Good bye, S.
Good bye, S.
Agora são 10 dias contados para a volta à Hogwarts.
A maioria dos alunos devem estar contando os dias para rever os amigos e contar todas as novidades das longas férias de verão.
Além disso eu devia estar feliz por finalmente começar meu sexto ano, afinal eu sempre o vi meio que como um descanso entre os N.O.M’s e os N.I.E.M’s.
Ah tá... até parece
Mesmo porque eu nunca precisei de Hogwarts para rever meus amigos. Sempre estiveram bem perto de mim, obrigada.
Pelo menos até agora...
Dingdong Dingdong Dingdong
Apertar três vezes a campainha era como um código para os Parker. Significava que a pessoa que chegava era “de casa”
Não que eu fizesse parte da família, mas eu e Sarah éramos melhores e inseparáveis amigas desde que eu me entendo por gente e eu sempre me dei tão bem com a família dela que existiam poucas pessoas tão “de casa” quanto eu.
- Iiiiiis! – Ela mal abriu a porta e já me deu um abraço do tipo bem apertado.
Alguém avisa pra essa garota que ela ta me esmagando?!
- E aí, S.? Preparada para a nova fase da sua vida? – Disse quando ela finalmente me soltou e pudemos entrar.
O engraçado de fazer essa pergunta é que ela devia ser feita pra mim.
- Não sei bem.... - tinha um “quê” de tristeza na voz dela e os olhos azuis brilhavam, como se tentasse segurar as lágrimas – mas agora não posso mais voltas a trás, não é mesmo? Bola pra frente! Isso vai ser bom pro meu futuro.
- Verdade...- eu disse, meio incerta.
Como eu falei antes, eu e Sarah sempre fomos inseparáveis. Além de sermos vizinhas desde sempre, estudávamos juntas em Hogwarts. E, mesmo ela sendo um ano adianta em relação a mim e ser um grifinória, enquanto minha casa é a Corvinal, nós nunca deixamos de ser unha e carne e de estarmos sempre juntas durante praticamente todo tempo em que não estivéssemos em sala.
Mas agora ela estava se mudando para outro país, para morar com sua tia Jane.
O sonho dela sempre foi ser uma renomada medibruxa como a tia e agora tinha conseguido uma vaga de aprendiz no hospital onde a tia trabalha como curandeira-chefe. Mas para isso ela teria que se mudar para a Escócia e passar a freqüentar a escola de magia de lá, que não é interna como Hogwarts.
Lógico que eu estou feliz por Sarah ter conseguido uma oportunidade que será a chave para o sucesso profissional dela... Mas é que vai ser tão difícil sobreviver em Hogwarts sem ela.. que dizer.. lá esta longe de ser tão maravilhosamente mágico quanto parece.
- Tá tão quieta... – Sarah quebrou o silencio quando chegamos ao quarto e eu meio que despertei dos meus devaneios – parece que você ainda não se acostumou com a idéia...
- Ah! Sei la... – me larguei na cama – vai ser meio... estranho sem você por perto...
- É, eu sei. – Disse enquanto terminava de guardar algumas roupas em um malão – Mas você vai se virar bem sozinha.
- Sozinha? HAHAHA – risada sarcástica – E como você quer que eu fique SOZINHA naquele hospício ?
Ela riu e revirou os olhos, sem parar o que estava fazendo.
Tá que eu devia incentivar minha amiga e dar todo apoio moral que eu pudesse, afinal ela vai se mudar para um país diferente onde a única pessoa que conhece é a tia que mal deve parar em casa...
Mas ficar de mau humor por estar prestes a ter que me despedir de uma amiga de anos não me faz uma completa egoísta, né?
Né?
- Você não vai estar totalmente sozinha. – falava como se tentasse me consolar – Você ainda tem o Al .
Albus Severus Potter, vulgo Al. Nosso vizinho e melhor amigo. Eu ele e Sarah costumávamos ser o trio maravilha... Pelo menos até ele ir para Hogwarts, um ano depois de mim.
