Pergunntas e Respostas
Era um final de tarde e lá estava ela, sentada em sua cama. Não se conformava, naquele exato momento podia estar no campo do União vendo seu irmão jogar... Mas não podia; maldita hora que decidira destruir a sala da diretoria!
No começo daquele ano, Agatha Wood não agüentava mais sua escola. Escola não, Instituto como sua mãe não cansava de corrigir. Agatha estudava no Instituto de Magia e Bruxaria para Jovens Bruxas Smiths, Instituto Smiths como era mais conhecido. Sua mãe estudara no Ins. Smiths durante sua adolescência. Agatha não entedia como agüentou. As mulheres alienavam as garotas para serem donas de casa, não que isso não fosse motivo de orgulho, mas já ultrapassara os valores atuais em relação às bruxas. O ensino era muito bom, mas não era alternativa a aula de culinária... Em um momento de estresse Agatha colocou um Pelúcio na diretoria, como não haviam descoberto a culpada, ela deu um jeito de estourar fogos Dr. Filisbuteiro na mesma sala. Desta vez a sorte não fora tão grande, tinha sido descoberta pela professora que menos gostava, Profª. Phoeble de Herbologia. Certo que ela ajudara um pouco no objetivo de Agatha exagerando e acrescentando atos no ocorrido, mas isso não fazia Agatha se quer admirá-la.
Aquele dia foi inesquecível. A diretora de sua antiga “escola” olhara dentro de seus olhos e dissera: “Você vai conseguir o que queria, Srta. Wood. Aqui está o papel de transferência, mas antes preciso ter uma reunião com seus pais e o diretor da escola escolhida.” Agatha nem se importara com as últimas palavras da Sra. Laureei, seu sonho se realizara.
Infelizmente a reação de sua mãe não foi a melhor. Ela gritou, chorou e deixou Agatha de castigo. Não pôde sair de casa o verão inteiro. Portanto, não pôde ver seu irmão no primeiro jogo de Quadribol profissional, no União de Puddlemere. Enquanto se lamentava, Agatha ouviu um barulho em sua janela. Era uma coruja meio champanhe, de sua amiga inseparável, Paris Griffths. Ela fora transferida também. Não por ter ajudado Agatha, mas sim, por ter se mudado para a França, uma vez que seu pai fora transferido para lá, em um trabalho que nem mesmo ela sabia responder. As amigas inseparáveis se separaram. Agatha abriu a carta ansiosa, estava louca por novidades:
Querida amiga,
Você não tem noção como este país é lindo. Vou estudar em Beauxbatons, minhas aulas de francês valeram para algo...
Os uniformes são lindos, estava cansada do azul marinho e das fitinhas coloridas da nossa antiga escola. Estou morando na casa dos meus avós. Nunca te falei, mas tenho uma prima que mora aqui, ela está no último ano de Beauxbatons, e disse que eu vou gostar dos garotos de lá. Eles, como franceses, devem ser gentis. Finalmente vou desencalhar!!!
Bom, estou louca para te ver. Aí em baixo tem uma lista de perguntas, quero que você responda todas. Avisei a Dulce para não trazer a carta se você não tiver respondido TODAS AS PERGUNTAS!!!
1. Como vai a vida?
2. Que escola você vai freqüentar? (como se eu já não soubesse)
3. Como andam as coisas com sua mãe?
4. Como foi a reunião com o diretor da sua nova escola? (a minha foi magnífica, a Madame Maxime tem literalmente um grande coração)
5. Vai à copa mundial? Sua mãe não pode privá-la de tamanho evento.
6. Sua mãe não é louca para isso????
7. Como foi o primeiro jogo de seu irmão?
8. Como ele está?
9. Ele ficou bonito de uniforme?
10. Ele ta namorando ou está me esperando?????
Beijos,
Paris
Ao terminar de ler a carta, Agatha riu; sentia falta do humor de sua amiga. Paris tinha os cabelos loiros e crespos; olhos claros; e nariz empinado. A primeira vista Agatha a odiou, também pudera, Paris pôs fogo nos cabelos de Agatha.
Ela relera a carta e um tópico chamou sua atenção, a copa mundial. Será que poderia ir assisti-la?!
