Capitulo 3
Quem é ela???
Gina levantou muito cedo na manhã seguinte, o dia amanheceu como no pique que seria o seu dia, ou seja nublado e logo mais tempestuoso. Ela se arrumou o mais elegante possível sem tentar perder a simplicidade. Vestiu uma blusa de gola alta verde, uma calça jeans, uma jaqueta também jeans em tonalidade de azul claro e botas de cano alto preta, com um discreto salto. Passou pouca maquiagem em eu rosto, preferiu não colocar brincos, só um cordão com um pingente de uma bailarina em tom de prata e deixou seus cabelos soltos.
Olhou para o relógio e já eram quase dez horas. Pegou sua varinha e fez um feitiço para tentar arrumar sua mala. Na primeira tentativa suas roupas ficaram desarrumadas, com a metade pra fora. Na segunda, conseguiu fazer com que ficassem tudo dentro da mala, bem melhor do que antes com certeza, mas ainda desajeitadas. Na terceira, finalmente as roupas ficaram arrumadas e colocadas em seus devidos lugares. Em um canto, as suas blusas e casacos, e do outro suas bermudas, saias e calças. Pegou sua escova de dentes e fechou sua mala.
Fez um feitiço para locomovê-la à sala, e esperou Draco chegar. Não deu nem cinco minutos e pôde pressentir que era ele quem estava batendo na porta.
Quando a abriu, no primeiro momento, não pôde ver seu rosto, pois estava encoberto por um grande buquê de rosas vermelhas, no qual vinha com um cartão em cima. O pegou e leu:
Quando olhar em meus olhos
“Leia em voz alta:
Oh quão belo são o lírios e as rosas
Perfeição como eles não se acha igual
Assim é o meu conceito sobre ti, minha deusa...”
-... Inexplicável, sobrenatural. – Ele terminou retirando o buquê de seu rosto e a beijando.
Draco estava trajando um casaco de lã de gola alta preta, um sobretudo, uma calça social também preta e um sapato de couro lustrado. Enfim estava todo de preto e muito gato. Seus cabelos estavam curtos e suaves sem todo aquele gel que ele antigamente usava.
-É lindo, obrigada. – Disse ela, dando um grande abraço nele.
- Nada é comparado a você. – Respondeu ele, entregando-lhe o buquê para que ela o pudesse colocar num vaso.
-Hum... Vejo que desde cedo já temos visitas.
-Bom dia, Granger.
-Bom dia, Malfoy.
-Não esperava sua visita tão cedo. – Respondeu Hermione se aproximando.
-Mione, eu e Draco já vamos indo. Boas férias e dê um abraço no Rony por mim ok? – Ela decidiu acabar com o clima tenso que se apresentava na sala.
-Pode deixar. – Disse me dando um breve sinal de mãos. – Ahh, o Harry disse que também vai passar uma semana aqui junto com o Rony, recebi uma coruja dele hoje de manhã cedo.
-O Harry? – Olhou Gina, com uma cara de intrigada. – Diz pra ele que na volta a gente conversa.
-Certo.
Gina foi em direção à sua mala, mas Draco foi mais rápido. A pegou e começou a carrega-la, com Gina ao seu lado até ao elevador.
-Não se importa que eu e Harry ainda sejamos amigos depois de tudo né? – Perguntou ela, confusa.
-Eu confio em você.
Foi tudo o que falaram até chegar ao próximo andar. Segundos depois, Gina se lembrou que não havia sido informada quando ele estava subindo,e se virou para ele:
-Como conseguiu subir sem usar o interfone?
-O porteiro já me conhece e eu o convenci que tinha uma surpresa para você.
-Nossa, acho que eu devo ter uma conversa com ele, afinal ele não pode deixar qualquer um subir assim no prédio.
-Eu não sou qualquer um. – Ele a puxou pela cintura. – Sou seu futuro marido. – E sussurrou em seu ouvido.
-Sei... – Antes que ela pudesse continuar ele se calou com um beijo rápido, mas ao mesmo tempo muito quente.
Infelizmente, tiveram que se separar, pois uma menina de 7 anos entrou no 4° andar e ficou os observando.
-Mais tarde nos conversamos melhor. – Sussurrou Draco, para que somente Gina pudesse ouvi-lo.
Desceram e ao chegar ao lado de fora, tiveram uma surpresa: Em vez de aparatarem, Draco apontou para um carro trouxa, um eclipse azul muito bem encerado. Olhou ela, para ele sem entender.
-Vamos à moda trouxa para podermos aproveitar melhor a viagem. – Respondeu ao olhar dela.
-Desde quando você sabe dirigir um carro trouxa?
-Bem minha querida, eu sei de coisas que você nem imagina, acredite em mim, sim? –
Disse ele, passando o dedo indicador na ponta do nariz de Gina. Ela preferiu não responder a essa pergunta, e simplesmente o observou.
