Wednesday.




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Quarta-Feira, 4 de Setembro de 1976.


Aquela música que o James cantou ontem não sai mais da minha cabeça. A voz dele não sai mais da minha cabeça. O jeito como ele ficou corado quando a McGonagall brigou com ele e o jeito doce como me perguntou se eu queria ajuda com as roupas não sai mais da minha cabeça. A careta de raiva que ele fez para o elfo-dedo-duro não sai da minha cabeça. O sorriso dele não sai mais da minha cabeça. E, ele também não sai mais da minha cabeça.

E não vai sair tão cedo se continuar dormindo no sofá com o mesmo ar desleixado de ontem.

Falando no dia de ontem, eu estava pensando que nada de ruim aconteceu comigo. Aconteceu com o James, que também ficou de detenção comigo. Aliás, o que tem de ruim nisso?

Mas, ao contrário das Terças, eu adoro as Quartas. Não sei o porque, mas as Quartas me lembram maçãs, coisas fofas e verdes. Antes, eram coisas cor-de-rosa, mas a minha cor favorita virou verde, por causa da cor dos meus olhos, então, conseqüentemente, as coisas viraram verdes também.

Me aproximei da orelha dele, sentindo a respiração compassada dele e a minha respiração falhar ao vê-lo tão de perto. Mas eu me aproximei para outra coisa...

- ACOOOORDA!

E, como ontem, ele acordou assustado. Mas, hoje, ele se levantou tão depressa que... PÁH! (?)

- AI! – falamos ao mesmo tempo, massageando as testas.

- Precisava gritar? – ele perguntou sarcástico.

- E tinha outro jeito de te acordar?

- Bom, se você realmente quer saber...

- Melhor não. Vamos logo.

Fui me levantar, mas ele segurou meu braço, me fazendo cair sentada no sofá.

- Que é?

Ele ergueu uma sobrancelha, como se a resposta fosse óbvia. Bufei.

- Bom dia, Potter – tentei.

- James.

- Potter.

- James.

- James!

- Bom dia pra você também, Lily. Está mais feliz hoje ou é impressão minha?

- Eu não vou ter que lavar todas aquelas roupas sozinha, ué.

O sorriso dele sumiu.

- Ah, é – falou, repentinamente mal-humorado. – Vamos logo.

Nos levantamos e, num gesto mais que impulsivo, mais que impulsivo mesmo, eu peguei no braço dele e fomos embora de braços dados. Era uma cena até bonitinha de se ver... e estranha.

E ainda pude ver um sorriso nos lábios dele antes de sairmos do salão comunal.

Sorriso que não sairia tão cedo da minha cabeça.

Chegamos na sala da McGonagall e o olhar dela parou em nossos braços. Ela ficou sem fala por uns 5 anos segundos. Soltei rapidamente meu braço do dele, corada.

Ela sorriu, iluminada.

- Finalmente vocês... – mas ela se auto interrompeu – ... chegaram. Ãhn... Ah! As varinhas!

- Aqui – dissemos eu e James, entregando as varinhas.

- Ótimo. Boa – ela pigarreou – detenção.

Saímos da sala em silêncio, digo, eu estava em silêncio. James estava cantarolando aquela música que ele tinha cantado ontem.

- James... – perguntei de supetão. - Que música é essa?

- Gre... – ele começou a falar, mas se interrompeu. - Outro dia eu canto pra você. – prometeu.

- Tá legal. – Trocamos um sorriso singelo, antes de entrar na Lavanderia.

Dei um ‘oi’ para os elfos e dei língua para o elfo-dedo-duro. E, dá pra acreditar que aquele sonso me deu língua de volta? Ah, mas ele que me aguarde.

James e eu fomos direto à pia, arregaçamos as mangas e botamos a mão na roupa massa! (?)

E ficamos esfregando roupa no tanque uns 20 minutos, até que me deu uma enorme vontade de comer um sapo de chocolate...

Sabe o que sapo de chocolate me lembrou? Me lembrou o dia 1º, que tava aquela bagunça toda no Expresso Hogwarts pra gente comprar doces...

O dia, então, foi passando pela minha cabeça. Minha mãe e Petúnia enchendo o saco, as meninas me sufocando com aquele abraço, a loucura no Expresso, o James me fazendo aquela aposta boba para azarar o Snape e ele fazer tudo que eu quisesse por um dia, o Snape falando merda idiotice, eu azarando o Snape e...

- HEEEEEEEI! – os elfos e James me olharam assustados. – James Potter você tem uma promessa a cumprir! Pensa que eu esqueci?

Ele continuava a me olhar assustado, mas foi abrindo a boca aos poucos, como se tivesse se lembrando.

- Pensa que eu esqueci? Você me deve um dia inteirinho, James Potter. Pensa que pode fugir só porque... – e eu ia falando feito uma louca, enquanto James olhava para alguma coisa atrás de mim. Mas, de repente ele me olhou assustado e sua voz alarmada me trouxe a realidade.

