AULAS DE QUADRIBOL
5. Aulas de Quadribol
Gina havia acabado de almoçar e já corria para a biblioteca (influência da Mione), pois tinha deixado muitos trabalhos e tarefas acumulados para fazer naquele final de semana.
Sentou-se em uma mesa, e, envolta por muitos livros, começou a trabalhar.
“Centauros normalmente não mantêm muito contato com os humanos, e sempre acreditam no que lêem nas estrelas.”
Mais tarde...
“A revolta dos anões do século XIII a.C. teve como conseqüência...”
Logo Gina estava cochilando sobre os livros, então começou a sonhar...
Estava sentada em um banco branco, no meio de uma praça cheia de flores e crianças brincando. Sentia a sensação de que alguém a observava detrás dos arbustos. Viu Harry se aproximando dela. Ele sentou e a abraçou. Ela se sentiu muito feliz, mas quando ele se aproximou para beijá-la, ela o afastou.
- Harry, não. Eu não quero. – ela disse.
O garoto se levantou e foi embora chateado. Ela se virou para o arbusto. Dele saiu uma serpente, verde com listras pretas. E ela, ao invés de sentir medo, gostou daquela serpente...
Gina acordou assustada com o sonho. Tentou se lembrar das aulas de Adivinhação. “Flores eram... Ah! Ilusão! Hum... Serpente... Serpente era gêmeo oposto...” recordou. “Estar com o Harry é uma ilusão? Que é, é, mas não acho que signifique isso... Gostar do Harry é uma ilusão??? Não pode ser... Eu troquei o Harry pelo meu gêmeo oposto... Ah, sei lá! Eu não sei ver essas coisas...”. Desistiu de decifrar o sonho quando ouviu a voz de Mione falando em um canto da biblioteca. Gina se aproximou.
- Esse está errado... – falava Mione para Rony. Os dois estavam em uma mesa bem reservada da biblioteca, com um livro na frente.
- Esse? – quis confirmar Rony, indicando a questão com a sua mão, que conseqüentemente foi parar junto da mão de Mione.
Os dois coraram muito e se olharam. Começaram a aproximar os rostos. Gina, se pudesse, estaria pulando de alegria. Quando estavam a poucos centímetros de distância, Madame Pince bateu com estrondo a porta da seção reservada, uma estante atrás deles, que pularam de susto.
- Er... Rony, eu... eu vou para a Sala Comunal agora... Você não tem mais dúvidas, né? – o garoto balançou a cabeça e, com isso, Mione foi embora.
Gina, nesse momento, estava tendo um acesso de raiva da bibliotecária. “Pince estúpida! Idiota! Eu vou matar você! Vou cozinhar seus órgãos e vendê-los no mercado negro! Vaca maldita...!” pensava esmurrando a prateleira mais próxima.
A Weasley respirou fundo e olhou no relógio, “18:42! Eu estou atrasada para ir à sala da McGonagall...!!!”, e saiu correndo pelos corredores.
***
Draco havia conseguido se livrar de Pansy um pouco mais cedo aquela tarde. Resolveu dar uma volta pelos jardins antes de ir à sala da McGonagall.
Andava destraídamente quando viu Harry e Cho abraçados na beira do lago. “Como eu queria ver a cara da Weasley assistindo a esse espetáculo...” Depois imaginou, Gina vendo os dois, começando a chorar, e saindo correndo para o castelo. Se flagrou com um pouco de pena da garota, então balançou a cabeça para afastar aqueles pensamentos.
Olhou no relógio e resolveu ir para a sala da Profª. McGonagall.
Chegando lá, estavam Dumbledore, a profª., mais a Madame Hooch, professora de vôo, e a garota chefe da Comissão de Quadribol de Hogwarts.
- Bom dia, Sr. Malfoy. – cumprimentou-o Dumbledore.
- Bom dia, professor. – ele respondeu nojento.
- A Srta. Weasley não está com você? – perguntou McGonagall.
“Graças a Deus, não!” Draco pensou em responder, mas achou melhor não arriscar os pontos da Sonserina a diminuírem.
- Não, professora. – respondeu entediado.
Todos esperaram um pouco. “Weasley idiota, está atrasada...”.
Então, Gina veio correndo do fim do corredor, com a cara meio amassada e um pouco corada, que entregava facilmente o que ela esteve fazendo.
- Sonhou comigo e não quis mais acordar, é, Weasley? – zombou Malfoy aos cochichos, para que os professores não o ouvissem.
- Fecha essa fuça, seu convencido... – ela retrucou.
Todos adentraram o aposento e fechou-se a porta.
- Muito bem – começou Dumbledore – os dois foram chamados aqui, para o simples esclarecimento do que vocês vão fazer a serviço da escola. Com certeza é algo que agrada aos dois, e também que irá render pontos para suas respectivas casas.
- Professor, poderia deixar o suspense para outra hora? –perguntou Gina tentando ser educada.