Ele guardou a mala e abriu a porta do carro para que a ruiva pudesse entrar e se sentar.
-Espero que esteja preparada para a melhor viagem da sua vida. – Disse ele, enquanto fechava a porta e tinha um enorme sorriso no rosto, coisa que antigamente era raro de se ver, um sorriso diferente, verdadeiro.
-Eu se fosse você não levaria tanta fé nisso. – Respondeu Gina, mas somente para si mesma.
A viagem transcorreu muito bem, passaram por paisagens lindas, após sair da cidade viram muitos lagos e campos abertos cheios de árvores florescendo, mesmo com o tempo feio ainda era possível apreciar a linda paisagem que a natureza proporcionava aos seus olhos.
-Todas essas paisagens são tão lindas. – Disse ela, sem tirar o rosto da janela do carro.
-Realmente. – Draco a respondeu, olhando para seu relógio de pulso.
-Estamos atrasados? - Perguntou a garota.
-Não, estamos no horário, acho que chegaremos antes do almoço.
-Que ótimo! Seria uma falta de educação chegar bem na hora do almoço. – Retrucou, nervosa.
-Não se preocupe Gi, eles vão te adorar.
Por volta das 11:30 h, chegaram a um local com belas árvores, com um lago mais a frente, com água limpa e que não parecia ser habitado por animais. Ao longe, perto do lago, se via uma grande mansão com um ar meio sombrio e inigualável.
Ela olhou para Draco, esperando que ele apontasse qualquer casa mais simples, sem todas as frescuras, porém sem aquele tom sombrio, mas ele fez o contrario segurou a mão dela e começou a guiá-la para a mansão.
“Será que este lugar é mal assombrado?” Foi o meu primeiro pensamento ao se aproximar da residência.
Chegando a entrada, Draco bateu na porta e um elfo doméstico veio atendê-los, vestia trajes imundos, Gina não queria nem pensar: se Hermione estivesse aqui, com certeza ela iria, no mínimo, começar uma discussão com Draco pela forma como aquele coitado elfo era tratado.
Ele entrou e a puxou para dentro da mansão. Ao contemplar o lugar, Gina ficou mais amedrontada ainda. A visão de dentro era pior que a de fora. Era escura e muito mais sombria. Havia muitos emblemas e artefatos na cor verde e com símbolos de serpentes. Dava para ver que toda a família pertenceu à Sonserina.
Em um lado mais distante da sala, ela viu um jarro com um desenho muito estranho. Se aproximou, para olhar com mais atenção e percebeu que se tratava de uma cena trágica em que se contava no objeto:
- Um homem chamado Péricles – Draco começou a contá-la - e uma mulher chamada Luziana se amavam muito, mas infelizmente pela inveja de um homem cujo nome era Percival e uma mulher, Etínia, isso acabou mal. Os dois passaram anos tentando conquistar o amor dos eternos apaixonados e nada conseguiram. Frustrado e sedento de ódio e desejo, Percival botou veneno na taça de vinho de Péricles. Ocasionalmente, quem acabou tomando a taça de vinho foi Luziana e não seu amado. – Ele parou por um instante, para tomar ar. - Cheio de ódio e tristeza, Percival matou a facadas Péricles, acreditando que o culpado era ele por não ter tomado o vinho no lugar de Luziana. Péricles que não se importava mais com sua própria vida decidiu por não reagir. E Etínia, após saber sobre a morte de seu amado, envenenou seu próprio companheiro Percival, e quando percebeu que ele já estava morto se suicidou, se jogando de um penhasco.
-Que história mais triste... – Respondeu Gina, boquiaberta.
-Realmente é uma historia trágica. – Ele respondeu. – E esse foi o jarro de onde foi tirado o vinho que matou Percival.
Ela observou o objeto novamente, e Draco quebrou o silêncio:
-Bem acho que já devemos ir. Quero que ainda hoje você conheça os meus pais, e se formos olhando todas as peças e obras de arte existentes nesta casa acho que só daqui a uma semana você irá conhecê-los.
Ele segurou a mão de Gina e seguiu por uma caminhada de uns 5 minutos pela casa, em direção ao jardim dos fundos da casa.
-Draco! – Ouviu ela, uma voz gelada ecoando dos jardins quando Draco passou pelo arco da porta.
-Meu pai. – Draco correu e foi abraçar o pai.
-Como foi de viagem? – Ouviu Gina, a voz de uma mulher que se aproximava dele também.
-Muito bem. – ele se virou para a ruivinha, e fez um sinal para que o acompanhasse. – Pai... Mãe... Essa é Gina minha noiva e futura esposa.
Os pais de Draco mudaram sua expressão quando ela se aproximou deles. Lúcio tentava sibilar um sorriso muito forçado, e cínico para dizer a verdade. Narcisa, nem isso. Ao menos não pareciam surpresos com a presença da garota.
