vira então para os garotos sentados na carteira ao lado.

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 - Você devia cuidar dela...
 - Eu?!
 - É você. Você sabe que ela é capaz de más escolhas melhor do que ninguém. – lança ao amigo um olhar reprovador.
 - Não sou eu que costumo tratar ela como minha irmãzinha – retruca e recebe mais um olhar atravessado.
 - Zabini... – os garotos voltam a atenção para a garota que chama.
 - O que? – pergunta um tanto grosseiramente.
 - Você já se olhou no espelho hoje!?
 - Sim Granger, eu olhei. Porque?
 - Eu acho que não olhou muito bem.
 - Do que você ta falando?
 - Harry... – pede o espelho ao amigo.
 - Isso...é tão estranho. O que ta acontecendo? – diz o garoto se olhando no espelho – Hermione se volta para o sonserino outra vez.
 - Malfoy. – o garoto nem se mexe – Malfoy!
 - Quê demônios esse idiota ta fazendo? – pergunta Zabini se referindo a Harry.
 Hermione então se vira na cadeira e sinaliza para que Zabini troque de lugar com ela. Curioso, ele o faz. Quando senta no lugar da garota, vê que o que Harry olha no espelho são os olhos, que já não estão verdes, mas marrons, não esverdeados nem castanhos, mas de um marrom chocolate e então toma o espelho da mão do garoto. – Dá isso aqui!
 - Malfoy! – o garoto continua não respondendo então ela pega o queixo dele e o faz olha-la.
 - O que você ta fazendo, Granger? – ela vira para os outros dois
 - Você não viu que o olho dele ta mudando de cor? – pergunta a Zabini indignada, ainda segurando o rosto de Draco.
 - Desculpe se quando eu olho Draco não fico admirando seus lindos olhos. – ironiza voltando a olhar seus próprios novos olhos cor de caramelo queimado.
 - Tão mudando? – pergunta Draco.
 - Tão, mas acho que começaram agora – ela analisa os olhos dele e ele analisa ela.
 - Talvez o Sr. Zabini e o Sr. Potter queiram que nós esperemos eles terminarem de se olhar no espelho antes de continuar a aula. – briga a professora Minerva frente a classe, que se vira inteira para os dois e assiste Zabini e Hermione trocarem de lugar.
 - O que a cobra descamada tava fazendo ai? – pergunta Rony virado pra traz, assim como Renée que escuta. Hermione faz sinal a Harry sobre Rony, e então ele vê que o amigo também tem os olhos marrons. – O que? – pergunta Renée curiosa.
 - Nossos olhos estão mudando de cor – responde Harry olhando para ela pela primeira vez desde a noite anterior. E então se surpreende ao perceber o olhar doce da menina e presenciar a mudança quase instantânea do azul cristalino das Iris dela para um tom de azul mais escuro.