- Ter o Al e não ter ninguém tá dando quase no mesmo ultimamente... Faz tempo que a gente não pode contar muito com ele, que está sempre com a agenda lotada com os amiguinhos V.I.P’s dele... Aliás Ele não deveria estar aqui agora? Pra se despedir de você?
- É... ele sabia que eu ia embora hoje... eu avisei... - a voz dela saiu mais triste do eu nunca agora.
Ok, Isabel. Tá na hora de deixar de ser uma cretina total e dar mais atenção pra sua amiga.
Me levante e dei um abraço apertado nela.
- Relaxa. Ainda falta algum tempo pra você ir... ele deve chegar daqui a pouco... – Ela sorriu, conformada – Falando nisso, como você vai mesmo?
- De trem. Vai sair às duas. – olhamos quase simultanamente para o relógio da parede. 12:40h. – È.. eu não to tãão adiantada assim...
- Então deixa que eu te ajudo com isso aí... – eu fui dobrando umas roupas, em silêncio. É o clima tava meio chato...
Ficou assim até terminarmos de arrumar tudo.
- pronto! Muito obrigada, Is!
- Não tem de que... – Sentamos as duas a cama. Eram 13:00h. Tensão total.
- Errr.. eu ouvi dizer que o Finnigan vai voltar... pelo menos por uns tempos..
Eu gelei.
Gary Finnigan era meu namorado. Era , infelizmente.
Não que a gente tenha brigado ou algo assim. Nossa separação tem mais a ver com distância . Algo como o que esta acontecendo agora com a Sarah? É, beeem perto.
- É... ele deve ficar aqui durante uma semana eu acho... vai embora um dia antes de começar o ano letivo... – pensei um pouco e fiz umas contas... ele ia chegar dia 23 de agosto não era? – OMG!!! - dei um pulo tão alto que quase bati a cabeça no teto - Ele deve chegar tipo assim... HOJE!
- HOJE? Como assim hoje? Geeeeeente... eu pensei que fosse só semana que vem... ele que te falou que seria hoje?
Sabe balde de água fria?
Não, não foi ele quem falou. Descobri pro méritos próprios
Ele nunca fala nada comigo. Desde quando ele foi ele nunca teve a decência de me mandar uma carta sequer!
Ba-ba-ca
- Não. Na verdade o Al que comentou isso comigo outro dia... – ela fez cara de quem compreende. – Éééé, xuxu.... isso explica muita coisa.
Como Albus podia ser tão sem coração?! Tá que o Gary é muito amigo dele e é a primeira vez que ele vem para a Inglaterra depois que foi morar na Bulgária... Mas Sarah é a melhor amiga dele e está indo embora hoje! Custava muito vir se despedir dela e depois ir ver o outro amiguinho? Uma semana não passa tão rápido assim.
- E o que você vai fazer?
- Oi?
- Você vai lá pra falar com ele?
- Ele quem?
- ALOOOOU! Acorda, Isabel!!! Você vai lá ver o Gary?
Ver o Gary? Isso com certeza não estava nos meus planos.
Não que eu não queira.
Só é meio estranho ficar cara a cara com uma pessoa com a qual, na ultima vez que viu, você estava dando uns amassos bem pesados.
E também tem aquela coisinha que todos nós temos e de que muito raramente conseguimos nos livrar.
Orgulho.
- Não sei... acho que não...
- NÃO?!
- Ah! – dei de ombros – ele não me procurou durante todo esse tempo... ele não deve realmente querer me ver...
- Eu não sei se você se lembra, srta. McCoy, mas você também não se importou em escrever nada pra ele... – revirei os olhos – Ah! Qual é,Is! Vocês eram tão apaixonados um pelo outro... e tá na cara que você ainda gosta dele!