-Ola senhores Malfoy’s. – Tentou ser gentil.
-Olá. – Cumprimentou Narcisa, secamente. – Espero que agrade da sua estadia aqui durante essas duas semanas.
-Obrigada.
-Gina mudou muito, desde a época em que vocês estudavam juntos, filho. – Disse Lúcio. – Você está mais bonita agora do que quando era pequena.
Esta frase soou estranha, Gina podia jurar que ele iria querer colocar um “...para uma Weasley” no final, mas se conteve para não contrariar o filho.
-Sim meu pai. Gina mudou muito desde a época da escola. – Lhe respondeu Draco que sorria para ele.
Após 10 minutos de uma conversa pra lá de estranha, afinal os pais de Draco não se sentiam muito à vontade com a presença da menina e, tampouco ela por estar na presença deles.
Ouviram todos um barulho ao longe, da porta e após alguns minutos uma mulher que aparentava ter 21 anos, cabelos pretos e olhos castanhos, alta e com um olhar gelado passava pelo arco da porta para o jardim.
Trajava uma calça jeans, uma sandália rasteira de cor verde e uma ‘batinha’ também verde, só que claro com detalhes em prata. Gina não sabia como ela devia estar suportando o frio com aquele “paninho”e, pela sua aparência com certeza ela pertenceu à Sonserina., assim como os outros.
-Julie... – Narcisa se levantou e foi ao encontro da jovem de uma forma bastante calorosa, a abraçou e tomou distância para olhá-la. – Como você está?
-Linda como sempre. – Respondeu Lúcio.
-Obrigada, senhor Malfoy. – Respondeu a moça gentilmente, seu olhar procurou ao de Draco. – Quanto tempo hein...
-É... Muito tempo. – Ele respondeu, abaixando a cabeça.
Julie começou a conversar com os pais de Draco e seguiram para dentro, provavelmente para o almoço.
Gina se aproximou dele e bem baixinho sussurrou para somente ele ouvir:
-Não vai me dizer quem é ela? – O fixou, esperando não ouvir o que já estava pensando.
-Ela é a Julie.
-Não me diga... Isso eu sei... – respondeu ela, em tom irônico.
Draco fez uma pausa, respirou fundo e começou a respondê-la, gaguejando:
- Ela? Bem ela... Errr... Ela é uma ex-namorada...
-O quê?!– Respondeu Gina um pouco mais alto do que queria, olhou para os lados e percebeu que os Malfoy já haviam entrado e só havia sobrado eles nos jardins. – Pelo visto, seus pais adoram ela né? – Elae semi-cerrou os olhos na direção de Draco.
-Não é bem assim, tipo... Meus pais queriam que nos nós casássemos para unir as duas famílias... E também na época, eu gostava dela. – Ele falou tropeçando em algumas palavras. – Na época... Eu era apaixonado por ela...
-E agora?
-Como assim: “E agora?” – Retrucou Draco, incrédulo.
-Você entendeu o que eu quis dizer! Não se faça de idiota!
-Nós não temos absolutamente nada. – Abraçou ele a ruiva. – E só é você que eu amo... No momento.- Gina se soltou dele e preferiu fingir que não ouviu a última parte que ele disse, pois pareceu um sussurro mais pra ele próprio do que para ela – Por favor, acredite em mim...
-Ahh ok – respondeu ela, refletindo sobre a resposta dele.
-Vamos entrar que o almoço nos espera e eu estou com uma fome... – Disse Draco, dando um selinho nela e a puxando pela mão. – Depois eu posso te mostrar seu quarto.
-Acho... Que talvez... Talvez – disse ela, olhando e provocando um sorriso no canto da boca de Draco. – Você possa me mostrar o meu quarto.
Ele a puxou para mais perto e pôs a outra mão no seu rosto e a acariciou levemente. Devagar e sorrateiro, começou a se aproximar dela e buscando seus lábios. Provocantemente, beijou primeiro no canto dos seus lábios um de cada vez... E depois finalmente beijou a sua boca pedindo passagem com a língua.
-Acho que eu acabei de perder a fome. – Disse quando separou os seus lábios dos de Gina. – Vamos conhecer logo o seu quarto?
-Por mais que eu adore a idéia... – Disse rindo. – Seria uma falta de elegância deixar seus pais esperando.
Ele a olhou como se não estivesse convencido da resposta da garota.
-Vamos. – Ela própria não resistiu à tentação e o puxou pela mão.
Ela não sabia, mas com certeza, seria mil vezes melhor ir para o quarto do que para a sala de jantar onde o almoço estava acontecendo.
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N/a: Galera obrigado pelos comentarios...
Estou fazendo o melhor que posso...
Acho que esse capitulo não ficou tão bom assim...
Mais tem muita coisa para se desenrolar na historia e espero que vocês curtão o que vira a seguir...
Bjs
E COMENTEM!!!
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