● Cap. 4
● Cap. 4 – Novos amigos
Strike - Paraiso Proibido
Eu não tenho herança que te convém
Mas eu sou quem te faz tão bem
- Papai preciso ir ao shopping hoje. – Lily disse assim que desceu para o café da manhã.
- Você não foi semana passada, minha filha?
- Sim, mas sexta-feira a Karen vai fazer uma festa e eu preciso de roupas novas.
- Tudo bem. De quanto precisa?
- Trezentos dólares? – perguntou com sua típica carinha de anjo.
- Aqui está. – o pai lhe entregou os trezentos dólares tirados da carteira.
- Papai, eu te amo. – Lily levantou e deu um beijo estalado na bochecha do pai.
- Vou pedir para James levá-la ao shopping depois da aula. – antes que Lily pudesse discordar o pai levantou, despediu-se e foi para o trabalho.
- Vejo que não ficou muito animada com seu motorista. – comentou a mãe de Lily.
- Motorista? Ele é pobre, um peão de fazenda e ainda por cima é brega, mamãe.
- Mas é lindo.
- Tem seu charme, mas ainda assim é pobre. – Lílian saiu da mesa e voltou ao quarto terminando de se trocar.
Karen, Amanda e Lílian iam juntas para a escola todos os dias. Karen possuía um conversível vermelho que ganhou em seu último aniversário.
Lílian todos os dias se perdia, praticamente, no imenso closet. Procurou alguma coisa que não tinha usado ainda naquele mês. Odiava repetir roupas, mas como não era autorizada a gastar horrores em roupas como desejava, era obrigada a repetir alguma blusa a cada mês.
Quando terminou de se arrumar ouviu a buzina lá em baixo. Desceu as escadas, gritando um ‘tchau’ rotineiro para a mãe e saiu.
- Bom dia, girls. – Lílian disse entrando no carro.
- Bom dia. – responderam as duas. – Qual o programa para hoje? – perguntou Amanda.
- Shopping.
- Ótima idéia. Passamos na sua casa às duas.
- Não é necessário. Eu encontro vocês lá. – Lily tentou fugir. Não teria como dispensar o roceiro, portanto teria que despistar as amigas.
- Mas como...? – tentaram perguntar.
- Eu darei um jeito.
Na escola, Lílian fingiu que não conhecia James. As poucas palavras que dirigiu à ele foram ofensas.
James sabia que teria que se acostumar. Aquele não era o seu lugar, mas não tinha escolha. A vida não é feita somente pelo que gostamos, ás vezes há sofrimentos pelos quais devemos passar para conquistar o que queremos.
James que já era um cara fechado tornou-se mais solitário ainda. Não havia amigos por perto, não havia sua família, não havia com quem conversar.
Estavam no intervalo, e James estava em um canto afastado de todos. Lílian abraçada com Victor, Karen com Sirius e Amanda com Remus.
Então, ele ficou observando o comportamento daquele grupo e rezando silenciosamente para que o tempo passasse rápido o bastante.
Sirius e Remus pareciam ser boas pessoas, mas Victor não. Victor devia ser egoísta tanto quanto apareciam nos filmes de adolescentes americanos que tanto ouvia as meninas de Santo Antonio comentarem. Além de egoístas eram símbolos de beleza, e ‘os sonhos de consumo de qualquer garota’ pensou fazendo uma careta, para ele isso era uma tremenda idiotice.
De que adiantava ter toda a beleza se ela não servisse para nada? De que adianta a beleza se você não souber o que é humildade? A beleza não importa o que realmente importa à ele é o que a pessoa é, o que ela faz de bom.
Isso foi o que aprendeu durante doze anos com seu pai e dezessete com sua mãe. Há apenas dois dias em Miami já tinha vontade de voltar correndo para Santo Antonio novamente.
James agradeceu num gesto com a cabeça. O sinal tocou e voltaram para a sala, para a próxima bateria de aulas.
Quando as aulas acabaram, James se levantou pegou a mochila e saiu pela porta sem olhar para os lados, sem querer ver as pessoas lhe olhando torto e cochichando sobre ele. Montou em sua moto e saiu em rumo à mansão, agora sua casa pensou e teve vontade de rir.
Estacionou a moto em frente à casa dos fundos e entrou. Procurou algo para comer e viu um prato de comida em cima da mesa. Bem, ele não havia feito aquilo. Notou que estava com fome, mais tarde procuraria saber quem tinha feito isso para ele e agradeceria.
Terminou o almoço.
James logo foi avisado que teria que levar Lily no shopping, ele já estava encostado no carro quando Lily chegou vestida totalmente de rosa. James quando a viu daquele jeito quis rir ‘como alguém pode ser tão rosa?’, pensou ele. Ele abriu a porta do carro e nem um ‘obrigado’ recebeu como agradecimento.
- Você quer que eu mude de rádio? – perguntou ele no caminho.
- Não – respondeu ela secamente. – E pode ir mais rápido ou você tem pontos de mais na carteira e não pode correr?
James riu ironicamente:
- Até poderia senhorita Evans, mas tenho ordens expressas do seu pai para te levar com máxima segurança.
- Perdedor – murmurou ela.
Chegando ao shopping:
- Quando eu voltar esteja aqui entendeu?
- Sim, Lílian.
- Desde quando eu te dei essa intimidade me chamar de Lílian? Vê se pode!
- Desculpa senhorita. – disse James escondendo um sorriso.
Ela estava entrando no shopping.
- Barbie ruiva! – murmurou James
- O que você disse?
- Nada senhorita.
- Acho bom mesmo.
James não agüentou e começou a rir. Depois de um tempo que estava lá se sentiu muito entediado até que viu um moço tentando trocar o pneu do seu carro e foi até lá:
- Quer ajuda?
- Se puder.
James logo o reconheceu, era Remus um dos populares da escola.
- Prazer James.
- Remus, mas eu te conheço. Você estuda no Way, não estuda?
- Sim – disse James simpático.
- O que está fazendo aqui?
- Bom trabalhando, sou motorista da Lílian Evans.
Remus riu:
-Sério? Deve ser difícil, hein cara!
- Nem me fale, mas não conta pra ninguém ok? Acho que ela não gostaria.
- Pode deixa cara.
E ficaram lá conversando, foi o começo do que poderia se tornar uma grande amizade.
Depois de 5 horas no shopping James levou Lílian até em casa, descansou, fez sua lição e logo foi dormir pra mais um dia na escola.
_________________________________________________
n/a: ooooi. mais um cap ;D espero que gosteem. to sem tempo de fazer um n/a decente. to de saíida (; depois eu faço um decente ! hehe. beeijo e espero que gosteem.
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!