Eu me joguei na cama e afundei minha cabeça no travesseiro. Fiquei assim por algum tempo e, por fim, levantei a cabeça e disse:
- Tá tão na cara assim?
Ela não respondeu, apenas riu.
E riu bastante.
Ai que ódio que eu tenho da minha transparência!
- Você vai lá SIM! – Decretou depois da crise de riso.
Oi?
- E não adianta fazer essa cara não, Is! Faz o favor de engolir esse seu orgulhozinho e ir sim senhora. Porque depois você vai ficar toda tristinha por aí que eu sei! E não vai ter mais Sarah por aqui para ficar te ouvindo não! Você nunca vai saber se ainda existe ainda alguma coisa entre vocês se não for até lá...
- Mas, S....
- E nada de “ mas”! você vai e pronto!
- Okay, mamãe -falei meio irritada. – você venceu!
Ela riu de novo.
Alguém podia me dizer onde está tanta graça? –‘
- Sabia que eu te venceria! Eu sempre acabo te convencendo! – ela disse me abraçando, como se eu realmente fosse sua filhinha de uns 5 anos de idade.
- Tá, mas não precisa ficar se achando por causa disso... E muito menos me esmagando!
Antes que ficasse totalmente sem ar, a empurrei com força pra longe de mim.
Não queria que tivesse sido tão brusco, mas não pude evitar:
Ela acabou caindo de bunda no chão.
Sinceramente? Foi uma das cenas MAIS engraçadas da minha vida TODA!
HAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHAHHA!
OMG! Alguém me saaaaaalva!
Eu vou ter um revertério aqui de tanto rir!
Peraí? O que essa loira aguada está fazendo?
É um pássaro? É um hipogrifo?
Não! É uma almofada que ela acertou em cheio na minha cabeça :S
Doeu! :~
- Is? Você tá bem? – ela perguntou se aproximando de mim, enquanto eu estava deitada, com a cara afundada na cama e a mão na cabeça.
-- Tô ótima! – levanti tão rápido que ela levou um susto e caiu denovo.
Eu peguei a primeira almofada cor de rosa que veio na minha cabeça e atirei com toda força contra ela...
E isso só podia significar uma coisa:
Guerra de travesseiros!
*
Snow Patrol - Open your eyes
- Você vai ficar bem? – me perguntou enquanto nos soltávamos de um abraço
Nós já estávamos no portão. O senhor Parker esperava Sarah um pouco afasdo, junto à mãe dele, que chorava.
- Eu sei me virar sozinha... – sorri – agora a pergunta é: você vai ficar bem lá?
- Se eu não ficar, eu sei a quem e como recorrer. – o sorriso dela era um sorriso triste. Mas não chorava. Ela nunca se permitia chorar na gente de ninguém.
Eu queria ser como ela. Mas não podia evitar que lágrimas rolassem pelo meu rosto. Mas, sinceramente? Eu não estava me importando nem um pouco com isso.
- Eu sei que você vai ficar. Você é forte o suficiente pra isso. E mesmo, se um dia não tiver tão forte assim... você já sabe o que fazer.
- Mas será que vai funcionar mesmo à distância?
- Não sei. – disse, sincera – mas nós vamos descobrir.
- Certo.
Nos abraçamos mais uma vez e ela caminhou até o pai e à avó.
Antes de desaparatarem para a estação ela ainda teve tempo de gritar:
- Hey, Is! Não se esqueça de ir lá, hein! Eu vou te cobrar isso!
- Eu faço um esforço. – respondi displicente.
Um segundo depois eles se desmaterializaram e eu me vi sozinha naquela rua pacata, iluminada pelos últimos raios do sol poente.
*
A casa dos Finnigan não ficava muito longe da minha. Se não fosse por minha apreensão, receio e vontade de voltar pra minha casa, eu levaria menos de 10 minutos para caminhar até lá. E não os 20 que levei.
Logo que cheguei e me deparei com os altos muros cobertos por hera, senti aquele conhecido arrepio. O mesmo que sempre tinha quando me encontrava com Gary.