O medo de descer para o jantar veio, ela não queria brigar com sua mãe novamente... Foi lavar as mãos antes de jantar no banheiro do corredor, já que o sua torneira estava entupida e a Sra. Wood não fazia questão de aplicar um feitiço para desentupir. Foi para o banheiro e abriu a porta.
- Ahhhh!!! – Agatha fechou a porta o mais rápido o que pôde. Ela vira o que não queria ver nunca, pelo menos seu irmão não. Agatha ficou pensando e nem percebeu que seu irmão abriu a porta.
- AGATHA O QUE VOCÊ PENSA QUE EU SOU? POR QUE NÃO BATEU NA PORTA? – berrou Olívio furioso, enrolado na toalha.
- Desculpa maninho, é que ninguém usa esse banheiro... Nunca pensei que te encontraria pelado em um banheiro... – desculpou-se Agatha – Por que você não ta tomando banho no seu banheiro?
- Me esqueci de te avisar, – disse Olívio subindo as escadas – na última vez que você brigou com a mamãe, eu comentei a copa mundial quando você subiu, ela disse que você não iria, eu retruquei e ela disse que eu tomei suas dores e me deixou com parte do seu castigo...
Quando Olívio subiu as escadas, Agatha pensou o quanto era bom ter um irmão mais velho apaixonado por quadribol.
Ao ver que o jantar não estava pronto, Agatha pegou um livro para ler, ao começar a ler na sala de estar, percebeu que seu pai a olhava por cima da revista do U.P. ela percebeu aquilo e não ia ficar calada...
- Pai, o senhor quer falar comigo? – perguntou educadamente.
- Bom, - disse desajeitado – acredito que você queira ir a copa mundial de Quadribol...
- Claro que quero, mas acho que a mamãe não quer que eu vá...
- Realmente ela disse que não quer. Ela disse que era você ou ela... – Agatha ficou impressionada com isso, sabia que sua mãe estava irritada, mas não tanto. – Eu avisei para ela que era exagero, acho que você deve ir. Conheço a Jen ela não faria isso contigo...
- Nossa Jostein, também pensei que te conhecia... – interrompeu a mãe de Agatha – acho que vinte cinco anos de casados é pouco para se conhecer uma pessoa! Vamos a janta está servida.
Não agradara Agatha o que sua mãe havia dito, na verdade aquilo lhe assustou.
Olívio fora dormir, seu pai também. Só restara na sala Agatha e sua mãe. Milhares de coisas vinham na cabeça de Agatha. Novamente ela teve vontade de perguntar. Questionar.
- Mãe, por favor, me responda... – disse a garota sem jeito – Por que você ficou tão brava? Sabe, por todo o acontecido?
A mãe de Agatha não respondera. Ficava quieta lendo alguns papéis. Agatha viu que não adiantava perguntar, diretamente, o assunto. Afinal, sabia o porquê da irritação de sua mãe.
- O que a senhora está fazendo? – disse ela, agora com firmeza.
- Lendo umas leis trouxas...
- Por quê?
- Pois seu pai pediu. Para um amigo maluco de seu pai, que quer processar a ex-mulher no tribunal trouxa. – a Sra. Wood levantou a cabeça e olhara para Agatha. Sabia o quê sairia da boca da filha. – vá se deitar, já é meia-noite.
- Não vou, mamãe. Acho um absurdo ficar fazendo isso para o papai... É trabalho dele, é uma obrigação.
- Seu pai pediu, eu faço...
- E se o papai pedisse para você se atirar da janela, você se atiraria? – falou Agatha irritada. Sua mãe a olhou. Um olhar cheio de censura. – Mamãe, a senhora sabe o que quero dizer... Eu lhe respeito muito, mas eu já tenho quinze anos e tenho opinião própria.
- Minha querida, eu tenho medo deste tipo de coisa. Na minha época de escola tinha uma menina igual a você. Ela foi transferida e anos depois se tornou uma comensal da morte. Você tem que entender que não é isso que eu quero. Minha filha usando sua inteligência para ajudar alguém como Você-Sabe-Quem, é a última coisa que uma mãe vai querer para a filha. – falou chorosa a Sra. Wood.
