A carta



Lily,
Esta é a ultima carta que lhe escreverei, a ultima de tantas outras que redigi, esta porem não ficara na gaveta escondida e temerosa como as outras, esta carta ,Lily, eu enviei. Admito que estou lhe escrevendo uma carta,pois, dês daquele dia que vergonhosa e magoadamente chamei-te de sangue-ruim não tenho coragem de se quer chegar perto de você. Mas quero que saibas, que naquele momento passado, que olhei em seus profundos olhos verdes e disse com toda a segurança que não importava para mim se tu fostes de família inteiramente bruxa ou não, eu falei a verdade.
Quando te vi aos meus nove anos, eu sabia, sabia que aquela menininha de olhos tão verdes, dona de um espontaneidade que condizia bem com o flamejar avermelhado de seus cabelos e que fazia encantadoras mágicas sem saber,me faria sentir diferente, me faria uma pessoa melhor. Sonhei por anos, perdido em minha própria tolice, que você iria comigo a mais nobre das casas, Sonserina, e é claro, desejava todas as noites mal dormidas que você gostasse de mim como eu gostava de você. Sonhos, apenas meros sonhos.
Quando embarcamos naquela tão causadora de sonhos, tão magnífica locomotiva vermelha. Descobri naquele mesmo dia, que Potter seria um problema para mim, e descobri também, que cada vez eu te amava mais. Quando você me defendeu de Potter e Black, minha cabeça que já tinha demasiadas duvida sobre você, encheu-se ainda mais. A Lily, você me encantava.
Eu não conseguia pensar em tardes melhores do que aquelas que passávamos juntos nos ensolarados jardins da escola, seu sorriso me fazia um garoto completo, me encatava e me dava segurança. Quando comecei a andar com os garotos da sonserina, eu não cogitei em nenhum momento deixar de ser seu amigo, para falar a verdade, as vezes pensei que você era a minha única amiga e certamente era a única que eu amava. Me desculpe por aquele beijo, eu simplesmente não consegui me controlar, mas quando sua mão tocou meu rosto eu percebi que se não fosse naquele momento, nunca mais seria.
Eu não sei como agüentava te ver andar pelos verdes campos da escola e não correr, te pegar em meus braços, e dizer olhando em seus olhos que tanto me dominavam, dizer que te amo, que te amo mais pura e verdadeiramente que qualquer um, dizer que dês da primeira vez que te vi brincando naquela pracinha tão inocentemente quanto em qualquer outro momento, eu já sabia que você seria a dona do meu inteiro amor, dizer que não ligava se você era da grifinória, pois era a grifínda mais linda que eu já havia visto.
Meus olhos nem agüentavam te admirar, o brilho avermelhado de seus cabelos condizia perfeitamente com a aura prateada de sua pele.
Achei que nunca choraria de felicidade, achava que ninguém me faria tão feliz a esse ponto. Mal sabia eu, que o dia de chorar de felicidade chegaria. Estávamos no quarto ano, lembra Lily? Hogsmead estava muito mais linda, como você mesmo disse, coberta de uma branca e fofa neve. Mas, nem se comparava a você, quando saiu do castelo e veio ao meu encontro, sorridente, tão meiga, ainda carregava um belo brilho infantil. As vezes me pergunto, o que aconteceria se você não tivesse tropeçado,e se eu não tivesse pegado sua mão por acidente, e se você não tivesse esquecido o cachecol , e se você não aceitasse dividir o cachecol comigo, e se, e se ..
Mas, os “e se”, ficaram para a trás, eu peguei sua mão por acidente na dedos de mel, você esqueceu o cachecol e aceitou usar o mesmo que o meu, e então, sentados naquele banco gelados, saboreando os doces que você me fazia comer, eu a olhei, já muitos unidos pelo cachecol, então você com a sua delicada mão, tocou meu rosto e meus lábios tocaram os seus. Durante um ano, um longo e bobo ano, eu imaginava que você sentisse por mim o que eu sentia por você, mas para minha tenebrosa e eterna infelicidade, você só me queira como um amigo. Então as brigas aconteceram, cometi aquele grave erro.
E hoje Lily, você vai se casar, eu estou aqui sentado sobre um pedaço de chão terroso, com um pergaminho, e uma tristeza inigualável. Só para te dizer, que te amo e sempre amarei, que você é o amor da minha vida, e que aprendi a viver sem você, mas penso em você todo meu tempo, penso que podíamos ter sido felizes juntos, mas você não quis isso. E eu só quero que sejas feliz, mesmo que não ao meu lado.
Com carinho,
Severus Snape.
Quando ela acabou de ler a carta, uma gota caiu sobre o pergaminho borrando o nome de Snape, ela se olhou-se no espelho, estava de branco. Pronta para seu casamento com Tiago, aquele menino que tanto desprezará e agora amava, olhou novamente a carta, e ficou imaginando e se questionando, porque nunca dissera a Severus que o amava, que sempre o amou, mas agora não havia mais tempo sua vida estava ali, ia se casar. Até o dia de sua morte, ela lia e relia a carta todos os dias, e ficava imaginando, se Snape ainda pensava nela, pois ela, pensava nele.

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