O cheiro forte de damas-da-noite fazia meu estômago revirar. Só não podia dizer ao certo se era de enjôo ou de nervoso por tantas lembranças.
Era uma sensação realmente estranha lembrar do que ocorrera da última vez em que estive ali.
Flashback
Seria cômico se não fosse trágico.
Uns seis marmanjos se abraçando e chorando compulsivamente. Um pouco mais a frente um casal de adultos com o olhar triste pedia para que eles se apressassem.
Um dos garotos se afastou um pouco e caminhou até mim, me abraçando logo em seguida.
O sol já se punha e as damas-da-noite se abriam. Um leve brisa passou, trazendo aquele cheiro doce até mim. Mas eu sabia que aquela náusea que sentia não tinha nada a ver com aquilo. Ele me afastou para que pudesse olhar nos seus olhos. Com o dedão, limpou minhas lágrimas e encostou os lábios de leve nos meus.
- Eu vou sentir sua falta – sussurrou enquanto me envolvia em mais um abraço.
- Eu também... – eu quis dizer, mas as palavras não saíram. Apenas um soluço saiu. E mais lágrimas.
Mais uma vez o casal o apressou. Ele me afastou novamente
- Eu te amo.... –sussurrou antes de virar as costas e caminhar em direção aos pais, desaparatando com eles e todas as malas logo em seguida.
O mais alto dos garotos me abraçou, enquanto eu deixava que as lágrimas fluíssem.
- Vou te levar pra casa...
Fim do Flashback
Realmente. Em todos os anos de amizade eu nunca tinha visto Albus Potter chorar; nem mesmo quando uma vez ele caiu de um balanço e quebrou o braço. Da mesma maneira eu nunca imaginaria que veria chorando Hugo Weasley, James Potter, Frank Longbottom e John Thomas. Eu definitivamente morreria de rir se não tivesse tão preocupada com a partida do meu namorado.
Despertei dos meus devaneios quando ouvi vozes vindas da casa.
Meu estômago revirou mais uma vez.
Então Al estava mesmo lá. E juntos deveriam estar todos os outros amiguinhos.
Hesitei por um momento. Talvez não tenha sido uma boa idéia vir até aqui...
Ah! Quer saber? Dane-se! Eu não devo nada a nenhum deles.
Apertei a campainha e esperei. Não demorou muito para que uma mulher baixa, loira e muito bonita para a idade viesse abrir a porta. Era a Sra. Finnigan.
- Isabel! Como vai, querida? Estava com saudades de você! – Ela me deu um abraço caloroso.
Lilá Finnigan sempre me achou uma nora perfeita.
Não que eu realmente acreditasse nisso. Tava na cara que ela só via em mim a esperança de que, quando ela e seu marido voltassem para a Inglaterra depois de passados 3 anos na Bulgária, Gary não resolvesse ficar por lá mesmo.
- Errr – eu me desvencilhei do abraço com toda a delicadeza possível – O Gary está aí?
- Sim, sim! Está com os amigos em seu quarto! Pode entrar, querida...
Não preciso dizer que eu já sabia exatamente o caminho para o quarto dele, preciso?
Cheguei lá com a impressão de que o meu coração ia explodir de tão rápido que batia. E mais uma vez hesitei antes de abrir a porta.
Foi como imaginei. Estavam todos lá : Al, o irmão James, o primo Weasley, Longbottom e Thomas, alem de Gary, of course.
E todos eles simplesmente pararam o que estavam fazendo para me olhar.
Cuspa no chão e saia nadando!
Era exatamente essa minha vontade.
- Is! Quanto tempo! – Gary se levantou da cama,onde estava sentado, e me deu um abraço.
Estranho. Porque será que meu coração já não estava batendo rápido e nem nada?
- Gary! Que bom te ver! E aí, como você está? Você mudou bastante! – realmente. O cabelo castanho claro estava bem maior do que ele costumava usar.