- Lily! Seu cabelo tá pegando fogo!

- O QUÊ? – berrei, mas antes que pudesse tocar no cabelo, ou sei lá...

[onomatopéiadebarulhodeágua]

TXAAAAAAAAAAAAH! (?)

[/onomatopéiadebarulhodeágua]

- POTTEEEEEEEEEEER!

- EEVAAAAAAAAAANS! – ele joga um balde de água na minha cabeça e ainda tira uma com a minha cara. Dá pra acreditar?

- AAAAAAAAAAAAH! – foi o que eu falei antes de pegar a primeira roupa molhada que a minha mão alcançou e tacar na cara dele.

É claro que eu deveria ter visto qual peça de roupa eu iria jogar antes de jogar, mas como hoje eu estou agindo impulsivamente, eu não vi. Ele revirou a peça ao avesso e olhou a etiqueta, pra se certificar de quem a peça era.

- Valeu pela calcinha, Lily. – ele disse, sorrindo malicioso, e guardando a minha calcinha verde favorita no bolso.

- Potter, me devolva isso agora.

Mas ele riu.

- Outro dia... quem sabe.

- Agora! – ordenei, andando ameaçadoramente em direção a ele, que, imediatamente, ficou sério.

- Sabe, Lily, eu acho melhor você ficar fria. – ele riu da própria piadinha, e então...

PÁH! (?)

Ouch! Isso realmente doeu. Na cara!

- James Potter! Eu vou te matar! – berrei, tirando a samba-canção que ele tinha jogado em mim. Mas antes de devolver ela na cara dele, fui olhar a etiqueta, só por curiosidade. Dei um sorriso malicioso que jamais pensei dar um dia.

- Ah, não. Essa cueca é a minha companheira de todas as noites! (?) Pode passar pra cá!

- Não. Estamos quites agora. – e EU GUARDEI CUECA DE JAMES POTTER NO BOLSO! Quem mais acha que eu não estou batendo bem da cabeça hoje e sempre levanta a mão. \õ/

- Vai, Lily. Por favor?

- Não – retruquei, voltando a esfregar roupa como se nada tivesse acontecido.

- Lily – ele chegou muito perto. – Lilyzinha, por favor.

- Nã-não.

- Então tá. Eu vou ficar com a sua calcinha. Eu tenho outras cuecas, pra que eu iria querer essa aí?

- Qu-que ótimo, porque eu tam-também tenho outras calcinhas. - Vá gaguejar assim lá na China, Lily Evans.

De todos os assuntos que eu já imaginei conversar com James Potter, roupas íntimas não era nenhum deles. Isso está muito estranho. E pervertido. Mas quem se importa? Quantas outras meninas de Hogwarts tem uma cueca do Potter no bolso?

NENHUMA! Só eu! Há!

Dei uma rápida olhada para ele, que sorria malicioso. Existe ser mais malicioso que um garoto?

Revirei os olhos. Aquela semana ainda ia demorar a acabar.

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O dia passou até rápido.

Por mais incrível que pareça, depois das aulas, nós (meninas) jogamos um zilhão de partidas de Snap Explosivo com os Marotos.

O baralho sempre explodia nas meninas (inclusive em mim) ou no Peter, que guinchava feito um rato e tentava enfiar todos os dedos na boca. Lá pela 8ª partida ele pegou um copo d’água, já que, segundo ele, estava ficando sem saliva para esfriar os dedos. Era nojento. Mas a gente não conseguia parar de jogar só para ver a cara que ele fazia. Na 13ª partida, ele desistiu de jogar e foi na Ala Hospitalar, já que nenhum de nós tinha qualquer coisa para colocar nos dedos explodidos (?) dele.

Sem ele, o jogo estava tedioso. Os Marotos pareciam sempre saber quando o baralho ia explodir e sempre o largavam a tempo. Nós não.

O que nos fez querer parar de jogar umas 2 rodadas depois. Ficamos apenas conversando.


Já estava tarde quando resolvemos ir dormir. Bom, eu tive que resolver dormir, já que ninguém fazia isso. Sirius me comparou ao pai de James que, sempre que ficava com sono, desligava tudo o que tava ligado e fazia todo mundo ir dormir.

E ele ainda teve a coragem de dizer: ‘Você vai se dar bem com o sogrinho, hein, Lily!

Senti o rosto ficar quente e, impulsivamente (?), meti a mão no bolso e taquei o que encontrei na cara do Sirius.

Nota mental: parar de agir por impulsos.

- ECA! UMA CUECA! – ele guinchou, jogando a samba-canção do Potter de volta na minha cara.

- Evans – era Peter, que tinha voltado com os dedos ‘engessados’ -, não que seja da minha conta, mas o que você faz com uma cueca no bolso?

