Meus primeiros pontos
Aquela semana passou muito rápido. Eu não lembrava muito o que tinha aprendido no ano anterior e os professores estavam cobrando muito para nos ensinar novas coisas.
As aulas estavam cada vez mais chatas e os professores estavam pegando cada vez mais no pé da gente.
Teve um dia que eu estava tão enjoado de ficar ouvindo a Minerva falar sobre animagos que dormi na sala, o que aborreceu a Mini um bocado.
Ela chegou ao meu lado e me chamou várias vezes, mas eu não acordei.
-Mini, professora Mini –disse o intrometido do Sirius –Eu sei como acorda-lo num instante.
-Faça-o então Sr. Black. – respondeu a professora secamente.
-Tiago de Melin... O Seboso está no maior agarramento com a sua ruivinha ali na frente!! –Disse ele bem pertinho do meu ouvido.
Eu dei um pulo na hora e gritei:
-O QUÊ? EU VOU ACABAR COM A RAÇA DELE!
-Calma Sr. Potter. Black só disse isso para você acordar e parar de roncar e atrapalhar minha aula dizendo: ”Meu lírio, minha ruivinha, eu te amo, blábláblá...” - disse a professora um pouco divertida.
Lily estava sentada comigo e estava até roxa de tanta vergonha.
-Continuando minha aula, Sr. Potter, como se dá o nome de quem pode se transformar em qualquer animal?
-Animago, Mini querida.
-Por quê, Sr. Potter?
-Porque ele pode virar bicho ou humano a hora que bem entender, ao contrário, por exemplo, de um lobisomem.
-Qual é a diferença, Sr. Sabe Tudo?- Perguntou ela ironicamente.
-O animago se comporta muito bem como animal e faz tudo o que quiser sabendo de seus atos, já o lobisomem não, atacaria seu melhor amigo sem saber quem estaria atacando. –terminei simplesmente.
-Muito bem! 50 pontos para a Grifinória. (N.A:ela não sabia que ele era um animago e na mente dela, aquela resposta vindo de Tiago Potter era MUUIITA coisa!)
O sinal bateu e saímos de lá. Lily estava com um sorriso de norte a sul pra mim. Até
Eu estava surpreso. Era os primeiros pontos que eu ganhava desde que cheguei na escola, sempre eu conseguia tirar os pontos da Grifinória e não acrescentar, fora os pontos do quadribol que não contam muito, porque é um esporte e não uma matéria.
Depois do jantar, voltando para a torre da Grifinória, aquela história de passar a mão na minha bunda voltou a ativa. De novo, eu não encontrei a espertinha.
Fiquei emburrado no salão comunal e eu estava sozinho.
Não demorou nada e os meus amigos chegaram com sorrisinhos no rosto. Só deu tempo de eu escutar o finalzinho da fala do Sirius:
-...deixa ele ficar sabendo que ele...AI! –reclamou ele levando um cutucão da Lily.
[i]Você devia saber como aquele cutucão doeu...[/i]
Bem feito!
[i]Você gosta de rir da desgraça dos outros né?[/i]
Aff, continuando...
-Do que vocês estão rindo? –perguntei curioso, mas ainda estava com raiva.
-É que acabou de passar um terceranista perto da Lily e a chamou de ruivinha gostosa. –Bruna tratou de inventar uma mentira rápida e obteve
sucesso.
- Quem é o desgranhento que eu vou acabar com a raça dele agora! –disse eu já me levantando e indo em direção ao retrato.
-Nós nem sabemos o nome dele, Potter. Agora se sente aí que nós vamos te faer algumas perguntas. –disse ela se pondo na minha frente e dizendo
com tom de mandona.
O que eu não faço por essa ruivinha...
[i]Até correr pelado na chuva pra ter ela com você, eu acho que você corria![/i]
Exagerado, cachorro louco.
-Por que você anda irritado ultimamente depois do jantar?- Perguntou Ana.
-Porque tem uma certa bendita que toda a vez que eu estou saindo para dormir do salão principal, vem passando a mão na minha bunda até a metade do caminha. E eu estou mais feliz ainda de não saber quem é a dita!- acho que eu explodiria a qualquer momento.
- E desde quando você não gosta? –perguntou o meu lírio irônico.
-Desde que o meu corpo e o meu coração têm dona. –disse olhando no fundo dos lindos e perfeitos olhos verdes que ela tem.
-E que é a “felizarda” dessa semana? –disse ela rindo da minha cara porém, um pouco vermelha.
- A dona do meu coração? A 1ª letra do nome dela começa com L e a 1ª letra do sobrenome é E. Ela é mais ou menos da minha idade e é a menina mais bonita que eu já vi. Consegue adivinhar? –passei as mãos nos meus cabelos e sorri.
Aí o cachorro intrometido se adiantou.
[i]Hei, eu não sou intrometido, só disse o que eu pensava![/i]
Mas pensou errado, e eu disse pra LILY adivinhar, e não você.
Voltando a cagada que o Sirius falou.
-Ligia Erming? Eu fiquei três dias com ela ano passado...ela é muito bonita mesmo! –disse o cão estragando a conversa.
-Essa menina não é do Lufa-Lufa? – perguntou Ana confusa, porque ela, como todos os outros exceto o cachorro burro, haviam pensado que era a Lily, que na realidade era ela mesma.
-Não. A menina de que estou falando é da Grifinória. –disse eu bem depressa antes que o cachorro burro desse outra mancada.
Meu lírio corou e não disse nada.
-Eu estou bravo por não encontrar esse ser que se aproveita de mim e lhe dizer que sou todinho da minha ruivinha aqui.
Todos os meus amigos olharam pra Lily com um sorriso amarelo e ela corou mais ainda.
A semana se passou e eu não senti mais a mão daquele ser em mim. Certa manhã, Remo acordou de mal-humor e mais pálido do que de costume. Nós tínhamos esquecido da lua cheia.
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