Único
.Treze Anos.
.São doces essas lembranças de treze anos.
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- Capítulo único -
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Ele a beijou, pela primeira vez. Um beijo molhado, ainda era meio inexperiente quanto a isso e todo o resto que vinha acontecendo com ele. Um sentimento estranho se apossou de seu peito ao separar seus lábios dos dela, era algo como uma pressão em cima dele. Como se houvesse alguma obrigação para com a garota que ele havia beijado. Ele realmente a amava, mas... Sentia-se mal, tinha medo. Não conseguia mais olhar para o rosto dela, com medo de tê-la beijado mal e ser ridicularizado.
Olhou para o lago a sua frente, a lua brilhava e refletia em suas pequenas ondas, O canto que o a água fazia ao se chocar com as pedras em que estavam sentados preenchia o lugar e molhava os pés dela, os sons da floresta ao lado eram baixos. Ele olhou a lua.
A sua vontade era de sair de lá o mais rápido possível, de fugir, de chorar e sumir. Seu coração batia mais rápido e sua respiração era apressada.
A garota se virou para olhá-lo, sua face era indecifrável, mas ele ainda recusava-se a encará-la. Ela demonstrou preocupação no olhar e se postou a frente dele, usou suas mãos para segurar-lhe o rosto de forma que ficassem face a face, ele desviou o olhar para a floresta.
— Olhe pra mim.
Ele não olhou.
— Olhe... Pra mim.
Ele olhou.
Ela viu nos seus olhos molhados um choro.
— Você está bem?
— Sim.
— Não minta — Ela o conhecia muito bem — Você está bem?
— Sim.
— Você está bem? — Ela o olhou profundamente
— Não.
— Por quê?
Eles ficaram em silêncio durante um minuto, ele não iria responder.
— Responde — Ela pediu com o coração, de uma forma tão singular que qualquer um responderia.
Ele não respondeu. Ela apertou as mão no seu rosto e em seguida o abraçou, apertou-o perto de si por um momento e o olhou da mesma forma como antes.
— Por favor.
— Tenho medo.
— De...
— Você vai rir.
— Não vou. Promento.
— De beijar mal.
— De... bei... pss... — Ela sorriu e tampou a boca.
— Você prometeu!
— Eu sei... Tá bom — Ela respirou fundo para não rir — pronto — Mas não conseguiu. Ela riu, riu e riu mais uma vez, se curvou em cima do colo do garoto. Ele, é claro, ficou chateado.
Quando conseguiu parar de rir o olhou novamente, estava com a cara fechada e olhava para o lado. Ela virou a cabeça dele novamente, olhou nos olhos dele e se aproximou. Um beijo, desta vez mais demorado, de um gosto doce e de sensação leve. Eles se amavam de certeza, com os olhos fechados e só a lua para testemunhá-los. Aquele amor foi selado naquele beijo.
— Eu não beijo mal?
— Nunca.
— Eu já disse que te amo Lily?
— Hum... hoje ainda não.
— Eu te amo.
— Também te amo James. Feliz aniversário de treze anos.
— Feliz. Muito feliz.
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— Ora... Vejam se não é Potter e Black.
— Lily Flor! — ele correu até ela, que levantou o dedo o impedindo de abraçá-la
— Me diga... Potter. O que você está fazendo.
— Nada que te intere...
— Estou falando com Potter Black.
— Nada meu Amor com “a” Maiúsculo.
— Evans pra você, e... Nada agora é colocar um Sonserino de cabeça pra baixo e... Oh meu deus! Ele está sem roupa! Ponha-o no chão! Agora!
— Ah Lily, deixa passar, pelos velhos tempos.
— Potter eu... Ah... Detenção. Siga-me. — Ela sorriu e virou de costas, o garoto caiu no chão ao agite de sua varinha. Ela ainda sentia algo por ele. Com certeza.
— O que foi aquilo? — Perguntou Sirius
— O que foi o quê? — Perguntou o outro virando de costas e seguindo a ruiva e deixando-o para trás.
O moreno foi no encalce dela fazendo-a rir e brincando com a garota, subiram várias escadas com seus risos altos e sorrisos grandes. Na frente da sala de feitiços ele parou.
— Lily
— Evans, Potter.
— Você se lembra não?
— Do quê? — Ela sabia.
— Você sabe.
— Eu sei? — Ela sorriu
— Sabe. — Ele também
— Fazem três anos hoje.
— Boas lembranças não são?
— Só se for pra você, seu beijo era muito ruim — Riu
Eles ainda se amavam, só não percebiam isso. São doces essas lembranças de treze anos, Lembranças que nunca vão esquecer e somente guardar. Para todo o sempre.
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N/A:Obrigado àqueles que leram, por favor comentem se gostaram ou não. Agradeço a vocês mil e uma vezes, pois não seria nada sem isto. Obrigado mesmo.
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