MUDANÇA DE RUMO
13. Mudança de Rumo
- AAHHH!!! – Gina berrava ao consultar o relógio.
- Tsc, tsc, tsc... – Hermione suspirou ao lado dela – Como você esquece da hora assim? – ela ajudava Gina a recolher o material o mais rápido possível.
- Não sei! Mas o pior é que é bem o trabalho do Snape. Ele disse exatamente assim: “Traga para mim hoje, somente até as 15 horas, nem um minuto a mais que isso, se não é um zero para você, Srta. Weasley.” – Gina imitou uma voz grossa debochando.
- Leve logo, então! E corra, faltam dois minutos! – Hermione a apressou.
- Até mais! – ela saiu correndo biblioteca afora com o pergaminho em mãos.
***
Malfoy estava quase dormindo na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde Moddy explicava monotonamente como enfeitiçar um Kappa para ele ficar confuso.
- Sr. Malfoy. – ele chamou mirando-o com o olho normal, o mágico revirava observando a sala toda. – Você pode me dizer qual é o ponto fraco de um Kappa?
- Hum... Malfoy começou a pensar, no mesmo momento em que a mão da Granger perto dele foi ao ar – Não faço idéia, professor. – ele respondeu entediado.
- E o Sr. faz idéia, pelo menos, de qual será a sua nota se continuar assim nas minhas aulas?
Malfoy se endireitou na cadeira emburrado. Alguns grifinórios soltaram risinhos.
- Srta. Granger, faria a gentileza? – Moddy pediu.
- Qualquer Kappa fica totalmente sem defesa se alguém soltar um feitiço de confusão embaixo de sua barbatana direita, que é o ponto mais sensível desse tipo de animal. – Hermione falou como sempre, parecendo ter engolido o livro-texto.
- Muito bem. 10 pontos para a grifinória.
***
Gina chegou às masmorras ofegante. Foi até a porta da sala de Snape e respirou fundo. Ela não tinha um relógio ali com ela, então confiou na sorte. Bateu duas vezes. Ela ouviu passos, e Snape abriu a porta. Olhou a expressão cansada da menina, viu o pergaminho em suas mãos e se encararam finalmente. Ele consultou o relógio. A primeira coisa que disse foi:
- Está atrasada, Srta. Weasley.
- Eu sei, professor. Me desculpe, por favor aceite meu trabalho. – ela se curvou e estendeu as duas mãos com o trabalho.
- Negativo. – ele falou frio, fazendo ela olhar para ele assustada. – Eu disse 15:00, são exatamente 15:01 e 4 segundos. – ele completou.
- Mas, professor...! Eu fiz, e está aqui e...
- Nada de “mas”, zero para você, Srta. Weasley. E 10 pontos a menos para a grifinória, por sua impertinência.
- Mas isso é injusto e...
BLAM! Ele bateu a porta na cara dela. Gina se enfezou e saiu batendo os pés.
***
Malfoy caminhava para as masmorras depois da última aula da tarde, a fim de pegar sua vassoura e ir para mais uma aula de Quadribol com a irritante Weasley. Alguém correu ofegante até alcançá-lo.
- Oi Malfoy! – era Kevin.
- O que quer, Müller? – ele perguntou estressado.
- Que stress, Draco! – o garoto reclamou.
- Diga logo, idiota. – apressou Malfoy.
- Só queria te acompanhar, posso? – Kevin perguntou meigamente.
- Se quer me encher o saco por causa da Weasley, vá embora! Eu não estou de bom humor. – Draco estava bem irritado – Aliás, depois da baita gaiolada que eu te dei você não dá uma colher de chá, não?!
- Calma! Eu não vou mais te importunar por causa da Weasley! Quero me aproximar de você. – explicou Kevin.
Draco estranhou o garoto e apertou o passo para despistá-lo. Ao longe ouviu ele gritar alegre:
- Tchauzinho, Draco! ^^
***
Gina também não estava nos seus melhores dias. Estava espumando de raiva de Snape, mas mesmo assim foi para sua aula de Quadribol. Chegando lá, encontrou Malfoy encostado na parede, também emburrado. Ele a viu se aproximando batendo os pés.