- Err... – corei.

- Não que seja mesmo da sua conta, Wormtail. – Sirius e Remus olharam assustados para James e Peter encolheu os ombros.

Eu me apressei em guardar a cueca no bolso.

- Ãhn... – interrompi. – Eu estou morrendo de sono. Acho que já vou dormir. Boa noite.

- Eu já estou com sono também, boa noite pra vocês – falou Sirius, num bocejo.

- Ah, eu vou dormir também. – Peter pensou alto.

- Ah, vamos todos dormir logo.

- É. / É melhor. / Aham. / Boa idéia. / Vamos. / Boa noite. (?)

Corri para o dormitório e me enfiei no pijama, deitei na cama e fechei as cortinas.

Mas a cortina se abriu sozinha e duas cabeças apareceram para mim. Alice e Mary. Coloquei o travesseiro na cara.

- Vamos conversar? – Alice perguntou.

Agora, elas já tinha sentado na cama e fecharam a cortina. Ficamos as três no escuro, sem falar nada, até que a Mary teve a brilhante idéia de lançar um Lumus.

- Sobre o que? – perguntei, com a voz embargada por causa do travesseiro.

- James Potter! – Mary falou, toda feliz.

- O que querem de mim? Ou dele? (?)

- Você voltou a falar o nome de à noite, Lils. – Alice puxou o travesseiro de mim e abraçou ele.

- Como você pode saber dessas coisas? O.O’

- Eu tenho o sono leve...

- O que importa – cortou Mary - é que você voltou a gostar dele.

- Voltei?

- É... você nunca deixou de gostar realmente...

- Isso é ridículo! Como eu poderia voltar a gostar do Potter?

- Bom, isso só você pode nos responder.

Suspirei, me dando por vencida.

- Bom, ele anda diferente.

- Mais bonito, realmente...

- Eu não falo disso! Sabe, pode ser loucura minha, até porque só se passaram três dias desde que chegamos, mas ele não azarou o Snape nenhuma vez esse ano...

- Tsc, tsc... uma pena...

- Não ficou se gabando...

- E você tá amando!

- Nem mencionou Quadribol...

- Ah, não? E os treinos?

- Mary! Não! Será que vocês não entendem?

- Não há nada pra ser entendido, Lily, se é que você me entende. – ouvi a voz de Lene, vinda da cama ao lado. Em seguida, um bocejo. – Vão dormir logo...

- Eu vou – Mary avisou, se levantando – Tô morrendo de sono já... Boa noite.

Alice se espreguiçou e deitou na cama, sorrindo docemente pra mim, me fazendo cruzar os braços.

- Você também acha?

- Você quer a verdade?

- Bom...

- Sim.

- Sim? Sim, você acha? Oh, Merlin!

- Que drama, Lily... como se eu não soubesse que você é completamente apaixonada por James Potter desde o terceiro ano, quando a gente resolveu fazer o teste pro quadribol e ele te “salvou” quando você caiu da vassoura. Aquele dia foi horrível! – ela colocou o dedo na minha frente, ao ver que eu iria reclamar. - Nós nos humilhamos publicamente para a Gryffindor inteira, além de não termos entrado pro time... e, Merlim, você tem noção de quantas vezes você suspirou o nome de James Potter aquela noite?

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N/B: [dançandoecantandofeitolouca] She’s got a lip ring and five col- [/dançandoecantandofeitolouca] Opa. Foi mals gente. Ainda estou em fase pós-show do McFLY *-*
Que por sinal foi lindo, e queria muito ter levado você comigo Mari! :D Mas não tem problema! Quando for dos Jonas Brothers a gente vai juntas né? *-* Ou quem sabe no próximo do McFLY? *-*²
SAUHUASHUAHSH!
Anyway, simplesmente amei betar esse capítulo assim como os outros! Está tão lindo! *-* Capítulo maravilhoso esse :D
Ah, e obrigada de coração por betar a minha fic! (LLLLLLLL)

Beeijos :**

Ps: Comentem e votem na(s) fic(s) da Mari gente! ;D


N/A: [chorandoeberrandofeitolouca] EU NÃO FUI PRO SHOOW! D: [/chorandoeberrandofeitolouca] mas eu estou afogando minhas mágoas em McFics (?) junto com a Brenda :B enfim, deesculpem a demora, mas eu tenho que ir. (?) a minha internet tá uma merda, e eu sinto (?) que ela vai cair daqui a pouquinho :B
Muito obrigada pelos comentários, vamos passar nas fics da Gaby, que são ótimas viu? E é só. :L

Beeij... FELIZ DIA DAS CRIANÇAS! \õ/
HASUIEHASIOUEHASIUEHASUIHE

Beijo gente :*

Mαry Mo̲ony :3
12.1O.2OO8

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