Monday.




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Segunda-Feira, 2 de Setembro de 1976.


‘Já que a Srtª gostou tanto de limpar as vestes do seu colega, Snape, quem sabe goste de limpar as dos outros também!’

Pelo amor de Deus! Essa frase maldita não sai da minha cabeça! Eu já tentei de tudo. Tudinho. E isso inclui pensar nos músculos do Potter. Pra você ver só.

Mas o problema é que acontece que eu não sei lavar roupa sem magia. E nem com magia, pra variar, mas isso não vem ao caso.

Acontece que, pelo o que parece, eu tenho que lavar a roupa dos outros.

E acontece, também, que isso não vai dar certo e ponto final.

Mas agora não adianta chorar sobre a poção derramada.

Bom, agora são 7:15, e eu estou sentada na sala da McGonagall e nos duas estamos esperando James Potter, que só chegou uns 10 minutos depois.

- Bom dia. – ela o cumprimentou. - Srtª Evans, sua varinha, por favor.

- Sem varinha? – choraminguei. McGonagall me olhou severa.

- Sem varinha. – fiquei observando James rir, enquanto McGonagall falava mais um monte de abobrinhas. - ... das 7:30 até as 8:30, já que as aulas começam as nove.

- Uma hora lavando roupa? – choraminguei. McGonagall me olhou severa. [2]

- Uma hora lavando roupa. Podem ir agora. – quando estávamos saindo da sala dela, ela falou alto: - Sr Potter, nada de facilitar o trabalho da Srtª Evans.

James riu.

- Pode deixar.

- Certo... – me intrometi. - E onde fica a lavanderia?

- Eu sei – falou James rapidamente me arrastando para fora da sala da McGonagall, antes que ela – ou eu – pudesse reclamar.

- James, você tá me machucando. – Mal terminei de falar e ele tinha soltado a minha mão.

- Foi mal... – falou com um sorriso amarelo.

- Porque voltamos para o Salão Comunal? – perguntei, ao perceber o quadro da Mulher Gorda roncando.

- Vim buscar uma coisa. Guloseimas natalinas – Ele praticamente gritou a última frase e a Mulher Gorda o xingou. Entramos no salão comunal e eu segui James até o dormitório masculino. Ele segurou a porta pra mim entrar. Own, que fofo. Digo, fofo nada. Humpft (?).

- Puts! Que bagunça! – Era meia para todo lado, mochilas abertas e penas no chão, roupas amassadas, gavetas abertas com cuecas saindo dela e garotos dormindo.

- Shh! – ele sibilou, apontando para os amigos. Peter Pettigrew estava roncando feito um porco. Sirius estava todo esparramado, com o cobertor cobrindo apenas os pés e era tão, tão musculoso quanto James – se não fosse mais. Remus dormia feito um anjinho e Frank Longbottom sussurrou o nome da Alice, enquanto abraçava o travesseiro.

Voltei minha atenção a James, que estava sentado na cama, com o malão em cima, jogando as roupas para tudo quando é lado, procurando alguma coisa, obviamente.

- Você espera encontrar alguma coisa nessa bagunça? – sibilei.

Ele nem me respondeu. Apenas sorriu.

- Achei! – gritou com um pedaço de pergaminho na mão.

- James? – perguntou uma voz sonolenta. Era o Pettigrew, na cama do lado.

- Não. Você está dormindo. Isso é um sonho.

- Tudo bem. – e rolou, voltando a dormir.

James e eu rimos baixinho, enquanto ele me puxava para fora do dormitório.

- Pra quê um pergaminho? – eu perguntei quando já tínhamos saído do Salão Comunal.

Ele riu, como se eu tivesse subestimando o pergaminho.

- Não vai contar pra ninguém? – ele falou, divertido, mas com um pingo de dúvida. Balancei a cabeça. – Bom, isso, Lily, é o segredo do nosso sucesso. – levantei uma sobrancelha – Digo, meu, do Sirius, Remus e Peter. – continuei com uma sobrancelha erguida, e ele suspirou.

Pegou a varinha, tocou o pergaminho com ela e disse em alto e bom som:

- Juro solenemente que não vou fazer nada de bom.

- Pra quê jurar? – debochei – Você não faz nada de bom mesmo. – Ele riu.

- Você não devia ter dito isso – ele falou com um olhar malicioso. Eu dei de ombros, mas com medo daquele olhar.