- O que aconteceu agora, Weasley? – ele perguntou arrogante.
- Nada que te interesse, Malfoy.
- Não precisa descontar sua raiva em mim! – ele falou nervoso – Também não estou de bom humor!
- Claro que preciso descontar em você, afinal, você é tão arrogante e estúpido quanto seu querido e idolatrado professorzinho! – ela retrucou.
- O que tem o Snape? – ele ficou confuso.
- Nada! E esse é o problema! Ele está como sempre foi! Injusto! Só favorecendo seus lindos alunos sonserinos! – ela falava nervosa.
- Não me culpe pelos sonserinos serem melhores que os outros! – Malfoy falou convencido.
- Sabe, Malfoy, você era a última pessoa que eu queria ver hoje!
- Também te adoro, Weasley...
Os dois trocaram faíscas ao se encararem... Não se falaram durante a aula toda.
***
Gina chegou na Sala Comunal ainda mais irritada.
- Oi, Gina. – Harry chamou-a em uma poltrona.
A garota olhou para ele nervosa, e passou reto, subindo para o dormitório. No mesmo instante Harry tentou seguí-la, mas as escadas se transformaram em um escorregador e ele deslizou para o chão.
Gina se jogou na cama e apertou bem forte o travesseiro, para amenizar a raiva. Nem 2 minutos se passaram quando Hermione entrou e se dirigiu a ela.
- Gina, o Harry quer falar com você e...
- Ele te mandou aqui? – ela perguntou arrogante.
- Sim, ele disse que você está brava, e quer saber porquê. – Hermione dizia preocupada.
- Diga que não é nada que interesse a ele.
- Claro que é, Gina! – Mione começou – O Harry se preocupa com o seu bem-estar, aliás, todos nós nos preocupamos. – ela disse.
- Eu não consegui entregar o trabalho.
- Hã?
- É por isso que estou brava. Snape não aceitou meu trabalho. – Gina repetiu.
- Por quê?
- Atrasada... 1 minuto e 4 segundos.
- Mas isso não é justo! – Hermione se indignou.
- Eu sei, mas desde quando Snape se preocupa com o que é justo ou não?
- Desça, e fale com o Harry. Ele vai te ajudar, tenho certeza. – Mione falou.
Gina apenas se levantou, saiu do dormitório e desceu as escadas.
***
Draco procurou Snape aquela noite, como quem não queria nada, mas na verdade estava preocupado com a Weasley.
- Professor! – chamou quando o avistou.
- Olá, Draco. O que quer?
- Hum... – Malfoy achou melhor enrolar um pouco - O Sr. já corrigiu nossos exercícios do capítulo 8?
- Não todos, Draco, por quê?
- Não, não é nada, era só uma dúvida de uma questão...
- Com certeza você foi bem, não se preocupe... – o Prof. estava de bom humor naquele dia.
- Hum... a propósito, o que aconteceu com a Weasley?
- Como assim?
- É que ela estava estressada hoje, xingando o Sr... – Draco entrou no assunto.
- Ah, sim, foi um trabalho que a incompetente me trouxe atrasada. – Snape falou rindo.
Draco sentiu um pouco de raiva do professor, mas não demonstrou.
- Hum... sei, atrasada...
- Na verdade não estava, mas eu fiquei de mal humor, e não estava com vontade de ler aquele lixo que sempre são os trabalhos dos Weasleys.
- Hã?!
- Bastou enrolá-la por alguns segundos, que foi o suficiente para ela me estender o trabalho um minuto atrasada... Hahahaha...
- Mas isso foi muito injusto!!! – Draco começou nervoso.
- O que disse? – o professor desconfiou.
- Er, não, professor, mas... mas é que... Nada! Esquece, o senhor foi ótimo! Hahaha! – Malfoy forçou uma risada...
***
- Me conta o que aconteceu, Gina. – Harry tentava entender.
- Tá bom, com detalhes, foi assim... – e lhe falou desde que saiu da biblioteca até chegar na aula de Quadribol.