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 - O que vocês estão fazendo aqui? – pergunta o professor zangado
 - Desculpe professor, mas nós acabamos de perceber a mudança na cor dos nossos olhos. – se desculpa Hermione
 - E?
 - E nos perguntamos, se a primeira faze da poção já não esta completa, se podemos tomar a segunda dose? – Harry pergunta, antes dos sonserinos e Renée tambem entrarem na sala de Jordan que bufa.
 - Vocês deveriam estar na aula. – fala antes de caminhar até Hermione e olhar bem seus olhos. Depois os de Harry, Rony, Zabini, Renée e por fim Draco. Depois de mais um suspiro volta a falar – Campbell, vá atrás da Srta. Bones e da Srta. Patil que tiveram o infortúnio de não aparecer em bando pra mim. – Renée obedece e sai correndo, fazendo questão de lançar um olhar de felicidade a Zabini antes. Jordan vai até o armário e traz de lá cinco frascos nomeados, organizando-os um ao lado do outro em cima da mesa. Pega o primeiro e vai até Harry – Abre a boca. – o garoto pensa por um segundo e então obedece, recebendo todo o conteúdo amargo do frasco na boca. A cena se repete mais uma vez, com Zabini e quando Renée chega acompanhada das outras duas meninas ele faz novamente o exame nos olhos delas e então lhes dá a poção. – Ah, Renée pare com essas caretas. – repreende a garota – Pronto, podem ir e estejam cientes de sentir todos os efeitos colaterais....
 - E quanto a nós? – indaga Draco exaltado.
 - Vocês não estão prontos.
 - Professor... – começa Hermione mas é interrompida por Draco que se zanga.
 - Dois dias. Esse é o prazo que a poção tem para fazer efeito!
 - Seu organismo é diferente. – responde indiferente.
 - Ou a poção esta errada!? – o garoto acusa.
 - A poção faz efeito com fortes emoções, importantes, ou simplesmente emoções. Estou certo de que a culpa não é minha se você foi esculpido em pedra. – responde o treinador calmamente – ou quem sabe um pouco de esforço te fizesse reagir...
 - Eu posso fazer qualquer coisa. me de algo!
 - Não funciona assim... - Vamos!! Não há nada em que eu não vá ser melhor do que qualquer um de vocês!
 A petulância do garoto faz com que Jordan se vire para encará-lo – Vamos lá então. – ele diz e se dirige á parte da sala na qual eles não tinham qualquer aula, onde havia uma espécie de campo de força amarelo. Jordan para em frente ao campo e começa a fazer feitiços não verbais com a mente e alguns usando as mãos, mas nenhum a varinha. – Vá em frente, Malfoy – diz se virando para o garoto no meio do grupo que o havia seguido até ali. Draco passa pelo campo de força, que se torna violeta, e pára no meio dele – Saiam. – ordena aos outros, que não obedecem. – Saiam, agora! – todos vão saindo, menos Hermione que não se move nem um milímetro – Srta Granger, saia!
 - Eu...
 - Agora!
 - Eu não posso!
 - Vamo Hermione - Harry volta e puxa a amiga, mas ela ainda não se move – Mione! – ela lhe dirige um olhar implorativo.
 - O feitiço, Harry. – diz Renée indo para o lado da amiga
 - De proteção? – pergunta Jordan – Renée confirma com a cabeça enquanto Hermione também olha para o professor e Harry explora a expressão da amiga. – Bom, eu posso inibi-lo por algum tempo até que vocês possam voltar.
 - NÃO! – Hermione grita e de repente uma força invisível a empurra até que colide com Draco fortemente. Mesmo com a intensidade com que se chocaram Draco não faz mais que dar um passo para trás, segurando a ela que o abraça – O que você ta fazendo?
 - Por favor, não. – implora. O rosto dele adquire uma expressão de desentendimento – Eu fiz o feitiço, se você continuar e eu não puder protegê-lo... Eu tenho medo.
 - Do que?
 - Do que pode me acontecer! – ele a encara fixamente e então Harry chama Hermione, com preocupação na voz. O que o faz solta-la.
 - Não se preocupe. – ela continua a implorar-lhe com o olhar porem não vê mudança em sua expressão e vai até o amigo fora do campo.
 - Voc...
 - Não professor, eu vou ficar aqui dentro. Se Malfoy pode fazer com que a poção haja mais rapido, então nós somos aptos a fazer isso também. Eu quero vê-lo para que depois possa tentar. – fala seria olhando diretamente para Jordan.
 - Justo. Você e o Sr. Weasley podem ficar se quiserem, os outros devem sair. – Rony ia acompanhando os outros quando Harry faz sinal a ele para que fique e cuide de Hermione. Assim que a porta se fecha atrás do ultimo aluno Jordan se aproxima do campo de força e com as duas mãos faz um ultimo feitiço. - Você pode usar tudo o que sabe a partir de agora.

   Quando ele se afasta o suficiente, o campo se enche com uma fumaça muito branca, não deixando visível qualquer coisa dentro dele. Instantes depois a fumaça desaparece e eles vêem Draco com uma mascara e varinha em punho, há também uma pantera, que salta para atacá-lo , porem não consegue, graças a um escudo criado por ele. A pantera se levanta e volta andar em volta do menino esperando para avançar nele outra vez, quando começam a surgir mais animais selvagens, que o atacam sem trégua enquanto ele se defende habilmente de um e outro.
   Depois de vários feitiços estuporantes e repelentes que faziam efeito por apenas alguns segundos Draco parece se cansar e solta a varinha, fazendo com que do lado de fora Hermione dê um passo em direção ao escudo, sendo impedida por Rony, que a contem. Jordan se prepara para dar fim a tarefa quando um escudo extremamente forte surge em volta de Draco, protegendo-o e também amaldiçoando os animais que o tocam. Estavam surpresos, sem entender, quando Jordan vê o leve movimento das mãos do garoto e percebe que ele faz a magia sem varinha. Com as feras neutralizadas o campo magnético projeta um dementador, que é imune ao e escudo e começa a sugar-lhe as energias. Surgem também três bichos papão que tomam a forma dos medos mais profundos de Draco e começam a perturbá-lo enquanto ele tenta se defender inutilmente dos múltiplos ataques que sofre.
   De repente ele para e se deixa atacar livremente por uma fração de segundo e logo depois surgem chamas ao redor de todo o campo magnético. As chamas enfeitiçadas provocam queimaduras nos animais selvagens e também espantam os monstros mágicos, que ficam encurralados perto do centro, onde Draco cria novamente um escudo ao redor de si. Os novos feitiços são feitos com movimentos bem visíveis aos olhos dos espectadores, que o vêem abrir no “teto” do campo magnético uma espécie de buraco negro, que suga os bichos papão. E então um enorme tigre branco imerge como uma flecha do peito de Draco e atinge o dementador, fazendo em pedaços antes que haja uma explosão de chamas que queimam tudo dentro do campo.
   Com a mesma velocidade com que se expandiram as chamas se apagam e só o que era visível era Draco mais uma vez.