- Mãe, eu a amo, e creio que nunca vou trazer tal desgosto a senhora... Fique tranqüila que existem modos muito mais racionais para demonstrar o que se pensa! Bom, vou dormir... Boa noite. – Agatha estava subindo as escadas quando se tocara que não perguntara uma coisa. – E em relação à copa Mundial de Quadribol, posso ir?
- Mesmo se eu não quisesse você iria, não?
- Iria... – disse a menina sorrindo.
Ao acordar, no dia seguinte, Agatha respondera a carta a sua amiga, feliz por dar uma resposta positiva em relação à Copa Mundial de Quadribol. Ao sair da porta do quarto quase fora derrubada pelo irmão.
- Olívio o que aconteceu? – perguntou Agatha intrigada.
- Você não viu!? Nós temos duas horas para arrumar as coisas... O lugar prometido a papai no acampamento foi preenchido. Acho que por Lúcio Malfoy. Agora quem chegar lá primeiro é que pega os melhores lugares! – respondera ele com desespero.
Agatha desceu as escadas correndo e viu que sua mãe arrumara suas coisas em um malão cor-de-rosa. Ficara tranqüila. Rindo da cara do seu irmão, ela partiu com sua mãe na frente. Seu irmão e seu pai aparatariam, provavelmente chegariam antes. Elas teriam que pegar uma chave de portal. Agatha não gostava delas, pois sempre passava mal. Elas tinham que ir até a capital de Berkshire, Reading, para apanhar a chave. Elas usaram pó-de-flu para chegar em um pub na capital, assim ir até um salão de eventos bruxos da cidade e, por fim, apanhar a chave de portal. Ao chegar no salão, viram que não eram as únicas, havia mais uma menina de cabelos negros; e um garoto com cabelos castanhos claros e cacheados, estes estavam acompanhados com os respectivos pais.
- Bom dia, Sr. Chang. – cumprimentou a mãe de Agatha ao pai da garota – Como vai?
- Muito bem. – respondeu ele educadamente. - Esta é Lia Gaarder, minha prima.
- Prazer... Acho que ninguém mais vem, não? – disse a Senhora Gaarder.
- Acho que não... – falou Jen olhando em volta – Os Broadmoor foram privados de qualquer manifesto do Quadribol na Grã-Bretanha.
- Está bem, então... – disse o Sr. Chang, pegando um disco de vinil trouxa. – Eu não sei bem o que é isso, mas é o que devemos usar...
Agatha foi com uma cara de choro em direção àquilo e segurou uma parte:
- Um, dois, três. – o puxão fora tão forte desta vez que Agatha jurara que seu umbigo havia rasgado. Por quê os meios de transportes bruxos eram tão desagradáveis?
Após alguns segundos, Agatha sentira o chão firme, para seu alívio. Apesar de ter caído de boca no chão com o peso do garoto e da garota em cima e, apesar do puxão, não fora a pior viagem que teve.
- Dá pra, pelo menos, vocês dois saírem de cima de mim? – Agatha resmungou sarcástica, não podendo negar que se irritara.
- Desculpa, - disse a menina – você está bem?
- Estou, - Agatha respondeu, sendo puxada pelo garoto, que lhe dera a mão para levantar. – obrigada...
A Sra. Wood estava falando com um homem, que explicou a ela o que fazer. A família de Agatha iria ficar perto dos Gaarder, mas já dos Chang não. Agatha fora conversando com os dois até eles acharem o acampamento. A menina se chamava Cho e estava no quinto ano de Hogwarts, na Corvinal. O menino se chamava David e também estava no quinto ano de Hogwarts só que, porém, Grifinória.
- E você Agatha? – perguntou a Cho.
- Bom, eu estudei em uma escola para bruxas, aprontei muito por lá... – Agatha deu um sorriso maroto – Agora vou pra Hogwarts, vou ficar na Grifinória.
- Nunca vi ninguém fazer isso, você foi transferida? – disse David.
- Fui, a primeira que eu aprontar em Hogwarts perco minha varinha... – ao ver os rostos dos dois após ela dizer isso, Agatha vira que não fora uma boa idéia – Por que vocês estão me olhando assim?
- Você parece ser pior que os gêmeos Weasley... – falou Cho com um sorriso no rosto.
