● Cap. 6




● Cap. 6 – A Festa.



Don´t go, I know you wanna touch me
Here, there and everywhere

Não vá, eu sei que você quer me tocar
Aqui, lá e em todo lugar



- Você sabe que estou fazendo isso apenas pelas notas, né? – Lily perguntou pra James.

- Sei. – foi a única coisa que ele respondeu.

James se irritou após um tempo onde Lílian apenas andava e não dizia uma palavra. “Era assim que mostrava as coisas por aqui?”, ele perguntou para si mesmo.

- ‘Tá legal Lílian. Pode parar com isso, vou dizer ao diretor que posso conhecer a escola sozinho. – disse James dando meia volta.

- Não, não, não. James eu preciso dessas notas. – correu Lily atrás dele e o puxou pelo braço.

- Tudo bem, mas pelo menos você pode me mostrar as coisas com palavras?

- ‘Tá. – “Por que eu tenho que mostrar a escola pra esse roceiro mesmo? Ah, pelas notas!”.

Lílian murmurava pelo caminho palavras como ‘sala de informática’, ‘laboratório’... Estava na hora de provocação.

- Lílian, você tem uma colher aí? – perguntou James.

- Uma colher? Por quê?

- Porque eu ‘tô te dando a maior sopa. – disse com uma piscadela.

- ¬¬. James, pelo amor de Deus! Poupe-me das suas cantadas de pedreiro.

James apenas riu. Provocar Lílian virou seu passatempo favorito em apenas dois dias!

- Vamos acabar logo com isso! Ainda tenho uma festa hoje. – disse Lílian. – Nossa, Lia Van der Wood! Você devia ver a roupa que ela usava no verão passado! Aquela saia só pode ter sido da tataravó dela. – ela falou sobre uma menina que passava.

- E Teddy Geigort! Cismou no verão passado que eu estava apaixonada por ele, como pode? Ele é horrível, têm dentes tortos, espinhas e... Não importa ele é pobre!

James se perguntou mentalmente até quando Lílian seria infantil daquele jeito. Até quando ela humilharia os outros para fazer com que ela ficasse no topo.

“Serei obrigado a dar um jeito nela!”, disse James em pensamento. Por enquanto continuaria com as provocações. E ali surgiu uma oportunidade. Passava uma linda morena, alta e de olhos azuis. Não perdeu chance e lançou uma de suas cantadas.

- Você ‘tá igual melancia na roça! – ele disse e a garota parou.

- O quê? – ela perguntou.

- ‘Tá rachando de boa! – Lily achara aquilo ridículo, mas a garota pensou de outra forma. Ela sorriu para James, mandou uma piscadinha e continuou a andar.

- Meu Deus! O que essas meninas têm na cabeça ao aceitar uma cantada...brega, como essa? – Lílian perguntou em voz alta a si mesma.

- Elas, diferente de você, têm cérebro!

- O QUÊ? – Lílian ficou furiosa. – Como ousa me ofender, seu... seu roceiro?

- O mundo é livre. Se você pode, eu também posso. – James disse com um sorriso maroto nos lábios. – Cansei da sua companhia. Vou embora. Quer uma carona?

- Eu? Na sua moto? Poupe-me!

- Se prefere ir a pé, o problema é todo seu.

- A pé?

- Não sei se percebeu princesa, mas estamos fora do horário de aula. Todos já foram embora. Se eu fosse você iria comigo, você pode se atrasar para a festa.

- Eu vou, mas só porque não tenho outra opção.

- Lílian, confessa que você está louquinha pra andar na minha moto! – provocou James, avançando sobre Lílian e fazendo-a encostar-se à parede.

- E... eu? Até... parece que eu... gostaria de andar... na... na... – Lílian não conseguia pronunciar a frase corretamente. Odiava admitir, mas James começava a ter poderes sobre ela. E James percebeu isso, ficando imediatamente alegre.

James reprimiu essa alegria. “James, ela é filha do seu patrão, ela é sua patroa”. Então, para a infelicidade dos dois, ele se afastou e andou em frente com Lílian o seguindo.


- Oito horas nós sairemos daqui. – Lílian avisou James.

- Tudo bem, patroa.

Lílian entrou em casa e foi direto ao quarto. Eram quase cinco da tarde, Lílian tomou seu banho e desceu até a cozinha. A janela da cozinha dava para a janela do quarto de James, assim como a janela de seu próprio quarto.

Lílian ficou feliz com a visão que teve daquela janela. James saindo do banheiro apenas com a toalha presa na cintura. Tentou se esconder por entre a cortina e sem piscar.

- Que delícia! – murmurou, se reprimindo em seguida. – Lílian!

Virou as costas e subiu a escada com uma maça nas mãos. Se ela pensava que James não a viu espiando-o, estava enganada. Assim que ela deu as costas para a janela, James pôs-se a rir.

Oito horas James já esperava Lillian. Encostado no carro e vestido com seu uniforme de trabalho, um terno preto exigido por Lily.

A ruiva entrou no carro sem olhar para James, que seria, deduziu ele, pelo episódio da janela. Não segurou o riso.

- Do que está rindo? – perguntou Lily mal-humorada assim que James entrou no carro.

- De você, é lógico.

- E qual motivo para rir de mim?

- O motivo? Bem, que você não olha no meu rosto com medo de se sentir constrangida por me espiar, só de toalha devo dizer, pela janela da cozinha.

“LILIAN EVANS, SUA ANTA!”, xingou-se mentalmente.

- Creio que não têm provas de que te espiei. – Lílian tentou inutilmente arrumar alguma desculpa.

- Tem razão, não tenho. Mas, você sabe que olhou. – e pelo retrovisor mandou uma piscadela para Lílian.