- Entrai! – e virou-se para os meninos – Hey! Sejam cavalheiros e abram um espaço para a Isabel sentar.
- Is! Tudo bem com você? – Al me cumprimentou, sorridente.
Eu já comentei como os dentes deles era incrivelmente brancos e iguais e como os olhos verdes brilhavam quando ele sorria, contrastando com os cabelos muito pretos?
Eu tinha que admitir: Albus era realmente muito bonito.
Eu podia simplesmente esquecer o ocorrido com Sarah e cumprimentá-lo normalmente. Vai nessa.
Eu apenas dei um sorrisinho falso e ele ficou meio sem entender.
- Mas é o que eu estava falando – disse James, como se retomasse um assunto muito polêmico – Ela tava bonita na festa... assim... ah! Sei lá! Ela tava gostosa com o vestido preto! Aquele decote dava uma visão bem privilegiada dos peitões...
James era bem diferente do irmão, mas não menos bonito.
Na verdade, ele podia ser irmão de Hugo, seu primo. Os dois eram igualmente ruivos e gostosos. (6)
Gary lançou para ele um olhar reprovador e me indicou com a cabeça.
Sempre muito educado. Um quase completo cavalheiro.
Eu balancei os ombros e fiz um gesto com a mão de nem não ligava a mínima pro que estava sendo falado.
Na verdade o que eu queria era saber de quem eles tavam falando.
Depois mulheres que gostam de fofoca....
Tá, a gente gosta sim , mas os homens (aqueles em especial) não ficavam nada atrás...
- Que bonita o que! – Hugo Weasley riu com gosto – Nem gostosa ela é... tem peitão porque é gorda!
Os outros também riram.
E eu continuo boiando.
- É verdade! – concordou Al - nem adianta se justificar, J.! Ela é feia pra c****** mesmo! Eu não pegava nem se me pagassem 50 galeões...
Frank, que até então estava calado, pareceu fazer cálculos mentais antes de se pronunciar:
- Ah! Por 50 galeões eu acho que pegava...
- Eu também... – disse John – Ela tem mesmo uns peitões... Acho que até por 10 sei lá...
- Ah! Fala sério, John! – riu James - Você pegava até de graça!
Dessa vez até eu ri.
Podia não saber de quem se tratava... mas John Thomas era daquele jeito:
Sabe esforçado, mas fraquinho de aparência?
Ele era muito magro e baixo. Tinha a pele morena, orelhas de abano e um nariz totalmente desproporcional com o resto do corpo e os dentes incrivelmente tortos...
Mas não fazia dele menos legal e popular... “ Diga com quem tu andas e eu te direi quem é”
- E aí, Is como foram esses meses em que eu não estava por aqui? – Gary se aproximou para conversar comigo, enquanto os meninos cantavam um corinho idiota de “ O Thomas é o rei dos pega-ninguém”
- Ah! Tranqüilos... mas sem muita emoção... Aliás, como sempre foi toda a minha vida...
- Aaaah... – Ficamos em silêncio por algum tempo.
Os outros ainda cantavam...
“ THOMAS, cheio de tique nervoso... você é horroroso! Ninguém vai te pegar! Feio, feio!”
OMG... Eles tinham uma coreografia! u.ú
- Errr... E aí, como é lá na Bulgária?
- Ah... é frio! Muito frio!
Eu dei uma risadinha... Realmente uma grande descrição! De repente senti como se eu estivesse na Bulgária agora...
Tá, respira e mantenha o diálogo amigável.
- E em Durmstrang? Muito diferente de Hogwarts?
- Mais ou menos... é definitivamente menor. – parou por um segundo, como se devaneasse – Nós não somos divididos em casas, só em meninos ou meninas... Bom, na verdade existem algumas irmandades de alunos, mas são o próprios integrantes que escolhem quem entra...
- Você está em alguma?