James, então, me entregou o pergaminho e, incrédula, percebi que era um mapa de Hogwarts. Um mapa perfeito de Hogwarts.

- Wow...

- Wow... – ele debochou. – Mapa do Maroto, Lily Evans. Lily, Mapa do Maroto. Agora, vamos logo.

Sem despregar os olhos do Mapa do Maroto, comecei a andar. Dois bonequinhos apareceram. Embaixo deles, os nomes James Potter e Lily Evans.

- OH! Ele mostra as pessoas! – falei, mais incrédula ainda.

James sorriu, achando graça da minha loucura com o mapa, e concordou com a cabeça. Comecei a abrir o pergaminho, ficando mais eufórica todas vez que via um nome conhecido. Até que achei um lugar, lá no sétimo andar, perto da torre de astronomia, intitulado Lavanderia.

- Não – choraminguei, quando chegamos as escadas. – São muitas escadas para subir! – James revirou os olhos.

- Bom pra você, ué. Você precisa perder essa barriguinha. – ele falou, olhando para a minha “barriguinha” com um sorriso maroto. Automaticamente, eu olhei para a minha barriga. Segurei a camisa atrás, de modo que ficasse colada no corpo, já que a roupa do uniforme é toda frouxa. Olhei para minha barriga. Reta, sem querer me gabar, sempre fui magra. Olhei para James, que demorava o olhar na minha barriga.

- Eu. Não. Sou. Gorda! – sibilei, cerrando os olhos e os punhos, estes últimos para dar na cara dele.

- Tem razão – ele retrucou, debochado, começando a subir a escada – Cuidado para não cair e rolar! – e foi subindo as outras correndo.

- POOOOOTTEEER! – berrei, começando a correr atrás dele. Idiota, imbecil, sonso, vagabundo, tonto, míope! (?) – GORDA É A SUA VÓ! – eu gritava e ele só ria.

Quando faltavam dois lances de escada, eu não aguentei e me sentei. Olhei para cima, e lá estava o energúmeno, na última escada.

- Não deita! Se não você pode rolar!

- AAAH! – subi os últimos degraus, enquanto ele ria ainda mais. – James Potter, eu vou te matar!

- Uhh – ele debochou. – Vai me esmagar, Lily?

- Se for necessário – retruquei com um brilho maléfico no olhar, andando na direção dele, enquanto ele recuava. Coloquei a mão no bolso, mas, com um aperto, lembrei que estava sem a varinha. Maldita McGonagall! Ele pareceu perceber isso, mas continuou indo para trás, até que bateu numa enorme porta de carvalho.

James rapidamente olhou no mapa e eu espiei por cima do ombro dele. Hum, que cheirinho bom!

- Lily? – ouvi a voz dele me chamando e abri os olhos. Espera aí. Quando é que eu tinha fechado os olhos para apreciar o cheiro dele? Isso não tá certo.

- Hum – resmunguei, me afastando, corada.

- Chegamos a lavanderia. – ele falou, com a voz divertida.

A porta de carvalho de abriu e, Wow! (?) A lavanderia de Hogwarts era simplesmente incrível. Era enorme e totalmente branca. Haviam um monte de varais, que iam do começo ao fim da lavanderia, com milhares de uniformes, meias e até roupas íntimas penduradas. Havia uma enorme janela de vidro, aberta, deixando, assim, o lugar bem claro e arejado. Mas nenhum lugar para lavar roupa. Onde eu iria lavar? Quando me virei para perguntar isso a James, ele estava de costas, olhando para umas 30 pias redondas. Tão grandes que poderiam ser até mesmo as piscinas de algum clube.

Ao redor delas, centenas de elfos estavam agrupados lavando roupas – menos em uma, que não tinha elfo nenhum.

Em cima, tinha um enorme tudo transparente que saia do teto. Me assustei quando vi que, do tudo, caiu uma camisa e uma calça para uma das pias. Um dos elfos se esticou e pegou a roupa, deixando-a no seu tanque, e começando a lavá-la.

Nos aproximamos da pia vazia.

De perto, parecia mais uma banheira. Tinha, acho, que mais de 20 torneiras, todas elas com uma placa em cima e, em cada placa, era escrito o nome de algum sabão – bruxo ou trouxa. Em todas as outras pias era assim também.