   No centro do campo magnético ileso ele parecia perfeito, a não ser pela respiração ofegante, quando caiu de joelhos, com a cabeça baixa e a respiração piorando a cada segundo. Então Rony levou um choque, gerado pela ligação de Draco e Hermione, e dessa vez a menina correu espontaneamente para o garoto caído, chegando nele antes mesmo de Jordan que estava no mesmo caminho.
   Quando atravessou mais uma vez o campo magnético, de violeta ele se tornou vermelho, e quando alcançou Draco em seu centro ele se mantinha em pé com muito esforço. Parou em frente a ele em seguida olhou seus olhos, que não estavam marrons como deveriam, mas pretos, negros como uma noite sem luz.
   Ele parecia prestes a desabar e ela não sabia o que fazer. Então continuou na sua frente, congelada, enquanto ele tinha a cabeça baixa e respirava com dificuldade.
 Ia ampará-lo quando Artemis surgiu a alguns metros de distancia – Hermione, saia! – quando a menina virou a cabeça para olhar a deusa Draco caiu outra vez, ela tentou segura-lo, mas não era forte o suficiente, podendo apenas mante-lo de joelhos no chão.
 - O quê!?
 - Você tem que sair!! – a deusa continua a dizer a distancia, mas como a menina parece confusa e não faz sequer menção de obedecer, tenta explicar – Você fez... vocês fizeram algo que eu não tenho certeza se deveriam ter feito.
 - O que? Do que você ta falando!? – pergunta sem realmente dar importância a mulher – Porque ninguém ajuda? – olha desesperada para Draco em seus braços. Artemis olha para o lado aflita e volta a repetir – Vamos Hermione, você tem que vir comigo!?
 - Do que você ta falando? Você tem que ajuda-lo! – o desespero é crescente em sua voz – PORQUE NINGUEM FAZ NADA? – ela grita pensando em Jordan e Rony do lado de fora.
 - Eles não podem! – a menina a olha sem entender – E também não podem me ver – olha para o lado mais uma vez – Vamos Hermione! – a garota a olha devastada – Você tem que confiar em mim! 
Hermione olha da deusa para Draco e esta quase decidida quando o garoto a afasta com um fraco – Vai. – ao ouvi-lo Artemis vai até Hermione, se agacha ao lado dela e olha detidamente para a cabeça baixa de Draco, toca o ombro da protegida e as duas desaparecem.

   Quando voltou a ter noção de seu próprio corpo Hermione tinha uma das mãos segura por Artemis, que assistia cabisbaixa o desenrolar de algo no chão de nuvens. Antes mesmo de reconhecer o lugar Hermione se concentrou no que tinha a atenção da deusa, e se descobriu olhando para o que acabavam de deixar. Na cena que corria Draco ainda estava no campo de força, sozinho, enquanto do lado de fora Jordan tentava de todas as maneiras suspender os feitiços que ainda duravam e Rony, assustado, procurava pela amiga. Dentro do campo vermelho Draco não se mexia, e ao seu lado, a deusa também não o fazia, quando um homem de materializou atrás delas.

 - Temi, o que você esta fazendo? – repreendeu-a, mas a mulher apenas olhou para ele e voltou a olhar o desenrolar do que acontecia no castelo, indicando algo com tristeza – Temi, eu te dei apenas o tempo em que estivesse no ministério. – disse severo mas compreensivo – Você tem que ir. – continuar a falar com a irmã sem se importar com mais nada – Não devia tê-la trazido – se refere a Hermione.
 - Por favor, Apolo. – ela larga a mão de Hermione e se vira para o irmão, fazendo Hermione prestar mais atenção á conversa dos dois – Preciso de apenas mais uns instantes. – pede
 - Não. Você sabia que não levaria muito, e me enganou... – a repreende
 - Ela não pode voltar pra la agora, Apolo – implora. Quando a atenção de todos é desviada por uma explosão no campo magnético, que tem as chamas de Draco o tomando por inteiro novamente.
 - Malfoy... – Hermione sussurra.
 - Agora pode – Apolo discorda da irmã, tambem observando as chamas, e chamando a atenção de Artemis, que o olha resignada. Ele passa por ela, vai até Hermione e pega a mão dela, que escapa ao toque dele e olha para Artemis pedindo orientação. A deusa apena assente com a cabeça para a menina e encara o irmão, que toma a mão da garota novamente e se vai, voltando minutos depois – Ele vai ficar bem. – informa – Não é culpa sua, tudo vai ficar bem... – ele se aproxima e a conforta.
 - Eu temo que o mate...
 - Ele não vai – garante Apolo, tranqüilizando a gêmea.






 Pessoal, me desculpem a demora, no fim o mais tarde ficou beeem mais tarde, esse finalzinho de capitulo eh importante viu. Nao sei se voces andam pescando as coisas, mas espero que sim, porque ninguem pergunta nada, ninguem fala naada "/ to começando a ficar deprê aqui. vou tentar teminar mais um capitulo antes do ano novo. Como eu nao dei um capitulo de Natal quem sabe a gente nao arranja um de Ano Novo neh :D Aliasss FELIZ NATAL atrasado pra toooodo mundo, que voces tenham ganhado muitos presentes e amor e carinho ;DD que o ano que vem venha e seja de arrasar. agora, pooooor favor comentem sim, preciso da aprovação de voces o.o

 Beeijos *Marjo C.*



27/12/2008

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