- Claro, claro. Mas deixo esse prazer para a Madame Hooch, que irá auxiliar vocês em tal serviço. – disse o diretor.
- Obrigada, Alvo. – começou a professora de vôo dessa vez – Sem mais enrolações, vocês foram avaliados e escolhidos para darem aulas de Quadribol para os alunos do primeiro ano.
O olhar de Gina brilhou. Draco deu um resmungo de aprovação. A professora, vendo a reação dos dois, continuou:
- Vocês sabem que os alunos do primeiro ano não jogam nos times das casas, então, tivemos essa idéia com o intuito de colocá-los nos times, no segundo ano, mais experientes, e com isso, termos campeonatos aqui em Hogwarts, mais emocionantes.
Todos silenciaram, esperando uma reação dos dois. Gina, percebendo isso, disse:
- Uma idéia muito interessante, professora, mas por que... – ela olhou para Malfoy como se pedisse piedade à professora.
- Srta. Weasley – desta vez quem falou foi a Profª. McGonagall – os alunos foram escolhidos por justa avaliação de experiência, não creio que seja de seu poder mudar isso.
- Sim, professora, me desculpe. – disse Gina emburrando.
- E quando começamos com isso? – perguntou Malfoy desgostoso.
- Vocês terão uma semana de aulas extras de técnicas e ensinamentos de Quadribol, logo depois dos horários de aula, começando na próxima segunda-feira. – informou McGonagall.
- Depois disso, vocês terão o fim de semana para se organizarem, e depois começarem a dar aulas de segundas, quartas e sextas, dás 18:30h às 20:30h. – completou Madame Hooch.
Os dois concordaram com a cabeça.
- Dispensados. – disse Dumbledore.
Os dois saíram e fecharam a porta.
- Droga! – resmungou Draco – Passar 2 horas com você, três vezes por semana... Que tédio.
- Tédio ainda seria bom, pra mim é: Que castigo! – reclamou Gina – Só vou continuar com isso porque o Dumbledore é uma pessoa que eu respeito muito, e porque eu adoro Quadribol.
- E eu vou favorecer à minha casa e ficar um pouco mais popular... – ele retrucou garboso.
- Nunca vi alguém tão metido quanto você.
- Nunca vi alguém tão chorona quanto você.
- Eu não sou chorona! – se defendeu Gina.
- Quer ver como é? – ele ameaçou maldoso – Eu vi o Potter e a Chang abraçados no jardim hoje a tarde.
- Mentira! – retrucou ela.
- Eu estou falando sério... Agarradinhos... Hum... – ele zombava imitando duas pessoas abraçadas.
Gina parou de andar. Malfoy parou um pouco a frente e se virou para ela. A garota estava com os olhos cheios de lágrimas, escorreram algumas, pingando em suas roupas.
- Eu disse que você é...! – se gabou Malfoy fazendo daquilo uma brincadeira.
A garota ficou quieta e saiu andando, passando por ele. Colocou as mãos no rosto e chorou mais forte. Malfoy percebeu que ela não estava brincando, começou a segui-la.
- Espera, Weasley. – ele a chamou.
Ela apertou o passo e se distanciou. Quando se virou e não o viu, encostou na parede e sentou-se no chão, com os braços apoiados nos joelhos, e a cabeça escondida nos braços. “Malfoy idiota! O Harry ama a Cho, eu sei, mas eu não quero saber o que se passa entre eles... O Harry nunca vai gostar de mim!”.
- Droga! – ela socou o chão, chorando mais agora.
- Acho que você não deveria sofrer pelo Potter, ele não merece...
Gina levantou a cabeça, viu Malfoy que tinha acabado de chegar e sentava no chão também.
- Sabe, o Potter é um idiota, e você se importa tanto com ele, eu não entendo... – ele falou tranqüilo.
Ela olhou para ele e forçou um sorriso, limpou os olhos (os olhos! Não, ela não assoou o nariz! XD) delicadamente na manga da veste dele (ele fez uma cara de nojo. [recordando: ela limpou os olhos e não o nariz]) e se levantou.
- Eu sempre vou sofrer pelo amor do Harry, mas você me ajudou de novo, Malfoy, então, na próxima eu retribuo.
E ela saiu um pouco mais alegre, enquanto ele olhava com desprezo para a garota se afastando.
- Eu não te ajudei, Weasley! – ele gritou – Fui eu quem te magoou... – ele completou baixinho, mais para si mesmo.
N/A: Sim, eu coloquei várias observações quanto ao "limpou os OLHOS". Porque normalmente quando se diz que uma pessoa estava chorando e limpou-se, imagina-se que ela assoe o nariz e meleque tudo, mas não foi isso que a Gina fez, ela simplesmente secou suas lágrimas, eu quis passar algo romântico e meigo, e não nojento. Espero que tenham entendido. Não esqueçam de comentar, bjões.
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