- Pode começar – James quebrou o silêncio, parecendo se divertir por dentro.

Mordi o lábio inferior.

Abri a torneira do sabão Expelliarmus – O único que desarma a sujeira! – e joguei as roupas lá dentro. Tudo bem. Não deve ser tão difícil assim, não é?

Dei uma rápida olhada para James e vi que ele segurava o riso.

- Você acha graça, não é, Potter? – grunhi.

- Lumus nos olhos dos outros é refresco. – ele sorriu, enquanto eu captava a mensagem dele.

- Idiota. Queria era ver como você se sairia se tivesse no meu lugar.

- Bem melhor que você, pode acreditar.

Fechei a cara e voltei a me concentrar nas roupas. Olhei para as outras pias com elfos, para ver o que eles estavam fazendo.

É só esfregar a roupa no tanque. Legal, isso eu dou conta.

Comecei a fazê-lo. Hei! Até que é fácil! Haha! UHUL! Que demais! Puxa vida!...

30 minutos depois

Ai, meu braço! Ele vai cair. Merlin! Ai, ui, ui! Que coisa horrível! Nunca mais faço isso na vida. AH, NÃO! Eu ainda tenho que fazer isso por uma semana! Não! Eu vou morrer! Pelo amor de Deus!

- Tudo bem aí, Lily? – James me perguntou, enquanto limpava o óculos na blusa.

- Melhor impossível!

- Que bom. Achei que estava cansada.

- O que? Eu fui sarcástica! Já ouviu falar em sarcasmo? – ele riu.

- Sinto muito, eu realmente queria ajudar. Mas você ouviu o que a McGonagall disse. Nada de facilitar!

- Ah, James, por favor, me dá uma mãozinha aqui? *-*

- Não. Foi mal. :D

- ¬¬’.

PLOFT!

- AAAH! M*RDA! MEU CABELO! MINHAS ROUPAS! DROGA DE ÁGUA! ROUPA IDIOTA QUE CAIU! AARRE!

Os elfos, e James, estavam me olhando com os olhos arregalados.

- Que foi? Nunca viram uma ruiva encharcada? – explodi.

Os elfos voltaram a lavar as roupas, guinchando, e James segurava o riso.

- É bom você não rir, porque se não eu taco sabão no seu olho! – ele engoliu em seco e tratou logo de colocar os óculos de volta.

Peguei a maldita roupa que tinha descido pelo cano (?) e vi que era uma camisola rosa-bebê. Ué, é a camisola da Lice. Antes que eu pudesse raciocinar, caiu uma cueca boxe preta.

Epa! Eu não vou lavar uma cueca. Não vou!

- James – chamei sorrindo, e ele me encarou com uma sobrancelha erguida – Lava essa cueca pra mim? – apontei para a cueca.

- Se fosse uma calcinha, eu até lavaria. – ele falou divertido.

- Er... com licença – cutuquei um elfo da pia mais próxima – Você pode lavar aquela roupa pra mim?

- Sinto muito, senhorita – ele guinchou – A Professora McGonagall nos proibiu de lavar qualquer coisa que caísse no seu tanque.

- Tá... não é culpa sua. – falei triste. Ele voltou a lavar uma meia – Escuta... – cutuquei ele de novo – Vocês tem, hã, luvas por aqui? – ele balançou a cabeça em direção a um armário, enorme – Obrigada.

Fui até o armário, que era cheio de coisas para lavar roupas... peguei um par de luvas – daquelas de lavar louças! – e voltei ao tanque.

Peguei a cueca, com certo nojo, e comecei a esfregá-la no tanque. Foi, então, que vi escrito na etiqueta Sirius Black.

- EEW! – larguei ela no tanque.

- Quê? – James se assustou.

- É a cueca do Sirius!

- HAHEASIUHEOIAUSHEIUASEHSAIUEHOASIUEHASIU! Pode ir se acostumando então...

- QUÊ?

- Você ouviu quando a McGonagall falou que cada coisa dessa – ele disse apontando para a pia e o tubo transparente - era para um ano de uma casa. Tipo, no seu caso, parece que você pegou as roupas sujas do sétimo ano da Gryffindor.

- QUÊ? Quando ela falou isso? – perguntei, incrédula.

- Ah, deixa eu ver. – ele colocou a mão no queixo, fingindo pensar - Talvez fosse naquela hora que você estava me secando.