- Weasley? Já ouvi falar deles... – e Agatha ouvira mesmo, seu irmão reclamava deles o verão inteiro, enquanto era capitão do time da Grifinória. Meu irmão falava deles, vamos dizer que ele os achava ótimos jogadores, porém muito infantis...
Ao chegar acampamento, Agatha ficou boquiaberta. Aquilo era um acampamento trouxa, apesar de não parecer. Seu pai e seu irmão já haviam chegado, já tinham montado a barraca, que por sinal parecia tudo menos uma. Ela era grande e verde.
- A nossa barraca não costumava ser amarela? – Agatha perguntou a Olívio.
- Sim, mas nós estamos torcendo pela Irlanda, não!? – seu irmão disse isso com uma emoção que Agatha não conseguiria explicar.
Mas ela não gostara da barraca. Afinal, chamava atenção. Não tanto como a bandeira escrito Instituto das Bruxas de Salem. Agatha só se tranqüilizou quando viu que todos a sua volta tinham o mesmo tipo de barraca.
- Adivinha quem já passou aqui atrás de você minha filha?
- Quem pai?
- Sua amiga, Paris. Está junto com os franceses, logo mais à frente. – Agatha se sentira feliz com aquilo.
Logo foi atrás da amiga. Não demorou muito para achá-la. Agatha esperava mais da amiga. Realmente esperava, mas não, a amiga viera bufando em sua direção:
- Que resposta é essa Agatha Wood? Ta certo que você respondeu todas as perguntas, mas não gostei da maioria.
- Eu esperava encontrar minha amiga Paris Griffths, e não um dragão verde-galês...
- Não estou para brincadeiras – e agora que percebera estar com a roupa toda verde. – e as vestes são para homenagear a Irlanda. Agora me responda: que história é essa de seu irmão estar namorando?
- Nem vem Paris, ele está namorando sim. Uma garota muito bonita de Hogwarts, o nome dela é Katie Bell, é loira e tem olhos castanhos, satisfeita? Poxa, eu queria que você ficasse feliz com a minha carta e não irritada só por causa de meu irmão. – o que era verdade, apesar de não parecer ao ver no rosto da amiga.
- Como assim, só por causa de seu irmão. Seu irmão é lindo e o sonho de muitas garotas, e...
- E apenas uma foi o sonho dele. – interrompera Agatha. Ela fora cruel, mas só percebera isso quando ela vira os olhos marejados de Paris. – Olha desculpa, mas você nunca iria gostar dele do jeito que a Katie gosta. Ela tem um amor por ele e ela foi a primeira pessoa que me apoiou quando eu queria ir pra Hogwarts, disse aos meus pais o quanto a escola era boa para garotas.
- Mas eu queria que fosse eu... – o rosto já estava cheio de lágrimas – Nunca pareceu, mas eu realmente gosto dele!
- Você gosta dele como amigo, tenho certeza disso.
- Tudo bem, - disse Paris. Agatha tinha certeza que a amiga não mudara de opinião, porém conseguira acalmá-la no momento. - Mas que história é essa de que a reunião foi estranha. Você passa anos aprontando para sair de uma escola e quando finalmente sai, diz que o diretor é estranho?
- O diretor não é estranho. Alvo Dumbledore é um mago muito admirável e simpático, mas muito misterioso... – Agatha se sentara em um toco de uma árvore. O acampamento se localizava perto de uma floresta de grandes coníferas. – A cada dez frases que ele falava, cinco continham um enigma ou uma lição de moral...
- Parece até que você não gostou...
- Gostei sim. – disse Agatha mais animada – Em Hogwarts tem um chapéu que fala, ele seleciona as pessoas para ficar em uma casa. São quatro casas; cada uma para um tipo de pessoa. Essas casas participam de um torneio durante todo o ano escolar. Parece ser bem divertido...
Agatha contara tudo que sabia sobre Hogwarts para sua amiga e ela contara tudo que sabia sobre Beauxbatons para Agatha. Fora uma tarde agradável, Agatha convidou a amiga para jantar, já que tinha almoçado com a família de Paris.
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N/A --> comentem... é minha primera fic e eu quero saber o que acharam dela... tanto de bom como de ruim...
XDDD
assim eu vo poder melhorar no outro capítulo
by dUdA dE sOUzA
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