- Mas que injusto! – Harry começou – Mas... Espera um pouco! Você disse 1 minuto e 4 segundos?
- Sim, por quê?
- Acho que eu me lembro de Hermione ter dito alguma vez algo sobre os atrasos das entregas, e como ela sempre decora as regras e avisos do colégio... Vem comigo!
- Hã? – Gina ainda estava meio confusa.
Acharam Hermione na biblioteca (pra variar ’) e logo Harry se dirigiu a ela.
- Hermione, quanto era o tempo limite que um aluno poderia atrasar um trabalho com base no horário de entrega estipulado por um professor? – ele perguntou entusiasmado.
- A entrega de um trabalho deve ser extremamente pontual ao horário estipulado pelo professor. O professor tem a obrigação de aceitar alunos até no máximo 2 minutos atrasados. Mais que isso tal professor poderá recusar a entrega. – a garota recitou tudo que tinha decorado daquela regra. – Por quê?
- Claro! 2 minutos! Vem, Gina! – Harry tornou a puxá-la, deixando Hermione de lado.
Correram pelos corredores procurando a sala da Profª. McGonagall.
***
“Hum... Será que eu conto isso para a Weasley?”, Draco pensava, vagando pelo corredor de Snape ainda. “Se eu falar, ajudarei ela, e ainda me colocarei em uma baita encrenca com o Snape... Mas... Se eu falar, ela vai estar grata a mim de novo, vai me dever mais uma... Hum...”. O garoto estava tão indeciso e absorto em seus pensamentos, que nem percebeu o quanto andara. Estava em um dos milhões de corredores de Hogwarts, só não sabia em qual. Nesse exato momento, ouviu passos apressados no fim do corredor. De repente apenas um Potter correndo e puxando uma Weasley passaram por ele. Ele viu a Weasley virar a cabeça para trás e olhá-lo intrigada. Saiu correndo atrás deles meio corado. Resolvera contar a ela o que sabia sobre Snape, só não sabia que um certo Potter que ele odiava muito já a tinha ajudado.
Quando viu que os dois entrariam na sala de McGonagall, Malfoy parou e se escondeu para ver o que fariam, Gina não havia o visto seguindo eles. Harry bateu na porta.
- Sim, Sr. Potter, Srta. Weasley? – atendeu a professora abrindo porta.
- Me desculpe incomodar a essa hora, professora, mas creio que tenha ocorrido uma injustiça com a Gina. – Harry falou muito seguro indicando a amiga.
- Conte-me então, Srta. Weasley. – falou a bruxa.
Gina repetiu tudo sobre o trabalho, e logo após Harry deu uma de Hermione, e recitou também a regra dita pela amiga, com a sua conclusão. Malfoy sentiu uma ponta de raiva, por ter demorado demais a se decidir se ajudaria ou não a Weasley, pois agora o “Santo-Potter” já havia o feito.
- Hum... Não se preocupe Srta. Weasley. Me entregue o trabalho que conseguirei isto para você. Sem a nota a Srta. não fica. – falou McGonagall sorrindo.
Gina lhe estendeu o pergaminho.
- Muito obrigada, professora. – a garota disse.
- Boa noite. – ela fechou a porta.
No mesmo instante Gina abraçou Harry bem forte.
- Obrigada mesmo, Harry!!!
O garoto corou tremendamente mas retribuiu o abraço.
Malfoy, ali perto, espumava de raiva.
N/A: Bom, sinto muito pelo que está havendo com a Floreios e Borrões, é uma pena que eu não tenha minha mesada em dia para colaborar, se não seria a primeira! Eu amo aquele site... T-T Este capítulo é bem para o ódio de todos, inclusive e principalmente do Malfoy, o Harry realmente se deu bem, e não há como negar. A Gina é muito ingênua para imaginar que o Draco também queria ajudá-la. Daqui para frente, confesso que os ídolos de Draco/Gina vão se irritar um pouco, pois o romance deles cai um pouco, mas o ciúme aumenta, que fofo. Bom, espero que tenham gostado e POR FAVOR, comentem, deixem suas reviews! Obrigada, Ten-Ten! ^^
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