- :O

Ótimo, vou lavar as roupas dos meus amigos – e o James percebeu que eu estava olhando pra ele naquela hora. Droga.

Pelo menos, só faltava uns 10 minutos pra poder ir embora dali. Graças a Deus! Ui, que fome.

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- Onde você estava? – perguntou Alice, assim que me juntei a elas para tomar café.

Elas não sabiam que eu estava estou de detenção, afinal. Ontem, eu fiquei estressada demais para falar com alguém até hoje de manhã. (?).

- Detenção. – respondi, num suspiro.

- O que? – Emmy.

- Porque? – Mary.

- Com quem? – Marlene.

- Por isso que você 'tava estressada ontem? - Alice.

- De-ten-ção. Porque eu azarei o Snape. James Potter. Uhum.

- Como foi? – perguntou Mary, impaciente.

- Quando é que você azarou o Snape? – Emmy falou.

- Merlin, quantas perguntas! Foi horrível! Quantas vezes na sua vida você já lavou roupa sem magia? - Mary pareceu pensar na minha pergunta. – Azarei ele ontem, longa história...

- ‘Pera aí. Lavar roupa? Sua detenção é lavar roupa? – perguntou Marlene, rindo. Fechei a cara para ela.

- Infelizmente. Olha a minha situação! – eu estava encharcada, só pra avisar.

- E porque o James estava lá?

- A McGonagall o colocou pra vigiar a minha detenção, porque ele é monitor-chefe também.

Alice riu.

- Isso não vai prestar.

- Não mesmo. Qual a primeira aula?

- Poções.

Depois do café, fomos para a aula de poções. Slughorn parava toda hora na minha mesa, perguntando ora como foi a detenção, ora como foram as férias.

O resto do dia foi cansativo. Eu já não conseguia escrever mais nada quando Lovepeace, o professor de DCAT – irônico, não? -, passou uma redação de 50 centímetros para amanhã. De amor e paz ele não tinha nada. Nem a profissão. (?)

Passamos o final da tarde no salão comunal fazendo as tarefas – menos o James que, segundo o Remus, foi dar uma volta. Hum, até parece! Aposto que foi se agarrar com alguma garota. Idiota!

Já eram quase nove horas quando ele voltou. O cabelo estava bagunçado demais. As roupas também. Sirius sorriu para ele e o sorriso foi correspondido.

- Vou dormir. – me levantei irritada - Tenho que acordar mais cedo amanhã. Aliás, tenho que acordar mais cedo a semana inteira. Boa noite.

Enquanto as meninas me davam boa-noite, os meninos riam – da minha desgraça.

- A propósito, Sirius, belas cuecas. – bocejei, deixando Sirius Black – e Marlene McKinnon – de olhos arregalados e James Potter olhando de cara feia para o amigo.


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N/B: Ooi :B Cara, eu não acredito que euzinha aqui, betei o capítulo dessa fic maravilhosa! A primeira que eu beto! Que sonho *-* Huhaushahsuahsha! A-M-E-I demais o capítulo, porque, oi, eu aprenderia a lavar roupa pra ficar um dia inteiro ao lado de James Potter. XD Hoho, se a Lily ficou assim só de lavar o cueca do Sirius, imagina quando chegar a do James. UHASUAHSUAHSUA! Vou morrer de rir aqui! ;D Beeijos ;* P.S: “Belas cuecas, Sirius.” Ah, eu queria ter dito aquilo no lugar da Lily! ;D

N/A: ihul, palmas pra Gaby Black – a nova beta da fic! \õ/ /palmasaofundo/ brigada, Gaby :D

Lembrando (?) que essa é a lavanderia da minha mente (?) porque tipo, se tem mesmo uma em Hogwarts, vai saber se ela é assim, né. aah, outra coisa... sobre a aposta... a Lily vai se lembrar dela só mais pra frente, mas nem tão pra frente assim. (?) :B
Lembrando também que eu aceito capas :B

gente. eu acabei de ler essa fanfic e acho que nunca ri tanto na vida :D
http://www.fanfiction.net/s/3084254/1/Ficando_S_rio

enfim, esse foi o primeiro capítulo, espero que tenham gostado \õ
beijos :*

Mαry Mo̲ony :3
O1.O9.2OO8

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