- Sim! Na verdade eu não demorei muito pra entrar... cerca de duas semanas assim... Nossa, essas foram horríveis! Como se eu tivesse uma doença ou algo parecido...
- Hummmm... muitas meninas bonitas? – eu sorri um sorriso que era alguma coisa entre “sem graça” e “desafiador”
Ele fez cara de “sabia-que-você-ia-perguntar-isso”.
- Não tantas quanto em Hogwarts... – disse por fim
- Hey! Isabel!
Oi? O que exatamente eles teriam para falar comigo?
- Você conhece Violet Córner? – perguntou James
Era minha colega de quarto. Não que fosse minha amiga. Eu nunca fui uma pessoa muito sociável.
- Sim... somos colegas de dormitório...
- Sua amiga? – não foi bem isso que eu disse – Que bom! Leva um recado pra ela...
- Para com isso, Potter! – Hugo tentou impedir, mas James apontou a varinha para ele e, com um gesto fez com que ele se calasse. Era bom ser o único maior de idade entre os amigos
- Então mande um recado pra ela: Diga que nosso amiguinho Weasley aqui está totalmente apaixonado e não pode mais viver sem ela...
Córner e Weasley? Taí uma coisa que eu não imaginaria...
- Vocês estão... juntos?
Hugo parecia que ia explodir ao tentar falar, mas som algum saia de sua boca, ate que James fez um outro movimento com a varinha e ele pôde falar.
- Não! – gritou, mas quando percebeu a voz alta demais, se recompôs – não... não mesmo!
- Eles ficaram no Expresso de Hogwarts na volta para a casa... Não para de falar dela desde então....
- Pode deixar que eu dou o recado – dei um sorriso malicioso para Hugo, que parecia morrer de vergonha... Eu a-do-ro um mal feito *---*
Mas a pergunta que não quer calar: porque diabos ele não quer que ela saiba disso? Qualquer garota daria tudo pra estar no lugar dela! Bom, quase qualquer garota... eu, por exemplo, pensaria duas vezes....
- Você não faria isso não é Isabel? – que bonitinho! Até os mais hots como Hugo Weasley ficam sem graça quando estão apaixonados.... – quer dizer... você vai guardar segredo não vai?
- Não seeeeei... – coloquei a mão no queixo, como se estivesse num sério dilema - O que exatamente eu ganho com isso? – levantei uma sobrancelha num olhar desafiador. Eu sou realmente boa com esse olhares, mesmo quando estou blefando.
- A minha eterna gratidão! – revirei os olhos – Tá bom, ta bom... eu fico te devendo uma! – sorri, radiante.
OPA! Quer dizer que eu ganhei um favor de Hugo Weasley em troca de tipo assim... nada? Quer dizer, eu nunca contaria isso pra Córner mesmo, ela nem é minha amiga...
Isso e mais do que MUITO bom *-*
- Feito!
Al me olhava com uma cara de reprovação de dar medo. Por um momento eu juro que o vi abrir a boca para falar alguma coisa, mas não disse nada. Como se eu estivesse fazendo alguma coisa de errado. E nem vem falar que é chantagem, porque ele que imaginou que eu era amiga dela.
E , quer saber...quem disse que eu tenho medo de cara feia?
Depois disso, Hugo tratou de desviar o rumo da conversa. Confesso que não estava prestando ate não em absolutamente nada do que estava sendo falado... mesmo porque eu não conheço nem metade das pessoas de quem eles estavam falando...
De qualquer maneira, já tinha bastante informação para um dia.
Foi quando me deu um estalo.
A quanto tempo eu estava ali? Se fosse muito tarde minha mãe ia tipo assim... me matar.
Procurei, desesperada, um relógio pelo quarto...
Na mesa de cabeceira um pequeno despertador marcava 20:30h.
Não tão tarde, mas em cima.
- Gary... eu acho que eu já vou indo...
- Já? Tá cedo ainda!