- Irritante. – disse a ele, mostrando a língua.

James riu. E ligou o rádio, estava na hora de irritá-la mais ainda. Colocou numa estação qualquer e começou a cantar alto. Olhava de vez em quando pelo retrovisor e ria das caretas de Lílian. “Parabéns, James”, parabenizou a si próprio mentalmente, “você é um perfeito irritante”.

- James! Por favor, para de cantar. – pediu Lílian. E James cantou mais alto.

- Não gosta dessa música? Tudo bem, eu troco. – James disse e mudou de estação. Ouvindo a outra música, pôs-se a cantar alto de novo.

- James, cala a boca e dirige! – disse a ruiva irritada, fazendo James rir mais ainda.

Quando chegaram à festa James parou o carro, Lily desceu e disse que quando precisasse dele para buscá-la ligaria no celular que James ganhou do senhor Evans. Mas antes que James pudesse acelerar o carro, Remus apareceu.

- James! E aí cara, como vai?

- Bem e você?

- Também. Vai embora? Por que não fica na festa conosco?

- Acho que a senhorita Evans não gostaria muito disso. – disse olhando pra Lily que deu um suspiro de alívio, mas James queria irritá-la. – Mas como não ligo para o que ela acha, pensa ou qualquer coisa, eu fico! – disse, saindo do carro.

O queixo de Lílian foi ao chão. “Caipira petulante!”, gritou em seus pensamentos. Ele tinha o dom de irritá-la, os dois sabiam disso. Para ele, era uma diversão. Para ela, um verdadeiro carma.

Lílian passou a festa com os amigos, Karen, Amanda, Remus e Sirius. Seu namorado Victor apareceu rapidamente e foi embora dizendo ter compromissos com a família.

Durante a festa viu James conversando com muitas pessoas, a maioria eram garotas que se insinuavam descaradamente para ele, fazendo com que Lílian sentisse uma pontada de... “Ciúmes? Eu não posso estar sentindo ciúmes desse... caipira”.

Mas era ciúme sim, e isso ficou comprovado quando ela o viu beijando uma garota qualquer. Sentiu raiva por sentir ciúmes dele, e raiva por perceber que tinha pensamentos estranhos a respeito dele.

Só tinha um jeito de tirar aquele ‘roceiro’ de sua cabeça. Lílian foi até a mesa de bebidas e encheu um copo de ponche, quando este copo acabou, voltou à mesa e pegou um copo de caipirinha.

Fez a mesma coisa por cinco vezes e se sentiu tonta, mas não queria parar. Não queria dar um segundo sequer à sua mente para que ela voltasse seus pensamentos para James.

James notou Lílian estranhamente alegre. “O que eu faço com essa garota, meu Deus?”, perguntou olhando para o teto e levantando as mãos. Sentiu que deveria dar um jeito naquela garota, agora mesmo.

Foi até ela e sem dizer nada e pegou no colo, colocando-a sobre o seu ombro e indo para o carro.

- James, me larga! Por que não volta lá e se amassa mais com aquela espevitada?

- Senti uma pontada de ciúmes nessa sua frase, Lily? – provocou James.

- Não! E não me chame de Lily, para você é Evans, no mínimo Lílian. – gritou.

James queria provocá-la ao máximo. E Lílian queria provocá-lo ao máximo também. Nenhum dos dois aceitava perder nesse jogo.

James jogou Lílian no capô do carro.

- Estúpido! – gritou Lílian.

- Não é nada bonito para uma garota beber desse jeito.

- Não estou bêbada.

- Tem razão, está bem alegre!

- Qual o problema em ser feliz! Qual o problema de eu não querer ser uma mosca morta... – Lílian começou a falar coisas sem sentido algum.

- Lílian, cala a boca!

- Por que não vem calar? – provocações!

- Se é assim. – James puxou Lílian e a beijou. Não um beijo qualquer. Um beijo digno de um Oscar! Um de tirar o fôlego de quem participa e de arrepiar quem o vê.

Lílian foi relutante no inicio, mas incapaz de se conter depois. Desistindo de tentar se controlar, entregou-se ao beijo também. Envolveu James com suas pernas, puxando-o mais perto de si e retribuindo o beijo na mesma intensidade, quem via podia dizer que os dois eram um casal de amantes apaixonados de tão ‘caliente’ que o beijo estava.

O beijo só acabou com a falta de ar de ambos, mas eles não se desgrudaram. James rapidamente percebendo o que tinha feito resolveu falar:

- Olha desculpa eu não queria, quer dizer eu queria, mas...

- James cala a boca e dirige. – e entrou no carro.

Os dois voltaram calados mergulhados em seus próprios pensamentos ‘meu que garota é essa? Que beijo maravilhoso’ – pensava James.

‘Que caipira MEU DEUS! Eu não estou bem hoje, literalmente eu não estou bem’ – pensava Lílian.

Os dois chegaram e já passava das 3 da manhã:
- James eu não estou bem, então nem leve muito em consideração o que aconteceu hoje – disse Lílian.

- Ah não? – disse James que se aproximou dela e lhe deu um selinho demorado – Amanhã a gente conversa Lílian. – disse James sorrindo.

- Idiota – disse ela entrando em casa, mas James jurara que tinha visto um pequeno sorriso se formando nos lábios dela.

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n/a: oiáa, até que ficou grande. HAUSAHUSA, espero que gostem . ;D E que comentem também.
E Nathália Krein, me desculpe novamente, mas eu tinha que postar logo esse capítulo. Portanto, você lerá o 7 okay? :D
Isso ae, pessoinhas ! beeijão ;*

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