SOBRE COPOS DE UÍSQUE E IRMÃOS
A cara risonha de Draco Malfoy pairava acima do copo de Roni Weasley. O ruivo não compreendia como Hermione suportava esse loiro aguado, arremedo de veela.
- Cai fora, Malfoy! Deixa eu beber sossegado meu uísque.
- Aí que está o problema, Weasley - sorriu Draco, parecendo se divertir muito com o mau humor do outro - Se você voltar aos velhos vícios, sua amada noiva vai ter que se isolar do mundo pra cuidar de você! E sabe quem vai ser entregue aos leões lá naquele hospital? O simpático sonserino aqui!
- Francamente, Malfoy, eu quero que você se foda! Aliás, eu quero que aquele hospital inteiro se foda!
- Tsc, tsc, Weasley, que maus modos! Acontece - retrucou o loiro com uma súbita expressão séria no rosto - que eu não quero que “EU me foda”, eu não quero que Hermione Granger se foda porque o querido noivinho dela teve um dia ruim! Então estamos num impasse. Eu pouco me importo com a sua vida ou com sua recaída alcoólica, mas ela afeta a minha preciosa vida e de sua noiva, pessoa com a qual você deveria ter mais consideração!
- Escute aqui, Malfoy, quem nomeou você minha consciência? E, a propósito, quem vai me impedir de beber? Você? – o ruivo olhou-o ameaçadoramente, fazendo Draco empalidecer um pouco.
- Pode-se saber o porquê desse seu ataque?
- Não pode – Roni pareceu hesitar um minuto – Bem, digamos que eu encontrei um velho amigo aos abraços com uma certa medibruxa.
Draco abriu a boca surpreso, mas antes que pudesse falar algo, Gina Weasley havia aparatado ao lado do irmão que a olhou constrangido. Draco abriu de novo seu melhor sorriso e desafiou o outro:
- Sabe, Weasley, telefone celular – disse mostrando o pequeno aparelho em sua mão direita – Uma ótima invenção trouxa para evitar que babacas que nem você se embriaguem por ciúmes idiota.
Roni levantou-se com os punhos fechados. Draco mirou-o preocupado. Sabia que aquele Weasley quando nervoso não era muito controlável e já tivera provas disso em Hogwarts. Olhou para os lados a procura de uma rota segura de fuga, quando a voz calma, mas firme de Gina dirigiu-se ao irmão:
- Já chega, Roni -num gesto com a varinha a garota esvaziou o copo de uísque de fogo e dirigiu-se novamente a ele: - Quando você vai crescer, Roni Weasley? – Draco sabia o domínio que ela tinha sobre o ruivo grandalhão e quanto Roni respeitava a irmã mais nova, mas surpreendeu-se com fato deste virar-se em silêncio, pronto para desaparatar do bar.
Draco já se preparava para algum dos seus comentários ácidos quando Gina o calou com um olhar severo e ainda com esse mesmo olhar, dirigiu-se a Roni: - Me prometa que você não vai fazer nenhuma besteira antes que a gente possa conversar! O irmão assentiu antes de desaparatar. Parecendo cansada como se tivesse feito uma longa caminhada, a ruiva sentou-se à mesa em frente a Draco que a olhava admirado.
- Uau! Todas as mulheres da sua família são assim duronas, Srta. Weasley?
- Você não sabe o quanto é necessário ser durona tendo seis irmãos mais velhos, Draco – suspirou Gina, acrescentando num tom mais ameno: - Eu bem que preciso de uma bebida agora! Depois eu vou descobrir o que foi isso.
- Isso não. Esse – encarou-a Draco, de novo com aquele sorriso cínico. Gina era uma das únicas pessoas do mundo a achar o sorriso divertido.
- Gina pensou por um momento. – Estamos falando de...
- Harry Potter, off course. Ele está...
- Eu sei, ele está de volta - completou Gina – em carne, osso, olhos verdes e cicatriz!– acrescentou com lágrimas brilhando nos seus olhos castanhos.
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