- Eu preciso ir... você sabe como é minha mãe... e ela nem sabe que eu tô aqui...
- aaahhh.... Ok então... vou te levar até o portão – disse, se levantando.
Me levantei em seguida e me despedi dos meninos com um “ate mais” e um aceno. Ainda estava meio puta pra me despedir decentemente de Al. Parece que ele percebeu isso.
- Entãão... foi bom te ver, Is! – disse Gary enquanto eu saia pelo portão.
- Foi bom te ver também. – sorri
Então, como “bons amigos” nos abraçamos .E como “bons amigos” ele me deu um beijo carinhoso de despedida na bochecha e eu retribuí.
Acontece que nós não somos e nem nunca fomos bons amigos.
Então ele aproveitou a deixa e virou o rosto, fazendo com que o beijo fosse na trave.
A partir daí foi como se ambos soubéssemos exatamente o que aconteceria depois. E sabíamos desde sempre. Ou pelo menos desde a época em que namoramos.
É como andar de bicicleta ou voar numa vassoura: depois que aprende a gente nunca esquece.
E a gente tinha já parecia ter praticamente um manual um do outro.
Ele me puxou para dentro novamente e pouco tempo depois já estávamos no quartinho em que os Finnigan guardavam entulho. Ele me jogou contra a parede coberta de prateleiras com as mais diversas bugigangas e me beijou intensamente.
Foi como se 6 meses não tivessem acontecido. Eu poderia jurar que tinha usado um vira-tempo, afinal a cena era exatamente igual a todas as outras vezes.
Os mesmos beijos... o mesmo perfume misturado ao cheiro de mofo... as mesmas teias de aranha grudando em nossos cabelos...
Até sabia de cor todos os lugares por onde passariam as mãos deles. E como nas outras vezes eu deixava que tudo fluísse livremente...
Não que a gente já tivesse “chegado lá”, mas sempre chegávamos bem perto. E dessa vez não estava sendo diferente. Tudo era com a mesma paixão e desespero que sempre tinha sido.
Daí eu percebi: tinha sim uma diferença.
Das outras vezes, junto com a paixão e desespero sempre havia o carinho, o zelo, um sentimento que, de alguma maneira, deixava tudo mais puro.
Mas não agora. Estava tudo meio mecânico.
Era só o desejo, sem sentimento nenhum, especialmente da minha parte.
A gente parece ter percebido isso na mesma hora. Ele parou de me beijar, me olhou nos olhos e falou:
- É melhor você ir...
Eu definitivamente não fiquei irritada por ser dispensada. Era como se eu tivesse esperando ele fazer isso.
Concordei e, afastando ele da minha frente, saí do quartinho e me dirigi ate o portão.
- Foi bom te ver, Is... – Ele repetiu de longe.
Eu apenas sorri e saí de lá, caminhando vagarosamente até minha casa.
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N/A : Bom, hoje eu tô meio com pressa então essa N/A vai ser bem rapidinha...
Primeiro, obrigada a Julie Padfoot, Lila Granger, Tay McKinnon e Mandy pelos comentários . Vocês fazem uma autora feliz e mais , BEM amsi animada para eescrever *.*
Segundo, esse vai ser basicamente a média do tamanho dos caps... se acharem muito grande e cansativo, me falem que eu diminuo (:
Terceiro e não menos importante... estou à procura de uma beta... se alguém quiser se candidatar... *---*
Bom é isso...
Ah! já ia me esqecendo...
eu vou ser obrigada a fazer uam certa chantagem para postar o pro]óximo capítulo...
Então, nada feio se eu não stivr satisfeita com o número de ocmnetários :x hahahhaha (6)
Tô brincando :x
Mas agradeceria aos que passarem por aqui nessa humilde fic e tiverrem tempo para ler que comentem, nem que seja pra fazer que tá uma merdinha.. afinal, até as criticas, construtivas é claro, são muito bem vindas :)
XOXO
I.M.
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